Uma coisa são as manifestações de entusiasmo do ministro da Defesa, Nelson Jobim, pela assinatura do acordo entre o Brasil e a França para a construção de submarinos, um dos resultados da visita do presidente Nicolas Sarkozy. Outra é o frio texto do documento – que é o que vale. Pelos cálculos do ministro, “no vigésimo ano (de vigência do acordo), vamos terminar recebendo o submarino nuclear. Tudo isso com transferência total de tecnologia, inclusive treinamento de engenheiros brasileiros junto a fábricas francesas”. Essa previsão, contudo, é um mero exercício de wishful thinking.

É política do governo brasileiro, nos últimos anos, só comprar equipamento militar acompanhado de transferência de tecnologia. Essa exigência cria graves limitações para o reequipamento das Forças Armadas de um país que não tem contenciosos internacionais que exijam meios militares abundantes e de última geração. Nenhum fornecedor se dispõe a transferir tecnologia em troca de uma venda relativamente pequena. É esse o caso dos 16 aviões de caça que a Força Aérea tenta comprar há mais de uma década.

No máximo, dependendo do tamanho e valor da encomenda, o fornecedor aceita produzir o armamento no país comprador, sob licença. Nesses casos, a transferência de tecnologia é limitada e o vendedor se beneficia com o prolongamento da vida útil de um produto que já entrou em fase de obsolescência ou enfrenta no mercado a concorrência de equipamentos mais modernos. É o caso dos 50 helicópteros franceses que serão montados pela Helibrás, ao custo de 1,899 bilhão.

O acordo para a construção de quatro submarinos convencionais Scorpéne e do casco de um outro, que poderá receber propulsão nuclear, num estaleiro a ser erguido no litoral do Rio de Janeiro, prevê, de fato, a transferência de tecnologia. Mas limita essa transferência à tecnologia de construção do estaleiro, de uma base de submarinos e do casco do submersível. Ou seja, refere-se a produtos e serviços que poderiam ser feitos pela engenharia nacional.

E como o quinto casco poderá acomodar um reator nuclear, o acordo está repleto de salvaguardas. A principal delas é que a França não repassará para o Brasil qualquer tipo de conhecimento que envolva a produção ou o uso de equipamentos nucleares. Isso começa com o estaleiro e a base. “A concepção, a construção e a manutenção das infra-estruturas e dos equipamentos necessários às operações de construção e manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente acordo” – esclarece o documento.

Além disso, “a parte brasileira não receberá assistência da parte francesa para a concepção, a construção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear”.

Da mesma forma, a França não fornecerá “equipamentos e instalações que contribuam de forma acessória ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear” – e com isso a construção do estaleiro e da base de submarinos fica praticamente reduzida a uma questão de engenharia civil.

O Brasil, ao assinar o acordo, ainda aceitou condicionantes políticas. A tecnologia e os equipamentos fornecidos pela França não poderão ser repassados a terceiros e só poderão ser usados para os fins definidos no acordo. Além dessa cláusula de usuário final, a França – que se eximiu explicitamente de colaboração na parte nuclear – exigiu que o Brasil assumisse a responsabilidade exclusiva, em relação a terceiros, por danos nucleares causados pelo submarino ou instalações nucleares associadas ao apoio terrestre.

O acordo estabelece as bases da cooperação. A partir de agora, o governo brasileiro terá de negociar com empresas francesas os custos de construção do estaleiro, da base e dos submarinos – afinal, o acordo prevê que equipamentos, serviços e tecnologia serão vendidos. E, como o ministro Jobim pretende que em 20 anos o submarino nuclear esteja navegando, o Tesouro terá de providenciar recursos para o desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear, ainda não dominada pela Marinha. Haja dinheiro!

FONTE: Estadão, 28/12/2008

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Douglas

Farragut,

Isso não é argumento. Dizer que não se faz um curso por falta de perspectiva é o mesmo que perpetuar a falta de qualificação para qualquer mudança no quadro de marasmo das FA.

Como ter perspectiva se não há a base, o conhecimento???

Se vagas foram abertas elas deveriam ter sido preenchidas, ao menos parcialmente. Sem conhecimento não haverá nunca qualquer “perspectiva”.

Abraço
Feliz ano novo!!!!

LM

Prezado Farragut,

Achei muito interessante o seu blog. É louvável sua preocupação com aqueles que realmente são a alma da Marinha do Brasil. Concordo com praticamente todas as suas colocações.

