Sea 1000: os futuros “super submarinos” australianos e suas novas tecnologias

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A Marinha Real Australiana (Royal Australian Navy) está desenvolvendo um projeto, denominado Sea 1000, para uma nova geração de submarinos diesel-elétricos da ataque, que vão substituir seus seis SSG (submarinos de mísseis guiados) da classe “Collins”, a partir de 2025.
As especificações dos novos submarinos serão bem diferentes dos atuais submarinos convencionais em uso ao redor do globo: altas velocidades de trânsito, grande autonomia e grande capacidade de processamento acústico – capacidades associadas normalmente a submarinos nucleares de ataque.
O programa de desenvolvimento Sea 1000 será o mais caro já feito pela Austrália na área militar. Serão US$ 23 bilhões para construir, equipar e operar os submarinos.
O programa colocará em competição, em 2010, um projeto desenvolvido localmente com um design COTS (commercial off-the-shelf). A opção COTS será baseada no “Collins”, com melhoramentos atendendo à especificações para operações litorâneas e ataque terrestre.
A nova geração de submarinos vai incorporar as tecnologias de vanguarda australianas, européias e americanas na área submarina, principalmente na área de propulsão e armazenamento de energia.
A razão disto é que os submarinos australianos necessitam transitar pelo menos 1.600 milhas para alcançar suas áreas de patrulha no Mar do Timor e 4.500 milhas para chegar ao Golfo Pérsico ou o Mar do Japão.
Os atuais “Collins” foram especificados originalmente com uma velocidade de trânsito submersa de 16 nós, com snorkel, para 10.000 milhas náuticas de autonomia. Mas a velocidade de trânsito teve que ser reduzida para 10 nós, devido às limitações tecnológicas da época.
Quando um submarino convencional transita, ele passa 70% do dia navegando com baterias e 30% do tempo “esnorqueando”, usando os motores diesel para recarregar as baterias. A velocidade de trânsito é determinada pela capacidade de armazenamento de energia elétrica, pela energia necessária para mover o motor elétrico e pela habilidade do submarino de gerar energia, enquanto mantém a velocidade trânsito. A maioria dos atuais SSKs mantém 8 nós de velocidade de trânsito.
Novas tecnologias na área de motores elétricos e armazenamento de energia vão possibilitar maiores velocidades de trânsito, bem como maiores velocidades táticas e mais energia para os sistemas de gerenciamento de combate.
O desenvolvimento e o emprego de supercondutores de alta temperatura  (HTS) tornou possível a produção de motores elétricos e geradores que tem somente 20-35% do peso e menos da metade do volume dos motores antigos.
Motores HTS serão de importância fundamental para os submarinos, pois são de 3 a 4 vezes mais eficientes, com cargas parciais.
Um submarino em patrulha, usando de 30-40% do potencial de um motor HTS, consumirá muito menos suas baterias. Isto terá um impacto significativo na “taxa de indiscrição” do submarino, reduzindo o tempo de uso do snorkel.
Motores HTS também são mais silenciosos e atingem densidades de força que eram antes alcançáveis somente por uma turbina a vapor em submarinos nucleares.

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Somando-se ao desenvolvimento dos novos motores, estão chegando as baterias de íons de Lítio (Li-ion), que oferecerão 4 vezes mais densidade de energia que as atuais de chumbo-ácido. As baterias Li-ion têm melhor ciclo de durabilidade, permitindo recargas mais rápidas e pesam muito menos.
A eficiência na força e energia dos motores HTS e das baterias Li-ion proverão espaço para a adoção de um sistema AIP nos novos submarinos.
Um sistema AIP fornecerá energia para velocidades de patrulha e será fundamental para enfrentar táticas inimigas de “hold-down”, quando forças adversárias cercam uma determinada área e aguardam o fim da energia do submarino para que ele venha à superfície.

