A DCNS assinou hoje um contrato com a agência de exportações de Defesa russa Rosoboronexport, sob o acordo governamental de 25 de janeiro, para o fornecimento de até 4 navios de projeção de força e comando da classe “Mistral”.

O contrato assinado hoje é para dois BPC “Mistral” e serviços associados incluindo logística inicial, treinamento e transferência de tecnologia. O contrato foi assinado no St. Petersburg International Economic Forum com a presença do Presidente da Federação Russa Dmitry Medvedev.

A DCNS vai atuar como “prime contractor” e vai integrar a direção de operações e sistemas de comunicação. A construção das plataformas ficará a cargo do estaleiro STX em Saint-Nazaire, com a assistência do estaleiro russo OSK. Um subcontrato foi assinado com a STX e OSK.

A venda dos dois navios para a Rússia representa mais de 1.000 empregos em tempo integral na França durante o período de 4 anos.

O primeiro navio será entregue à Rússia em 2014 e o segundo em 2015.

Esta é a primeira venda internacional do BPC “Mistral”, que está em serviço na Marine Nationale. No mercado internacional, o navio é conhecido como navio-doca porta-helicópteros ou LHD.

Os BPCs são navios multifunção que preenchem as necessidades de muitas Marinhas. Eles são ideais para uma ampla gama de missões civis e militares.

Os “Mistral” têm 199m de comprimento, deslocamento de 22.000t e velocidade de 22 nós, possuem capacidade de projeção global de tropas e material, incluindo helicópteros pesados e embarcações de desembarque. O projeto inclui propulsão diesel elétrica com pods azimutais e alto nível automação. A tripulação é de apenas 170 militares e o sistema de comunicação o torna ideal como navio de comando de força.

O Mistral e o Tonnerre, os dois primeiros BPCs, foram construídos pela DCNS e pelo Chantiers de l’Atlantique e foram entregues à Marinha da Francesa em 2006 e 2007. A terceira unidade, Dixmude, está sendo construída pela DCNS e STX e está programado para ser entregue em 2012.

FONTE: DCNS

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Ozawa

E nossa MB até aqui…, de novo só “barquinhos” distritais…, bem ao gosto de uma guarda-costeira, e das mais fraquinhas diga-se de passagem…

oficial.endel

Talvez não Ozawa,os nossos “barquinhos” distritais fazem um papel que pode deixar alguns NPa de outros países no chinelo.

Imagine um Mistral desse aqui no Brasil…iria botar a L12-Camboriú na ativa d novo…rs

jacubao

“oficial.endel disse:
17 de junho de 2011 às 20:44

Talvez não Ozawa,os nossos “barquinhos” distritais fazem um papel que pode deixar alguns NPa de outros países no chinelo.”

Será??? Com um canhãozinho de 40mm e duas MTR de 20mm?????
Tenho minhas dúvidas. 🙂

MO

Não Jacubão

para fazer o trabalho deles eh mais que suficiente ou vc acha que demandaria um harpoon vls ?

Quem tem NPa com mais coisa eh pq o NPa eh FFG, DD, DDH, NV, NTrt e afins …. (claro que desnecessario citar a falta dos outros navios/funçoes que o NPa acumula)

Wagner

Eita demora para esse contrato !

Mas tudo bem, o importante é que as coisas estão melhorando.

O ideal seria um navio exclusivamente russo, mas já que
os franceses oferecem um atalho…

Que mantenham uma pressãozinha sobre o Japão, Geórgia, Letônia…

Mauricio R.

Dispenso, se não puder matar em um mesmo design o NDD, o LST, o NDCC e fazer as vezes de Navio de Controle de Área Marítima, aliviando a necessidade de um NAe dedicado, não serve p/ nada.
Pô se os nossos NPA’s são assim porretas, imagine a MB equipada c/ algum NPA “Cassiopéia”; “Constelação” ou a minha querida “Floreal”???
Sonhar, ainda não custa caro.

edcreek

Olá, Apesar da tropa anti-frança não gostar o Mistral é dos mais avançados navios dessa categoria. E é um multifunção puro sangue, com grande autonomia. Ele substituiria varias escoltas com tranquilidade, poderia ser uma base avançada no pré-sal, vejo que com um desse poderiamos tirar 3 Niterois de serviço ativo por exemplo( é só um exemplo, na realidade temos falta de meios eu sei), facil facil…. Veja a tripulação padrão é de apenas 150, contra mais de 200 das Niterois, no medio prazo a economia em salarios justificaria a aquisição. Um Mistral(+Gastão Motta), quatro Macaes, uma Niteroi e uma Inhauma… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Edcreek, Só uma observação ao seu comentário: um navio como esse da classe Mistral pode substituir com tranquilidade outros navios ditos “anfíbios”, como Navios de Desembarque Doca, Navios de Desembarque de Carros de Combate, além de alguns outros tipos de transporte logístico, por ser “multifunção” – sendo que, em alguns casos, não especialmente da classe Mistral mas outros com rampa do tipo ski jump, podem mesmo substituir Navios Aeródromo convencionais, com operação de aeronaves STOVL. O uso de rampas para desembarque de carros de combate em portos, como navios “ro-ro” e um espaço e instações mais específicas para carregar e… Read more »

MO

uma perguntinha se hipoteticamente tivesemos um navio desse, qual seria o custo de uma jaca desta fazendo serviço de NPa´s ? outra coisa o Mistral é um quebra galho de um monte de coisa, não eh especifico para nada que vc deve ter presumido, ta mais para um porta bibelot do que para um puro sangue anfibio (ou proximo disso) é um casco oco com alguma facilidade de transporte de tropa, pouca capacidade anfibia em um caso de situ de uso anfibio é uma posta de pouso que flutua com alguma capacidade anfibia Se for leber no quesito uso pratico… Read more »

daltonl

Ed…

além da tripulação de 150/160 há também a ala aérea de pelo menos
200, o que ainda faz da Mistral um navio com uma pequena tripulação,
mas não menor do que uma Niteroi.

O prefixo “L” da Mistral indica navio anfibio, não muito indicado até pelo custo/beneficio para patrulhas, mas não tem como um navio de 16000 toneladas ser mais barato de operar do que um navio de 3000 até porque pelo tamanho e preço nunca existirão em quantidades suficientes
é preciso ter 3 para contar com 1 todo o tempo.

abs

Wagner

Faz muita falta a proa pontuda que os navios geralmente tem, isso em sempre achei estranho nesse navio…

edcreek

Olá, Nunão, sei da importancia vital das escoltas em um territorio potencialmente hostil. É so ver os grupos tarefas Americanos que mesmo abarrotados de caças, helis tem muitas escoltas cobertura ACWS, submarinos etc…. No Brasil então nem se fala, não temos escoltas suficientes, não temos patrulhas suficientes, não temos NDD suficientes etc, etc, etc. Aqui não se pode tirar nada da ativa…. Foi só para levantar um questão que me pareçe interessante, um Mistral com escolta minima e algumas patrulhas em tempos de paz me pareçe bem mais interessante do que varias escoltas e varias patrulhas. Ainda se apareçer alguma… Read more »

daltonl

Wagner…

trata-se da “hurricane bow”, ou proa tipo furacão, que o velho USS Lexington CV-2 foi precursor, há mesmo uma grande semelhança entre as proas de ambos, apesar dos EUA a terem abandonado por um tempo, comprovou-se ser o melhor tipo de proa para NAes tornando a proa impermeavel até o convoo.

abs