Recomendo aos comentaristas uma visita ao blog do senhor Farragut.

Sds

Farragut

Meu comentário não teve o viés de enaltecer o lado financeiro dos cursos no exterior. O xis da questão é que a política de RH, aparentemente, não fez parte da equação que gerou o acordo c/ a França.
E mesmo que fosse este o viés, o problema p/ os oficiais engenheiros não seria a remuneração durante o curso e sim a falta de perspectivas, que já seria a tônica de suas carreiras hoje, do que irá acontecer com o acordo.

Douglas

Apesar das imprecisões habituais da imprensa leiga, a matéria é realista ao afirmar que o Brasil faz propaganda interna em prometer tecnologia nacional oferecendo pouco dinheiro aos franceses ou a qualquer outra nação que se disponha a transferir conhecimento vital por pouco dinheiro. A assertiva sobre os helicopteros é exatamente o que defendo aqui, são equipamento novo incorporando soluções novas, mas ultrapassado em face dos novos projetos europeus de ponta. Como amplamente divulgado nas revistas especializadas, são feitos “para o mercado latino americano” contudo, nem por isso, serão mais baratos. Custarão quase 5 bilhoes de reais (R$ 100 milhoes quase,… Read more »

JACUBÃO

Caro é cada parlamentar ter altas verbas de gabinete, ter auxílio morodia e não morar nos apartamentos funcionais e ainda gastar milhões para reformá-los e sabemos que são os parentes que ocupam esses apartamentos, caro é trocar a frota de carros dos nobres e ilustríssimos parlamentares do nosso grande, potente, riquísiimo, imprescindível e etc,etc,etc,etc,etc,etc… país, porque já estão com dois anos de uso e estão muito velhos para os nobres parlamentares. As vezes eu tenho vergonha de ser brasileiro, mas asse é o meu país, minha nação, minha terra. É difícil ter que ver as mesmas caras de pau nas… Read more »

JACUBÃO

Está caro hoje porque o país não investiu em tecnologia militar no passado, por isso fica dependendo das migalhas dos outros países. Temos que dar oportunidades aos nossos gênios, senão a NASA contrata todos como sempre fez.

zocca

não e a avenrura que e cara, e ele que ganha pouco, e de agora em diante sabemos que ta è ganhando muito.

TAER

Concordo com Getulio – SP, materia tendenciosa e leviana, realmente fazer algo de interesse das FAAs no Brasil é uma tarefa das mais dificeis! O Min. Mangabeira Unger previu que muitas criticas seriam lançadas contra o plano de defesa nacional. Mas o “Estadão” foi muito infeliz no texto, cheio de erros e inverdades, coisa de jornalista irresponsável!
Sds

Smedley D. Buttler

Segundo o amigo LM, parece que o estaleiro em Sepetiba ou melhor Itaguai, podera eventualmente construir mercantes. Alguem saberia dizer quais mercantes? Do tipo Tucano/Bolivariano como os de Apoio a Plataformas (Off-Shore) ou navio de verdade como Porta-Containers de 3000/4000/5000/6000 TEUs, Graneleiros de portes variados Handysize, Handymax, Panamax, Aframax, Suezmax, Capesize e quem sabe VLCC e ULCC. Seriam navios de projeto frances? Nada contra, mas nem os franceses gostam muito deles ja que a propria CMA-CGM usa navios de varias procedencias, sendo os franceses os originarios da subsidiaria Delmas. Em termos de mercantes os top top em termos de custos,… Read more »

Fred

Melhor ler um artigo ridículo como este que ser cego, uma vergonha alguém escrever tanta bobagem e ainda ser pago.

A propósito, a engenharia nacional não tem capacidade de desenvolver um projeto como esse nesse prazo. Só para constar, e obviamente vai sair muito mais caro.

Getulio - São Paulo

A imprensa brasileira, salvo exceções, vivem de patrocínio das chamadas “elites” que vivem de favorecimento dos governos. Assim sendo não é difícil esta mídia ultraconservadora mostrar suas garras contra um governo considerado de esquerda, atacando um projeto para a nação ainda que para ferir o presidente. É lastimável. Quando não se faz nada, reclamam que a defesa do país está abandonada, quando se faz um projeto desta envergadura, que eleva o nível do país, então não presta. Pergunta-se a quem serve este Estadãö. Seu editor chefe ainda está a solta após matar a jornalista cruelmente, como se mata um animal.… Read more »

Henrique Sousa

Para mim parece claro que o acordo MB/Alemanha não nos capacitou a desenvolver/projetar um submarino totalmente local. Deficiência de qual lado do Atlântico/Báltico não sei afirmar, mas a não atingimos tal capacidade.

