ProSub é o programa mais importante da Marinha e prevê fabricação de quatro submarinos convencionais com suporte francês; o quinto deve ser movido à propulsão nuclear e desenvolvido com tecnologia brasileira – Custódio Coimbra / Agência O Globo

Meta era lançar primeira embarcação ao mar no terceiro trimestre de 2018

Por Jeferson Ribeiro

RIO — O Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Prosub), projeto mais estratégico da Marinha brasileira, corre o risco de não atingir a meta de lançar ao mar, no terceiro trimestre de 2018, seu primeiro submarino. O risco não vem do mar ou de um inimigo, e sim do contingenciamento orçamentário adotado pela equipe econômica. Para tentar cumprir o objetivo diante da escassez de recursos, a Marinha já fez um downgrade do projeto inicial e, nessa reta final, reduziu o ritmo de obras no estaleiro de manutenção, na base naval e no complexo radiológico. Agora, torce por uma nova liberação de recursos.

— Mesmo com esse contingenciamento que teve, de 30% até o dia de hoje, nós não estamos atrasados com pagamentos. Todos os compromissos foram quitados. Mas existem compromissos para o segundo semestre. Alguns deles, dependendo de (os recursos) serem descontingenciados ou não, serão cumpridos. Se não forem descontingenciados, alguns compromissos podem não ser quitados — reconheceu o coordenador-geral do Prosub, o almirante de esquadra Max Roffé Hirschfeld.
O Prosub está orçado em cerca de R$ 30 bilhões e já consumiu aproximadamente R$ 16 bilhões desde 2008, quando foi anunciado. Esse montante considera os pagamentos do financiamento internacional e as obras. O programa é feito em parceria com a França, que detém a tecnologia de propulsão nuclear para submarinos, e prevê a construção de quatro submarinos convencionais e um movido à energia nuclear.

BLOQUEIO DE 32% ESTE ANO

Este ano, o orçamento do Prosub era de aproximadamente R$ 2 bilhões e foi contingenciado em 32%, o que coloca em risco o cronograma de lançamento ao mar da primeira embarcação. Para a Marinha, o programa é estratégico principalmente por dois motivos: renovar sua frota de quatro submarinos ativos, mas já bastante desatualizados, e conquistar a tecnologia de construção de um submarino nuclear. Ao final do programa, hoje previsto para 2029, o Brasil entraria para um seleto grupo de países (Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Rússia) que detêm essa capacidade e poderia se tornar um importante integrante nesse mercado restrito. Seria o único latino-americano com essa tecnologia em mãos.

Comandante da Marinha, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira disse ao GLOBO que o contingenciamento “dificulta um pouco as coisas” no que se refere ao cronograma e que está fazendo tudo o que pode para concentrar os recursos na conclusão do submarino Riachuelo — o primeiro do programa. Segundo ele, se o corte for definitivo, como vem demonstrando a equipe econômica, a Marinha terá problemas. Leal Ferreira, porém, disse manter as esperanças de que haja uma nova liberação de recursos, apesar de não ter recebido qualquer sinalização do presidente Michel Temer a esse respeito.

— Ele não se comprometeu. Não há nenhum compromisso formal — disse o comandante.

Com contingenciamentos anuais desde que foi lançado, o Prosub já passou por várias adaptações. Áreas como o estaleiro de manutenção e a base naval, que estão sendo edificadas no complexo em Itaguaí, no Rio, onde são construídos os submarinos e onde eles serão lançados ao mar, tiveram seu ritmo de construção reduzido desde 2015. Para garantir o cronograma de lançar ao mar o primeiro submarino convencional no ano que vem, a Marinha priorizou a conclusão do estaleiro de construção e do ship lift (o elevador de navios). Mesmo essas obras podem sofrer atrasos, dependendo do orçamento disponível para este e o próximo ano.

O comandante alerta, porém, para o risco de o Prosub naufragar e o país ter sua imagem associada a um fracasso.

— Assim como o sucesso vai representar uma nova perspectiva para o Brasil no cenário internacional em termos de respeito e credibilidade, o fracasso pode representar exatamente o oposto. Ou seja, o Brasil não conseguiu. Seja por qual for o motivo, e o mais claro são as dificuldades orçamentárias. Mas isso vai sempre ficar marcado como um fracasso — disse Leal Bacellar.

