A transformação do navio-aeródromo russo ‘Varyag’ no chinês ‘Liaoning’
Os chineses compraram o casco inacabado do porta-aviões Varyag (ex-Marinha Soviética) da Ucrânia em 1998 e o navio foi entregue à China em 2002. Depois de receber modificações extensas no Estaleiro Dalian, o navio foi incorporado pela Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLA Navy) em setembro de 2012 e renomeado Liaoning. O papel principal do navio é a formação e avaliação, antes da futura construção de navios-aeródromo de projeto chinês.
Construtor | Nikolayev South Shipyard, Ucrânia |
Modernização | CSIC Dalian Shipyard, China |
Batimento de quilha | 6 de dezembro de 1985 |
Lançamento | 4 de dezembro de 1988 |
Completado | 2011 |
Commissionado | 25 de setembro de 2012 |
Deslocamento | 53.050 toneladas (standard) |
Aeronaves embarcadas | 24 caças navais embarcados Shenyang J-15 (Flanker-D) 6 helicópteros Changhe Z-8 ASW 4 helicópteros Kamov Ka-31 (Helix) AEW 2 helicópteros Harbin Z-9G SAR |
História
O Varyag foi o segundo casco de porta-aviões projeto 1143.5 (classe “Admiral Kuznetsov”) da Marinha Soviética. O navio de 67.500 toneladas teve a quilha batida no Estaleiro Nikolayev do Sul (antigo Estaleiro 444) em Nikolayev, em 6 de Dezembro de 1985 e foi lançado em 4 de Dezembro de 1988. Deveria se chamar Riga, mas em julho de 1990 o navio foi rebatizado Varyag. Após a dissolução da União Soviética, em 1991, a propriedade da embarcação foi transferida para a Ucrânia. A construção parou em 1992 devido à falta de financiamento, com 70% dos trabalhos concluídos, o que significa que estava estruturalmente pronto, mas sem armas, eletrônicos, ou propulsão.
A China primeiro manifestou interesse em comprar o Varyag em 1992, e as autoridades chinesas vistoriaram o navio atracado ao cais do Estaleiro Nikolayev do Sul. No entanto, os dois lados não chegaram a um acordo sobre o preço. O inacabado Varyag permaneceu na doca autônoma por seis anos. No final da década de 1990, o navio foi colocado em leilão e foi comprado por uma empresa chinesa com sede em Macau, por US$ 20 milhões, para a conversão em um cassino e parque de diversões flutuante. O contrato com a Ucrânia proibiu o comprador de utilizar o navio para fins militares. Antes de entregar o navio, os ucranianos removeram qualquer equipamento a bordo do Varyag que pudesse ser usado para transformá-lo em um navio de guerra.
O Varyag deixou o cais do Estaleiro Nikolayev do Sul em 1999, puxado por vários rebocadores de alta potência. No entanto, o governo turco recusou ao navio a passagem pelo Estreito de Bósforo, pelo fato dele não ser motorizado, o que era muito arriscado para outros navios, bem como instalações no estreito. O navio permaneceu estacionado perto do estreito por três anos, até que o governo chinês interveio e entregou ao governo turco US$ 1 milhão como caução.
O Varyag chegou ao Estaleiro Dalian, no norte da China, em março de 2002 e foi atracado lá sob forte esquema de segurança. Até então, tornou-se evidente que o navio não iria ser transformado em um parque de diversões. Em vez disso, foi entregue à PLA Navy para pesquisa e restauração. Junto com o navio, a Ucrânia também entregou à China todos os planos do navio e os documentos de projeto. Em 2005, o navio foi transferido para uma doca seca no estaleiro Dalian e pintado na cor cinza da PLA Navy, com andaimes erguidos ao redor.
O trabalho de restauração foi concluído no final de 2006. O navio foi então transferido para um outro dique seco em abril de 2009 para instalar os motores e outros equipamentos pesados. A instalação do sistema começou no final de 2010. Em março de 2011, a ilha do porta-aviões estava quase completa, com pintura acabada e andaimes removidos.
Em junho de 2011, o Chefe do Estado Maior do PLA General Chen Bing-de confirmou que a China estava construindo um porta-aviões, fazendo o primeiro reconhecimento oficial da existência do navio. Em 27 de julho, o Ministério Chinês da Defesa Nacional anunciou que estava fazendo a remontagem de um porta-aviões de segunda mão para “investigação científica, experiência, e fins de treinamento”. O primeiro teste de mar de quatro dias de mar começou em agosto, seguido por um segundo conjunto de ensaios em dezembro.