Como pareceu clara a opção da MB/MinDef pelo submarino de propulsão nuclear, nada mais esperado que uma parceria com algum país com capacidade nesta área.

Quanto à totalidade dos fatores presentes num acordo deste tipo, e suas contrapartidas monetárias, acho que devemos ter bem claro que o que fazemos são expeculações. Devemos tomar muito cuidado com juízos de opinião, pq infelizmente nossas informações são limitadas.

abraço

Caius

Farragut,

Como disse Garrincha ao ser perguntdado se ele chutava com as duas
pernas. Respondeu que sim porém com uma de cada vez.

Como você mesmo disse, nesse Mundo, tudo se resolve com muito $$$
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$, uff,usp,puc,unisi-
nos,sãocarlos,etcetcetcetcetcetcetcetcetcetcetcetcetc…

Com a mesma simplicidade, se vivo hoje, Garrincha diria : basta a MB, com muita divulgação, abrir o voluntariado para internos e externos no seu quadro de pessoal. Pagando
“muito bem” e exigindo que os dois interessados quando voltassem
seriam multiplicadores por tempo determinado, podendo permanecer
se quizessem. Apareceria tanto candidato que teria que haver uma
seleção.

Caius

O reaparelhamento das nossas FAA é urgentíssimo, necessário e premente disso ninguém duvida. Mas R$ 28.000.000.000,00 por um estaleiro, uma base, quatro subs a diesel e um casco de um sub nuclear para daqui a 20 anos é grana demais. Se não vejamos: 1 – Construir estaleiro sabemos fazer. Se houver fiscalização inter- nacional ( duvido que os outros permitam ) é só consultar as exigências; 2 – Base naval, é só engenharia civil. Já fizemos outras. 3 – Quatro subs a diesel, já construimos quatro sendo que o último ” Tikuna ” foi uma evolução da classe ” Tupi… Read more »

Noel

É evidente a matéria tendenciosa, ou maliciosa, do citado jornal. Todos, ou pelo menos a grande maioria de leitores, participantes, curiosos, de Blog’s que tratam de assuntos militares ou afins, podem combater essa opinião distorcida, desse jornal ou de outra mídia qualquer, tentando divulgar sua visão e conhecimento de todas as formas possíveis: conversa em família, no serviço, na pelada, boteco, na faculdade, ou seja, onde surgir a oportunidade- até no quartel, pois existe uma massa enorme de militares alienados e/ou desinformados. Infelizmente só assim eu veja como sendo possível minar o estrago feito por matérias como essa, o poder… Read more »

fenix

Haja dinheiro é a expressão correta! Afinal é o nosso dinheiro, é o dinheiro de nós contribuintes, que vai ficar faltando na infraestrutura, na educação etc… Quando aparecem estes projetos políticos que , com um pretexto ufanista (“o Brasil está buscando transferência de tecnologia para ter um (1) submarino nuclear”), pretendem dispender dezenas de bilhões de Dolares (ou Euros, o que é mais ainda) de forma ineficiente e subserviente, é claro que o contribuinte se rebela e fará o possível para impedir. Mas o escárnio é ainda maior com a nossa engenharia. Como se as engenharias civil, mecânica, naval e… Read more »

Farragut

Caro LM.
Sem querer ser panfletário, é bom saber que há mais comentaristas aqui que entendem que o capital humano não pode ser tratado como aquele ponto de ferrugem que leva uma demão de tinta p/ “safar” e ficar com o aspecto marinheiro “na marca”.

LM

Prezado Farragut, Estava sentindo falta de seus comentários aqui no blog. Gosto muito deles! Você é um dos poucos que mostra interesse no “material humano” da MB. A maioria só critica e não tem idéia daquilo que passamos em nosso dia-a-dia. Com relação ao seu comentário, como você bem sabe, ninguém pode ser obrigado a freqüentar esses cursos de formação no exterior, é preciso ser voluntário. Muitas vezes, não compensa financeiramente. Sabemos a realidade, mas infelizmente eu não posso tecer minha opinião aqui. Deixo para que você o faça. Muitas vezes, eu e alguns colegas lendo os seus comentários, ficamos… Read more »

Farragut

Como disse Garrincha em 58, faltou combinar com os russos. Ou seria com os engenheiros?

