Fragatas classe ‘Tamandaré’ avançam em acabamento no estaleiro de Itajaí
Itajaí (SC) — As imagens enviadas gentilmente pelo nosso leitor MMerlin BR mostram as fragatas Tamandaré (F200) e Jerônimo de Albuquerque (F201) atracadas no cais do estaleiro Thyssenkrupp Brasil Sul (tkEBS), em Itajaí, em fase avançada de acabamento e integração de sistemas. As fotos revelam o casco pintado, a superestrutura montada e os primeiros componentes instalados, preparando os navios para os próximos testes operacionais.
Progresso das embarcações

A fragata Tamandaré (F200) já concluiu seu lançamento em agosto de 2024 e iniciou em 12 de agosto de 2025 os testes de aceitação no mar (sea trials), na costa de Santa Catarina, para avaliar propulsão, geração de energia, automação e navegabilidade. O navio superou as expectativas durante os testes, superando os 27 nós.
Após essa fase, o navio retornará ao estaleiro para ajustes finais antes da entrega à Marinha, prevista para dezembro de 2025.
O programa Classe Tamandaré: contexto e importância
O Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) visa a construção de quatro fragatas modernas para renovar a esquadra brasileira, substituindo navios antigos da Classe Niterói e da Classe Tipo 22. O consórcio responsável — Águas Azuis, composto por Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS), Embraer Defesa & Segurança e Atech — foi selecionado em 2020 para executar o projeto no Brasil, assegurando transferência tecnológica e conteúdo industrial nacional.
As fragatas têm deslocamento estimado em 3.500 toneladas, comprimento de 107,2 m, velocidade máxima de 25 nós e autonomia de 28 dias. Elas serão equipadas com sensores e armamentos de última geração: mísseis antinavio MANSUP, mísseis antiaéreos Sea Ceptor, canhões Oto Melara 76/62, canhões de defesa antimíssil 30 mm, lançadores de torpedos e sistemas de contramedidas C-Guard. O moderno sistema de comando e controle inclui um Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS) gerido pela Atech em parceria com a Atlas Elektronik.
A construção simultânea das fragatas no polo naval de Itajaí é inédita no Brasil, com estimativas de impacto para 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, além de geração de cerca de 15 mil empregos induzidos.
Desafios e expectativas
Embora as fotos mostrem progresso visível, o cronograma do programa exige rigor e coordenação. A Tamandaré entrará em novas provas de mar e ajustes finais antes da entrega. A Jerônimo de Albuquerque precisa completar suas instalações de sistemas integrados para iniciar seus testes de mar. O Programa prevê entregas escalonadas: F201 em 2027, F202 (Cunha Moreira) em 2028 e a F203 (Mariz e Barros) em 2029.■















Dúvida: porque a parte do meio do casco inferior da fragata está pintada de preto?
Provavelmente, pq tem dois escapes liberando fumaça, nessa posição citada…
Bom dia Jugger; Ali foi pintado de preto pois se vc observar a fragata não possui chaminé, todas as descargas de gases dos MCPs/MCAs são pelo costado, e para não deixar o costado do navio chamuscado de preto pelo Diesel queimado pelos MCPs/MCAs foi pintada esse formato trapezoidal de preto para evitar que isso aconteça. Obs: alguns reclamaram aqui no blog que essas descargas estavam muito acima da água, mas o navio ainda não está navegando a plena carga (munição/mantimento/combustível ) pois ainda está em fase de testes e se houver necessidade de uma docagem emergencial tudo fica mais rápido… Read more »
Curiosidade de leigo mesmo, o fato de ser próximo a água nao existe o risco de alagamento? Creio que devam existir sistemas que evitem isso, mas de fato é uma vantagem?
Fique tranquilo Rawicz;
Essa tecnologia é muito empregada nas embarcações da Marinha Alemã também, eles tem domínio e a grande vantagem de serem próximo a água isso diminui a assinatura térmica do navio dificultando o rastreio de míssil que emprega esse tipo de rastreio contra o alvo 👍
Eu gostaria de conhecer melhor como funciona o sistema de saida de gás, mas deve funcionar, grosso modo, como os tubos de snorkel dos submarinos. Há uma válvula que evita a entrada de água e permite a saida dos gases.
A vantagem é a redução do sinal infravermelho da saída dos gases quentes.
Do jeito que anda a economia brasileira e a saúde financeira da MB capaz que as Tamandarés, produzidas, não tenham seus VLS preenchidos devido a falta de recursos.
Muitos criticaram a quantidade baixa de VLS presentes nesse projeto, porém pelo andar da carruagem é bem possível que eles fiquem totalmente vazios. Possivelmente navegarão apenas com o canhões carregados.