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Diminuindo o “gap” entre o submarino convencional e o nuclear

li-ion-bateries-2png.jpgAs novas tecnologias HTS e de baterias Li-ion, somadas às AIP, farão com que os novos SSG possam competir com os submarinos nucleares em muitas características operacionais.
Os desenhos preliminares dos futuros SSG australianos sugerem um comprimento de 86,5m, boca de 11,3m, deslocamento de 4.250 toneladas (com 10% de reserva de flutuabilidade), motor de 12 MW, 3 geradores diesel de 4 MW e baterias de 60 MW/h.
Com motores HTS e baterías Li-ion, o SSG poderá conseguir velocidades de 25 a 27 nós, sustentáveis por 5h, e velocidades de trânsito de 16 nós, com alcance de 10.000 milhas náuticas (com 30% de indiscrição).
Com velocidades de patrulha de 4 nós, o SSG terá uma indiscrição diária de apenas 2,5% (em torno de 30min), para “esnorquear” e manter as baterias em carga plena.
Para diminuir a vulnerabilidade do submarino enquanto usa o snorkel, a Austrália tem feito avanços significativos no uso da técnica “active cancelation”, para a redução das emissões em banda larga provocadas pelos motores diesel. Os novos submarinos vão empregar uma versão aperfeiçoada do sistema de gerenciamento de assinaturas usado nos “Collins”.
A diminuição da seção reta-radar (RCS) dos periscópios e do snorkel também está sendo buscada, através do emprego de RAM (radar absorbent material) e formas facetadas.
Várias empresas estão trabalhando em conceitos de SSG para a Austrália, entre elas a Kockums (que agora pertence à Thyssenkrupp Marine Systems alemã) e a Northrop Grumman americana.
Alguns setores políticos americanos estão interessados em trabalhar junto no projeto dos novos submarinos australianos, fornecendo tecnologias, para tornarem os EUA novamente um fabricante de submarinos convencionais e, se possível, um exportador.
Alguns defendem que o sensível aumento no desempenho dos futuros submarinos também possibilitará a adoção dos mesmos pela US Navy e Royal Navy, pois ambas as marinhas estão lutando para manter suas forças de submarinos nucleares, com os orçamentos cada vez mais limitados.
Por outro lado, as marinhas menores que adotarem as novas tecnologias em seus submarinos convencionais, poderão aumentar sensivelmente sua área de influência e capacidade de dissuasão, por uma fração do preço de aquisição e de operação de um submarino nuclear.

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cesar

Galante,

Dá um tempo cara! Desse jeito td mundo vai pirar…
Fora Scorpene, fora 214!!!
Viva o canguru. Sea 1000 já.
Brincadeira amigo.Rsrs

Parabéns pelo site, vc e os demais são f… uma novidade a cd dia.

Abraço.

Jorge

AUSTRÁLIA
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/as.html
GDP (official exchange rate): US$908.8 billion (2007 est.)

BRASIL
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html
GDP (official exchange rate): US$1.314 trillion (2007 est.)

Se alguém souber de algum índice de corrupção, acrescente por favor, pois falta de dinheiro não é.

2008: QUATORZE ANOS de governantes marxistas (FHC e Lula).

Norberto Pontes

O Brasil pracisa ressuscitar o seu submarino brasileiro da década de 70 o TED BOY MARINO hehehe

Luciano Baqueiro

Não sou um expert em sub, alias em nada, mas se não me falha a memória esses Collins tiveram bastante problemas, inclusive c/ diminuição da profundidade max. de mergulho, então me pergunto c/ um passado recente desanimador estariam eles aptos a projetar e fabricar um sub que inauguraria uma nova geração em termos conceituais ? Com a palavra os especialistas do blog.

Nimitz

Luciano, os problemas dos Collins foram superados faz tempo. Problemas ocorrem em todas as classes novas.
Veja esse post:
http://www.naval.com.br/blog/?p=403

Os Collins são os maiores submarinos convencionais em operação e são muito mais sofisticados que seus similares da mesma época de concepção. Daí os problemas.

Por outro lado, os australianos estão contando com expertise européia e americana, ou seja, não estão sozinhos no projeto.

Nimitz

McNamara, o submarino nuclear brasileiro vai drenar todos os recursos da Marinha. Se conseguirmos terminá-lo um dia, com a alternância de governos, vamos gastar o mesmo ou mais que a Austrália nesse programa de Super SSK.
E quando nosso SND (submarino nuclear de defesa) entrar em serviço, periga estar obsoleto diante dos Super SSKs e UUVs.

Vassily Zaitsev

Vai ser um super SSK. TB, olhem bem a provável data de entrada em serviço: ano 2025, mais ou menos quando o 1º SSN brasileiro sentir o gosto de água salgada do mar pela 1º vez.

Nimitz

Perceberam o tamanho do orçamento para esses subs? por que será que a Austrália não quer submarino nuclear?

