Marinha Nacional da França apreende 9,6 toneladas de cocaína ao largo da África Ocidental

Em uma das maiores operações antidrogas do ano, dois navios da Marinha Nacional da França apreenderam 9,6 toneladas de cocaína a bordo de um pesqueiro sem bandeira em alto-mar, próximo à costa da África Ocidental. O valor estimado da carga é de cerca de 519 milhões de euros.
A ação foi conduzida sob a direção do prefeito marítimo do Atlântico e do procurador da República junto ao tribunal de Brest, após um trabalho de inteligência internacional. O alerta partiu da Direção Nacional de Inteligência e Investigações Aduaneiras (DNRED), em cooperação com o Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), o Office Antistupéfiants (OFAST) francês e a National Crime Agency (NCA) do Reino Unido.
Operação em alto-mar
A interceptação ocorreu em 22 de setembro, no âmbito da operação Corymbe, que garante a presença naval francesa no Golfo da Guiné para a estabilidade regional e combate a crimes transnacionais. As equipes de visita dos navios da Marinha abordaram o pesqueiro em águas internacionais, amparadas pelo artigo 110 da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar (Montego Bay), que permite a abordagem de embarcações suspeitas sem bandeira.
Cooperação internacional
A operação, que resultou na apreensão de quase 10 toneladas de entorpecentes, foi possível graças à coordenação entre autoridades francesas e britânicas, evidenciando a eficácia da ação do Estado francês no mar na proteção das fronteiras externas e no combate ao crime organizado.
Presença estratégica no Golfo da Guiné
A operação Corymbe é parte do dispositivo de segurança marítima derivado do processo de Yaoundé, que busca fortalecer a capacidade das marinhas africanas e garantir a segurança marítima regional. Além das missões de patrulha e dissuasão contra a pirataria e o tráfico de drogas, os navios franceses realizam regularmente exercícios de cooperação e treinamento com países da região, reforçando a proteção dos interesses franceses e europeus no Atlântico africano.■
Se fosse a marinha americana tinha explodido o pesqueiro.
Trata- se policiamento em águas internacionais, seguindo normas sobre o assunto. Não é intimidação ou ameaça à quaisquer países da região. É um contra ponto às ações destrambelhadas e inconsequentes de Trump no Caribe.
A mensagem é clara. Toda a ação seguiu as normas internacionais, e com a anuência e conhecimento dos paises da costa africana e das Nações Unidas, como deve ser.