É claro que essas informações são sigilosas e quase nunca há matéria sobre isso, nem mesmo aqui. Porém, infelizmente, não podemos desconfiar das escorregadas dos órgãos públicos brasileiros, sejam eles militares, ou não.
É isso mesmo, se a Tamandare tem do 12 é porque a Marinha sabia que não iria adiantar colocar mais e não usar.
Parabéns pelas belas fotos, uma pena nosso país não ligar para as forças armadas ,como disse o ministro um país livre e democrático precisa de forças armadas fortes, se forem sucateadas e fracas , outros países sempre ameaçarão nossa soberania ,vimos isso algumas vezes ao longo dos anos, o mais incrível é falarem que não têm dinheiro, mas cria-se impostos todo mês que arrecadam bilhões, poderiam criar impostos específicos para ajudar no investimento das forças, um na aviação para subsidiar a força aérea, uma de portos e indústria de petróleo para ajudar a MB e uma de transporte ou aduaneira… Read more »
Gostaria de ter tirado mais, mas perdi muito tempo analisando e, não nego, admirando as embarcações.
São belos navios e, pessoalmente, o enrugamento não fica tão evidente.
Na próxima que passar por lá quero tentar fazer um vídeo de boa qualidade e mostrar também o estaleiro.
As mudanças em sua estrutura são tão impressionantes quanto as embarcações.
Existe algum ponto que de carro ou a pé se consiga ver as embarcações, ou só de barco?Pergunto pq sempre passo por Itajaí indo para BC e floripa, dá curiosidade de passar e admirar as fragatas, mas nao conheço nada da cidade…
Do outro lado do rio tem pontos de visão.
Mas é preciso pedir autorização, que algumas vezes é concedida pelo pessoal que trabalha por lá.
Vale a pena Nunes. Só não esquece de ligar antes para essas empresas pra não perder viagem.
Eu fui direto porque estava de passagem e acabei dando sorte.
Então não existe um ponto “livre”do qual se consiga visualizar , uma pena :(…..
Parabéns pelas imagens.
Considero as Tamandaré lindas, que design!
E as fotos ficaram ótimas MMerlin!!!
Ansioso para vê-las navegando equipadas! Mais ainda por um possível 2º lote…quem sabe? Sonhar (ainda) é de graça…
Olá Merlin,
Obrigado pelas excelentes fotos. Ficaram show.
Ola Merlin, O enrrugamento é parte o navio.. se a lateral estiver exposta ao Sol, a chapas vão expandir e enrrugar. Se estiver um dia frio a lateral estiver exposta para o sul, vai ficar esticadinho.
EU fico impressionado como um navio deste tamanho não tem junta de dilatação.. riso.
Bom dia Camargoer;
A muito tempo atrás eu comentei que os navios de guerra em sua superestrutura contém um aparato que chamamos de mola que dependendo do cumprimento poderá existir de 2 a 4 , são espaços preenchido por uma borracha de alta flexibilidade e durabilidade para compensar as movimentações e até as dilatações do metal.
Obs: Nas FCNs quando embarcado, em mar grosso nas proximidades do convés do Exocet tinha esse aparato e via-se claramente o movimento da subestrutura do navio durante o Caturro do navio 👍
Lindas as corvetas Tamandaré (pela sua tonelagem)
?
Linda as nossas corvetinhas.
Existem cerca de 300 corvetas em operação em todo o mundo.
Duvido que o sr. cite 3 classes de corvetas com 3.500 toneladas de deslocamento ou mais.
Eles nem sabem o que é uma Corveta?
A nomenclatura utilizada pela MB tem mais relação com a função que a embarcação vai exercer do que com o deslocamento, mesmo que exista relação.
Acho interessante como o convés do helicóptero parece ser “desproporcional” em tamanho em relação ao resto do navio.
Não que isso seja um defeito, é claro…Mais capacidade operacional e segurança para as operações aéreas embarcadas.
Foram projetadas para abrigar até os monstrengos UH 15B . Por isto o deck é grande. Mas a idéia da MB não é basea-los nas FCT. Os UH 15B ficarão baseados no NAM Atlantico, NDM Bahia e excepcionalmente no NDM Oiapoque. Em caso de um TO extremo, os UH 15B poderão embarcar nas FCT, mas a ideia é manter os SeaHawk e os Wild Lynxs como vetores aéreos orgânicos das FCT, juntamente com drones Vstol. Dependendo da missão, utilizaria- se um ou outro, com seus respectivos misseis, torpedos, minas e sono boias. Já os UH 15B apenas portam misseis anti… Read more »
Olha, o projeto da MeKo A-100 corvette e light frigate da TKMS, na qual se baseia nossa fragata Tamandaré, já apresentava um convoo de 14 ou 15 por 25 metros pra operar asa rotativa de 9 a 11 toneladas, exatamente a faixa de peso pra um Seahawk ou um Caracal/Super Cougar, cujas dimensões das órbitas das asas e do footprint não diferem tanto assim. Acontece que um Seahawk é muito superior a uma Kombi tatuada de Mistery Machine, por mais que eu curta o Scooby Doo.
