Luo Yang (1961 – 25 de novembro de 2012) entrou para a história da aviação militar chinesa como um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do Shenyang J-15, o primeiro caça embarcado em porta-aviões da China. Formado em 1982 pela Universidade de Beihang em engenharia de equipamentos de alta altitude, Luo ingressou logo após a graduação no Instituto de Projetos Aeronáuticos de Shenyang, onde rapidamente se destacou, chegando ao posto de vice-diretor.

Sua carreira o levou ao topo da Shenyang Aircraft Corporation, onde assumiu a presidência e a direção-geral, além de liderar o programa de produção do J-15. O projeto tinha importância estratégica para Pequim: era o passo decisivo para que a recém-reformada Marinha chinesa pudesse operar aviões de combate em seu primeiro porta-aviões, o Liaoning, ex-Varyag soviético.

Em 25 de novembro de 2012, apenas horas após o J-15 realizar com sucesso os primeiros pousos e decolagens a bordo do Liaoning, Luo Yang sofreu um ataque cardíaco fulminante e morreu em um hospital. Ele estava sob intensa pressão para que o programa alcançasse essa meta histórica, que consolidaria a capacidade aeronaval da China.

Um memorial em sua homenagem foi realizado em Shenyang, sua cidade natal, onde colegas e autoridades celebraram seu papel fundamental na modernização das forças armadas do país. Luo Yang tornou-se, assim, um símbolo de dedicação ao avanço tecnológico chinês e ao ambicioso projeto de dotar a China de uma aviação embarcada de ponta.■


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Carlos Campos

Mataram o cara de tanto trabalhar

Claudio Moreno

Mais poder de fogo em um único PA do que toda a nossa FAB junta.
Sgtº Moreno

Paulo

É inacreditável que o Br, com o tamanho de costa que tem, não tenha ainda uma marinha digna disso. E não é por falta de tradição náutica. Constroi- se navios militares pelo menos desde a guerra do Paraguai, quando Mauá construiu as primeiras unidades à vapor para o Império, ou seja à 170 anos ! Há estaleiros de porte tanto no norte como no sul da costa. O mesmo estaleiro que constrói navios e plataformas para Petrobrás, pode construir navios para a MB. O único navio tanque da MB foi construído no RJ. Qual o impedimento real de que NDMs,… Read more »

Paulo

Alegar falta de recursos é uma falácia. Há o BNDES, há fundos para marinha mercante, há bonos para MB vindos da exploração de petróleo da Petrobrás. Só se precisa articular isto e tornar a atividade rentável e perene, sobretudo perene, para se ter escala e produzir unidades para MB e para nações amigas em modo contínuo. Como eu disse, tradição temos. Constroi- se fragatas desde os anos 70, submstinos desde os 90. O que falta, meu Deus ???.

Ozawa

Gestão. Não temos isso na MB e em grande parte das organizações brasileiras, civis ou militares. A MB é um caso clássico de desorganização militar: quadro de pessoal inchado, tecnicamente obsoleta.

Não é, hoje, uma força de defesa, mas uma mera burocracia fardada.

Augusto Cesar

Se ele pudesse ver a evolução do seu trabalho, com certeza teria muito orgulho.

Essa foto do Liaoning está belíssima.

Abymael2

Até para copiar tem que ter talento.
Pena que ele não sobreviveu ao esforço e não pode ver o resultado.

adriano Madureira

Fico pensando como seria broxante e frustrante,caso Luo Yang tivesse nascido no Brasil,onde certamente todo seu potencial criativo não teria sido usado…