Londres, Reino Unido: A Marinha do Brasil assinou um contrato no valor de 133 milhões de libras esterlinas com a BAE Systems para o fornecimento de três Navios de Patrulha Oceânica e serviços auxiliares de apoio. O contrato inclui, também, Licença de Fabricação, que permite a construção de outros navios da mesma classe no Brasil.

Os três navios de 90 metros, originalmente construídos para o governo de Trinidad e Tobago, proverão a Marinha do Brasil com capacidade marítima reforçada no curto prazo, enquanto se aguarda a aquisição futura de navios no âmbito do programa PROSUPER (atual plano de aquisição de navio de superfície do Brasil). Os dois primeiros navios serão entregues em 2012 e o terceiro no início de 2013.

Como parte da Licença de Fabricação, será fornecido um Pacote de Informação de Projeto contendo informações relevantes sobre o projeto e fabricação, que permitirão à Marinha do Brasil construir outros Navios de Patrulha Oceânica aqui, dando suporte ao programa de reequipamento naval do país e fortalecendo a capacidade industrial marítima do Brasil.

“Este é um passo significante para o nosso relacionamento com o país. Os Navios de Patrulha Oceânica são embarcações altamente capazes e tenho certeza de que serão um ativo extraordinário para a Marinha do Brasil”, disse Andrew Davies, Diretor Administrativo da Divisão Marítima da BAE Systems.

“Estamos ansiosos para trabalhar juntos e espero que este seja o início de uma parceria de longo prazo com o Brasil no setor marítimo”.

“A aquisição destes três Navios de Patrulha Oceânica da BAE Systems será uma importante contribuição tanto para nossa habilidade em prover segurança e proteção para as Águas Jurisdicionais brasileiras quanto para a entrega dos nossos compromissos com a Autoridade Marítima Brasileira”, disse o Contra-Almirante Francisco Deiana, Diretor de Engenharia Naval da Marinha do Brasil.

“Esta aquisição não muda o escopo do PROSUPER, nosso programa de aquisição futura de navios que também inclui outros cinco Navios de Patrulha Oceânica de 1.800 toneladas a serem construídos no Brasil”.

Os Navios de Patrulha Oceânica são capazes de ultrapassar a velocidade de 25 nós e pesam 2.200 toneladas quando totalmente carregados. Com um canhão de 30mm e duas metralhadoras de 25mm, bem como convés de voo para operar helicóptero e um bote inflável rígido, os navios são ideais para a realização de funções de segurança marítima nas águas territoriais do Brasil. Projetados para acomodar uma tripulação de até 70 pessoas, com acomodação adicional para 50 tropas embarcadas ou passageiros e amplo espaço de convés para armazenagem de contêineres, as embarcações também são eficazes para busca e salvamento e operações de socorro.

Os navios foram originalmente construídos pela BAE Systems para o governo de Trinidad e Tobago sob um contrato assinado em 2007. Este contrato foi encerrado no final de 2010 e BAE Systems, desde então, tem oferecido os navios para países interessados. O primeiro navio foi construído nas instalações da BAE Systems de Portsmouth e os outros dois em seu estaleiro no Clyde.

FONTE: Gaspar e Associados Comunicação Empresarial

Subscribe
Notify of
guest

14 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Invincible

Tá aí! Já derão o tom da música.

NaPaOc feitos no Brasil.

antonio_nunesneto

Estava lendo exatamente esta notícia no canal da BBC. E me chamou a atenção a questão da Licença de Fabricação. O link da notícia é: http://www.bbc.co.uk/news/uk-scotland-scotland-business-16383765 Na parte Analysis, o comentarista Douglas Frasier chama a atenção para um aspecto importante: “For naval shipbuilding in Britain (and that’s almost all there is left), it carries a sombre warning – that the skills being sought by BAE Systems’ customers are not in construction but in design. From South America to Asia, governments have growing military budgets, but they aspire to build their own warships, with the design under licence.” “…as habilidades requisitadas… Read more »

aericzz

show de bola… estava precisando começar 2012 com uma boa noticia,
nos releases da bae tem uma q informa q quando da assinatura do contrato por T & T o valor era de 150.000.000 de libras! isto em 2007…
0 desconto foi bom!?

GUPPY

Agora sim. Já que vamos poder reproduzir por aqui, passou a ser um excelente negócio até porque poderemos fazer algumas modificações para melhor se adequarem às exigências da MB e, também, quem sabe (vai depender do contrato com a BAE System), exportarmos. O canhão de 30 milímetros está com os dias contados.

Mauricio R.

Oba!!! Agora poderemos doar tdas as imprestáveis “Macaé”, pela América Latina e África!!!
Excelente negócio!!!

osmarmineirorj

Pelo que entendi da reportagem nós iremos usar dois tipos de Navio Patrulha Oceanico. Esse da BAE e o que será licitado no prosuper. Será que esse navio da BAE não supre as necessidades da MB, mesmo que com pequenas alterações?

Ricardo Cascaldi

Alguém acredita que vão construir alguma aqui? Barroso demorou 30 anos, e as Port of Spain, vão demorar quantos anos?

Não sei mas já vou apostar kkkkkkk

>> MO aprova esse comentário.

Acertei MO?

Abraço!

MO

Ah cara vou falar o que

fica a resposta ai para eqp do “BZ Marinha”, “A Marinha ta de Parabens” e afins

de minha parte irei ficar quieto …

fragatamendes

Para mim não foi surpreza pois eu já tinha cantado a pedra em um comentário no outro POST sobre o mesmo assunto, eu só espero que o armamento seja mudado para 76mm e 20mm ou 40mm e 20mm, seria mais coerente com o que a MB queria anteriormente.

Read more: http://www.naval.com.br/blog/2011/12/27/marinha-compra-os-navios-patrulha-oceanicos-npaoc-da-bae/#ixzz1iLkc5WGi

aericzz

aki tá sem pintura, só falta o indicativo, quem se habilita??????
http://imagegallery.baesystems.investis.com/popups/downloaditem.aspx?itemid=3910

Fabio ASC

Tá, compramos o direito de produção,mas, esses navios atendem as necessidades da MB?

Sem hangar, para o pré-sal… sei não.

Mauricio R.

Não acho que a MB deva alterar o armamento, pelo menos por enquanto, pois envolve não somente custos mas um tanto de engenharia.
Deveriam curtir a novidade e depois avaliar se tem realmente serventia e aí sim decidir o que fazer.
Pois esses são navios-patrulha e não fragatas.

GHz

Só para comparação, a Malásia adquiriu 6 NPaOc classe Gowind por US$ 2,8 BI, para entregas a partir de 2017. http://news.yahoo.com/malaysia-firm-wins-2-8-bln-navy-ship-062847045.html Tudo bem que são navios mais capazes que os OPV da BAe Systems (operam EC725, por exemplo), mas fica muito difícil criticar esta compra de oportunidade da MB, com valores cerca de 400% menores que as Gowind, disponibilidade quase imediata, e ainda por cima licença de projeto. “Esta aquisição não muda o escopo do PROSUPER, nosso programa de aquisição futura de navios que também inclui outros cinco Navios de Patrulha Oceânica de 1.800 toneladas a serem construídos no Brasil”.… Read more »

antonio_nunesneto

Esse acordo, apesar de ter sido de oportunidade, não deixa de representar uma aproximação entre a MB e as empresas britânicas. Pode ter influência no PROSUPER.

Uma dúvida minha é que antes essa notícia da compra dos OPV’s vinha sempre acompanhada de uma possível compra casada das Type 22 Batch 3.

Ainda pode acontecer ou o cenário é outro?