Excel

Caracas … ta todo mundo correndo para garantir o seu.
O que me preocupa nesta história toda é que a corrida armamentista no mundo não dá sinal de que vai parar. Até onde iremos? Quando será o suficiente?
E nesta história toda o Brasil ao mesmo abençoado e amaldiçoado, pois se depender dos seus vizinhos não vai precisar “correr” como os outros países, mas se continuar abusando da “sorte”, vai perder o bonde. Não tem jeito, tem que correr como os outros.

McNamara

Por enquanto esse Super SSK é lenda, tanto ou mais que o nosso SSN, por via das dúvidas e por todos os desafios que já enfrentamos e vencemos, fico com o nosso SSN. Nós vamos conseguir sim!

dumont

Acho que um aspecto que tem que ser considerado qdo se compara os novos convencionais (aquisição) com os nucleares (desenvolvimento) é o desenvolvimento tecnológico do país como um todo associado ao desenvolvimento de um sub nuclear. A indústria nacional ganha com o aprendizado tecnológico a as tecnologias desenvolvidas ficam disponíveis para outras áreas. Isto já é realidade hoje e não tem preço. O ganho tecnológico com subs convencionais acontece (aconteceu) tb, mas não há comparação.

Alem disso, só pra lembrar, não é só uma questão de qto tempo submerso, mas também de capacidade de evasão, que um ponto crítico.

saudações

Luciano Baqueiro

Nimitz,

“Os Collins são os maiores submarinos convencionais em operação e são muito mais sofisticados que seus similares da mesma época de concepção. Daí os problemas.”

A meu ver a situação agora seria ainda mais complicada, pois não seriam tecnologias mais sofisticadas e sim tecnologias completamente novas ainda não testadas em nenhuma outra classe de sub no mundo todo. Daí meu ceticismo de leigo, já que estariam sendo misturadas muitas novidades num equipamento que já é em si, muito complexo.

Castor

Muito intreressante. Só fico imaginando, porque será que podendo empregar motores de pólo permanente, que deve ter as mesmas dimensões e que já são empregados em sub convencionais, eles partiram para um motor cujo rotor é mantido a temperatura criogênica e ainda não foi usado na prática? E porque será que precisam de um diâmetro tão grande? Devido ao motor não é. Em um submarino, principalmente para maiores velocidades, é muito importante o índice de esbeltez. O Virginia tem diâmetro menor (10.4 metros) e comprimento maior (114,9m) e desloca 7800 ton. Ele é quase do tamanho do Astute (diam 11,27… Read more »

Nimitz

Luciano, as tecnologias são cumulativas e o aprendizado também. E serão aplicados muitos recursos em P&D. Os australianos não são amadores na área naval. Pra você ter uma idéia, a aviação naval de asa-fixa que hoje estamos lutando pra ter, eles já tiveram totalmente operacional e dispensaram.

joao

E o Brasil??? Bem,obrigado… Talvez seria bom que comecassemos a negociar a compra dos 6 Collins. Do jeito que vao as coisas no Brasil,ha que tomar vantagem de oportunidades dessas. Se ficarmos esperando a velocidade relampago e total falta de vergonha na cara dos “projetos” brasileiros,chegaremos a 2025 com UM submarino operacional,sonhando com o sub nuclear em 2075. Que vergonha da nossas FAAS. Duramos tanto tempo sentados nas maos com o Scorpene,que o projeto aflourou,se desenvolveu,e agora foi terminado. Agora vai comecar a outra novela de “outra” parceria com a Franca,agora para um sub diferente.Que vergonha de FAAS. Mais FAAS… Read more »

joao

By the way,e meu ultimo post por algum tempo,ja que daqui a pouco parto pro meu deployment com rumo a Bagram Air Base,e de la para uma forward operations base perto de Farah. Um abraco.

Luciano Baqueiro

Castor,

amado mestre… não seria porque carne de canguru engorda e os marujos australianos são gordinhos ? Ou seria porque eles querem que o sub pareça, aos sonares inimigos, como uma baleia ? Ou ainda porque esta nova classe será batizada de Botero ( famoso pintor cujas figuras são bem ‘cheinhas’ ) ?