Questionado pelo GLOBO sobre a possibilidade de descontingenciamento de recursos do Prosub, o Ministério do Planejamento condicionou qualquer mudança à melhora da arrecadação, o que parece difícil num quadro em que o governo está ampliando sua meta de déficit fiscal em R$ 20 bilhões argumentando frustração com as receitas previstas.

“Esse contingenciamento atingiu a todos os órgãos da União, que estão passando por um profundo processo de contenção na execução dos gastos, dada a limitação orçamentária. Os ministérios têm relatado, ao Ministério do Planejamento (MP), possíveis prejuízos na prestação de alguns serviços. Entretanto, qualquer ampliação de limites, sem que haja redução em outros ministérios, depende do aumento do espaço fiscal”, disse a pasta em nota.

O Ministério da Defesa afirmou que a Marinha é responsável pelas informações do Prosub.

O comandante da Marinha disse compreender as dificuldades orçamentárias do governo e reconheceu que áreas essenciais da administração, como Saúde e Educação, também estão sofrendo cortes. Mas argumenta que o país precisa ter um mínimo de força de defesa.

— O Brasil hoje transporta 10% do volume mundial de carga no mar. Somos o maior produtor de petróleo da América Latina. Pode haver cobiça. Por isso, o Brasil tem que ter uma capacidade mínima de defesa. A necessidade de corte na Defesa já chegou ao limite. Já até ultrapassou o limite — sentencia o comandante.

Segundo ele, na década de 1950, o orçamento da Defesa era de aproximadamente 25% do Orçamento da União. Hoje, seria de apenas 5%.

Diretor-geral de desenvolvimento nuclear e tecnológico da Marinha, o almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior disse ao GLOBO que o maior desafio do Prosub é justamente a questão orçamentária:

— O maior desafio é a garantia de um fluxo contínuo de investimento orçamentário. E, além disso, compatibilizar os prazos de desenvolvimento no país de alguns equipamentos e sistemas, pela dificuldade de adquiri-los em outros países, principalmente na área nuclear.

Muitos países evitam vender produtos, sistemas e serviços à Marinha brasileira quando informados de que serão empregados no Prosub. Os almirantes ouvidos pela reportagem relataram episódios em que mesmo peças ou sistemas simples são negados ao governo brasileiro para dificultar o acesso do país a essa tecnologia.

FONTE: O Globo

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Adriano Luchiari

É lamentável a situação fiscal que a irresponsabilidade e megalomania dos governos Lula e Dilma legaram ao país. Ou se aumenta impostos, já escorchantes, ou se reduz custeio e investimentos, ou o governo apela para “pedaladas” e cai como aconteceu com o governo Dilma. No caso específico do Prosub, creio que não há muito a pensar. A solução é paralisar por tempo indeterminado o desenvolvimento do SubNuc, as obras do complexo radiológico e demais estruturas que não comprometam o funcionamento da base naval nem a conclusão dos Scorpène, e tentar lançar ao mar pelo menos as três unidades em construção… Read more »

jose benedito

Não é tão difícil resolver isso; é só reduzir o contingente 85000 militares(ou seja pessoal de mais totalmente desnecessário ainda mais para uma marinha sem navios igual a nossa- demonstrando que as Faz são um mero cabide de emprego, local onde as pessoas querem um emprego federal com todas as benesses e privilégios que isso trás). Em tempo pra que as Tamandarés com o preço absurdo que custarão? As Sigmas holandesas ou as Milgens turcas são melhores e custam menos, mas talvez a corrupção justifique a opção pelo projeto tupiniquim. Também pode-se deixar de adquirir o Ocean, um navio totalmente… Read more »

Glasquis 7

Brasil sendo o Brasil…

Marcelo Andrade

Interessante que a Classe Riachuelo é bem maior que a Classe Tupi mas tem a mesma quantidade de tripulantes. Muito mais automatizado.

No mais, são os militares tirando leite de pedra, como sempre!!!!

Como dizia Ruy Barbosa: ” Esquadras não se improvisam..”

Satyricon

Alm Leal fará o necessário para concluir os SBR. Já o SNBR… tenho lá minhas dúvidas. Itaguaí corre o risco de ficar inacabada

Juarez

Vocês já viram aquelas fotos do estaleiro Stormi na Argentina com com três ou quatro cascos inacabados de TR 1700??
Efeito Orloff……..
Se tivesse que apostar, eu diria que o Riachuelo sai até 2020, o segundo que não me ocorre o nome agora, tem 50% de chance e o resto só Deus sabe.