Em 25 de setembro de 2012, o porta-aviões foi oficialmente recebido pela PLA Navy com um novo nome, Liaoning, e número de casco (indicativo visual) 16. Em novembro, o Ministério da Defesa Nacional confirmou que caças J-15 da Marinha Chinesa tinham realizado com sucesso “touch-and-go” e pousos enganchados no Liaoning. A imprensa chinesa divulgou que estimava-se que a formação da tripulação continuaria por 4-5 anos antes de o porta-aviões atingir sua capacidade total.
Aeronaves
O Liaoning foi projetado para lançamento de aeronaves em decolagem curta usando uma rampa (ski-jump) e pouso com cabos de retenção (STOBAR – Short Take-Off But Arrested Recovery). A rampa de decolagem “ski-jump” tem um ângulo de 14°. Dois elevadores laterais a boreste levam as aeronaves para o convés de voo.
O Liaoning poderá operar 24 caças multifuncionais 24 Shenyang J-15 (Flanker-D), 4 helicópteros Kamov K-31 (Helix) oo Changhe Z-18 AEW, 6 Changhe Z-8 ASW e 2 Harbin Z-9G SAR.
Autodefesa
O Varyag foi projetado originalmente para receber os mísseis antinavio Granit (SS-N-9 Shipwreck). Os lançadores foram removidos antes do navio ser vendido à China. A base do lançador foi usada para aumentar o espaço do hangar durante a modernização do navio.
O Liaoning foi equipado com quatro lançadores de mísseis antiaéreos HQ-10 (FL-3000N), semelhante ao RAM RIM-116 americano, cada um com 18 células. Derivado do míssil ar-ar TY-90, o HQ-10 é equipado com “seeker” passivo dual radar/infravermelho e tem alcance máximo de 9.000m. Uma variante melhorada será equipada com “seeker” ativo independente, com alcance máximo de 10.000m.
Foram instalados também dois sistemas Type 1030 de defesa aproximada (CIWS – close-in weapon system), que é a versão de 10 tubos do CIWS tipo 730. O sistema de armas tem 10 tubos de 30mm, alimentados por duas caixas de munição cada uma com 500 projéteis de munição de pronto uso. Um magazine normalmente tem munição perfurante e o outro munição explosiva. Os cartuchos vazios são ejetados para fora na parte inferior da torreta. O canhão é acionado por energia externa, com uma taxa máxima cíclica de fogo de 3.500 a 6.000 tiros / minuto. O canhão tem um alcance máximo de 3.000 metros, mas os alvos são normalmente engajados a uma distância de 1.000 a 1.500 metros.
Sensores
Os sensores vistos no Liaoning incluem um radar de busca aérea Type 382 Sea Eagle S/C e um conjunto de 4 radares planares de busca eletrônica ativa (AESA). O Sea Eagle S/C é capaz de rastrear 10 alvos simultaneamente.
Propulsão
O Liaoning é de propulsão convencional, possivelmente com um sistema similar ao do navio-aeródromo russo Kuznetsov, consistindo de 8 caldeiras e quatro turbinas a vapor (50.000hp cada). O navio é equipado com quatro eixos e hélices de passo fixo.
Especificações
DIMENSÕES | |
Comprimento | 304,5 m |
Boca | 75 m |
Calado | 8.97 m |
Deslocamento | 53.050 t (standard) 59.100 t (carregado) |
PERFORMANCE | |
Propulsão | Caldeiras e turbinas a vapor |
Velocidade | Não divulgado |
Alcance | Não divulgado |
Autonomia | Não divulgado |
Tripulação | 1.960 tripulantes 626 integrantes do grupo aéreo |
ARMAMENTOS | |
Canhões | 3 x Type 1030 CIWS X3 |
Mísseis | 3 x FL-3000N SAM (18 células) |
AERONAVES | |
Asa-fixa | 24 x Shenyang J-15 |
Helicópteros | 6 x Changhe Z-8 ASW 4 x Kamov Ka-31 AEW 2 x Harbin Z-9G SAR |
FONTE: SinoDefensa / Tradução e adaptação do Poder Naval
NOTA DO PODER NAVAL: no momento em que a Marinha do Brasil divulga seu planejamento para a modernização do navio-aeródromo São Paulo, é bom poder conhecer trabalhos semelhantes que outras marinhas fizeram para recuperar velhos navios.
Galante, não sei o que foi melhor: a matéria ou sua nota no final! Parabéns!!!
Sensacional a matéria !!
