França conclui testes e transfere a primeira fragata FDI ‘Amiral Ronarc’h’ para sua base em Brest

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A Direção-Geral de Armamento (DGA) anunciou que a fragata Amiral Ronarc’h, primeira das cinco Fragatas de Defesa e Intervenção (FDI) encomendadas pela Marinha Nacional, deixou o estaleiro da Naval Group em Lorient rumo ao seu porto-base em Brest.

O deslocamento marca o fim da fase de testes no mar e o início do processo de recepção oficial pela Marinha francesa, previsto para outubro de 2025.

Programa estratégico para a Marinha francesa

Lançado em 2017 e conduzido pela DGA, o programa FDI reforça significativamente a frota de superfície com navios de primeira linha, polivalentes e equipados com tecnologia de ponta. A cerimônia de partida em Lorient contou com a presença de Emmanuel Chiva, delegado-geral para o Armamento, do almirante Nicolas Vaujour, chefe do Estado-Maior da Marinha, e de Pierre-Éric Pommellet, presidente da Naval Group.

As fragatas FDI são embarcações de combate multimissão, capazes de atuar em guerra antiaérea, antisuperfície e antissubmarino, além de projetar forças especiais. Com 4.500 toneladas de deslocamento, destacam-se pelo formato compacto e pela capacidade de operar em ambientes contestados, enfrentando tanto ameaças assimétricas quanto conflitos de alta intensidade.

Tecnologia e ciberproteção

Projetadas para missões de longa duração em áreas de crise, as FDI contam com alto nível de interoperabilidade, endurance notável e proteção reforçada contra ciberameaças. A arquitetura digital é evolutiva, permitindo incorporar novas tecnologias e responder a ameaças futuras.

Próximas unidades

A Amiral Ronarc’h é a primeira de uma série que inclui as fragatas Amiral Louzeau, Amiral Castex, Amiral Nomy e Amiral Cabanier. As três primeiras unidades fazem parte da implementação da Lei de Programação Militar 2024-2030, que visa o fortalecimento e a renovação da frota de superfície francesa.

Com a chegada a Brest, a França dá um passo decisivo para modernizar sua força de combate, elevando o nível de prontidão e dissuasão em um cenário global de crescentes desafios de segurança marítima.■


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Esteves

Bom dia, Conteúdo mostrado e debatido no PN. Alex fez ótimas análises sobre o tema. A fragata Amiral Ronarc’h (classe FDI – Frégate de Défense et d’Intervention, da Marinha Francesa) foi construída com proa invertida — também chamada de proa em tulipa invertida ou inverted bow — por razões principalmente hidrodinâmicas e operacionais, seguindo uma tendência moderna no design naval militar. Melhor desempenho em mar agitado Proa convencional: tende a “bater” nas ondas, causando impacto forte, vibrações e perda de velocidade. Proa invertida: corta as ondas de forma mais suave, reduzindo o movimento vertical (pitch) e o “slamming” (batidas violentas).… Read more »

Rodrigo Maçolla

Não entendo absolutamente nada deste assunto, obrigado por compartilhar estas informações, Para um leigo como eu a impressão que da mesmo é que uma proa com este desenho invertido parece até deslizar cortando as águas do mar como uma faca… 🙂

lucio

Amigo, tendência moderna? Os encouraçados do final do século XIX para início do século XX tinham todos proas nesse formato.

Nunes Neto

Fragata de Patrão, ai é outro nível,parabéns aos franceses, aqui vamos lutando para ter grana para ter 4 Tamandares e sonhando com força para um segundo lote, é cansativo torcer pelas forças armadas do Brasil.

Jagder

Incrível a precisão do corte, encaixe e soldagem, utilizados nestes navios.

GBento

A opinião é puramente estética, sem adentrar no mérito da qualidade do navio:

Que coisa mais feia!

Dr. Mundico

Aqui no Brasil seria rotulada como corveta.

Dom Lazier

Pois, “aim mas FREMM tem 6 mil toneladas”