NDCC Almirante Saboia retoma navegação fluvial no Rio Amazonas

O Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Almirante Saboia” atracou em Manaus (AM) na quinta-feira (18), intensificando a presença das Forças Armadas na Amazônia, região de difícil acesso e de importância estratégica para o Brasil. O meio iniciou a navegação fluvial pelo Rio Amazonas no dia 13, marcando o retorno a essa rota após 15 anos, período que coincide com a última vez em que um navio subordinado ao Comando em Chefe da Esquadra navegou rumo à capital amazonense.

A presença do NDCC “Almirante Saboia” no Amazonas integra a Operação “Atlas 2025”, coordenada pelo Ministério da Defesa. Na ocasião, o meio realizou um deslocamento estratégico, transportando equipamentos e suprimentos importantes para a integração das Forças Armadas e o fortalecimento das capacidades de Comando e Controle. Com 137,5 metros de comprimento, capacidade para até 840 toneladas de carga e 440 militares embarcados, o navio conduziu tropas da Marinha, do Exército e da Força Aérea, incluindo viaturas blindadas e equipamentos pesados, em um deslocamento inédito no contexto do exercício.

“A travessia pelo rio Amazonas reforça nossa capacidade logística e operacional de atuar em qualquer área do nosso País. Cada operação desse porte é uma oportunidade de treinar a interoperabilidade com as demais Forças e garantir que estejamos prontos para qualquer desafio”, afirmou o Comandante do NDCC “Almirante Saboia”, Capitão de Mar e Guerra Aroldo Leandro Pedro Júnior.

Antes de seguir viagem pelo rio Amazonas, entre os dias 8 e 11 de setembro, o navio esteve atracado em Belém (PA), em uma operação de apoio à preparação da “Atlas”. Nesse período, foram realizados o abastecimento de óleo diesel marítimo no Terminal Petroquímico de Miramar e o desembarque de lanchas, gêneros frigoríficos e insumos.

A Operação “Atlas 2025” é o maior exercício militar conjunto do País, reunindo Marinha, Exército e Força Aérea em ambiente prático de interoperabilidade. A prontidão adquirida é estratégica para o cenário interno e contribui para projetar internacionalmente o Brasil como Nação capaz de mobilizar forças em larga escala. O treinamento na Amazônia demonstra a capacidade dissuasória, a soberania e a integração das Forças Armadas, reforçando a posição do País como referência no cenário regional de defesa.

Visitação pública

A população de Manaus poderá visitar o NDCC “Almirante Saboia” nos dias 27 e 28 de setembro, das 10h às 18h, no cais das Torres, do Roadway. A entrada será gratuita.

FONTE: Agência Marinha de Notícias


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Carl

Opaa, vou levar minhas crias pra conhecer!

Em tempo, alguém tem noticias sobre substiuição dos NPaFlu??
Muito tempo atrás surgiram noticias de um projeto com a colombiana Cotecmar, mas o assunto morreu.

Burgos

Que eu me lembre dessas incursões na região de rios da bacia amazônica o Ary Parreiras e o Soares Dutra já tiveram histórico de encalhe em bancos de areia.
O que é normal , acontece mesmo 🤷‍♂️

Alemberg Domingos

Correto, os famosos batateiros, G16 Barroso Pereira, G20 Custódio de Melo (já foi U26 Navio Escola), G21 Ary Parreiras e G22 Soares Dutra. Esses navios realizavam as APOLOG Norte ou Sul. Não há relatos de Fragatas nem o A11 entrar em Manaus. A11 pelo seu porte e Fragatas pelo sonar, navegar no Rio Amazonas é perigoso, há muito troncos flutuando em todo percurso.

Willber Rodrigues

Eu poderia jurar que esse navio já tinha sido descomissionado…

Paulo

Não só não foi,como passou por reformas recentemente. É um NDM e isto o torna valioso para a MB com as novas diretrizes da MB.

Paulo

NDMs passaram a ser prioridade para MB porque podem ser covertidos em porta drones navais.

José Joaquim da Silva Santos

Quais seriam essas novas diretrizes ?

Paulo

A MB está priorizando embarcações com doca inundável, como é o caso do NDCC Alm. Saboia, e como será o futuro NDM Oiapoque, porque facilita sobremaneira a operação com drones navais do tipo suppressor 7 e 11 por exemplo. Eles podem entrar e sair da embarcação como se fossem lanchas de desembarque, facilitando a logística de operação. Também permitem a operação com vários drones navais ao mesmo tempo. Para embarcações sem doca inundável, a operação com drones navais dependem de guindastes que retirem o drone do tombadilho e o posicionem no mar, ao lado da embarcação mãe, tornando a logística… Read more »

Alemberg Domingos

NDCC

Santamariense

Ele acabou de sair de um PMG. Um outro NDCC parecido com ele era o G29 Garcia D’Ávila, descomissionado da MB em 2019 e afundado em um exercício em 2024.

Augusto José de Souza

Certamente serviu para canibalizar peças para o PMG do Almirante Sabóia e depois de reaproveitar as peças que davam,daram o seu destino final.

Augusto José de Souza

Então os demais navios da MB também podem entrar no Rio Amazonas? Seria interessante ver alguma Niterói ou a Barroso na região.

Marco

Em 1993 a esquadra capitaneada pelo PA Minas Gerais, entrou no Rio Amazonas, com os seus apoios e escoltas. As Fragatas da classe Niterói estavam presentes.

Alemberg Domingos

Interessante, passei 30 anos na marinha e não sabia disso.

Leandro Costa

Até porque colocar esses navios de guerra em um rio não é exatamente uma idéia muito boa…

Santamariense

Meu caro, o Minas Gerais esteve inoperante, passando por Período de Manutenção e Modernização entre novembro de 1991 e outubro de 1993. Não consta, em lugar algum, que o Minas Gerais tenha operado no rio Amazonas.

Yamamoto

Teoricamente sim. Contudo, não seria recomendável para navios que possuem sonares de casco, pois os domos são frágeis (materiais compósitos) e podem sofrer graves danos no caso de uma colisão com um tronco submerso. Enquanto navegava pelo Rio Amazonas já presenciei diversos choques de troncos (à deriva e submersos) com o navio, que inclusive resultaram na perda de um dos lemes da embarcação. Para navios mais antigos é ainda mais delicado, pois as tubulações da rede de incêndio muitas vezes estão “vedadas” somente pela presença de cracas, com a água doce matando-as e podendo evidenciar furos e passagens que antes… Read more »

Augusto José de Souza

Entendi,mas as Niterói como foram atualizadas,creio que possuem um sistema de navegação que evite qualquer tipo de erro ou dano na água doce,seria legal ver algum meio da esquadra aberta para visitação em Manaus ou Santarém.

Burgos

Boa noite Augusto;
Como o Yamamoto falou os navios com sonares tem essa restrição quanto a navegação em Rios.
Falo por experiência própria, pois o único Rio que naveguei foi o Rio Itajai em SC 👍
Servi em Contratorpedeiro/Fragatas na MB ⚓️

Fernando XO

Prezado Augusto, fui com o U27 e a F49 até Belém… não me recordo de escoltas que tenham subido o rio além daquela cidade… o problema, além do domo do sonar, é a exposição dos eixos, lemes e hélices… em todo caso, não custa lembra que navios de grande tonelagem navegam até o TSOL… cordial abraço…