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Nesta terça feira, dia 7 de julho, ocorreu a cerimônia do primeiro corte de aço para o casco do primeiro dos novos porta-aviões britânicos, o HMS Queen Elizabeth. No evento, realizado no estaleiro Govan, a Princesa Anne apertou o botão para a realização do corte, assistida pelo aprendiz do estaleiro Scott Ballingal, de 21 anos. O programa contratou 70 aprendizes para trabalhar nos navios, num esforço para revigorar o aprendizado nos estaleiros. O corte do metal foi feito a laser, guiado por computador.

Outras seções principais serão construídas em estaleiros de Portsmouth e Rosyth, e outras partes virão de Appledore, Devon, onde a proa do navio já está em adiantado processo de construção. A montagem final dos casco do HMS Queen Elizabeth será realizada em Rosyth, que também está responsável pelos elevadores de aeronaves.

A classe de dois navios, HMS Queen Elizabeth e HMS Prince of Wales, em conjunto com as aeronaves de combate F-35 JSF (Joint Strike Fighter) e os destróieres de defesa aérea Type 45, formarão a força de projeção de poder aéreo da Grã-Bretanha, em todo o mundo e a partir de terra e mar. Segundo o Ministro Quentin Davies, a versatilidade dos novos navios-aeródromos, assim como a longa vida útil esperada, permitirão ao Reino Unido lidar com as incertezas do futuro, dando suporte às forças do país desdobradas ao redor do globo.

O Primeiro Lorde do Almirantado, Sir Jonathon Band, complementou: “esses navios são um instrumento de poder nacional, o ‘big stick’ que pode ser brandido pelo governo em áreas de interesse estratégico, para influenciar, coagir e dissuadir”.

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FONTE: MOD UK / FOTO: Andrew Linnett, Crown Copyright – MoD 2009 /ILUSTRAÇÕES: BVT Surface Fleet, via MoD e RN

NOTA do BLOG: clique nos links do texto para mais informações sobre os navios e sobre o que significa ‘big stick’, na prática.

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Mauricio R.

Sem nada que quebre o paradoxo F-35, nem adianta se pensar em aviação embarcada e porta-aviões; pois vc vai ficar restrito aos helicópteros.

Fernando

Puts.. sobre as ilhas…

Não tinha visto as fotos em alta resolução, e para mim, fica nítida a opinião do Bosco, que a primeira deve ser para as operações de condução e a segunda exclusiva para as operações aéreas.

Bosco

Valeu pelo toque.

Dalton

Caro Vassili, no caso de vc ler…

O Yorktown nao zarpou de Pearl Harbor com um batalhao de “seabees”…

os mesmos serviam para construçao de bases, aerodromos, estradas…
mas reparar navios , isso era para o pessoal de estaleiro mesmo.

De qualquer forma, foi um verdadeiro “milagre” deixar o Yorktown pronto para outro combate em apenas 3 dias, mesmo considerando-se 24 horas de trabalho sem falar de avioes e pilotos emprestados do USS Saratoga que havia recem saido de um periodo de reparos mas ainda distante do Hawaii.

abraços

GUPPY

Caro Vassili,

Olha, fantástico o seu esclarecimento. Obrigado mesmo. Interessante é que quando eu lia seu comentário, lembrava do caso do Yorktown bem colocado por você. Afinal, já assisti “Midway” infinitas vezes.

Abraços

GUPPY

Aquele conceito para o número de PAs de que quem tem um não tem nenhum, quem tem dois tem um e quem tem três tem sempre dois, ainda vale?

