Reino Unido inicia processo para aquisição de rede de ISR para guerra antissubmarino no Atlântico Norte
O governo do Reino Unido deu o primeiro passo para desenvolver uma nova estrutura operacional de guerra antissubmarino (ASW) para o Royal Navy no Atlântico Norte ao publicar um aviso de intenção de lançamento de convite à licitação (ITT) para o programa Atlantic Net, conforme divulgado nesta semana.
O anúncio, feito em 15 de outubro, informa que o MOD busca contratar parceiros comerciais de missão (CMPs) para operar sob modelo “Contractor Owned, Contractor Operated – Naval Oversight” (COCONO) e que o sistema “será focado em dados, fornecendo à autoridade operacional marítima em terra informações em tempo real para apoiar a decisão”.
O Atlantic Net representa a Fase Um do programa mais amplo Atlantic Bastion, parte do programa Project CABOT, cujo objetivo é reforçar a capacidade da Marinha Britânica e da OTAN de proteger o domínio submarino no Atlântico Norte. Na Fase Um serão implantados sensores de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) em regiões-chave como a lacuna GIUK (Groenlândia-Islândia-Reino Unido), com ênfase em sistemas não tripulados. A Fase Dois integrará essas redes com plataformas tripuladas, como submarinos nucleares e aeronaves de patrulha marítima.
O processo de aquisição está previsto para operar no primeiro contrato-quadro aberto entre 17 de dezembro de 2025 e 31 de março de 2026, com o valor simbólico de apenas £1 por lote, segundo o aviso oficial. O Ministério da Defesa esclareceu que a iniciativa está isenta da Lei de Aquisições de 2023 por “razões de inteligência de defesa e segurança nacional”, mas que pretende seguir o espírito da legislação onde possível.
Esta iniciativa demonstra a urgência com que o Reino Unido e a OTAN estão respondendo ao aumento da atividade de submarinos russos e à necessidade de vigilância persistente em áreas marítimas estratégicas. O First Sea Lord, General Sir Gwyn Jenkins, afirmou que pretende ver os primeiros sensores do Atlantic Bastion no mar já em 2026.■
OTAN se preparando para enfrentar inimigos que ela mesmo cria. É para patriota da pátria alheia chorar no banho de felicidade, como se China, Rússia ou Irã fossem, em algum momento, ameaçar uma aliança desse tamanho, sendo que só reagem as investidas da própria OTAN que continua se expandindo e ameaçando as fronteiras desses países.