França encomenda demonstrador de laser de alta potência para defesa antidrone

A Direção-Geral de Armamento (DGA) da França notificou em 22 de agosto a contratação de um demonstrador de sistema de arma a laser de nova geração, batizado Syderal, voltado para a luta antidrone e a defesa aérea de curta distância.
O projeto reúne um consórcio industrial formado por MBDA, Safran Electronics & Defense, Thales e Cilas, que ficará responsável pelo desenvolvimento do protótipo. O Syderal tem como meta avaliar a eficácia de armas a laser na neutralização de drones táticos, foguetes, morteiros e munições teleoperadas, com a perspectiva de equipar as Forças Armadas francesas até 2030.
Potência e tecnologia de ponta
Com potência de várias dezenas de quilowatts, o sistema utilizará tecnologias inovadoras de combinação e concentração de feixes para garantir máxima eficiência contra drones táticos. Projetado com arquitetura modular e evolutiva, o demonstrador poderá operar de dia e de noite e manter dimensões compactas, mesmo para o nível de energia planejado.
O consórcio aportará expertise de alto nível em áreas-chave como combinação de feixes laser, rastreamento de vídeo automático de alta precisão e óptica adaptativa, recursos que prometem desempenho superior a sistemas semelhantes em desenvolvimento no mundo.
Rumo a ameaças mais complexas
Em 2024, a DGA já havia concedido um primeiro contrato de 10 milhões de euros ao grupo formado por Lumibird e Cilas para o desenvolvimento de uma cadeia de fontes laser capaz de combinar múltiplos feixes e alcançar níveis muito altos de potência.
Segundo a DGA, o Syderal será um passo inicial para atingir potências ainda maiores, abrindo caminho para enfrentar ameaças mais complexas, como mísseis, e reforçando a autonomia tecnológica da França em sistemas de armas a energia dirigida.■
Os drones, no início, serviam para reconhecimento, depois passaram a portar armamento e, à medida que evoluiam, o preço foi constantemente diminuindo até se tornarem baratos o suficiente para serem descartados com único uso armados com explosivos. Com isso a guerra evoluiu e, nesse momento, estamos vendo mais uma evolução forçada pelo uso desses drones loitering. A princípio a saturação será usada como arma para garantir o sucesso, como temos visto na Ucrânia, mas em algum momento as contramedidas eletrônicas e o uso de armas de energia dirigida, como o laser, serão suficientes para proteger os alvos. Nesse momento as… Read more »
Perfeita elucidação, e no fim, quem vai garantir terreno é a boa e velha infantaria.
Saindo um pouco da notícia, mas atendo-me ao tema, vi uma notícia sobre protestos chineses quadro ao desenvolvimento de armas laser pelo Japão, por “alterar o equilíbrio ver forças” na região… Muita hipocrisia!