ARCANJO

Aproveitem para discutir tudo isso agora porque depois que for assinado o “tratado estratégico” que vai ressucitar a “Missão Militar Francesa” do século passado não vai adiantar mais. Vamos cair no alçapão e vamos ter de engolir um monte de coisas indigestas da “cozinha francesa” … e ficar olhando todo mundo ir para frente …

E nós de marcha a ré exatamente igual ao século passado… a histórcia melancólica se repetindo …triste sina dos brasileiros …parece brincadeira …

Wilson Johann

A diferença no programa autraliano em relação ao nosso, no quesito submarinos, são U$ 23 bilhões. E isso faz muita diferença. Se tivessemos um valor assim para aplicar nos próximos 17 anos, colocaríamos seis subs nucleares no mar. Os australianos querem ter a hegemonia militar em sua área de influência, toda aquela região do pacífico que engloba as Filipinas e Malásia, entre outros, e não medem custos para isso. Este é um bom exemplo de investimento na indústria de defesa local, em pesquisa e tecnologia. Se o Brasil tivesse dado prosseguimento nos seus projetos anteriores (submarino nacional), quem sabe não… Read more »

Luciano Baqueiro

Nimitz,

concordo c/ sua 1ª frase, mas novas tecnologias muitas vezes são traiçoeiras, difíceis de serem compreendidas. Por exemplo : alguém pode negar a competência americana p/ fabricar aviões e helicopteros ? Não. Mas e o V-22 Osprey que levou quase 2 décadas p/ se tornar operacional, o motivo : tecnologia inovadora ( não em conceito, mas em linha de produção e p/ aplicação militar ).

Sds.

ARCANJO

Wilson Johann

Bem observado …

Fábio Max

É como disse um colega aí em cima. O Brasil tem um PIB maior que o da Austrália. E mais do que isso, na Austrália, a carga tributária gira em torno de 17% deste PIB, enquanto a nossa, em torno de 37% dele. Portanto, 23 bilhões o Brasil teria, por mais que entre nessa equação, que nossa população é bem maior que a de lá. Mas só o que se gasta para manter vereadores inúteis e prefeitos de cidades inviáveis por aqui, já supera em muito esses 23 bi. Se considerarmos o gasto em manter uma verdadeira HORDA de cargos… Read more »

Bosco

Esses submarinos vão ser mesmo o bicho. Juntando esses motores, com as novas baterias e a tecnologia AIP eles vão fazer miséria, já que os “antiquados” Collins que serão substituídos já conseguiram afundar 2 Los Angeles, um NAe nuclear e 2 navios de assalto anfíbio sem serem detectados em exercícios simulados conjuntos, adivinhem com quem? Dou um doce! Claro! Com o freguês de sempre, a US Navy, que tem a pior marinha do mundo e uma defesa que vaza que nem a zaga do Vasco. Rs.rs.rs….
Um abraço a todos.

Castor

Bem, vou chutar alguma coisa. A Austrália não tem muito petróleo, é a 37ª colocada em reservas. É importadora. Em compensação tem muito urânio, está entre as 5 maiores reservas mundiais (não me lembro exatamente em que lugar). É exportadora de Urânio. Acabou de fechar um acordo de exportação de urânio para a Índia, no bojo do acordo nuclear EUA-Índia. Eles seriam bobos de não partiram para a energia nuclear e estão iniciando os movimentos. Daí, porque não um sub nuc? A China tem e a Índia está partindo para ter. Existem alguns, que defendem a idéia de que o… Read more »

Castor

Ah, ia esquecendo de perguntar. Se o motor é muito menor e as baterias são menores e de maior capacidade, porque um submarino tão grande? Para ficar empurrando água por aí?

Leo

Castor,

A questão do urânio é o de menos. Os reatores navais podem usar urânio com baixo nível de enriquecimento. Não me lembro agora, tenho que ver os artigos publicados pelo Leonam, mas o Brasil irá trabalhar com níveis de enriquecimento de 5 a 7%.

Não existem nenhum impedimento para a venda de urânio com este nível de enriquecimento.

Por outro lado ele reduz a vida útil do núcleo do reator, obrigando a trocas mais frequentes, mas não é um empecilho.

Leo

Castor

Sei disso Leo, mas urânio é material controlado, e se for enriquecido, mesmo que a 5% tem que haver declaração do uso e existem restrições de uso sim. Porque você acha que o Brasil teve que desenvolver o ciclo do combustível antes de partir para o sub nuc?

