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hms-dragon.jpgA Royal Navy lançou ao mar no dia 17/11 seu quarto destróier “Type 45”, chamado HMS Dragon (D35).
Os Type 45 formam a maior e mais poderosa classe de destroyers de defesa aérea já operados pela Royal Navy e a maior de navios de guerra de superfície (excluindo-se os navios-aeródromos e navios anfíbios), na frota britânica, desde os cruzadores da II Grande Guerra.
O deslocamento dos “Type 45” é de cerca de 7.350 toneladas, superior ao de qualquer outro navio de combate, construído para a Royal Navy, desde a classe “Tiger” de 1941. O principal armamento dos “Type 45” é o sofisticado e letal sistema de lançadores de mísseis anti-míssil (Principal Anti Air Missile System – PAAMS), que está sendo adquirido e desenvolvido em parceria com a França e a Itália. O PAAMS equipa os “Type 45” e usa mísseis Aster para defendê-los de ataques de outros navios e aeronaves, tanto para os atuais quanto aos futuros mísseis anti-navio.
As novas escoltas também serão capazes de operar e utilizar PAAMS próximos à costa, para dar cobertura às Forças Britânicas que se encontrarem engajadas no combate terrestre. O sistema é projetado para se defender de mísseis supersônicos, furtivos e de alta manobrabilidade, que podem se aproximar simultaneamente em mergulho ou vôo rasante, sobre a superfície do mar, e de várias direções diferentes.
Os “Type 45″ também têm uma suíte abrangente de outras armas e equipamentos que  garantem a sua utilização em uma ampla gama de tarefas. Além do sistema PAAMS, os navios possuem um canhão de 4,5” Mark 8 e uma aeronave orgânica embarcada, que poderá ser um EH-101 Merlin HAS-1 ou Lynx HMA Mark 3/8. Estas aeronaves vão continuar a utilizar os torpedos Stingray para missão ASW ou serem armados com os mísseis BAe Seaskua, para missões ASuW.
Os “Type 45” vão suceder os “Type 42”, que foram concebidas nas décadas de 1960 e incorporados à RN, em meados dos anos 70 e 80, e que tinham como seu principal armamento o sistema de mísseis Seadart, muito utilizado no conflito das Falklands/Malvinas e inclusive na Guerra do Golfo, mas que precisam de substituição iminente. O navio também será capaz de embarcar uma força de até 60 Commandos do Real Corpo de Fuzileiros Navais ou outras tropas e ainda utilizar suas aeronaves e barcos para apoiá-los.
O primeiro navio,
HMS Daring (D32), deve entrar em serviço em 2009. A segunda e a terceira, HMS Dauntless e HMS Diamond, respectivamente, devem entrar em serviço até 2011. As próximas duas unidades, que vão se juntar à frota em intervalos de seis meses após a incorporação da HMS Diamond, serão chamadas HMS Duncan e HMS Defender.

NOTA DO BLOG: Os navios de guerra modernos estão se tornando caros demais para  projetar, construir e manter. A Royal Navy planejava construir 12 “Type 45”, para substituir os 12 “Type 42”, mas vai ter que se contentar com 6 navios apenas, que custaram US$ 11,7 bilhões!
Muitos ingleses estão reclamando que os navios, apesar de caros, vão ser entregues incompletos, sem armamento anti-submarino próprio (dependerão dos helicópteros embarcados) e sem sonar rebocado (towed array sonar).

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welington

Que belo navio, alem de ser claro muito poderoso, porem a quarta foto ficou incrível com o Eurofighter Typhoon passando ao fundo.

Alfredo_Araujo

Incrivel o quanto fuma o Typhoon da foto!!! Sera esse Typhoon equipado com 2 R.Royce Spey?? =]

Henrique Sousa

Esta pode vir a ser a melhor classe de escoltas do mundo, universo, qualquer lugar, mas acho um dos navios mais feios que já vi na minha vida.

Espero nunca mais ter o desprazer de ver algo tão feio.

Henrique Sousa

E tem que ser muito eficiente, porque evidentemente os projetistas não fizerem uma concessão que seja à estética.

McNamara

A melhor estética é a eficiencia máxima em combate, é não ter que contar os companheiros mortos ou ser obrigado a abandonar uma posição em virtude de avarias. Se o preço é esse, é melhor pagá-lo.
Quanto à fumada do Typhoon, acho que a refração produzida pela luz ao passar pelo ar quente da exaustão das turbinas em contraste com o fundo cinza escuro do mar salientou esse efeito, ele não fuma desse jeito AMX.

Ulisses

Se forem no wikipédia verão que este navio tem sua capacidade limitada,não é tão bom quanto parece,sua capacidade anti-aérea não vai ao maxímo e ele nem sequer tem armas anti-submarinas,como eu posso dizer que são as melhores escoltas do mundo?Sou mais FREMM,KDXII,KDXIII,Areligh Burke ou Zumnwalt.

Vassily Zaitsev

É o sonho de consumo de qualquer marinha que seja levada à sério. Mas que é engraçado o fato de um destróyer não poder atacar por si só um submarino, é. Ou melhor, é estranho. Seria por contenção de custos???????

Baschera

Venda-se as jóias da Rainha para poder completar a dotação de 12 Daring’s………hehehe…
Sds.

