enganche_01

Na Ponte de Comando do navio-aeródromo, inicia-se o procedimento para recolhimento das aeronaves. Toda a operação aérea a bordo, seja lançamento ou recolhimento das aeronaves, é feita  sob a coordenação do “Air Boss”.

O NAe manobra novamente para aproar na direção do vento.

As aeronaves sobrevoam o navio, para que possam ser observadas pela  tripulação, afim de se certificarem que o gancho de parada desceu até a posição correta.

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No caso específico, o Rafale está alijando o excesso de combustível, afim de não ter o peso acima dos limites estabelecidos para o pouso a bordo.

O “espelho da pista” ajuda o piloto a se orientar quanto a descida correta.

O Rafale se aproxima para pouso com uma inclinação de 16° em relação ao convés de voo.

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O Oficial de Sinalização de Pouso (OSP) orienta o piloto na aproximação final. É prática comum na Marinha, o OSP dar uma nota para cada pouso.

No momento do pouso, a aeronave precisa realizar o enganche com potência e velocidade suficiente para, no caso de não conseguir pegar um dos cabos, a aeronave possa decolar novamente em segurança e realizar o circuito para nova tentativa de pouso.

Neste pouso, O Super Étendard engancha o cabo n°1.

O Rafale engancha no cabo n° 2 do  PAN Charles de Gaulle. Na Marine Nationale, o cabo n° 2 é considerado o ideal para a realização do enganche perfeito.

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Após o pouso enganchado, a aeronave vai desacelerar  até parar no convoo. A tripulação irá sinalizar ao piloto quando o cabo for retirado do sistema de parada da aeronave.

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Após este procedimento, o piloto é orientado a taxiar a aeronave até um ponto fora da pista de pouso para que, posteriormente, esta aeronave seja preparada para outro lançamento ou para a hangaragem.

A aeronave que está realizando o “Pedro”, somente é recolhida após a última aeronave realizar o seu enganche no Nae.

Ao fim das atividades aéreas, as tripulações retornam para realizar o debriefing.


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Paulo Taubaté

Um A-4 pode operar FULL no São Paulo, mas o Hornet (no caso, a versão C especificamente) e o Rafale, não.

Mas é melhor um Hornet ou Rafale, “meia bomba”, à um A-4 carregado, não?

Dois AIM-9 ou Magic, um tanque subalar, e um Exocet ou Harpoon, ou noutra configuração, dois AMRAAM ou MICA, e dois Magic e AIM-9, são muito, mas muito melhores que qualquer configuração de A-4.

Alberto

Não é OLP, que aliás não significa o que está no site e, sim, Oficial de Lançamento e Pouso, que só é utilizado para navios que não Navios-Aeródromo (Fragatas, CT, etc.) no Lançamento e Recolhimento de Helicópteros.
A função mencionada é OSP, Oficial de Sinalização de Pouso, que é um Aviador-Naval do Esquadrão que vai pousar.

Alberto
CMG (RM1) AvN, fui encarregado das Divisões de Convés de Vôo e de Operações Aéreas do Minas Gerais e oficial dos Esquadrôes HU-1 e HU-2, tendo sido Comandante deste último.

Alexandre Galante

Alberto, muito obrigado pela correção. Já modifiquei o texto do Wiltgen. Grande abraço.

Smedley D. Buttler

Aquela escolta que todo mundo vê grudada nos Navios-Aérodromos muitas vezes é confundida com um defesa presenta, mas na verdade tambem esta ali fazendo a função de “guarda de aeronaves” para o caso de quedas no mar.

Os CG/DDG que estavam sendo debatidos em outro post, no caso da USN podem ficar tranquilamente fora do alcance visual fazendo o perimetro de defesa AAé do NAe.

Jacubão

Ouvi dizer que a MB desenvolveu uma engenhoca que recupera o cabo de aço ao lancar a aeronave, será que alguém poderia confirmar essa informação?????

Alberto

Se for o que estou imaginando é o “Apanhador de Cabresto”, que existia no meu tempo de Minas Gerais…

Alberto

Prezado Alexandre Galante Existiria alguma forma de entrar em contato com vocês, pois eu gostaria de contribuir com o site, se for do interesse de vocês. Seria possível você enviar para meu email seus dados de contato?

Flamenguista

Eu pensei que, após o toque da aeronave no convoo, o piloto dava full throtlle para conseguir uma arremetida, caso o gancho nao alcançasse o cabo… é isso?

Bosco

O sistema de cabos é eficiente e comprovado mas não deixa de ser uma operação de alto risco. Na minha opinião o uso de caças lançadas por rampa (ou catapulta) e recuperadas verticalmente é o sistema ideal de operação de um NAE, com o “inconveniente”, é claro, de exigir aeronaves com capacidade VTOL como no caso do novo porta-aviões inglês com seus F-35B. O único porém é a não existência de uma aeronave de asa fixa AEW com capacidade VTOL, já que a versão do V-22 não foi adiante, tendo sido delegada a helicópteros com pequena autonomia comparada. Até a… Read more »

Bosco

Correção:
Estudos de uma versão ESTOL/SSTOL foram feitos dentro do programa JSF e não especificamente para a versão F-35C.

Eleazar Moura Jr.

Por que a Marinha Francesa insiste em utilizar estes Alouete III, conforme o da foto, se ela mesma fabrica helicopteros bem melhores?
Na visita do Jeane d,arc ao Rio, por incrivel que pareça, a marinha do Brasil operou de Super Puma (francês) e a da França Alouete.

Tailhooker

Salve Flamenguista.
É exatamente isso. Vc pensou certo. O piloto SEMPRE dá full throttle no momento em que toca o convés de vôo.

[…] francês, de propulsão nuclear, está atualmente cumprindo uma fase de treinamento intensivo para voltar à plena operacionalidade, após passar por um período de manutenção que teve a duração de 15 […]