Bosco

Agora, falando sério e sem ironia, a tecnologia desse submarino nada mais é que o aperfeiçoamento da roda. Claro que a união desses novos motores elétricos, com as novas baterias e com a tecnologia AIP vão melhorar o que já está bom, mas a tecnologia ao meu ver mais sensível é a da redução ativa dos ruídos de um motor diesel funcionando com o submarino snorkeado (se não me engano essa tecnologia não é nova e já é usada em submarinos nucleares há muito tempo). Como o momento mais vulnerável de um submarino é quando está snorkeado devido ao ruido… Read more »

Alexandre Galante

A Austrália cogitou usar a propulsão nuclear nos seus próximos submarinos, mas por motivos ambientais, políticos e práticos, isso não será possível.
O tamanho dos SSGs é maior porque eles vão transportar mini-submarinos não tripulados (UUVs), mísseis mar-terra (talvez em silos verticais) e “commandos”. Eles terão um emprego parecido com o dos submarinos da classe “Ohio” da US Navy convertidos para SSGN: operações litorâneas, com capacidade de ataque terrestre e o transporte de “commandos”, para operações especiais.

Bosco

A esteira provocada pelo snorkel deve ser mais mais fácil de detectar, tanto visualmente como por um radar (de abertura sintética), que o próprio snorkel, assim como a silhueta do submarino sob a água em um dia claro deve ser facilmente observada por aeronaes ou mesmo satélites.
Esses submarinos convencionais, quando estiverem armados com mísseis como o IDAS, que podem atingir helicópteros, serão verdadeiras “carnes de pescoço”.

Castor

Galante o seu post abala minha teoria da conspiração. Será que os mísseis são o motivo de tais diâmetros?

Bosco

Galante (e outros que souberem),
aproveita e responde uma dúvida minha. O monóxido de carbono liberado pelo motores diesel do submarino é neutralizado quimicamente a bordo, exalado pelo snorkel mesmo ou dissipado dentro d’água?
Se disser que é exalada pelo snorkel eu juro que me mato.

Alexandre Galante

Castor, os mísseis (Tomahawk e outros) vão ocupar bastante espaço. Mas os UUVs também vão, assim como as instalações para as tropas especiais.
Os australianos pretendem usar muito os mini-submarinos não-tripulados (UUVs), abarrotados com sensores de alta tecnologia, para viajar à distância de dezenas de quilômetros do SSG, afim de conduzir missões de vigilância, detectar submarinos inimigos ou transportar uma equipe de commandos.
Tô preparando um post sobre os últimos desenvolvimentos de UUVs…

Castor

Não Bosco, são espargidos n’água, pelo topo da vela.

Entusiasta

Caro Castor e Alexandre Galante, Realmente um diâmetro de casco similar a um submarino nuclear é um tanto suspeito para um submarino convencional, cujo projeto se propoe a reduzir o peso e as medidas dos grupos geradoresde energia e peso das baterias. Alem disso, a disposição dos silos verticais não deveria afetar tanto o diâmetro do casco mais sim o comprimento do submarino, isto é, a depender da disposição. Os UUVS, pelo que muito pouco que conheço, ou estão alojados sobre a superfície do casco dos submarinos ou são lançados pelos tubos de torpedos, a não ser que seja um… Read more »

Bosco

Castor,
obrigado pela informação. Eu jurava que era perto do(s) hélice(s) (ou jato d’água)
Então, de cara, podemos descartar a emissão de IR de um submarino convencional como fator preocupante, já que a água é um ótimo isolante e o tal detector só funciona mesmo filme do James Bond.
Também aquela história de detector químico para o monóxido de carbono também não é meio furada. Existe, mas não deve funcionar muito bem. Seria querer achar uma baleia pelo pum.
Um abraço.

Castor

Bosco
Acontece que os gazes são espargidos elevam a temperatura da água (é muito mais que um pum), e os detectores IR dos satélites mais modernos podem detectar

Bosco

Castor,
andei lendo o que escreveu no post do Scorpene x U-214 e lá você cita que o submarino nuclear brasileiro usará um sistema de turbina e motores elétricos, não tendo o eixo ligado diretamente a caixa redutora. Isso procede?
Você deu a entender que esse esquema propulsor é inovador, mas os chineses e se não me engano os franceses já não fizeram uso dele?
Pra mim o “Virgínia” usava sistema semelhante. Não usa?
Qual classe de submarinos americanos vai inaugurar o esquema? Será incorporado nas novas unidades da classe Virgínia?
Um abraço meu caro.

