Fragata ‘Carlo Bergamini’, primeira FREMM italiana, em testes de mar

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Em 6 de outubro, nas águas ao largo do Golfo de La Spezia, foi realizado o primeiro cruzeiro da fragata da classe “FREMM” Carlo Bergamini, da Marina Militare Italiana. Os testes realizados no mar foram satisfatórios, devido ao profissionalismo dos trabalhadores e tripulação da unidade, que tem participado ativamente em todos os ensaios realizados.

A FREMM italiana concorre com outras fragatas ao Prosuper, Programa de Navios de Superfície, que visa equipar a Esquadra Brasileira com navios de escolta de 6.000 toneladas.

NOTA DO EDITOR: Caramba, esse navio ficou bonito! Só podia ser italiano…

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FCGV

O radar não é dos melhores, mas o design tenho que concordar com o editor, só podia ser italiano!

marciomacedo

Há um certo desequilibrio no desenho, o mastro ficou muito alto.

MO

argh

Ricardo Cascaldi

Único ponto que acho estranho é que tudo que o navio sendo stealth ajuda, perde no mastro, deve parecer um holofote em radares! Muita superfície!

Mas é lindo sim!

😀

Nautilus

Em matéria de design, os italianos são insuperáveis, mesmo. A FREMM italiana é bem mais bonita que a francesa. Mas para um navio stealth, a primeira foto impressiona e lança dúvidas sobre a discrição do navio, que fica parecido com os navios russos dos anos 70/80, com aquela configuração tipo “pagode chinês”, cheio de mastros, lançadores de mísseis enormes e reentrâncias…
Mas que o navio é muito bonito, isso é. Principalmente a foto dela de perfil.

Mauricio R.

O mastro sólido reflete menos radar que um outro, do tipo treliça, mas sua altura a partir de certo pto passa a criar problemas, tipo altura metacentrica excessiva e “top weight”; o que afeta a estabilidade do casco.
Navios de design italiano tendem a ter o dna da Ferrari e da Maserati, são velozes, mas de folego curto.
Afinal o teatro de emprego imediato, é o Mar Mediterrâneo e não o Oceano Atlântico.
No mais termos essa classe de navios esbarra em 2 problemas, de difícil solução, orçamento p/ adquirí-los e verba p/ custeá-los.

Marcelo

muito bonito. torço para as FREMM, sejam italianas ou francesas.

se são caras para operar, quais seriam mais baratas? As coreanas?

Ivan

Maurício, “Navios de design italiano tendem a ter o dna da Ferrari e da Maserati, são velozes, mas de folego curto.” É uma visão realista e sustentada pela história da Marina Militare no século passado. Mas seu argumento seguinte é ainda melhor: “Afinal o teatro de emprego imediato, é o Mar Mediterrâneo e não o Oceano Atlântico.” É o mapa, sempre o mapa. Tanto a Marina Militare (Itália) como a Marine Nationale (França) possuem uma forte tradição mediterrânea, com seus navios operando sempre próximo aos seus portos e instalações de apoio. Este é um ponto sensível, que deve ser observado… Read more »

FCGV

Na verdade o principal porto francês é Brest, que fica do outro lado da frança, na Bretagne, do mesmo lado onde ocorrem as ondas de 5m de Mundaka, Biarritz e Hosegor sem contar a destruiçao causada pelo oceano, todos anos no outono/inverno. Nenhuma naçao, muito menos uma com mais de 2000 anos de historia e guerras seria tao ignorante em construir seus hulls com especificaçao para o mar mediterraneo (piscina salgada). É facil criticar sem ter referencias. Eu gostaria de ver as fontes que os amigos Ivan e Mauricio R. leram para dizer que os hulls foram especificados para o… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Mediterrâneo piscina salgada? Não deixe que o Poseidon e o Netuno leiam isso, pois eles nasceram lá e podem ficar bravosl!!! Falando sério agora: o Mediterrâneo, apesar de normalmente mais “calmo” que o Atlântico, em diversos setores e épocas não pode ser considerado uma piscina. Especialmente em algumas partes do Adriático. Mas é claro que o maior diferencial de todos, no projeto de navios para operar primordialmente no Mediterrâneo ou no Atlântico, está nas distâncias que normalmente têm que se deslocar a partir de suas bases para as áreas de interesse de suas marinhas. Tradicionalmente, no Mediterrâneo, era privilegiada a… Read more »

daltonl

A principal base naval francesa é Toulon no Mediterraneo. Brest é a segunda, ainda assim, bem distante em importancia, basta ver os navios que encontram-se baseados lá.