Vassili Zaitsev

Guppy, Em tempos de paz como a que o Brasil passa sim. SEmpre valeu e sempre valerá. Isso pq um NAE necessita de muito tempo parado em dique para realizar reformas, PMG ou modernizações de meia vida. Para uma frota de 3 NAE, pode ser feita a seguinte conta: o 1º estará totalmente operacional, navegando e lançando suas aeronaves em total treinamento da tripulação; o 2º estará temporariamente indisponível, por motivo de alguma reforma ou causa maior; o 3º estará indisponível por um período de tempo bem maior, talves por causa de um “Mid-Up Life”, ou modernização de meia vida,… Read more »

germa

como diz a propaganda
“ai que inveja…”

mas a MB e os políticos um dai vão mudar de opinião
ouvi falar por um amigo que trabalha no MD que o itamaratí
fala mais alto que o MD então sempre acabam levando desvantagem na opinião.

fato mesmo é que o brasil só será levado a sério o dia que
sair de “cima do muro” e projetar poder,
sendo isso a razão queme faz acreditar que em breve as forças amrmadas serão levadas mais a sério.

só uma perguntinha para o Angelo Nicolaci, desde quando os brics viraram uma aliança???

abs 😉

germa

fiocu muito mal escrito, então vou reescrever

o MD sempre leva desvantagem de opinião em relação ao itamarati, o qual não acredita em relações diplomáticas pacíficas quando existe
investimentos de grande porte em armas.

agora acho que ficou melhor 😉

Marcos T.

Acredito que com a evolução de aeronaves não tripuladas, o controle dessas aeronaves será feita a partir daquela segunda ilha.

Fernando

Angêlo e Bosco, grato pelas observações.

Sds.

Fernando

Marcos T.

Tem bastante sentido sua observação sobre as ilhas.

Sds.

Alexandre

Concordo com o Callia. Provavelmente PA serão um conceito desatualizado em algumas décadas. Uma pena.

Baschera

Marcelo Tadeu,

Discordo….. são os políticos que o Brasil e a MB não mereçem.

Sds.

Giovani

Acho esse modelo de NAe, mais legal que o Convencional, como o Charles de Gaulle, os Classe Nimitz.
Acho que a Marinha do Brasil deveria ficar de olho nesse projeto.

Fernando

Pelo que andei lendo, nos posts dos colegas, não é só eu que tenho a nítida impressão que a época de ouro dos armamentos militares (principalmente números e gastos) está em declinio.
Enfim, na minha humilde opinião os EUA, entraram na história como a NAÇÂO com o maior poderio militar, que, agora está chegando ao fim. Talvés hajam forças maiores no futuro, porém MULTINACIONAIS.

Angelo Nicolaci

Fernando, Hoje o panorama Geo-politico estratégico esta se voltando para as alianças, a divisão de forças e responsabilidades internacionais, é a tal globalização que chegou com força e tende a derrubar os impérios como conhecemos e estabelecer novas formas de poder, onde irão se inserir novos atores em cena, alianças como a BRIC tendem a fortalecer a influencia multinacional em ocasiões de interesses mútuos, e mesmo o surgimento do poder privado, onde interesses industriais e corporativistas podem influenciar decisões politicas e ate mesmo gerar instabilidade politica ocasionando possiveis conflitos de baixa e média intensidade. Com isso tende-se a reduzir os… Read more »

Patriota

Se fala que o ideal para o Brasil são 2 porta aviões , mas se conseguirmos construir um unico porta aviões moderno para a MB
eu já ficaria feliz.

Bosco

Fernando,
eu não sei a vantagem. Já li que de algum modo desconhecido e inimaginável ajudaria em relação a aumentar o espaço para as aeronaves e na movimentação de carga e das próprias aeronaves.
O que sei é que a ilha da frente é destinada a dirigir o navio e a de trás é para o controle das operações aéreas e da movimentação das aeronaves no convés.

Noel

Angelo Nicolaci, rapaz vou discordar de vc duas vezes. ” pois quem domina a tecnologia de ponta domina o campo de batalha, claro que num contexto clássico, pois em se tratando de guerra assimetrica que é o atual caso enfrentado por grandes potências pouco faz diferença.” Primeiramente sinto lhe dizer que vc esta redondamente equivocado, se vc pesquisar sobre conflitos assimétricos, nos últimos 30 anos, verás que a tecnologia de ponta foi, e é preponderante nas operações temos como exemplo: 1) as batalhas e escaramuças de Israel, uma nação que lança mão de todos os recursos modernos que lhe estão… Read more »

Marine

Noel,

Concordo com sua analise!

Sds!

