Marinha dos EUA realiza quatro lançamentos bem-sucedidos de mísseis Trident II D5LE no Atlântico

A Marinha dos Estados Unidos concluiu com sucesso quatro lançamentos de teste de mísseis balísticos Trident II D5LE (Life Extension) a partir de um submarino da classe Ohio, entre os dias 17 e 21 de setembro, na costa leste da Flórida. Um dos disparos, realizado na noite de domingo (21), iluminou o céu e pôde ser visto de Porto Rico.
Segundo o comando de Strategic Systems Programs (SSP), responsável pelos armamentos estratégicos da Marinha, os voos de teste fazem parte de um programa regular de avaliação de confiabilidade e precisão, não estando ligados a eventos geopolíticos atuais.
Com os disparos desta semana, o sistema Trident II D5 atinge 197 lançamentos de teste bem-sucedidos, reforçando a credibilidade do principal componente da dissuasão nuclear baseada no mar dos EUA.
Sistema estratégico de longo alcance
Os mísseis Trident II D5, desenvolvidos na década de 1980, receberam um programa de extensão de vida útil (D5LE) concluído em 2017, que garante a operação do sistema até a década de 2040. Lançados de submarinos estratégicos em imersão (SSBN), os mísseis caíram em área previamente designada no Atlântico, com emissão de avisos a aeronaves (NOTAM) e embarcações (NOTMAR) para segurança da navegação.
Declaração oficial
“Nossa força de mísseis balísticos lançados de submarinos é um pilar crítico da segurança nacional desde os anos 1960, e esses lançamentos reforçam a credibilidade e confiabilidade da capacidade de dissuasão estratégica dos Estados Unidos”, afirmou o vice-almirante Johnny R. Wolfe, diretor do SSP.
Os testes demonstram que, após mais de meio século de operações, o sistema de dissuasão nuclear marítima norte-americano permanece pronto para garantir a defesa do país nas próximas décadas.■
Fico curioso em saber o que aconteceria se fosse no sentido contrário.
https://x.com/sentdefender/status/1970107529901252673
Dificilmente haveria um teste em sentido contrário, porque EUA e Rússia noticiam um ao outro esse tipo de teste a fim de evitar problemas de falsos alarmes de lançamentos de mísseis. Assim os EUA fazem ensaios em direção ao atlântico sul e pacifico central e os russos para leste em direção ao polígono de Kura. Um teste americano ou russo que precise passar por uma rota que possa gerar confusão para os sistemas de alerta antecipado normalmente é evitado, ou será muito bem combinado antes. Desde os anos 90, ambas nações assinaram diversos acordos de proteção contra esse tipo de… Read more »
Os russos uns anos atrás também fizeram o mesmo tipo de teste com o Bulava, a ideia é verificar confiabilidade dos sistemas. Nos EUA esses testes são normalmente realizados no pacifico contra alvos nas proximidades das Ilhas Marshall onde os EUA possuem instalações que permitem aferir os resultados dos disparos. Nesse exercício atual, provavelmente navios de apoio estavam na região alvo na costa africana.
Os franceses fazem ensaios similares de mísseis disparados da Baía de Biscarrosse contra alvos no Atlântico Sul.