A Royal Navy alcançou um marco operacional significativo ao declarar a Capacidade Operacional Inicial (IOC) do míssil antinavio Sea Venom embarcado nos helicópteros Wildcat da Fleet Air Arm. A validação — alcançada durante a operação Highmast, a missão global da esquadra britânica no Indo-Pacífico liderada pelo porta-aviões HMS Prince of Wales — permite agora o emprego do armamento em missões de primeira linha.

Quatro Wildcats do 815 Naval Air Squadron estão atualmente embarcados no grupo de ataque naval, distribuídos entre o porta-aviões HMS Prince of Wales, o destróier HMS Dauntless e a fragata norueguesa HNoMS Roald Amundsen, e foram os primeiros a levar o Sea Venom em apoio à operação.

Cada Wildcat pode transportar até quatro mísseis Sea Venom, facultando a capacidade de atacar múltiplos alvos numa única missão ou disparar uma salva concentrada contra um navio de maior porte. O Sea Venom é descrito como apto a neutralizar embarcações como corvetas e navios de patrulha, enquanto o helicóptero mantém também o míssil leve Martlet para defesa contra enxames de embarcações e alvos menores.

O comandante do 815 Squadron, Commander James Woods, sublinhou a importância do sistema:

“A introdução do Sea Venom representa uma mudança de patamar no nosso poder de combate. Entrega uma combinação letal de precisão, alcance e flexibilidade que nos permite atacar decisivamente uma vasta gama de ameaças nos domínios marítimo, costeiro e terrestre. — O mais importante é que nos dá a capacidade de neutralizar essas ameaças a distância. É uma capacidade transformacional para a Fleet Air Arm.”

ANL/Sea Venom

O Sea Venom constitui o componente de longo alcance do programa Future Anti-Surface Guided Weapon (FASGW); o Martlet cobre a lacuna de curto alcance. Uma das características avançadas do Sea Venom é a opção operator-in-the-loop, que permite a intervenção humana para ajustar a trajetória do míssil em tempo real durante o voo, aumentando a flexibilidade em cenários complexos de engajamento.

A chegada da IOC para o Sea Venom acrescenta uma camada relevante à capacidade de projecção de poder naval britânica e aliada, ampliando o alcance de ação dos helicópteros embarcados e reforçando a dissuasão e defesa de grupos navais em teatros distantes.■


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Paulo

O Sea Venom cabe perfeitanente nos linx reacalchutados e anabolizados da MB, que hesitava entre ele e os Spikes da Raphael, para reequipa- los. Talvez esta noticia da adoção do missil pela Royal Navy, e a interdição da compra de material militar de Israel por parte do Itamaraty, possa dirimir as dúvidas da MB, que alegava que os Sea Venom não tinham ainda sido adotados pela marinha real. Aliás, a integração do missil com os Wild linxs da MB é muito mais fácil do que os Spikes, que dependiam dos plugins e codigos fonte, que só a Raphael possue.

Santamariense

*recaUchutados
* plug-ins
*cÓdigos-fonte
*RaFael
*possuI

Last edited 21 dias atrás by Santamariense
Esteves

Meu Deus, Tivesse continuado à escrever…

Santamariense

*a escrever (“a” sem crase, pois nunca se usa crase antes de verbos).

Hehehehehe…abraço, Esteves.

Alecs

Pois é… alguém deve ter fumado o cigarrinho do capeta kkkkkkkkkkkkkkkk

Santamariense

🤣🤣

Santamariense

*LYnx ou LynxES

Rinaldo Nery

Difícil…

Leonardo Cardeal

Wildcat:….como estragar o desenho de um helicóptero que era formidável. (Linx)

rui mendes

Era formidável, agora é bem melhor.

J L

Bem que se houvesse alguns desses modelos disponíveis para vir na última aquisição da MB seria uma boa para ir de vagar aumentando a frota dessas ótimas aeronaves anti-submarino embarcadas.

Bosco

O Sea Venom , guiado por IIR, é feio que dá dó, mas é o legítimo sucessor do Sea Skua, que era guiado por radar semiativo.

Bosco

O míssil que estaria num patamar de desempenho acima do Sea Venom seria o Delilah HL, na faixa de 230 kg, com alcance de 250 km para uma ogiva de 30 kg,
O Sea Venom pesa 120 kg e tem alcance de 25 km para uma ogiva de 30 kg.
O mais a baixo dele, mas seguindo uma mesma linha, seria o Spike NLOS na faixa de 50 kg (70 com o contêiner) e alcance de 40 km para uma ogiva na faixa de 8 kg.

Bosco

Mais acima ainda , na faixa de desempenho, seria o NSM, com peso de 400 kg , ogiva de 120 kg e alcance de mais de 200 km

Paulo

Sim, mas o NSM não seria compatível com um vetor do porte do Wild Cat ou Wild Lynx. Poderia com um heli do porte do UH 15B, que no Br vai com exocet e futuramente com o Mansup ER que aliás, tem similaridades com o NSM

Bosco

Não me referi especificamente ao Wild Cat mas de modo geral.
Mas não me surpreenderia se o Wild Cat pudesse levar pelo menos 1 NSM caso isso fosse considerado necessário tendo em vista que a RN já o opera em seus navios.

Paulo

Cada um no seu quadrado. Há mísseis tipicos para ataque naval e misseis menores como o Spike NLOS que estão mais para apoio aéreo aproximado em operações de ataque anfíbio. No TO do mediterrâneo oriental, onde se tem marinhas oficiais ou não, utilizando lanchas ou barcos, com misseis navais, o Spike NLOS é perfeito. Foi criado pensando nesse TO, e também em operações anfibias contra alvos no litoral. Mas convenhamos, atacar um destroyer de 7 mil ton com misseis com uma ogiva de 8kg é meio desproporcional. A novidade, pra dizer assim, é a Royal Navy afirmar que o Sea… Read more »

Paulo

É interessante a tendência de se desenvolver mísseis multipropósito.
Nos misseis de ataque naval, a moda é torna-los capaz, sobretudo os de longo alcance, para serem utilizados também para ataque ao solo,nas zonas litorâneas. A eletrônica embarcada muda um pouco, agregando a capacidade de reprogramação para diversos alvos, e até guiagem ativa remota, como parece ser o caso do Sea Venom.

Bosco

Com certeza nenhum operador tem intenção primária de atacar destroieres com o míssil Sea Venom, mas isso seria perfeitamente possível caso seja necessário , principalmente tendo em vista que 4 deles poderiam ser lançados simultaneamente.
Lançados a 25 km de distância e a baixa altura seria muito difícil ao destroier detectar e atingir o helicóptero antes que ele possa lançar seus mísseis.
Um helicóptero pode lançar seus mísseis tão baixo quanto 50 metros de altura, o que o deixa abaixo do horizonte radar dos navios (de modo geral).

Bosco

Antes que o Santamariense me corrija: a baixo = abaixo
rssss

Santamariense

Hehehe… abraço, Bosco.

rui mendes

Tem também o Marte-ER com um peso de 340Kg, ogiva de 70kg e mais de 100km alcance, incorporado aos NH-90 NFH e aos EH-101 Merlin.