Ricardo

Desculpem, mas estas estruturas separadas são horriveis…

Oh coisa feia !

Virtualxi

Marinha de guerra séria, de país sério é outra categoria.

Fernando

Curiosa a configuração desta classe com duas “ilhas” (não sei se o termo técnico é este).
Alguém sabe porque os ingleses escolheram esta singular configuração…

Sds.

Callia

Senhores , talvez estejamos assistindo à construção de uma das ultimas classses de porta aviões tradicionais , os conceitos estão mudando.O ultimo couraçado contruido também foi ingles.

Marcelo Tadeu

Virtualxi,

O problema é que a MB é séria, o país é que não a merece!!!

eagle

Callia, talvez vc tenha razão, os conceitos estão mudando, aeronaves não tripuladas e com longo raio de ação, mas eles estão com isso desenvolvendo tecnologia, não creio que tenhamos essa tecnologia, e caso tivessemos, com toda certeza esses navios sairiam 10 vezes mais caros, só o casco, imaginem o resto. Vamos continuar isso mesmo, comprando sucata para a MB.
Abs a todos, o papo realmente é alto nível.
Parabéns a todos.

Angelo Nicolaci

Amigos, A questão dos custos hoje são o principal freio nos projetos militares, pois quem domina a tecnologia de ponta domina o campo de batalha, claro que num contexto clássico, pois em se tratando de guerra assimetrica que é o atual caso enfrentado por grandes potências pouco faz diferença. Mas como estava dizendo o custo hoje é proibitivo, pois como se justificar o investimento vultoso em meios militares quando não há uma ameaça real e imediata, claro que algumas aquisições e pretenções de possíveis inimigos mexe com o mercado bélico, mas mesmo assim o contribuinte de países sérios, que não… Read more »

Marcelo Tadeu

Raphael, eu duvido que , mesmo durante a Guerra Fria ,seriam mais que 2. O investimento é muito alto. Hoje, com a tecnologia mais moderna, não precisamos de quantidade e sim qualidade. Veja os aviões. São multi-propósitos, não precisamos de um tipo pra cada missÃo.

Agora, serão navios formidáveis! Espero ver o Brasil com 2 Nae construídos aqui. Temos tecnologia e mão-de-obra, falta vontade política. Uma pena!!

Raphael Barros

Eu não concordo o F-15,Classe Nimitz, Classe Foch, SSBN Typhoon. Foram obras primas da tecnologia na época em que foram concebidos além de ser muito caros para os padrões da época e foram adquiridos em várias unidades que até hoje países como Estados Unidos, França, Rússia e Inglaterra estão com dificuldes de substituir mesmo com as riquezes dos países trilhões de dolares maiores que 30 anos atrás. Na minha opnião custo/simplicidade superam qualidade lembra dos Panzer (esqueci a versão) que foram criados para bater de frente com os T-34 soviéticos? Apesar de ser mais poderosos que os T-34 os Panzers… Read more »

Nunão

Raphael, concordo com seu ponto de vista de que há dificuldades financeiras hoje para se obter a quantidade de meios que se obtinha no passado, nas marinhas ditas de “primeiro mundo”. Mas discordo do número que você colocou, de oito, para o contexto da Royal Navy na Guerra Fria. É certo que eles já construíram classes de porta-aviões com números consideráveis, mas foi na II Guerra Mundial. No pós-guerra, mantiveram em linha, em quantidade, as classes ligeiras similares ao nosso Minas Gerais (antigo Vengeance, da classe Colossus, construído no ocaso da guerra) – o último deles, o Hermes (sensivelmente maior… Read more »

Nunão

Aliás, o Ark Royal do pós guerra era lindão. Seus primos-irmãos Victorious e Eagle também não deixavam a desejar.

Raphael Barros

Apenas 2 porta-aviões dessa classe? O Investimento bélico caiu e muito desde o fim da guerra fria eu coloco minha mão no fogo como se ainda estivessemos na guerra fria seriam construidos no mínimo 8 navios desta classe.

E o Brasil com a sucata Foch (São Paulo) e seus A-4 cinquentões.