assinatura-de-contrato-npa-500

No dia 25 de setembro, a Diretoria de Engenharia Naval assinou contrato para a construção de quatro Navios-Patrulha de 500 toneladas com o EISA – Estaleiro Ilha S/A, na cidade do Rio de Janeiro.

Esses navios se destinam ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas a de, em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e, em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.

A decisão pela construção em estaleiro privado nacional se coaduna com a política governamental de incentivo à construção naval e de geração de empregos, bem como da necessidade estratégica da capacitação e fortalecimento do parque industrial de tecnologia militar.

O EISA – Estaleiro Ilha S/A foi selecionado para a execução dessa obra por meio de Concorrência Pública pautada estritamente nos ditames da Lei nº 8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. A construção será realizada nas instalações do estaleiro, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, e fiscalizada pela Diretoria de Engenharia Naval segundo mecanismos gerenciais e técnicos estabelecidos no Contrato de Construção, vinculados ao Edital de Licitação, baseados na boa prática da engenharia e conduzidos por uma equipe formada por profissionais com vasta experiência em construção naval militar.

Os navios em questão fazem parte de uma série de 27 navios, dentro do preconizado pela Estratégia Nacional de Defesa, cujos dois primeiros se encontram em construção no estaleiro Indústria Naval do Ceará S/A – INACE, a partir de um projeto desenvolvido pela empresa francesa “Constructions Mécaniques de Normandie” – CMN, e possuem as seguintes características:

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  • Comprimento total: 54,20 m;
  • Boca moldada: 8,00 m;
  • Calado máximo: 2,48 m;
  • Deslocamento carregado: 500 t;
  • Velocidade máxima mantida: 21 nós;
  • Tripulação: 35 + acomodações extras para 8; e
  • Armamento: 1 canhão de 40 mm e 2 metralhadoras de 20 mm.

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O primeiro navio em construção no INACE, o NPa “Macaé”, deverá ser entregue e incorporado à ARMADA em 9 de dezembro deste ano.

O contrato ora assinado com o estaleiro EISA tem duração total de 4 anos, sendo que o primeiro navio está com sua entrega prevista para março de 2012 e os demais navios serão entregues em sequência, um a cada seis meses.

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Marcelo Tadeu

KleplerK,

A própria Lei diz em seu inciso que a compra de material bélico poderá ser dispensada, portanto não é obrigatória, é ato discricionário do MD.

Sds,

GUPPY

Caro Galante,

PARABÉNS!

Jonas Rafael

Flavio, sobre os postos, justamente, assim como eu não imaginava que existisse, a maioria não sabe. E o fato de eles fazerem o visual do posto padronizado dá a idéia de como é corriqueiro e numeroso, pois se fosse um ou dois apenas eles não se preocupariam com o aspecto visual.

Abraço

LM

São estes projectos que ajudam um país, trabalho de guarda costeira/ policia, mas essencial para a segurança global tanto como os “grandes meios”.

Projecto muito similar em curso na Marinha Guerra Portuguesa: http://barcoavista.blogspot.com/2009/07/lanchas-de-fiscalizacao-costeira.html

luciano

o Colt, o barco é para PATRULHAR ZEE e não faz parte da esquadra. e no lugar em que você que que instale misseis AA vai ser usado um VANT, o FS 3 que vai ser produzido pela flight solutions

Paulo V

Num primeiro momento parece improdutivo e até um atraso construir essas embarcações aqui. Mas se continuarmos com esses projetos, em algum momento passaremos a mudar a arquitetura dos barcos conforme nossas experiências e necessidade. Chegará o momento em que teremos nosso próprio projeto, já com avanços e assim sucessivamente. Se não acreditarmos, confiarmos que podemos fazer um projeto nosso, mesmo que os primeiros sejam cópias descaradas, nunca teremos algo próprio e quando tivermos, alguém virá para supervisionar. Isso é uma decisão política. O maior exemplo de tecnologias, primeiramente compradas, depois fabricação própria, cópias e por fim, projetos próprios, atualmente é… Read more »

Don D

Minha pergunta permanece, será que 21 nós não é pouco para uma belonave desta categoria? Alguém sabe dizer?

Colt

To falando que da pra armar eles melhor:_

http://en.wikipedia.org/wiki/Hamina_class_missile_boat

marujo

Parabéns, Marinha do Brasil! Qual colega se aventura a advinhar os nomes dos quatro novos navios da futura Classe Macaé?

Mauricio R.

Mas só pode, velharia francesa??? A própria Marine Nationale está retirando se serviço ativo, uma classe mto parecida c/ a nossa “Macaé”.