G abraço

camargoer

Caro José Benetido,
Antes de propor “cortar” o pessoal da MB, não seria o caso de avaliar quem e onde estão alocados? Talvez você tenha razão, e 85.000 seja um número excessivo (imagino que seja mas não posso afirmar). Talvez seja exatamente o tamanho necessário. O que não pode é “achar” isso ou aquilo.

camargoer

Olá JB;
Por exemplo, são 18.000 fuzileiros navais. Na página do MD, diz que o efetivo máximo da MB seria de 80.507 (sendo 87 oficiais-generais, 10620 oficiais e 69.800 graduados e soldados. Mas é o número máximo. Na wikipedia diz que a MB tem um efetivo de 60.000, incluindo os fuzileiros. Ou seja, no máximo, a MB teria 62.500 e no mínimo 42.000. Será que são números desproporcionais mesmo?

Renan

Vergonha
Dispensem 40 mil militares e sobrará dinheiro para tudo.
Vergonha as forças armadas servem de cabides de emprego, manda 50% embora deixa só os competentes e os necessários.
Pois quantos navios, submarinos, e barcos temos.
Garanto que não cabem 20mil dentro de todos.
Portanto desnecessário.
Abraços

Bardini

A MB tem função de Guarda Costeira, função burocrática, função assistencialista e etc… A Marinha não é só “Marinha de Guerra”, infelizmente.

camargoer

Caro Bardini,
discordo do seu ponto de vista.
Considerando o papel estratégico e integrador das forças armadas e da necessidade de maximizar os recursos do Estado para manter a MB ativa mesmo em tempos de paz, é muito bom que a MB desempenhe múltiplas ações, inclusive de guarda costeira. Caso a GC e os FN fossem desmembrados da MB, isso implicaria em duplicar ou triplicar a estrutura burocrática, piorar a integração das forças armadas e ainda, o orçamento da MB seria menor, pois ela seria menor. E daria no mesmo.

Bardini

Não tem que se duplicar, triplicar ou criar estrutura coisa nenhuma… A MB tem diversas estruturas Brasil a fora, é só separar as que a MB precisa para ser Marinha, coisa que da para contar nos dedos de uma mão. O resto vira estrutura de “Guarda Costeira”. . E o orçamento? Joga a Guarda Costeira na conta da PF, são forças que atuaram em conjunto, podem dividir estrutura, pessoal, equipamento e etc. Deveriam ser uma coisa só. . A Marinha deixa de fazer missão que não é de Marinha e acaba a enrolação de chamar Guarda Costeira de Marinha e… Read more »

sergio ribamar ferreira

‘ país tem que ter capacidade mínima de defesa.” nõ são minhas palavras. pergunta: a MB recebia ou recebe parte dos royalts que tem direito? Questão de gerenciar e administrar uma força não é assim tão fácil. 62 mil homens de MB são suficientes visto nosso extenso território. O que não temos são meios de dissuasão. Da mesma forma que EB e FAB não recebem a porcentagem pelo o que se produz e vendem dos minérios. País é imenso territorialmente. Precisamos de meios, pesquisa, adequar nossas Forças ao mundo tecnológico. Há desperdício em verbas para projetos que não geram nada… Read more »

Sergio Alvez da Cruz

O SITE JANE’S ESTAVA CERTO!

Adriano Luchiari

Diante das dificuldades financeiras, a solução de continuidade do Prosub será adiar por tempo indeterminado o desenvolvimento e construção do SubNuc, a construção do complexo radiológico e demais instalações do estaleiro e base naval que não comprometam o lançamento dos Scorpènes ao mar. E focar a conclusão dos 3 submarinos já em produção (e em diferentes fases de construção), até 2022. É isso ou nada.

Alex Barreto Cypriano

Onde a novidade? Alguém realmente acreditou que sob a batuta esbanjadora eneadáctila a nação progrediria de modo sustentável e se livraria da maldição dos ciclos malogrados e atualizações forçadas? Que se arruínem todas as esperanças dos ordinários e incapazes, é lei férrea que vale para indivíduos e nações. O Hell de Janeiro é hoje o Brasil de amanhã. Se um Brasil houver até lá…

Rui Chapéu

Simples. Cancelem essa orca superfaturada. É a melhor coisa que a marinha pode fazer pelo povo brasileiro.

