Oeiras, Portugal – 22 de setembro de 2025 – A OTAN deu início ao exercício Neptune Strike 25-3, terceira edição de 2025 da grande atividade de vigilância reforçada (enhanced Vigilance Activity), que acontece de 22 a 26 de setembro. A operação mobiliza mais de 10 mil militares – entre marinheiros, soldados, aviadores e fuzileiros navais – de 13 países aliados, em uma área que abrange os mares Mediterrâneo, Adriático, do Norte e Báltico.

O objetivo é demonstrar a capacidade da Aliança Atlântica de integrar forças navais de ataque de alta intensidade, reforçar a dissuasão e assegurar a liberdade de navegação em rotas marítimas estratégicas. O exercício também busca testar a interoperabilidade entre os componentes de mar, ar e terra, além de garantir a proteção de estreitos e pontos de estrangulamento marítimo. A edição anterior, Neptune Strike 25-2, foi realizada entre 24 de julho e 1º de agosto.

Comando multinacional e meios de destaque

Sob a liderança da Naval Striking and Support Forces NATO (STRIKFORNATO), sediada em Oeiras, e comandada pelo vice-almirante norte-americano Jeffrey T. Anderson, a OTAN assumiu o controle operacional de um grupo de ataque de porta-aviões (Carrier Strike Group), acompanhado de múltiplos meios navais e anfíbios aliados.

Entre os principais participantes estão:

  • O porta-aviões norte-americano USS Gerald R. Ford,
  • O navio de assalto anfíbio turco TCG Anadolu,
  • O navio de desembarque italiano ITS San Giorgio,
  • O navio de comando e controle norte-americano USS Mount Whitney.

O exercício conta ainda com destróieres, fragatas, submarinos e aeronaves de países como Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Lituânia, Noruega, Polônia, Turquia, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

Operações em múltiplos cenários

As atividades previstas incluem missões aéreas lançadas de porta-aviões, desembarques anfíbios no sul da Itália, patrulhas de submarinos, operações de guerra de superfície e um exercício de atendimento a múltiplas vítimas. O Carrier Strike Group do USS Gerald R. Ford opera no Mar do Norte, enquanto grupos-tarefa multinacionais conduzem missões conjuntas no Báltico e no Mediterrâneo.

Projeto Neptune

Parte do Project Neptune, concebido em 2020, a série Neptune Strike reforça a capacidade da OTAN de integrar rapidamente forças navais e de ataque multinacionais em longas distâncias. Segundo a Aliança, todas as atividades são planejadas com antecedência, têm caráter defensivo e estão em total conformidade com o direito internacional.■


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