1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

USS Hailey - DD 556

Classe Fletcher

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 11 de abril de 1942
Lançamento: 9 de março de 1943
Incorporação: 30 de setembro de 1943
Baixa: 3 de novembro de 1960

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 2.050 ton (padrão), 3.050 ton (carregado).
Dimensões: 114.6 m de comprimento, 12.08 m de boca, 6.7 m de pontal e 5.5 m de calado máximo.
Propulsão: 4 caldeiras Babcock & Wilcox de 39.8 kg/cm2 a 454º C; 2 conjuntos de turbinas a vapor G.E., gerando um total de 60.000 shp, acoplados a dois eixos e dois hélices de três pás.

Eletricidade: dois conjuntos de turbo-geradores (turbina a vapor Rateau, 850ºF, 600Psi) cada um, que acionavam através de engrenagens redutoras, um gerador de corrente alternada (CA) G.E., 350Kw, 450 volts e um gerador de corrente contínua (CC), 40Kw, 120 volts, e um diesel-gerador G.E., modelo 3-268A, 360HP, 100KW, 450 volts (CA), 2,25KW, 120 volts (CC).

Velocidade: máxima de 35 nós.

Raio de ação: 4.600 milhas náuticas.

Armamento: 5 canhões de 5 pol. (127 mm) em cinco torres Mk-30 singelas; 10 canhões Bofors L/60 de 40 mm em cinco reparos duplos Mk 1; 7 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4; 2 reparos quíntuplos de tubos de torpedos Mk 14 de 21 pol. (533 mm); 2 calhas de cargas de profundidade Mk 3 e 6 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9 e 2 geradores de fumaça Mk 4.

Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SC; 1 radar de vigilância de superfície tipo SR; 1 radar de direção de tiro Mk-12, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; diretoras óticas Mk 51, acopladas ao sistema de direção de tiro Mk 51 e sonar de casco QHB.

Código Internacional de Chamada: NACH

Tripulação: 329 homens.

Obs: Características da época da incorporação.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Contratorpedeiro USS Hailey - DD 556, foi construído pelo estaleiro Seattle-Tacoma SB Co., em Seattle, Washington. Teve quilha batida em 11 de abril de 1942, foi lançado em 9 de março de 1943, tendo como madrinha a Sra. Claude S. Gillette, esposa do Almirante Gillette, e foi incorporado em 30 de setembro de 1943. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata (USN) Parke H. Brady.

 

1943

 

Depois de realizar o cruzeiro para qualificação inicial da tripulação ao largo San Diego (Califórnia), partiu de Seattle (Washington) em 13 de dezembro com destino a Pearl Harbor (Havaí).

 

O USS Hailey - DD 556, no Arsenal de Marinha de Puget Sound em 25 de outubro de 1943. (foto: NARA)

 

1944

 

Em 19 de janeiro, partiu de Pearl Harbor como escolta da Força de Ataque Sul do Almirante Richard K. Turner, para o assalto anfíbio as Ilhas Marshall. Depois de participar dos bombardeios das praias com os canhões de 5 polegadas, seguiu para o sul do Atol de Kwajalein onde se uniu ao grupo de escolta do Grupo de Transporte Sul.

 

Em 15 de fevereiro, partiu de Kwajelein com o Grupo Expedicionário para invadir Eniwetok, onde no dia 16 se juntou as escoltas dos Encouraçados e Cruzadores do Grupo de Suporte Norte do Almirante Oldendorff, bombardeando as posições inimigas em terra. Depois dessas operações retirou-se para o Atol de Majuro.

 

Em março patrulhou a área de Mussau-Emirau.

 

Em abril e maio, operou em patrulhas anti-submarino, interceptou o trafego de barcaças e prestou apoio de fogo as tropas de Exercito na Nova Guiné.