Claudio

A compra desse projeto francês foi organizada por aquele almirante que foi preso pela Polícia Federal, junto com pessoas ligadas a INACE, por contrabando de peças para iates.
Segundo consta, o dito almirante é dono de um lindo e valioso iate, fabricado pela INACE. Uma pergunta interessante é como ele com a remuneração que tinha, que não era nenhuma fortuna, conseguiu o iate.
Na época a Marinha informou que comprou o projeto da CMN para ganhar tempo, preferindo comprar um projeto pronto do que desenvolver um por aqui.

Klesson

Pelo que vejo neste projeto, o acho mau motorizado e armado, tendo em vista os tipos de embarcações que eles poderão combater em caso de necessidade, uma vez que os navios que poderão perturbar o pré-sal e nossa costa, não serão somente lanchas, barcos de pesca (… Nigerianos sem motor e leme) e tão pouco navios de 500 ton, mas sim, subs, Flagatas, Destroyers e outras classes armados com mísseis e torpedos. Para a missão e distâncias que foram projetados servirão para testar a pontaria dos invasores e matar os marinheiros neles embarcados.

Marcelo Tadeu

Klesson,

Este assunto já foi demasiado comentado aqui, estes navios não são para combater uma Fragata, eles se destinam ao patrulhamento da ZEE, pesca predatória, salvaguardar as vidas no mar, combater a pirataria, etc.

Além disso, terão tb os NaPOc, que deslocarão 1.500 ton, terão convoo, armamento de tubo e misseis.

Usar uma Fragata ou até uma Corveta para este tipo de missão é muito dispendioso, assim, os navios maiores ficam livres para cumprirem a sua verdadeira missão, mostrar a bandeira e dissuadir qualquer força maior atacante.

Sds,

RJ

Mauricio,

Parecido não é igual,
a marinha francesa não tem os mesmos requisitos que a brasileira,
e é melhor fazer aqui do que comprar velharia do exterior.

João Curitiba

Como leigo, vou deixar algumas questões aos colegas do blog:

1) Os 27 barcos serão da classe Macaé?

2) Com estes 6 já contratados, não poderíamos desenvolver um projeto nacinal?

3) O que faz mesmo a Emgeprom?

Abraços

Lucas Calabrio

Prezados
Alguém pode informar se o site do poder aereo está fora do ar?
Abraços

Alexandre Galante

Lucas, ainda está fora do ar.

brasilwolfpack

O terrestre tambem desapareceu.

brazilwolfpack

O terrestre tambem desapareceu.

Dalton

Joao…

com absoluta certeza, posso responder apenas sua primeira pergunta.

Os 27 serão da classe Macaé, mas por enquanto apenas 2 estao em construçao 4 agora contratados e outros 8 já planejados aguardando assinatura dos contratos.

abraços

papagaio

Fora deste assunto.
Galante, vc poderia disponibilizar a terceira parte da narração do Sub Argentino na Guerra das Malvinas.
Obrigado.

Lucas Calabrio

Prezado Galante
Obrigado pela informação
Abraço

Lucas Calabrio

Prezado Galante
Tem previsão de retorno?
sds

André Castro

Segundo o Nelson Jobim o Brasil não vai mais comprar material bélico usado.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,jobim-brasil-nao-comprara-mais-material-belico-usado,447470,0.htm

Jonas Rafael

Dalton, você tem certeza? Eu tinha lido em algum lugar que eles seriam uma opção temporária até que outro projeto de mesmo deslocamento fosse obtido…

Dalton

oi Jonas…

a informaçao quanto aos 27 é do próprio blog, lembro de te-la lido aqui faz pouco tempo atrás, mas é possivel que vc esteja certo e o blog nao atualizou…então retiro minha “absoluta certeza” (rs)

abraços

Dalton

Mas Jonas, se vc está referindo-se aos navios patrulha oceanicos de 1800 toneladas, há vários planejados também, mas nao pertencem ao lote dos 27 de 500 toneladas.

Se lembro bem o desejo é adquirir cerca de 50 navios patrulha, 27 de 500 toneladas uma duzia de 1800 toneladas e mais alguns menores inclusive fluviais.

abraços de novo!

Felipe Cps

O mais interessante de se notar na matéria é que a construção foi licitada segundo a Lei das Licitações. Disso se deduz que nem tudo que é material de defesa deve ser adquirido na forma de dispensa estratégica de licitação. Muito correto e louvável da parte da Marinha do Brasil em assim proceder. Penso que todas as compras militares, exceto as extremamente estratégicas (ex: Sub Nuclear), deveriam passar por semelhante processo licitatório, não se deixando ao arbítrio de quem quer que seja a compra direta por dispensa, pois isso pode levar a falcatruas mil. Construir estaleiro, por exemplo, ainda que… Read more »

gaspar

algum amigo ai em cim citou a Engeprom…
ela esta fazendo barcos escolas la pra Amazonia… projeto nacional… he he eh

Angelo Nicolaci

Galante parabéns pelo seu aniversário amigo

Challenger

Marujo

Os Navios deveriam receber nomes de Cidades.

