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Órgão de direção geral da Marinha e segundo mais importante da Força Naval, o Estado-Maior da Armada (EMA) está sob novo comando. Trata-se do almirante Eduardo Monteiro Lopes, que substitui o almirante Fernando Eduardo Studart Wiemer. A troca de função foi presidida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, na manhã de hoje, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (DF).

Na ocasião, o chefe substituído, almirante Wiemer, discursou despedindo-se do serviço ativo da Marinha, o qual permaneceu por 46 anos. Relembrou os tempos de aspirante da turma Barão de Tefé e definiu sua jornada em duas palavras: carreira e aventura. “A carreira repleta de responsabilidades. A aventura, o prazer de vivê-la”, explicou.

Destacou, também, que pôde “participar da evolução de uma Marinha romântica para uma Marinha profissional que goza de prestígio junto à nossa sociedade”. O almirante lembrou, ainda, cargos já exercidos, como o de comandante da Escola Naval e o de comandante de Operações Navais, além de diretor-geral de Navegação.

E encerrou: “É tempo de desembarcar (…) Passo o timão às firmes e competentes mãos do almirante Monteiro Lopes”. Wiemer agora vai atuar como conselheiro militar da missão permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU).

Em ordem de serviço lida na solenidade, o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, enfatizou as principais realizações do almirante substituído, que encerra o período de cerca de um ano à frente do EMA.

“Conduziu com notável competência as desafiantes tarefas do EMA, trazendo uma marcante contribuição para o processo de desenvolvimento e aprimoramento contínuo da nossa instituição”, afirmou o comandante da Marinha. Moura Neto completou dizendo que um dos feitos da administração de Wiemer foi “o estudo sobre a importância político-estratégica do Atlântico Sul, apontando as possibilidades de operação com os países da África Ocidental”, diretriz reiterada pelo ministro da Defesa em sua gestão.

Novo chefe

INTERNA IVComo palavras iniciais na função que agora ocupa, o almirante Eduardo Monteiro Lopes disse que estava assumindo o cargo mais importante de sua carreira e afirmou estar ciente das responsabilidades a ele atribuídas.

Entre as “profundas operações” em realização na Força Naval, citou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) e o Programa Nuclear da Marinha. Sobre este último, disse que pode ser chamado de “Programa Nuclear do Brasil”.

Com relação aos investimentos em andamento na Força, alertou para o enfrentamento das novidades. “Devemos ser capazes de absorver as novas tecnologias (…) Procurar novas e modernas formas de gestão. Temos que enfrentar o novo e não podemos temer as mudanças.” O almirante Monteiro Lopes ocupava o cargo de secretário-geral da Marinha.

A cerimônia foi encerrada com desfile militar. Estiveram presentes os comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito, além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, e o chefe do gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Siqueira.

Sobre o EMA

interna IO Estado-Maior da Armada tem como missões planejar a mobilização marítima e a logística naval; assessorar o comandante da Marinha; coordenar e controlar a participação da Força Naval em grupos de trabalhos no âmbito do Ministério da Defesa, entre outros.

FONTE: Ministério da Defesa

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pgusmao

Eu acho engraçado que no Brasil os generais são velhinhos e gordinhos e nos Estados Unidos são bem mais jovens e prontos para o combate, esta é a diferença de uma força profissional para outra que valoriza mais o emprego.