 

Em 16 de maio, partiu com a DesDiv 94 (94ª Divisão de Contratorpedeiros), composta também pelos Contratorpedeiros USS Haggard – DD 555, USS Franks – DD 554 e o USS Johnston – DD 557, com destino ao norte das Ilhas Salomão. Por volta das 21:30hs, a 125 milhas a noroeste de Green Island com a Divisão formada em linha, o USS Haggard conseguiu um contato sonar pela proa, a 2.800 jardas por boreste; era o submarino japonês I-176 de 160 toneladas. Foram feitos cinco ataques separados e entre os dois últimos foi ouvida uma grande explosão. O CTs continuaram as buscas até a noite seguinte sem conseguir um novo contato, entretanto foram recuperados objetos de origem japonesa dentro de uma fina mancha de óleo que se estendia por mais de 7 milhas.

 

Na primeira quinzena de junho, o Hailey realizou escoltas e patrulhas a leste de Saipan em apoio as operações nas Marianas.

 

Em 1º de julho, partiu de Eniwetok com a 3ª Divisão de Encouraçados do Almirante Weyler para realizar bombardeamento pré-invasão e de amaciamento em Guam.

 

Entre 21 de julho e 10 de agosto, juntou-se a Força de Ataque Sul do Almirante Conolly para a captura de Guam, retornando depois para Eniwetok.

 

Durante a Segunda quinzena de agosto e setembro, escoltou um Grupo de Porta-Aviões de Escolta que fornecia apoio aéreo a ocupação das Ilhas Pelileu, Anguar e Ngesebu, no Arquipélago das Palaus.

 

Em 12 de outubro, iniciou nova missão em Seeadler Harbor (Ilha Manus), com a Força "Taffy 2" do Contra-Almirante (USN) Felix B. Stump. A "Taffy 2" era a formação central de três grupos de Porta-Aviões de Escolta ao largo da entrada do Golfo de Leyte.

 

Enquanto o Contra-Almirante (USN) Oldendorff esmagava a Força Sul do Almirante Nishimura no Estreito de Surigao em 24 de outubro, a Força Central do Almirante Kurita chegava a Samar sem ser detectada nas primeiras horas do dia 25, com o intuito de destruir a concentração de navios anfíbios e de transportes americanos presentes na área.

 

Para fazer frente a essa força muito superior estavam às três "Taffies" do Almirante Crifton Sprague, que lutaram com bravura para expulsar a força de Kurita, derrotando assim a mais poderosa força de superfície que os japoneses mandaram para o mar desde a Batalha de Midway. Aconteceu assim a chamada Batalha do Golfo de Leyte.

 

A missão seguinte do Hailey foi com a Força-Tarefa 38 Porta-Aviões de Ataque do Almirante Halsey, integrando o Grupo-Tarefa do Almirante Bogan que estava encarregado de lançar ataques aéreos contra Formosa. Depois se juntou a escolta do GT de reabastecimento da 3º Frota, comando pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra (USN) Acuff.

 

1945

 

Em janeiro, juntou-se a Força-Tarefa 58 de Porta-Aviões de Ataque do Vice-Almirante (USN) Marc A. Mitscher, com a qual operou até o final de junho, participando inclusive dos bombardeios a Okinawa e as ilhas japonesas. Nessa ocasião integrava o novo 47º Esquadrão de Contratorpedeiros, originalmente composto por nove navios, e que ficou reduzido a três navios ativos. O USS Hailey saiu ileso, embora tenha permanecido no mar por 61 dias consecutivos com a guarnição em postos de combate por até 16 horas diárias.

 

Em julho, retornou aos EUA.

 

1946

 

Em 27 de janeiro, foi descomissionado em San Diego (Califórnia), juntando-se a Reserva da Esquadra do Pacifico.

 

1951

 

Em 27 de abril, foi recomissionado em San Diego, assumindo o comando o Capitão-de-Corveta (USN) Joseph E. Reedy.