Abraço.

Colt

Muito interessante. Os navios são muito bons, e se …. Acho que se reposicionarmos um dos botes, podemos instalar um lançador AA RAM. Aquelas canadenses Halifax tem lançadores de Sparrow verticais nas laterais à meia nau. Podíamos instalar um lançador com dois casulos de cada lado, junto das chaminés (os gases da ignição seriam direcionados para ela). Um Camcopter S-100 deveria ser considerado para missões de reconhecimento (alíás eles podem ser armados com mísseis leves de múltiplo emprego) Assim teríamos mais poder de fogo. Um par deles teriam 8 Sparrow, dois drones e defesa de ponto AA. Ficou faltando só… Read more »

Caipira

Esses navios são realmente uma porcaria, o ideal para essa aplicação seriam destróieres da classe Arleigh Burke e com Aegis, já imaginaram um “bichão” desses dando batida num navio pesqueiro ilegal ou de contrabando?:D

hehehehe

Me desculpem, mas não resisti em fazer a piadinha…

CADU

Boa Noite
Parabéns, Galante. Muitas felicidades.
Se neste fim de semana estiver aqui no Rio, me diz, e pago a agua de coco na praia, certo vizinho.
Mas uma vez meus parabéns.

Patriota

exelente noticia

Alguem tem alguma noticia dos futuros navios de patrulha oceanica?

carlos argus

+ pq só 04 , devemos comprar + de 15 desses navios patrulhas…p ontem.

Don D

Eu acho que para o que se destinam está bom, só me parece que a velocidade máxima deles é pouca para a categoria, 21 nós, quem conhece mais sabe dizer se procede isso, ou se é suficiente para a classe dessas belonaves?

Em tempo Muitas felicidades Galante e continue com o bom trabalho.

[]´s

Marcelo Tadeu

Parabéns Galante, felicidades!!!

Flavio

Marcelo Tadeu, obrigado pela defesa…falam tanto em proteger a Amazônia e vivem falando daqui como se só houvesse bichos. amigo Gaspar, a Amazônia que você falou tem várias bacias hidrográficas muito maiores que vários estados brasileiros, por isso, é necessário milhares de barcos. Existem inúmeras cidades grandes aqui, onde, claro, não se precisa de barco. Mas também existem muitos vilarejos ao redor das cidades que precisam deste transporte. Caso não conheça direito, faça uma visita. É lindo, e é BRASILEIRO. Jonas Rafael, peraí, você que bagunçar né???? kkkkk para que nunca conviveu, é meio estranho mesmo, mas depois acostuma….aqui é… Read more »

marujo

Parabéns, Galante. Muitas felicidades.

Marcelo Tadeu

Gaspar, Veja o site da Engeprom, conheça melhor a empresa antes de criticar. ModFrag, Corvetas Inhaúma, Sisconta, Classe Grajaú, Napoc, Napa, ela não constroi, ela gerencia e faz a integração de projetos. Quanto as navios-escolas, talvez vc não conheça a Amazônia, mas por lá as pessoas andam mais de barco do que de ônibus e este projeto dos barcos-escolares é pra levar as criança ribeirinhas para as escolas, como as vans fazem na cidade que vc mora. Como sempre, tudo que é idéia nacional não presta, pra que 4º Frota, já temos o povo brasileiro pra acabar com o Brasil,… Read more »

Jonas Rafael

Uma das coisas mais bizarras que já vi foi a foto que um amigo mostrou de um “posto de gasolina flutuante” (acho que era BR) no rio Amazonas. Ele era literalmente isso mesmo, um posto comum, com aquela cobertura e tudo, mas ficava no meio do rio, e servia para abastecer os barcos…

Mauricio R.

Parabéns Galante, mtas felicidades e continue c/ o ótimo trabalho!!!

KeplerK

Sei não, uma coisa me incomoda: a aplicação dessa lei 8.666 para aquisição de material bélico. Que o processo de aquisição tem que ser transparente não resta a menor dúvida (até uma sardinha sabe disso) mas já vi muita empresa ganhar licitação baseado nesse lei e depois não ter condições de executar o contrato, algumas até vão a falência.

Acho que na área de defesa deveria ser aplicado um processo semelhante ao FX-2. É mais apropriado.

De qualquer forma, parabéns pela aquisição.