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De acordo com informações do jornal South China Morning Post, a Marinha do Exército de Libertação Popular da China participará  pela primeira vez do Rim of The Pacific (RIMPAC) – o maior exercício naval multinacional na atualidade. Porém, a atuação chinesa deve se restringir a atividades não ligadas ao combate, como treinos de alívio em caso de desastres. As manobras do RIMPAC do ano passado, no Havaí, envolveram Marinhas de 22 países e mais de 40 navios de superfície e submarinos.

A confirmação da presença da China nos exercícios conjuntos, que acontecerão em 2014, vem em um momento de tensão entre o país, os Estados Unidos e o Japão devido às disputas em torno das ilhas Senkaku/Dayou, além do desconforto de Washington diante do potencial crescente de Pequim em termos de armamentos e guerra cibernética. Nem todos os países que participam do RIMPAC são aliados dos EUA. No ano passado estiveram presentes a Rússia e a Índia. E segundo o Pentágono, Pequim se limitou a enviar observadores ao exercício em 1998.

O vice-secretário de defesa americano, Ashton Carter confirmou que a China participará do RIMPAC de 2014 durante discurso feito na última quarta-feira (20) em Jacarta. Carter declarou que estava “satisfeito por eles terem aceito” o convite estadunidense, feito ano passado pelo então secretário de defesa, Leon Panetta. Na época, Panetta afirmou ter convidado Pequim a enviar um navio para as manobras, e as autoridades chinesas responderam que iriam “considerar positivamente” a proposta. No portal do Departamento de Defesa norte-americano, consta a declaração de Carter: “nós buscamos fortalecer e aumentar nossas relações militares com a China, acompanhando o crescimento das nossas relações políticas e econômicas”.

Porém, a legislação americana proíbe o Pentágono de firmar contratos militares com o Exército de Libertação Popular, caso esses acordos “venham a criar riscos à segurança nacional por conta de exposição inapropriada” a atividades como operações conjuntas de combate. Mas há exceção para operações e manobras de busca e salvamento ou ajuda humanitária, e a China já participou de exercícios de combate à pirataria com os EUA no ano passado.

A tenente-coronel e porta-voz do Pentágono, Catherine Wilkinson, reforçou que a Marinha americana está tomando as devidas precauções para não revelar informações sigilosas durante as manobras. “A US Navy possui salvaguardas operacionais para proteger dados sobre tecnologia, estratégias, técnicas e procedimentos empregados pelos Estados Unidos”, declarou Wilkinson. A porta-voz preferiu não comentar acerca de qual será exatamente a participação chinesa no RIMPAC. “As inteações militares entre a China e os EUA podem incluir uma série de atividades em áreas de interesse mútuo, como segurança marítima, medicina militar, assistência humanitária e alívio em sutuação de desastre”.

O capitão-de-mar-e-guerra e porta-voz da Marinha dos Estados Unidos, Charles Brown, declarou que a primeira conferência para o planejamento do RIMPAC acontecerá em maio deste ano.

FONTE: South China Morning Post via Naval Open Source Intelligence (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

Possível novo “blinquedinho” chinês, por enquanto somente a maquete:

(http://chinesemilitaryreview.blogspot.com.br/2013/03/chinese-new-high-performance-frigate.html)