 

Depois de realizar exercícios ao largo de San Diego, atravessou o Canal do Panamá para se juntar as unidades da 6ª Frota em Newport, passando antes por reparos gerais e modernização no Norfolk Navy Yard (Virginia), entre dezembro de 1951 e fevereiro de 1952.

 

1952

 

Em fevereiro, depois de concluir a modernização foi incorporado ao 20º Esquadrão de Contratorpedeiros.

 

Em 6 de setembro, partiu de Newport, cruzando o Canal do Panamá para servir por quatro meses em águas coreanas com a Força-Tarefa 77 de Porta-Aviões de Ataque, e participando das operações de bloqueio e prestando apoio de fogo naval às tropas americanas em terra com a Força-Tarefa 95. Em apoio de fogo às tropas de terra e em missões bombardeio, as baterias do navio atiraram mais de 3.300 salvas de 5 polegadas.

 

Partiu de Sasebo (Japão), para voltar a se reunir a 6ª Frota na Costa Leste.

 

1953

 

Entre dezembro de 1953 e maio de 1954, passou por reparos gerais e modernização no Boston Navy Yard (Philadelphia), quando foi retirada uma torreta Mk-30 de 5 pol. e os reparos Bofors de 40mm e no seu lugar instalados seis canhões Mk 27 de 3 pol. (76,2 mm/50) em três reparos duplos e o sistema de direção de tiro Mk-56 com o seu radar de direção de tiro Mk-25 mod.3.

 

1954

 

Após um grande período de adestramento em Guantanamo Bay (Cuba) foi incorporado a 6a Esquadra no Mediterrâneo.

 

1955

 

Em fevereiro regressou aos Estados Unidos e submeteu-se a reparos no Arsenal de Boston.

 

Depois dos reparos em Boston, até maio de 1958, realizou diversas comissões de guarda de aeronaves com navios-aérodromos; adestramentos para a Escola de Artilharia da Força de Contratorpedeiros do Atlântico e de adestramento especializado.

 

1958

 

Em maio seguiu para o Mediterrâneo novamente e passou a servir com a 6ª Esquadra. Em setembro, regressou a Norfolk e iniciou um periodo de reparos que foi até 14 de janeiro de 1959.

 

1958-59

 

Entre 8 de setembro de 1958 e 14 de setembro de 1959, realizou quatro comissões com a 6ª Frota no Mediterrâneo. Quando não estava desdobrado no Mediterrâneo, servia na guarda de aeronaves do Porta-Aviões de Escolta USS Monterey, que realizava o treinamento de pilotos da Escola de Aviação Naval de Pensacola (Florida), ou estava engajado em exercícios anti-submarinos com outras escoltas.

 

1960

 

Em 3 novembro, foi descomissionado em cerimônia realizada em Portsmouth (Virginia), juntando-se a Reserva da Esquadra do Atlântico.

 

1961

 

Em 1º de fevereiro entrou no Norfolk Naval Shipyard, em Portsmouth (Virgínia) para um periodo de reparos e para ser preparado para transferência ao Brasil.

 

Em 20 de julho, foi transferido por empréstimo a Marinha do Brasil, sob os termos do Pacto de Defesa Mútua, em cerimônia realizada na Base Naval de Norfolk, recebendo o nome de CT Pernambuco – D 30.

 

A serviço da Marinha dos EUA foi premiado com sete Estrelas de Combate por sua participação na 2ª Guerra Mundial e duas pela Guerra da Coréia.

 

 

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CF Parke H. Brady 30/09/1943 a __/__/194_
CF James Robert Payne 26/01/1945 a 27/01/1946
CC Joseph E. Reedy 27/04/1951 a __/__/1952
CF Phillip Frederick Eckert __/__/19__ a __/__/19__

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.205-206.

 

- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001

- Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980.

- Ross, Al. The Destroyer The Sullivans - Anatomy of the Ship. Conway Maritime Press Ltd., 1988.

- NavSource Naval History - www.navsource.org