Leandro Furlan

O Type 45 é na verdade fruto do projeto NFR-90 para substituir navios de guerra nas nações européias. (Holanda, Espanha e Alemanha possuem esse mesmo projeto, alguns deles já navegando.) Itália e França possuem este navio também, se não me engano serão dois para cada país. A Inglaterra se retirou do projeto, que era para ser um “destroyer europeu”. Com os custos lá em cima, França e Itália também abandonaram partindo para os navios FREEM (FREMM na itália), porém estes dois países ainda concluirão seus destroyers e o incorporarão em suas marinhas. O engraçado é que França e Itália terão… Read more »

Leandro Furlan

Aindo fico com navios multifunção, como é o caso da fragata FREEM. Ter um destroyer (em português “contratorpedeiro”) que não luta contra submarinos e nem outros navios de guerra é jogar dinheiro pelo ralo.

A palavra do combate moderno é multifuncionalidade. Caças são bombardeiros hoje em dia, além de caçar nos céus. Navios devem fazer diversas tarefas, desde luta antisubmarina até patrulha costeira.

Leandro Furlan

Ah, e só esquecendo de comentar, a estrela dos “destructores” de atualmente chama-se “Arleigh Burke”, que a US Navy possui 52 (MEU DEUS DO CÉU, O BRASIL TEM 14 NAVIOS DE ESCOLTA E ELES TEM 52 SÓ DA CLASSE Arleigh Burke!!!!!!!!!!!!!!) e planeja construir mais 4. Os primeiros navios estão sendo modernizados e alguns são especializados em antiminagem, etc.

Dêem uma procurada no google e olhem a lista de armamento da classe Arleigh Burke… Não se assustem…

McNamara

As capacidades ASW podem ser facilmente instaladas, fazem parte de um projeto multifuncional sim.

Ivan - PE

Leandro, Na superfície (principalmente do Atlântico) é melhor navegar com os Norte Americanos. Não dá nem para o russo “Pedrão”. Embaixo d’agua já dá para conversar… Neste mesmo site (Poder Naval) saiu recentemente uma sugestão de reclassificação de meios navais e nele sugeria acabar com a classe de “Contra Torpedeiros” ou “Destroyers” (de Torpedo Boat Destroyer), pois esta simplesmente não fazia mais sentido. A sugestão era: – CRUZADORES – Navios com capacidade de ação independente, voltados basicamente para AAW, ASUW e apenas defesa própria ASW; – FRAGATAS – Navios, como no passado da vela, multitarefas, mais baratos de manter e… Read more »

Jorge

Não era nessas Type 45 que os ingleses instalariam um canhão de 155mm em substituição ao atual de 4,5″?

Ivan - PE

Era sim.
Faltou grana?

Bosco

Tudo bem que um sonar passivo rebocada faz falta, mas sinceramente duvido um pouco da eficácia dos torpedos leves lançados por navios. Acho que um sistema stand-off como o VL-ASRCOC é um pouco mais eficiente, mas do que adianta na prática um torpedo de no máxima 12 km de alcance contra um sub que pode atacar a 30 km usando torpedos pesados e a mais de 100, usando mísseis. Talvez tal “falha” esteja sinalizando uma tendência a ser seguida no futuro. Sabemos que a mais poderosa arma ASW é outro submarino e em segundo lugar o helicóptero. Um navio leva… Read more »

Bosco

O LCS é outro navio que não tem previsão de usar torpedos leves em seu pacote ASW.

Edilson

Ao que eu entendo, os Daring foram concebidos para suprir a capacidade de defesa anti-aérea, aliás forma moldados para isto.
acho qeu em termos Multi-funcionalidade as fremm ganham mas não estou certo quanto a função Anti-aérea…

Norberto Pontes

Não gostei muito dessa torre da superestrutura.

Nunão

Edilson, aproveitando o seu comentário para esclarecer: Na função anti-aérea as FREMM multifuncionais não tem como ganhar dos Type 45, na minha opinião. Para isso existem as Horizon, nas marinhas francesa e italiana, que utilizam sensores similares em capacidade aos das Type 45 (aliás, o radar de busca de longo alcance é o mesmo, muda o de direção de tiro), e têm custos de aquisição igualmente estratosféricos. As FREMM multifuncionais terão sensores mais “modestos” para a função antiaérea (sendo limitadas aos mísseis Aster 15, de menor alcance que os Aster 30, mas mesmo assim, mísseis caros – a diferença basicamente… Read more »

Alfredo_Araujo

Nunão em 03 Dez, 2008 às 9:48

“Mas provavelmente também não terão a mesma capacidade e reserva de peso / espaço etc para futuras atualizações, em relação a suas primas maiores.”

A tecnologia, de uma forma geral, nao anda no sentido de diminuir o peso e o tamanho de tudo q conhecemos?? Isso nao se aplicaria a sistemas de armas?? Como os navios…

Nunão

Certamente, Alfredo, mas não se pode fazer milagres. E o encontrar equilíbrio entre especificações, peso, custo, multifuncionalidade ou função primária, variedade e capacidade de sistemas, armamento, tudo isso é bem complicado. Por exemplo, o radar Herakles, planejado para as FREMM: une as funções de busca e direção de tiro num só sistema, economizando peso (principalmente o peso acima da linha d’água, que influi na estabilidade), enfim, traz muitas vantagens e promete grandes avanços a custos razoáveis. Mas o próprio conceito traz limitações também, seja no alcance, na vulnerabilidade etc. Como diz a matéria, projetar navios para algumas das especificações atuais… Read more »

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