É em Toulon que encontram-se o CDG, as duas “Horizon”, os 6 SSNs, os navios anfibios e a maioria dos grandes combatentes de superficie.

Darkman

Esse navio é muito bonito e as fotos ficaram perfeitas !!!
Espero que sejam essas que venham para o Brasil !!!!

Belo post Galante !!!

Abs.

Ivan

FCGV, O companheiro de blog Maurício falou em “tendência” nos navios italianos, com o que concordo integralmente. Quanto ao questionamento das fontes fica um pouco mais difícil de indicar uma específica, pois é um juizo de valor formado ao longo de anos lendo várias fontes diferentes, antes mesmo da internet, em livros e revistas que não sei se ainda existem. Mas se observar o mapa, sempre o mapa, vai perceber que o Mediterrâneo é um mar fechado ( mas não uma piscina 🙂 ), onde a velocidade era mais importante que a autonomia. Isto influenciou o desenho dos navios desde… Read more »

Ivan

Nunão, Certametne as fragatas FREMM são mais equilibradas que as anteriores, no que diz respeito a velocidade vs autonomia. Mas é interessante observar se a reduzida tripulação não compromete a capacidade de operar em missões longas, como as patrulhas pelo Atlântico Sul tão comuns às fragatas inglesas e que devem ser executadas pela Marinha do Brasil no futuro. Os navios mediterrâneos podem prescindir de uma maior capacide de manutenção com sua tripulação, tendo em vista a proximidade dos seus portos. É mais barato, para eles, ter na base naval uma equipe que possa trabalhar em várias embarcações, além de ficar… Read more »

FCGV

Caros amigos da Naval, se levarmos em consideraçao a 2a guerra mundial na construçao das atuais fragatas, entao deveriamos lembrar que na guerra fria entrar ou sair do mediterraneo atravez de gibraltar (gargalo) com um SSBN seria pura loucura. Brest entao podia nao abrigar DDGs e FFGs, mas geo estrategicamente, Brest tinha um valor muito maior, apesar de estar longe da “direita francesa” em Toulon. Toulon como porto é importante historicamente por sua participaçao nas rotas comerciais e hoje pelo petroleo que vem de Suez. É onde está a extrema direita francesa e as aguas calmas do mediterraneo. Quem discordou… Read more »

MO

Hoje nao ha preucupação com CAV … ?

Nautilus

Ok, o EMPAR é um radar “balanceado”, para ser barato e o mais eficiente possível, dentro desses parâmetros. Acho que, se as nossas FREMM forem as italianas (que prefiro sobretudo por terem mais armamento de tubo que as francesas), o que eu gostaria de saber é: existe algo superior aos EMPAR em termos de América Latina/África? Um radar que serve para uma Marinha da OTAN não serviria para nós?

FCGV

Fleet Tactics and Coastal Combat, cpt wayne p. hughes jr., USN (ret.) pg. 147-148 “A marinha moderna americana é uma vitima do modelo do pensamento de guerra nuclear. Hoje, a maioria dos navios de guerra tem pouco “staying power”. Um ou dois misseis como Exocet ou Harpoon tiram de ação a maioria dos navios de guerra. Para sobreviver um ataque e continuar a desempenhar uma tarefa, o navio guerra moderno americano depende pesadamente numa reduçao de sucetividade: a habilidade de manter os “incoming” misseis de atingir em primeiro lugar.” pg. 158 “Na WW2, navios de guerra tomavam uma enorme puniçao… Read more »

FCGV

Agora, na minha opiniao, se vamos de FREMM, eu gostaria que fossem francesas, de 6, pelo menos 4 delas FREDA. Ainda que na minha opiniao, nem o Herakles nem o Empar sejam suficiente para escoltar a principal plataforma da marinha moderna: o porta avioes; pelo menos podemos contar com o fator surpresa e/ou operar proximo a costa, das bases aereas e baterias ASM terrestres: “A ship’s a fool to fight a fort” (acho que foi Nelson que escreveu), onde um fort pode ser uma base aerea terrestre, baterias de defesa. Mas essa tatica deve estar incrustrada profundamente em nossa doutrina,… Read more »

FCGV

Aqui esta uma foto do radar que há dentro do domo.
http://www.eurosam.com/images/blocks/Empar_maq_zoom.jpg

Mauricio R.
Mauricio R.
FCGV

Esse segundo link que vc enviou é um otimo artigo a respeito. Valeu!

Raphael Perrelli

De fato ficou linda e está totalmente inserida na realidade tecnológica naval. Parabéns a Marinha Italiana!