Aparentemente todos problemas se resolvem com bilhões, recursos humanos motivados e qualificados não faltam.

Não é isto que parece acontecer quando faltam voluntários para CINCO cursos no exterior – dois de engenharia nuclear, sendo um em Berkeley. Vencimentos em dólar $$ – que a Marinha abriu vaga.

LM

Marujo, O acordo inclui a construção de uma nova base de submarinos. A tecnologia recebida beneficiará a MB, como disse, cerca de 250 militares (principalmente técnicos e engenheiros) participarão de todo o processo de construção. Eles também serão enviados à França para realização de cursos. O contrato prevê apenas o auxilio francês até construímos a primeira umidade do SNBR, a partir daí teremos que ser capazes de produzir SSN de forma autônoma. Eu e o Hornet debatemos ontem a respeito dos SBR e SNBR, se você puder dê uma lida no post que fala a respeito do contrato de US$… Read more »

LM

Hornet,

Rsrsrsrs….

Estamos muito bem coordenados!

Gunter

Hornet! Como sempre, perfeito nos comentários, … graças por vc nao ser um “cidadão pensante” rsrsrs

Um abraço!

Fernando Garcia

DÁ VERGONHA DE SER JORNALISTA. O CARA É UM DESINFORMADO. ALÉM DE UM PÉSSIMO TEXTO, CHEIO DE ERROS, A ABORDaGEM É “MÍOPE”. TODO MUNDO SABE QUE A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA SÓ SERIA DA PARTE NÃO NUCLEAR. “OHH IDIOTA”, SE INFORMA ANTES D ESCREVER BESTEIRA, BOBAGEM. PEÇO AOS SENHORES LEITORES QUE NÃO GENERALIZEM ESSE JORNALISTA COM OS DEMAIS DE TODO BRASIL.

marujo

Obrigado, LM. Ainda não li o acordo de parceria estratégica com a França (falta de tempo), daí uma nova questão: A MB, então, está pagando apenas pela transferência de tecnologia e os cascos dos cinco submarinos? Quem receberá a tecnologia transferida? A MB? O estaleiro 80% francês?

Hornet

É LM, estamos antenados e mais coordenados que um ataque de matilha de submarinos…hehehe…dá uma olhada na hora e minutos em que postamos os nossos comentários:

LM em 28 Dez, 2008 às 17:04

Hornet em 28 Dez, 2008 às 17:04

um abração

Hornet

Ah! em tempo: e o que dizer do título da matéria, hein? “Uma aventura cara” chamar o reaparelhamento das FAs de “aventura” é coisa de quem não está muito interessado em que tal coisa aconteça. O “caro” é só pra reforçar a idéia de que se trata de um dinheiro mal investido, que é o que o jornal quer passar para seus leitores. O que está nas entrelinhas do título é isso: O Brasil não tem nada que gastar dinheiro com as FAs e não tem nada que ter um sistema de defesa, temos que ficar sempre de joelhos ao… Read more »

LM

Prezado Marujo,

O estaleiro que será construído na Baia de Sepetiba (RJ) não pertencerá a MB, ele é privado. Ele não construirá apenas submarinos, serão construídos navios mercantes e plataformas de petróleo também. Irá gerar cerca de 2.000 empregos, todos para civis. O que a MB pretende é manter cerca de 250 militares nesse estaleiro participando apenas da construção dos SBR e SNBR.

Com relação a nova Base de Submarinos, ela é necessária, uma vez que a Base Almirante Castro e Silva (BACS) não possui calado para receber os SNBR.

Abraços

Hornet

Ê Estadão, tal como a Folha, uma desiformação total… No meu modo de ver, tais “notícias” não são “apenas” mal feitas do ponto de vista técnico (técnico em jornalismo eu me refiro), são também tendenciosas do ponto de vista político. Mas deixemos isso pra lá no momento… De qualquer modo, não são 16 aviões de caça que a FAB pretende adquirir; e construir um casco de submarino nuclear não é a mesma coisa que construir uma prancha de surf (pelo o que está ewscrito na matéria, o casco é como o de tartaruga, não tem eletrônica, não tem sofisticação de… Read more »