Isso ai vai ser +- igual os projetos espaciais brasileiros, Os projetos espaciais mandam o dinheiro pro espaço enquanto essa orca vai mandar o dinheiro pro fundo do mar.

Isso vai proteger o que ? De quem?

Gustavo

o brasil está sempre em um “seleto” grupo, disso e daquilo, mas nunca sai da lama. Prova da nossa incompetência. Estávamos sempre a frente da Austrália no passado na competição do hemisfério sul, hoje veja onde a austrália está e onde estamos…

Bavaria Lion

Crise fiscal? Não é bem esse o termo. A crise é fomentada porque os agentes políticos-econômicos que deveriam organizar a economia, tomam medidas diametralmente paradoxais em todos os âmbitos. É uma crise intelectual, moral, ética, e, econômica, o que pode refletir no âmbito fiscal, porém, a única instituição pública que funciona com mínima competência no brasil é a receita federal. Ela que nos faz pagar o maior imposto do mundo (uma vez que é o pior retorno). Quanto ao “submarino”, não tem jeito, já não dá pra cancelar. Passou do ponto. No dia que foi entregue a primeira subseção do… Read more »

Juarez

E o resultado icônico das escolhas e das submissões aos delírios de lunáticos junto com os desmandos e roubalheiras da ORCRIM.
Agora, aguentem, a nau faz água por todos os bordos, principalmente o moral.

G abraco

Karl Bonfim

Essa crise fiscal vai longe,” se tudo der certo”, só lá para 2020, 21 que esse déficit fiscal vai parar de atrapalhar a economia e o funcionamento do Estado Brasileiro. Se próximo presidente tiver peito e coragem vai ter que mexer nesse nesse vespeiro que é o orçamento para a defesa, no qual a maior parte vai para o pagamento de salários e pensões, sobrando muito pouco para aquisição, manutenção de equipamentos mínimos adequados e razoavelmente atualizados no estado da arte, como também para as pesquisas. Separar desse orçamento a parte para a aquisição, manutenção e pesquisa de novos equipamentos… Read more »

jose luiz esposito

Porque será que nós brasileiros, sempre procuramos soluções simplistas para os nossos interesses. Brasileiro ACHA , brasileiro não PENSA , uns querem que diminuamos Efetivos , outros que devemos cortar isso ou aquilo , porém o que se vê ,que este é uma Programa n Realmente Estratégico e que então devemos usar as Reservas , de quase 400 Bi de Dolares , quase sem rendimentos em Bancos estrangeiros e este ano serão mais 65 Bi de Dolares de saldo de Comércio Exterior , Reservas existem para isso , seria um pequeno Valor , que até poderia ser Reposto , existe… Read more »

halley

Gastou-se metade do orçado e não há sequer data certa para o lançamento do 1º submarino. De fato um planejamento muito bem feito!

Ze Abelardo

Juarez,
As similaridades do programa argentino e brasileiro chegam a assustar. O brasileiro se encaminha para fim similar.

Marcos Torres

Peço aos amigos que abram bem os olhos e vejam bem de quem é a culpa da “crise”. Achar que oque está acontecendo é culpa dos servidores públicos é uma visão simplista e míope do que está acontecendo. Trabalho a 26 aos no serviço público e em todo este tempo nunca vi sobra de servidores em setor algum. acho dificil ser diferente na MB.

Ze Abelardo

Com 30 bilhões se monta uma marinha nova.

Preferiram uma fábrica e a maior chaleira do mundo.

Ze Abelardo

Marcos, Mais papel e mais controles inúteis para dar uma segurança que não existe. A maior parte do serviço público é inútil e sou servidor público também. Cito: 1) Inspeção veicular: nenhum item realmente crítico na segurança é verificado. As pastilhas de freio podem estar no metal, por exemplo, e o carro é aprovado. 2) Emissão de CNH: serviço corrupto, caro e que não avalia o condutor. Após todas as etapas se dá carteira para alguém que não sabe dirigir. 3) Cartórios (para-público): quase tudo que é registrado está errado, incompleto ou fruto de crime. Serviço caríssimo e péssimo. Escrivão… Read more »

Ze Abelardo

Galante,
Faltou sim. Aeroportos, obras viárias e os próprios estádios ficaram incompletos por todo país.