paulo costa

Um snorkel basico consiste de dois mastros,um de entrada de ar ,e outro de exaustão.Pela distancia do motor ate a vela deve haver uma refrigeração,para diminuir o barulho,e a temperatura.
neste site tem um desenho bem elaborado de um Snorkel.
http://americanhistory.si.edu/subs/history/subsbeforenuc/revolution/snorkelfull.html

Castor

Prezado Bosco Não sei nada sobre os chineses, mas devem ter tido auxílio dos russos e, nesse caso, estão usando turbina e engrenagem redutora. Sobre o Virginia, até onde eu sei, são duas turbinas e um eixo. Nunca encontrei referência a motor elétrico A inovação na propulsão parece ser a pump Jet. Mas não posso jurar pois nunca vi um diagrama da propulsão deles. A cerca de dois anos li um artigo, não me lembro onde, que mostrava a evolução dos motores de pólos permanentes e comentava que é intenção, nos EUA que, a partir de 2010 os submarinos incorporem… Read more »

Castor

Bosco, no site http://www.harpoondatabases.com/encyclopedia/Entry1383.aspx pode ser encontrado, sobre o Virginia: ” Machinery: Nuclear: 1 General Electric S9G PWR, 2 reduction-geared steam turbines, 1 shaft with United Defense PJP. 1 Caterpillar 3512D diesel/lead-acid battery backup, 1 electric motor + 1 SPM (retractable outboard, max speed 3kts) “. Ou seja, turbina com engrenagem redutora. Mas existe uma proposta de alteração do projeto chamada TANGO BRAVO, que, na parte de propulsão diz: “2) Electric engine. By far the most radical idea is replacing the engine room with a non-penetrating electric motor located outside the pressure hull. The advantages would be elimination of the… Read more »

direto do fundo do mar

Castor,
tem coisas que não adianta colocar, pq ninguém quer ler. Por mais que se fale, se mostre, indique o caminho, parece que não interessa.
Só interessa o que os outros tem. O do vizinho sempre será melhor.
Sub Nuke? No Brasil? Reator pronto? ARAMAR?
Aonde fica isso?

E por ai vai. Eu cansei! Desculpem o desabafo!

AIP é que é bom!

Vassily Zaitsev

João, dia 04 16:28hs,

Boa caçada soldado!

Mete um pé na bunda do Osama por nós!

Se possível, outro na do Mullah Omar!

Castor

direto do fundo do mar em 05 Dez, 2008 às 8:26 🙂 é por aí.

gaitero

Esse é meu garoto isso ai castor, já dei um jeito lá no scórpone X U-214, voce já deu um jeito aqui. Estamos a poaços de tartaruga, mas sempre existe algo mais por traz dos fatos que vem a tona. Este é o Nosso objetivo, ninjas da verdade.

gaitero

Vale a pena conferir o reformulado Scórpone X U-214.

[…] geração de baterias de íons de Lítio (Li-ion) para seus submarinos “Scorpène”. O novo tipo de bateria também está em estudos em outros países, e promete dobrar a autonomia submersa dos submarinos diesel-elétricos atuais. A DCNS apresentou a […]

Bosco

Castor, sobre o Virgínia eu realmente me confundi. Não consegui achar na internet a referência sobre o sistema de reator/gerador de vapor/turbina/gerador elétrico/motor elétrico dos subs chineses e franceses mas achei essa: http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_marine_propulsion Salvo engano também a classe Akula também tem propulsão elétrica, tanto que foi usado como “personagem” do filme fictício “Caçada ao Outubro Vermelho” equipado com um propulsor MHD. Mudando de assunto, de acordo com Paulo Costa (04/12 22:54) e com a sua referência, o snorkel é um sistema duplo, possuindo um dispositivo de eliminação de gases na atmosfera. Esse sistema não é mais usado ou coexistem os… Read more »

Bosco

Ops! O ‘Outubro Vermelho” era da classe Typhoon e não da class Akula.

Bosco

Sem querer tirar o ineditismo da notícia veiculada pelo Galante sobre esse submarino, mas apenas no sentido de fazer justiça.rs.rs.rs, eu já havia do meio jeito noticiado tal avanço tecnológico nesse comentário do dia 23 de março: Caro Baschera, dada a impotência do Brasil frente a marinha do futuro de outras nações, é que acredito que o Brasil deveria ter uma marinha litorânea, usando o continente como um grande porta-aviões e fazendo uso de subs, aviões armados com mísseis e mísseis lançados de plataformas terrestres móveis. Os navios de superfície teriam uma função menor, para patrulhar as 200 milhas de… Read more »