Que venha logo a encomenda do segundo lote, mesmo que em baixa cadência de produção…
🧐Colocaram uns bocais direcionadores nas descargas da F-200 (F-201, pra mim)? Adiantou?🤪
😱Rapaz, que coisa feia aquele bulbo vermelho ‘gritando’ na proa do bote…🤮(‘You know, i’m a very aesthetic guy’ 🌮 ou coisa assim…)
“Colocaram uns bocais direcionadores nas descargas da F-200 (F-201, pra mim)? Adiantou?”
Os bocais estão ali desde o início.
“Rapaz, que coisa feia aquele bulbo vermelho ‘gritando’ na proa do bote”
Esteticamente falando, bonito não é. Será que é porque o navio está leve? Pode ser. Só me parece que ela navega, na linha d’água, com a proa mais elevada que a popa. Pode também ser pelo baixo peso ou é característica do projeto.
Estão desde o início, mesmo? 😂
Bastou uma ida ao mar, nem em deslocamento padrão, pra deformar os tais bocais, ao menos o de vante. 🧐
Vai ter que trocar ou reparar. 🙄
Sempre.😎
Sim, estão desde o início. Basta comparar com as imagens do navio quando da sua primeira ida ao mar. E deformado? Onde?
Olhe a foto, uai.🤓
Ambos são sensivelmente diferentes, e isso não se deve ao ângulo da foto.🧐
Acho que tu precisa trocar os óculos.
Foto do período antes da primeira saída para o mar:
Foto da abertura dessa matéria aqui:
Onde tem diferença nos bocais???
Tem fotos de mais perto? 🤓
Tá bem…se você nega até uma imagem, não há o que discutir.
Esses retângulos demarcados no casco são o quê?
Ponto de contato dos rebocadores?
Já vi navios mercantes com isso, mas nunca um navio militar.
Espaço reservado pra propaganda ou cavalheiresco autotargeting (hit here, please) 🤪
Eu vim pra perguntar o porquê disso e ia fazer essa mesma piada.
Facilita para o comandante do submarino inimigo enquadrar o periscópio.
A ideia de ser um “anuncie aqui” não é de todo ruim. Colocaria um dinheiro extra na Marinha. Imagina uns outdoors de casa de apostas nesses retângulos…
Fazendo um troco extra…,🤑
É a MB colaborando pra aliviar o fardo do solicitante Múcio…😉
Tomara que o Brasil, aproveite o know-how, expertise, na fabricação destes navios e não a perca, seria interessante fazer a encomenda de mais 3 , talvez com uma maior capacidade, já que o projeto é modular, a situação geopolítica mundial não esta para fracos e o país infelizmente em termos governantais e mesmo da sociedade nunca deu muita importância para os projetos de defesa, um dia fará falta e aí vai ser aquela troca de acusações, precisamos de meios de dissuasão, além disso cria empregos qualificados em diversas áreas
sempre as mesmas aquisições , 6 fragatas , 4 sub , 4 corvetas e um navio captanea…..não muda parece que o orçamento e o mesmo nunca muda….putz
O navio ficou feio. Parece a proa de um com a popa de outro. O enrugamento parece excessivo, fato que talvez, indique o uso de chapas mais finas X Meko A-100. A Tamandaré é 8,7 metros mais longa que a MEKO A-100, oferecendo mais espaço para sistemas de armas, sensores e acomodações. A Tamandaré é 950 mm mais larga que a MEKO A-100, proporcionando maior estabilidade e capacidade de carga. Calado: A Tamandaré tem um calado 700 mm maior, o que pode indicar maior capacidade de carga, mas também pode afetar a manobrabilidade em águas rasas. Deslocamento: A Tamandaré é… Read more »
Pra quem estava com equipamentos dos anos 70/80, já é uma bela ajuda. Quantitativo abaixo do esperado, mesmo assim melhor que nada.
Belíssimas fotos da F200
Dá a impressão que o acabamento da Gerônimo não ficou tão bom como na Tamandaré, parece até que se usou uma chapa mais fina e a superfície do navio ficou muito mais ondulada que a da primeira.
Tem que abrir o olho e ver bem isso aí, para não sermos passados para trás por empresas, por políticos e por militares. Afinal, nós é que pagamos a brincadeira.