Ze Abelardo

Um monte de papel, de controle, de taxas… Tudo mais caro e mais demorado para dar “segurança”. Contudo, os órgãos mais burocráticos são aqueles em que há mais corrupção e a bandidagem rola solta. Quanto mais difícil e complexo é o sistema, mais se incentiva as pessoas a burlá-lo. Já paguei despachante duas vezes esse ano pra não me estressar. Quando fui vender o carro (documentação perfeita, único dono e sem multas), tive que ir no DETRAN três vezes para dar baixa no documento.

Renan

Galante, por favor não bloquear este comentário, por mais cunho político que possa ter. Amigos vejo que são inteligentes e sábios, porém não é difícil ver que devido a mudança de grupo que governa este país influência a verba dos programas criados pelo antecessor. Simples ano eleitoral, a idéia de um submarino moderno ser inaugurado em ano eleitoral meche com a fantasia dos políticos e sabem que será divulgado em todas as mídias o nome do ex presidente que o iníciou. Para político não importa a nação e sim o voto. Então por melhor que seja as obras ou programas… Read more »

Juliano M.

A reiterada justificativa de Galante para os gastos militares (enquanto a qualidade e tamanho dos projetos são o cerne das críticas) se assemelha a do MP e ministros do STF em defesa de reajustes do judiciário. . Enquanto muitos por aqui criticavam, anos atras, as escolhas políticas para a Defesa e o conluio com os estrelados das três FFAA; muitos outros tripudiavam com ideologia e números jogados na imprensa sem a menor crítica, mas me lembro bem te ter lido de qualificados comentaristas o argumento resumido em “é melhor isso que nada”. . Pois bem, com essa ética utilitarista defenderam… Read more »

André Luiz.'.

Alexandre Galante 21 de agosto de 2017 at 12:44
Para a Copa 2014 e Olimpíadas 2016 não faltou dinheiro, mas para um programa estratégico como o Prosub não há. Difícil entender esse país.” — na verdade, é até bem fácil de entender, Galante. É a velha lógica política do ‘panis et circus’!, como dito por Juvenal.

Ricardo

Com os 3 bilhões e 660 milhões do fundão para as eleições dos partidos dava para terminar os submarinos (e não estou falando dos mais 1 bi do fundo partidário).

Control

Srs Considerando que o objetivo da MB é obter o submarino nuclear e que o contrato com os franceses não contempla o reator e o sistema de propulsão, o sensato é a MB renegociar o contrato, postergando a construção dos submarinos convencionais e utilizar o dinheiro para manter o desenvolvimento do reator e dos sistemas de propulsão (trocadores de calor, turbinas a vapor, geradores, etc.) que, de fato, são os únicos itens essenciais que a MB não domina (o casco a MB deve/deveria saber fazer, pois o AMRJ construiu os 209). O que não se justifica é a falta de… Read more »

Gerson Carvalho

Não sei, parece ter muito adivinho aqui e quanto a MB ser cabide de emprego só pode ser piada, uma vês que todo pessoal da ativa passa por concurso público. o efetivo 85000 mil militares é pequeno para o tamanho do Brasil. Se não tem verbas a culpa é dos políticos de todos os partidos!

Fábio Mayer

Resumo: vai atrasar.

Fato além do resumo: provavelmente vai diminuir o número de subs inicialmente previsto.

Nem tem o que dizer, é mais do mesmo…

_RR_

Rui Chapéu ( 21 de agosto de 2017 at 8:55 );
.
Receio que não poderiam cancelar nem que quisessem… Está claro a essa altura que o projeto já passou do ponto de não retorno.
.
Ao menos dois submarinos já estão em fase avançada de construção, com os demais já estando iniciados.
.
Ademais, as multas certamente são pesadas…

_RR_

jose luiz esposito ( 21 de agosto de 2017 at 12:12 );
.
Mexer nessas reservas é um suicídio econômico… Qualquer quantia removida joga o valor do real pra baixo e a especulação lasca o resto…

_RR_

Control ( 21 de agosto de 2017 at 15:40 );
.
Discordo.
.
O submarino nuclear representa um projeto de risco consideravelmente maior.
.
São muito mais obstáculos com que lidar em uma época em que dinheiro já não é mais um luxo.

