Marinha das Filipinas avalia aquisição de três destróieres japoneses desativados

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JS Abukuma

A Philippine Navy (PN) estuda a possibilidade de adquirir três dos seis destróieres de escolta da classe “Abukuma” que o Japão planeja desativar até 2027. A informação foi confirmada pelo comandante da força naval, vice-almirante Jose Maria Ambrosio Ezpeleta, durante audiência no Comitê de Finanças do Senado filipino nesta terça-feira (8).

Segundo Ezpeleta, após inspeção técnica realizada nas embarcações, a recomendação foi limitar a possível aquisição a apenas três navios, considerando fatores logísticos e orçamentários. “Não há garantia de que Tóquio realmente transferirá os navios para Manila, devido a limitações constitucionais japonesas”, destacou.

Os destróieres têm mais de 30 anos de serviço e serão desarmados antes de qualquer transferência, em conformidade com a constituição pacifista do Japão, que proíbe a exportação de armas letais, com exceções limitadas. “Mendigos não podem ser exigentes; são seis destróieres”, comentou o senador JV Ejercito ao saber da proposta.

Além das Filipinas, Vietnã e Indonésia também foram citados como possíveis receptores dos navios, segundo a agência Kyodo News.

Destróier de escolta classe Abukuma
Destróier de escolta classe Abukuma

Os navios da classe Abukuma foram projetados para guerra antissubmarino e antinavio. Eles deslocam cerca de 2.000 toneladas e têm 109 metros de comprimento, dimensões semelhantes às fragatas da classe Jose Rizal da Marinha filipina, que possuem 2.600 toneladas e 107 metros.

A aproximação entre Manila e Tóquio ocorre em meio a tensões com a China no Mar do Oeste das Filipinas e nas Ilhas Senkaku. Em julho, os dois países firmaram um Reciprocal Access Agreement, facilitando a movimentação de tropas e equipamentos em seus territórios.

Atualmente, a Philippine Coast Guard já opera dois navios-patrulha de 97 metros adquiridos do Japão — BRP Teresa Magbanua e BRP Melchora Aquino — e encomendou outras cinco embarcações do mesmo tipo, com a primeira entrega prevista para 2027.

A eventual transferência dos Abukuma reforçaria as capacidades da PN em patrulhamento marítimo e guerra antissubmarino, ampliando a cooperação estratégica entre Filipinas e Japão frente à crescente assertividade chinesa na região.■


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Angus

Usando como referência o modelo japonês para designar navios, as Tamandaré poderiam ser definidas como “Destroier”.

Uma provocadinha básica no povo que insiste em depreciar as Tamandaré, chamando de Corvetinha…rsrsrs

Rafael

No dia em que o Brasil operar uma escolta de umas 5-6 mil toneladas fico imaginando a nomenclatura adotada…Fragata Multipropósito Convencionalmente Armada?

Last edited 3 horas atrás by Rafael
Leonardo Cardeal

Fragata LTZ, ou Premier.. Se tiver mais plástico ainda vai chamar RS.

Dom Lazier

Os Estados Unidos costumava chamar fragatas de destroyer de escolta também.

Henrique A

É, e na época que eles deram essa nomenclatura (2a guerra mundial) fazia mais sentido já que essas classes compartilhavam algumas semelhanças com os Destroyers de frota (Benson,Fletcher, Gearing, etc.) Já os ingleses deram o nome (fragata) que eram navios do séc. XIX que não tinha nada haver com as classes de escoltas que eles estavam desenvolvendo.

Pra mim o termo mais correto seria “combatentes de superfície” daí eles poderiam ser hierarquizados dependendo das suas dimensões, armamento e missões.

Henrique A

Os Fletcher e Gearing tinham dimensões semelhantes e aqui também foram chamados de destroyer (contra-torpedeiro).

A nomenclatura é apenas uma convenção; a MB chama o ex-Ocean de Nae que é uma coisa absurda para os ouvidos dos anglo-saxônicos mas assim que as coisas são.

Last edited 2 horas atrás by Henrique A
Abner

Sempre achei que o Atlântico deveria ser chamado de “Porta-helicóptero” ou “Navio de assalto anfíbio”.

Dom Lazier

Nem tanto, pois os britânico chamavam o Ocean de comand aircraft carrier, porta aviões de comando.

Rasantos

Não, não e nãop. Nem vem com essa idéita de Brasi…

Last edited 3 horas atrás by Rasantos
Rasantos

Não, não e não. Não servem para nós¹

Burgos

“Os destróieres têm mais de 30 anos de serviço e serão desarmados antes de qualquer transferência, em conformidade com a constituição pacifista do Japão, que proíbe a exportação de armas letais, com exceções limitadas. “Mendigos não podem ser exigentes; são seis destróieres”, comentou o senador JV Ejercito ao saber da proposta.”

Ué ?!
Não iam ficar com as 6 ?!
Se bobear, não ficam com nenhuma, pelo que entendi vão “peladas” sem os armamentos 👀🤷‍♂️

Henrique A

A situação das Filipinas é tão alarmante para partir para uma decisão tão extrema? São navios absurdamentos velhos, fora de operação e cheios de restrições.

Carlos

Não! Isso é para você mesmo que está lendo e já quer meter um “bom para a MB” ou algo do tipo. NÃO! Não serve para nós!

Ivan herrera

Bela aquisição para MB, navios semi novos. Rsssss.