batalha-riachuelo

A Força Naval Brasileira comandada por Barroso, estava fundeada no Rio Paraná próximo à Cidade de Corrientes, na noite de 10 para 11 de junho de 1865.

O plano paraguaio era surpreender os navios brasileiros na alvorada do dia 11 de junho, abordá-los e, após a vitória, rebocá-los para Humaitá. Para aumentar o poder de fogo, a força naval paraguaia, comandada pelo Capitão-de-Fragata Pedro Ignácio Mezza, rebocava seis chatas com canhões. A Ponta de Santa Catalina, próxima à foz do Riachuelo, foi artilhada pelos paraguaios. Havia, também, tropas de infantaria posicionadas para atirar sobre os navios brasileiros que escapassem.

No dia 11 de junho, aproximadamente às 9 horas, a força naval brasileira avistou os navios paraguaios descendo o rio e se preparou para o combate. Mezza se atrasara e desistiu de iniciar a batalha com abordagem. Às 9 horas e 25 minutos, dispararam-se os primeiros tiros de artilharia. A força paraguaia passou pela brasileira, ainda imobilizada, e foi se abrigar junto à foz do Riachuelo, onde ficou aguardando.

Após suspender, a força naval brasileira desceu o rio, perseguindo os paraguaios, e avistou-os parados nas proximidades da foz do Riachuelo.

Desconhecendo que a margem estava artilhada, Barroso deteve sua capitânia, a Fragata Amazonas, para cortar possível fuga dos paraguaios. Com sua manobra inesperada, alguns dos navios retrocederam, e o Jequitinhonha encalhou em frente às baterias de Santa Catalina. O primeiro navio da linha, o Belmonte, passou por Riachuelo separado dos outros, sofrendo o fogo concentrado do inimigo e, após passar, encalhou propositadamente, para não afundar.

Corrigindo sua manobra, Barroso, com a Amazonas, assumiu a vanguarda dos outros navios brasileiros e efetuou a passagem, combatendo a artilharia da margem, os navios e a chatas, sob a fuzilaria das tropas paraguaias que atiravam das barrancas.

Completou-se assim, aproximadamente às 12 horas, a primeira fase da Batalha. Até então, o resultado era altamente insatisfatório para o Brasil: o Belmonte fora de ação, o Jequitinhonha encalhado para sempre e o Parnaíba, com avaria no leme, sendo abordado e dominado pelo inimigo, apesar da resistência heróica dos brasileiros, como o Guarda-Marinha Greenhalgh e o Marinheiro Marcílio Dias, que lutaram até a morte.

Então, Barroso decidiu regressar. Desceu o rio, fez a volta com os seis navios restantes e, logo depois, estava novamente em Riachuelo.

Tirando vantagem do porte da Amazonas, Barroso usou seu navio para abalroar e inutilizar navios paraguaios e vencer a Batalha. Quatro navios inimigos fugiram perseguidos pelos brasileiros.

Antes do pôr-do-sol de 11 de junho, a vitória era brasileira. A Esquadra paraguaia fora praticamente aniquilada e não teria mais participação relevante no conflito. Estava, também, garantido o bloqueio que impediria que o Paraguai recebesse armamentos do exterior, inclusive os encouraçados que encomendara na Europa.

Foi a primeira grande vitória da Tríplice Aliança na guerra e, por isto, muito comemorada.

Com a vitória em Riachuelo, com a retirada dos paraguaios da margem esquerda do Paraná e a rendição dos invasores em Uruguaiana, a opinião dos aliados era de que a guerra terminaria logo. Isso, porém, não ocorreu. O Paraguai era um país mobilizado e Humaitá ainda era uma fortaleza inexpugnável para os navios de madeira que venceram a Batalha Naval do Riachuelo. A guerra foi longa, difícil e causou muitas mortes e sacrifícios. Foi nela, que brasileiros de todas as regiões do País foram mobilizados conheceram-se melhor e trabalharam juntos para a defesa da Pátria. Consolidou-se, assim, a nacionalidade.

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MO

Ah Vah ….

ZZzzzzzzz……..

Bronco

Só tem uma coisa no texto que ficou estranha: o suposto “atraso” do Capitão-de-Fragata Pedro Ignácio Mezza. Ocorre que a força naval Paraguaia nessa batalha era composta por 8 navios e, ao alvorecer, ao ordenar a descida do Rio para o ataque, um deles teve problemas mecânicos, atrasando toda a operação, o que se constituiu numa desvantagem tática à força atacante. A escolha da alvorada também era necessária, pois o Capitão-de-Fragata Pedro Ignácio Mezza sabia que a força naval Brasileira estaria estava fudeada no Rio Paraná, e queria se aproveitar do tradicional nevoeiro denso que se fazia presente aos primeiros… Read more »

Mauricio R.

E aquele canhão ( El Cristiano(?)), capturado por tropas brasileiras e que o Paraguai exigiu de volta???

masadi45

F44 , Linda foto!!!!!!!

daltonl

Falando em canhão Mauricio…a canhoneira Anhabaí capturada pelos
paraguaios encontra-se exposta em terra aparentemente bem preservada.

Não sei se algum dia nosso governo fez algum pedido de devolução e nem sei se é o caso, mas deve valer a pena uma visita.

Mauricio R.

Poderíamos propor ao Paraguai, trocar o canhão pela canhoeira.
Será que a petralhada concordaria???

Mauricio R.

Mas essa foto da “Independência” F-44, me deu uma idéia… Baseado on interesse da MB, pelas fragatas T-22 B-3 da RN, desativadas e disponíveis p/ venda. Poderíamos ressucitar a nossa construção naval militar, hoje restrita aos detestáveis NAPA 500, construindo 6 novos cascos um tanto modificados da Vosper Mk-10 versão A/S. E equipá-los desmontando sistemas, turbinas, armas e sensores das T-22 B-1 e B-3. Assim na foto teríamos: O reparo Mk-8 Mod. 0 trocado pelo Mod.1; o Boroc trocado pelo CIWS Goalkeeper; o CME trocado pela EDT Type 911; a alça Sea Archer no lugar da alça Saab; o EDT… Read more »

Wagner

Lamento que os jornais nem citem esse episodio, vão ficar falando sobre Ronaldinho, Seleção Brasileira…

E aqueles que morreram pelo Império, sequer serão lembrados.

Lamentável…

Por isso eu não acredito no BR potência… em que pese a economia melhorar um pouco…