Duvido fazer uma igual, só que tendo o Vikramaditya como alvo da explanação… rs
Opa, já tô fazendo…rs
Desculpem a minha inocência, mas a Ucrânia não condicionou a venda ao compromisso de não usar militarmente?
Foram enganados.
E ficou por isso mesmo depois de saberem?
EDITADO:
4 – Não escreva em maiúsculas, o que equivale a gritar com os demais. As maiúsculas são de uso exclusivo dos editores para dar destaque às advertências nos comentários eventualmente editados ou apagados.
Muito boa matéria e excelente compilação e escolha das fotos, parabéns!
Matéria parea ser arquivada.
Espero que Suas Excelências leiam.
O canhão na verdade é o Type 1130, com 11 canos e taxa de 10.000 t/min.
Parece que não há um Type 1030 e foi só um erro dos observadores ocidentais que não contaram direito a quantidade de canos, mesmo porque parece não haver uma imagem da boca do canhão e só se pode deduzir partindo de uma vista lateral.
Os chineses nos enganaram!!! rsrsss
Embora o Type 1130 pareça com o Goalkeeper ele é diferente em alguns aspectos. Por exemplo, tem 4 canos a mais. rrsrss
Outra diferença diz respeito ao canhão chinês ter um sistema optrônico, o que sugere que tem uma função anti-superfície secundária, coisa que o “original holandês” não tem.
Mais uma diferença é que o canhão chinês não tem um radar de busca, o que o torno dependente dos sensores do navio para detectar seus alvos, enquanto o Goalkeeper opera de forma autônoma.
Muito interessante e o navio ficou muito bonito. Mas acredito que o próprio casco do Varyag estava melhor que o do Foch neste tempo, haja vista que é muito mais novo.
Não sei se compensa reformar o nosso velho Foch. Mas de repente, rolando uma engenharia reversa… um A12 novo em folha pro brasil seria quase um sonho de verão.
Ivany, infelizmente não ha tecnologia para isto, ha muitos tipos de navios comuns em noças águas que não projetamos e muuuuitos que so montamos, sob licença, sorry, mas no way, nao vai nem longe veja como estao atual estado da construção naval de media e grandes embarcações TUDO PROJETO Petobras, Log In, Off Shore, Rebocadores …) estrangeiro, under license … ….
em tempo = a Rudolf A Oetker é a dona da Hamburg Sud e da Aveia quaker e outros trecos da Qaker aqui nos Brazeu …
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/12/ms-blumenau-d5al3-kamsarmax-afretado.html
Desculpem a ignorância, mas somente 24 caças, num total de 36 aeronaves, não é pouco para um NAe 59 mil tons carregado ?
E o artigo também não citou os dois sistemas RBU-6000 antisubmarinos presentes no Liaoning e visíveis na oitava foto de baixo para cima.
Excelente matéria.
Mas eu gostaria de saber quanto custou tudo isto, o casco e mais as outras três etapas: O custo do termino da reconstrução, o armamento de auto-defesa e os sistemas embarcados e por fim o custo da ala aérea.
Vai ser difícil….
Sds.
Uma curiosidade interessante é que eu pensava que os J-15 eram versões chinesas do Su-33, mas foram desenvolvidos diretamente dos protótipos que ficaram na Ucrânia. (link do final da matéria). Eles poderiam ter posto as mãos em NAes catapultados, pelos destinos que tiveram o nosso Minas e os dois argentinos da mesma classe Colossus. Em relação aos ocidentais, a ausência de catapultas é um fator limitante. M.O. talvez a compra do projeto do Foch diretamente à DCNS lançasse luzes sobre a questão da engenharia. Centros de excelência como o ITA, IME e os Cursos de Engenharia Naval devem formar profissionais… Read more »
Outra imagem saudosa da época de recorte de páginas de revista e de supertrunfo, é a imagem do Super Frelon.
Olá.
A “saga” do Varyag/Liaoning durante o seu deslocamento da Ucrânia até a China já dá um livro.
É interessante notar que a “solução” do uso das rampas Skyjump (invensão inglesa) visa exatamente eliminar a utilização da vapor saturado de alta pressão nas catapultas, minimizando as tubulações de transporte.
As operações de pouso e decolagem conjuntas ficam um pouco mais restritas, mas a “solução” parece ter agradado russos, chineses e indianos, além dos próprios ingleses.
Na classe Queen Elizabeth, permitirá operações de pouso e decolagem simultânea, sem restrições, ao que tudo indica.
SDS.
O uso de rampas ski jump e do método STOBAR (utilizando aeronaves convencionais) é apropriado para quem usa porta-aviões com ênfase puramente defensiva, no controle de área marítima.
