Desenvolvimento do ‘Sea Gripen’ depende de interesse externo

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A Saab só desenvolverá o versão embarcada do Gripen NG, conhecida como Sea Gripen, caso um dos possíveis clientes externos tenha interesse. Atualmente existem dois países (Brasil e Índia) onde o Gripen NG participa de licitações que poderiam encomendar a versão embarcada do mesmo.

Eddy de la Motte, executivo da empresa sueca responsável pelo Gripen no programa indiano, informou na última semana que as Forças Armadas da Suécia não pretendem encomendar a versão embarcada.

O Gripen E/F, versão terrestre de produção do demonstrador Gripen NG, será encomendada pela Força Aérea da Suécia, mas não o Sea Gripen. “[O desenvolvimento do Sea Gripen] só faz sentido se a Índia ou o Brasil comprar o NG, uma vez que a Suécia não possui navio-aeródromo”, informou o executivo durante o Aerospace Forum Sweden, ocorrida na última semana em Linköping (Suécia).

Segundo de la Motte, a versão terrestre do Gripen necessita de pequenas modificações para operar embarcado. Isto incluiria um trem de pouso mais reforçado, freios maiores e gancho de parada (algo que o NG terá). As características do Gripen que favorecem sua operação embarcada incluem pouso preciso, estrutura reforçada e proteção contra corrosão melhorada. A versão do motor empregado, oF414G, já é uma versão desenvolvida para uso naval, uma vez que é largamente empregado pela US Navy em operações embarcadas.

Mesmo que ocorra uma eventual vitória do Gripen NG em uma das duas licitações citadas acima, a versão naval do Gripen seria para clientes diferentes, uma vez que a Marinha da Índia e a Marinha do Brasil possuem seus próprios requerimentos, necessidades e orçamentos.

Com informações da Jane’s e do correspondente do Poder Aéreo enviado à Suécia.

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Vader

A Marinha do Brasil tem outras prioridades que aviação embarcada. Pra operar no “glorioso” um par de A-4 Skyhawk tá bom demais. E se fosse pra operar de bases em terra o Gripen E/F já serviria.

Fernando "Nunão" De Martini

Como já escrevi lá no aéreo e repito aqui, tenho algumas dúvidas quanto à viabilidade do Sea Gripen, derivado do NG, a depender de encomendas que não poderiam ser muito distantes de clientes como a MB e a Marinha Indiana. Mesmo que Brasil e Índia escolhessem o NG em suas Forças Aéreas, não sei se o timing é o ideal para suas marinhas. Daí a clareza da ressalva da Saab quando fala de sua viabilidade depender desse interesse, para bom entendedor. A MB, na minha opinião, não precisa de um Sea Gripen no curto prazo e, entre suas prioridades, não… Read more »

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