JACUBÃO

Meu caro Gerson, particularmente não acredito que isso possa ocorrer no Brasil a exemplo da venezuela, mas na minha “humilde” opinião, acho extremamente válido, receber tecnologia dos Escorpenes, pois não são submarinos ultrapassados como muitos que existem na A. do Sul, e irá nos preparar para ser a superpotência em submarinos da A. do Sul, e até do Hemisfério sul, o que significa que mesmo uma Super potência como os EUA, não fiquem com o c… na mão de arriscar um, dois ou mais super-porta-aviões a um país emergente como o Brasil e sem ter desculpas a dar a seus… Read more »

ARCANJO

VIVAM OS “MENTECAPTOS”! Através das suas “tendenciosas e malsãs a reportagens” começam a vislumbrar os equívocos de um bem-vindo mas imperfeito PLANO NACIONAL DE DEFESA. PLANO cheio de virtudes mas com equívocos que precisam ser debatidos com lucidez e longe das sombras das posições CHAPA BRANCA, e da raiva destilada por posições corporativamente comprometidas. Que o monumental LOBBY FRANCÊS tenha afetado corações e mentes, tudo bem, mas impressiona a agressividade despejada contra quem discorda, uma vírgula que seja, da catilinária recitada pela torcida organizada. Mauro Lima, não te conheço mas continue exercendo seu direito de discordar dessa derrama de dinheiro… Read more »

marujo

Para construir os Scorpenes (ou Marlins)e o sub nuclear é necessário, realmente, um novo estaleiro? O que existe no Arsenal da Marinha não serve? Uma nova base de submarinos, fora da cidade do Rio de Janeiro, é uma prioridade?

gerson

Ola! sei que vcs gostam muito do U214, mais, sobre o artigo vcs acham que algum pais vai oficialmente dizer que vai transferir tecnologia nuclear? claro que não! entam não se preocupem com os detalhes e é claro que o submarino nuclear tb não vai demorar 20 anos, isso é bobagem sai em 5 ou 6 podem apostar. assim como o mandato do presidente LULA será ampliado em dois anos em prol das eleições gerais.

Jrs-camarada

Cerca de 7 bilhões de euros. Este é o montante, confirmado por várias fontes, do gigantesco contrato de armamento naval concluído pelo nosso país. Foram vendidos quatro submarinos de ataque de propulsão convencional, a assistência técnica para a realização do primeiro submarino nuclear de ataque (SNA) brasileiro, além da construção uma base naval e de um novo estaleiro perto do Rio de Janeiro. Uma boa notícia para o estaleiro DCNS de Cherbourg e para nós, uma grande parte do primeiro submarino convencional, previsto para entrar em serviço em 2016, será construído na Península de Cotentin. O projeto mobilizará 100 funcionários… Read more »

JACUBÃO

Volto a dizer que dinheiro não é problema para o país. Se tudo fosse feito com decência nessa bagunça de país, o dinheiro arrecadado de Imposto de Renda,ICM,ICMS,ETC,ETC,ETC,ETC,ETC…, poderíamos resolver os problemas da saúde, educação, saneamento, previdência, defesa e novamente, etc,etc,etc,etc,… Se em outros países os corruptos são prêsos por desviarem verbas públicas, por quê no Brasil não podem?
Nem preciso responder, não é mesmo? Todos nós sabemos que o Brasil é saqueado e roubado desde o descobrimento, ou seja, mais de 500 anos, e nunca quebrou, então para mim dinheiro não é o problemoa do Brasil.

Coralsea

Além de termos de construir um estaleiro, uma base própria para o futuro SSN, construir o dito cujo; muita gente esquece que teremos que investir muito dinheiro ainda no treinamento da tripulação do futuro SSN, construir uma rede de comunicações por satélite e de bases de rádio em terra….ou seja; ainda temos um longo caminho a percorrer….

AJS

Caro Leandro.
Quando do tontrato dos IKL, foi prevista a construção dos meios efetivamente construídos, para mais unidades seria necessário novo contrato, para produção do 214 idem, então, ou partiriamos para novo contrato com a IKL ou com a outro fornecedor, e fizemos com a DCNS.
No passado, quando da construção da fragatas Niterói, recebemos transferência de tecnologia para construírmos a quantidade contratada, anos depois, numa comissão a um país da África, a Vosper rapidamente divulgou que o Brasil não tinha licença para exportação,
mas o que o AMRJ estava construindo era o NE Brasil.