Juarez

RR, a máquina de fazer dinheiro está quebrada e se fizerem sem lastro, já sabe né, no outro dia, o nosso rating vai para baixo da bunda do cachorro. Pessoal, acabou o dinheiro, estou avisando faz tempo. E vou dizer mais: TODO SÃO CULPADOS, POLÍTICOS E MILITARES, não me refiro ao atual comando da marinha, mas seus antecessores que sabiam muito bem aonde isto iria terminar, e ainda, vou fazer a pergunta pela MILÉSIMA VEZ ,porque ninguém me respondeu até agora: De onde iria sair os recursos para manter e operar um Subnuc, partindo do princípio que sua operação é… Read more »

J.Silva

O que precisamos é que a economia volte a crescer, para que a arrecadação volte aos níveis normais. Os orçamentos já estão congelados pelo emenda do teto, então, sem aumento de despesas e com aumento de receitas, a tendência, é que pelo menos os contingenciamentos, que matam qualquer planejamento, diminuam.
E para a economia voltar a crescer, de forma sustentada, é preciso pelo menos que se façam as reformas da previdência (para não matar o teto de gastos) e alguma coisa da tributária (para organizar as receitas), mas com esse governo estas possibilidades estão cada vez mais distantes.

Rafael Oliveira

Control, não faz sentido deixar de terminar os 4 subs convencionais para focar no nuclear. Primeiro, porque renegociar o contrato sairá caro. Segundo que parar a construção dos subs no meio é quase uma sentença de morte para eles, pois podem ser abandonados ou, ainda que voltem a ser construídos, o custo será muito maior para mantê-los até lá, haverá deterioração, treinar novas equipes, compra de equipamentos novos e etc. Terceiro o Brasil não domina a construção de subs, pois o 209 teve partes construídas na Alemanha. Quarto, o Brasil, muito menos domina a construção do reator atômico. Quinto,o Brasil… Read more »

Daniel Dutra

jose luiz esposito
“sempre procuramos soluções simplistas para os nossos interesses”, vou ter que concordar. Outra coisa que sempre noto e o imediatismo, nao sei se isso e exclusivo do brasileiro ou se e comum em outros paises, mas no Brasil se algo nao acontece da noite pro dia o povo ja sai por ai reclamando. Em sites de noticias relacionados a politica, economia e ate mesmo aqui na trilogia tem muito isso

Satyricon

Juarez e Rafael Oliveira estão certos, o melhor a fazer é concluir os subs convencionais. A infraestrutura necessária à construção e operação dos mesmos já estão prontas, e a maior parte dos equipamentos dos mesmos já se encontram no almoxarifado desalfandegado da UFEM (semelhante aos equipamentos de Angra, que ficaram por décadas na Núclep). Já o SubNuc …, bem, nesse o buraco é (bem) mais embaixo. Para alcançá-lo, a MB tem 3 desafios hérculos a ultrapassar: 1) A construção e validação (em terra) do protótipo do reator; 2) A construção do complexo nuclear; 3) A construção do SubNuc; O plano… Read more »

eduardo

o Problema nao e so a marinha em administrar os recursos, o problema maior e politico ,pois acabem com a corrupcao no congresso nacional [senado e camara]que sobra dinheiro pr as forças armadas ,nao posso generalizar mas estes politicos do nosso Brasil sao tds uns parasitas sangue sugas lesa patria , como a marinha terminar os submarinos ? e digam me a Quem interessa o BRASIL em NAO dar Continuidade ao SBNUC?

Ádson

comentario retido

_RR_

Olá Juarez,
.
Só há uma maneira: uma reestruturação brutal de toda a estrutura do Estado… Não tem choro… Vão ter que passar muita coisa para a iniciativa privada e vão ter que diminuir a estrutura do que restar. E vai ser amargo…

zorannGCC

Olá a todos!
.
Já mudaram a END. Então as portas estão abertas para darem prioridade a qualquer outra coisa e deixarem o Prosub pra lá. Eu quase posso apostar que isto vai acontecer.
.
Quanto à efetivo: não interessa quantos militares precisamos ter e sim quantos cabem no orçamento sem sacrificar a capacidade da Marinha de operar, se equipar e modernizar. O efetivo atual é demais para o orçamento que está aí.