guardas-marinha

No dia 12 de dezembro de 2009, às 10:00h, os Aspirantes integrantes da Turma “Almirante Guilhem” receberão suas espadas, símbolo do Oficial de Marinha.

Após quatro anos de formação acadêmica e militar, iniciados em 2006, formam-se, nesse dia, cento e setenta e três Guardas-Marinha.

A Escola Naval, mais antigo estabelecimento de ensino superior do Brasil, tem por propósito formar Oficiais de Marinha para os postos iniciais das carreiras dos Corpos da Armada (CA), Fuzileiros Navais (FN) e Intendentes da Marinha (IM). Atualmente, possui um efetivo de 809 Aspirantes, sendo 173 destes os integrantes da Turma “Almirante Guilhem”, que serão declarados Guardas-Marinha, em 12 de dezembro, e realizarão, no próximo ano, o Ciclo Pós-Escolar da Escola Naval, de um ano de duração, que se encerrará com a Viagem de Instrução a bordo do Navio-Escola “Brasil”, onde complementarão sua formação profissional-naval.

O ensino ministrado na EN acompanha a evolução tecnológica no desenvolvimento de seus cursos, objetivando o melhor desempenho técnico-profissional dos futuros Oficiais de Marinha, tanto a bordo dos navios como nas demais organizações militares.

Além da formação militar-naval inerente à carreira, a Escola Naval, por meio das diversas atividades por ela proporcionadas, aprimora os aspectos cívico e cultural, de modo a assegurar que sejam física e moralmente capazes de exercer as funções atribuídas aos Oficiais de Marinha.

Somos uma nação marítima e, como tal, jamais poderemos prescindir de uma força naval eficiente, para a garantia da utilização dos mares em proveito de nosso desenvolvimento. “Nós somos os Sentinelas dos Mares”.
HISTÓRIA DA ESCOLA NAVAL

A Escola Naval (EN), com sede na cidade do Rio de Janeiro, foi instituída em Lisboa, por Decreto de 14 de dezembro de 1782, com o propósito de formar oficiais hábeis e instruídos para o serviço da Marinha, organizada militarmente sob a forma de uma Companhia de Guardas-Marinhas, começando seus estudos em março de 1783; a essa Companhia agregaram-se os Aspirantes a Guarda-Marinha, criados pelo Decreto de 14 de julho de 1788, com o fim de se conhecerem o gênio, a propensão, os talentos e outras finalidades adequadas e precisas para o importante e laborioso serviço da Marinha.

Em 1796, oficializou-se o nome de Academia Real dos Guardas-Marinha.

Até 1807, a então Academia Real funcionou em Portugal, tendo sido trazida para o Brasil junto com a Família Real Portuguesa, a bordo da nau “Conde D. Henrique”, desembarcando no Rio de Janeiro em março de 1808, com o corpo docente, alunos, biblioteca e material escolar.

A Academia permaneceu no Mosteiro de São Bento até o ano de 1832. Lá, a Academia viveu os dias da Independência. O juramento de fidelidade, prestado a 7 de abril de 1824, foi o ato solene que lhe conferiu os foros da nacionalidade brasileira.

Desde então, a Academia Imperial dos Guardas-Marinha passou por diversas acomodações: no Largo de São Francisco, onde se encontra atualmente o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (em 1832 e 1833), retornando ao Mosteiro de São Bento, em 1834, onde ficou até 1839; 1839 a 1849, esteve embarcada na nau “Pedro II”; de 1849 a 1867, funcionou num edifício situado no Largo da Prainha, hoje Praça Mauá, onde se ergueu o Edifício de “A Noite”; de 1867 a 1882, voltou a estabelecer-se a bordo de navio, desta vez a Fragata “Constituição”; parte do ano de 1882, passou no Arsenal de Marinha da Corte; de 1883 a 1914, estabeleceu-se na Ilha das Enxadas; em 1914, transferiu-se para a enseada Batista das Neves, Angra dos Reis, onde funcionou até 1920, no edifício em que se acha atualmente o Colégio Naval, no recanto denominado pitorescamente a “tapera”; de 1921 a 1938, retornou à Ilha das Enxadas. Instalada em 1938 na Ilha de Villegagnon, nela se fixou até os nossos dias.

Em 1858, passou a chamar-se Escola de Marinha. Em 1886, passou a chamar-se Escola Naval.

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