Goose

Caros colegas,

Muitos se perguntam se o dinheiro gasto neste plano realmente era o que o país necessitava?
Digo-lhes que sim, pois nenhuma nação desenvolvida se solidificou encima de compras oportunistas, vide Rússia, Eua,Inglaterra e França.Estamos agora começando a trilhar nosso futuro em um mundo onde só aquele que detém a tecnologia poderá dizer sim ou não para as grandes decisões que estão por vir.

Abraços

Almeida

AJS, eh pq quem tem fome tem pressa! Hahaahah! 😛

Leandro Furlan

Nossa, queria achar na rua o jornalista que escreveu essa besteira no Estadão… Ele só errou o número de 36 pra 16 caças… Esses leigos querem vir falar sobre defesa e nao entendem porcaria nenhuma. Será que ele pode me explicar então como o Brasil conseguiu construir as Inhaúma, as Niterói, os IKL’s!? Se isso não for transferência de tecnologia, então não sei o que é… Esses abobados acham que quando se assina um contrato de compra de materiais militares está ali apenas o valor do tanque de guerra… O Brasil já obteve sucesso diversas vezes comprando tecnologia, a mais… Read more »

JACUBÃO

Eu já falei em outra matéria, é só deixar de roubarem o brasil.

AJS

A igreja “Sagrada Família” em Barcelona, teve sua construção iniciada em 1882 anos e não chegou nem na metade, mesmo sendo na Europa, tem previsão de término das obras em 50 anos mas por aqui, tudo tem que ser feito para anteontem.

AJS

A igreja “Sagrada Família” em Barcelona, teve sua construção iniciada há 400 anos e não chegou nem na metade, mesmo sendo na Europa, mas por aqui, tudo tem q

AJS

Para começar, já esclareço, que o que vou redigir, nada tem contra o escrito pelo F-15. Caros colegas de blog, quando vou adquirir qualquer produto, pago por ele e o tenho, salvo se o fornecedor não disponibilizá-lo. Imaginando que ele venda, eu compro, e recebo o produto ou serviço comprado, pelo preço negociado entre eu e o fornecedor, se não agradar a um dos dois o preço pretendido, o negócio não se concretiza. Digo isto, porque ficou muito habitual, o temo “ajuda”, nenhum dos paises com os quais o Brasil negocia ajuda em nada o Brasil, vende produto/serviçoe recebe por… Read more »

marcos silva

Desde a decada de 70 a marinha vem investindo nesse “reator nuclear” para a construção do submarino nuclear.Investimento esse de milhares de dolares,para um pais emergente e subdesenvolvido,com apenas meros 500 anos de existencia.Vamos considerar com melhor abrangencia a historia desta nação !!!!!!!!!!!

F-15

Eu fico irritado quando leio esses lixos de matérias..
O cara fica distorcendo os fatos… Já estava claro a muito tempo que a França so iria ajudar a contruir o casco e a parte nuclear cabia ao Brasil.

JP

Parei de ler aqui:

“Essa exigência cria graves limitações para o reequipamento das Forças Armadas de um país que não tem contenciosos internacionais que exijam meios militares abundantes e de última geração.”

lixo de texto.

[]´s

LeoPaiva

Wilson Johann e AJS

Meus caros, tive que apagar o post que estava escrevendo por causa de vocês dois. rs rs

Concordo em todos os termos, e acrescento que as críticas não foram direcionadas as FAs e sim ao governo federal, nada de novo em se tratando do Estadão, Folha, Rede Bobo, entre outros, e também acho que o governo tem popularidade suficiente para encarar esses meios e cortar a propaganda de estatais e ministérios, seriam economizados milhões, e quebraria esses meios de desinformação.

Sds.

Leo

Luís Fernando,

Isto é o efeito dos lobbie$$$ e seus favore$$$…

João-Curitiba

Caro Luís Fernando

Lembrou bem. “Tudo conforme o Mangabeira Unger havia previsto”. Ele disse ainda que além das opiniões contrárias, os custos exigiriam sacrifícios da Nação.
Artigo desinformado ou como você disse, tendencioso.

Abraços

Leo

Acho incrível como o pessoal distorce as informações para gerar mídia.

O acordo está clarríssimo em relação aos deveres de cada parte. Eles estão explicitando que o franceses não darão apoio algum a PARTE NUCLEAR, ou seja a planta de propulsão do submarino.

O resto, está todo incluído no acordo. Inclusive fala que caberá a DCN a liderança no projeto e construção dos Scorpenes, enquanto que caberá ao Brasil, COM APOIO DA DCN, a liderança no projeto do submarino nuclear.