Já a combinação de rampa ski jump com aeronaves STOVL, como será no Queen Elizabeth, permite a decolagem com peso máximo de decolagem, mas mesmo assim duvido muito que sejam utilizadas com cargas externas de armas e combustível.
Para a USN, que tem um caráter ofensivo, o método CATOBAR é mais adequado já que permite lançamentos de aeronaves convencionais com o peso máximo de decolagem.
Vale salientar que no Queen Elizabeth, o pouso será VTOL e sem a utilização de cabos de parada.
joseboscojr # 6 de dezembro de 2014 @ 8:41
O que me faz sempre achar esquisito o enorme porte do Queen Elizabeth, para um NAe STOVL.
Parabéns Galante, excelente!
No aguardo da matéria sobre a “reconstrução” do Vikramaditya… 😀
RJ
os QEs também poderão servir como grandes LPHs,
maiores e mais eficientes que o USS América de
45000 toneladas por exemplo.
Os Invincibles sempre foram considerados pequenos demais.
abs
Parabéns, Galante pela excelente matéria sobre o Varyag/Liaoning. Aguardo, ansioso, a matéria sobre o Vikramaditya. Quando sai a nova edição das Forças de Defesa? Ainda este ano?
Parabéns Galante! Ótima reportagem.
Esperamos que a MB consigar realizar algo semelhante.
Abraços
Mauro Gardusi a Ucrânia sempre soube que o Destino do Varyag era a PLA, toda esta estória de que o comprador se comprometia a não usar o casco militarmente era ou para evitar pressões internacional (ocidentais) para que a Ucrânia não vendesse o casco ou de alguma forma facilitar o translado até a China (o que não funcionou 100% com a Turquia por exemplo). O fato dos Ucranianos terem entregue toda a documentação do projeto militar soviético a um comprador que supostamente iria fazer um parque de diversão chinês diz claramente que a Ucrânia sabia exatamente o que estava fazendo.… Read more »
Outra coisa que percebi olhando bem, é que o J-15 parece ser menor que o Su-33. Vou pesquisar.
36 aeronaves não significa necessariamente a máxima capacidade e sim uma capacidade confortável de reabastecer e manter estas aeronaves e dar a elas uma boa taxa de sortidas e disponibilidade. Os NAes da US Navy estão operando com pouco mais de 60 aeronaves, incluindo helicópteros, embora planeje-se aumentar para cerca de 70 com o acréscimo de uma unidade a mais no esquadrão VAW duas no esquadrão VAQ e na próxima década talvez 6 aeronaves não tripuladas. Além do tamanho e peso das aeronaves, há de se considerar que o NAe chinês e igualmente o russo, possuem enormes “ilhas” e o… Read more »
Se o Brasil tem tanta tecnologia naval, não sei porque temos tantos problemas na construção de petroleiros, negócio em que não falta dinheiro da Transpetro.
Essa reforma será um enorme desafio e vai sobrar para DCNS resolver os maiores problemas que surgirão pelo caminho. É bom ter muito dinheiro, pois será necessário.
Abraços.
É bem simples: Digamos que por toda as gerações de sua família vc’s nunca construíram as casas que vc’s moraram… Sempre tiveram que contratar um engenheiro para projeta-las de acordo com seus gostos e necessidades. Esse mesmo engenheiro usava sempre os empreiteiros dele e toda vez que vc’s precisaram fazer mais um puxadinho, tinham que recorrer a esse engenheiro e seus empreiteiros. 🙁 Obviamente vc’s não estão satisfeitos com essa dependência e as gerações seguintes passou a acompanhar mais de perto os projetos e principalmente as obras, com o objetivo de ver e “aprender” como se dava o processo como… Read more »
E tudo isto só vai acontecer no tempo que o Ogança previu se hoje algem com dois miolos assumir o comando da educação Brasileria e efetuar mudanças radicais nas metodologias de ensino e avaliação, se não, nossas universidades continuaram formando médicos que não atenderiam nem em uma clinica veterinária num país de primeiro mundo, cirugiões que trabalhariam em açougues e salcicharias na Europa, engenheiros que não conseguem projetar um casinha de cachorro, engenheiros navais que não sabem fazer um cáculo simples de raiz quadrada, ou seja uma leva de analfabetos funcionais, alienados e apertadores de botoões de computadores, celulares e… Read more »
Falando em barco velho, apelidados de opalão (sempre achei o modelo brasileiro muito inferior ao Rekord), eu sempre fui mais fã do Passat (anos 70/80 de rachas, que eu não vivi mas já li muito sobre). Vocês sabem o que foi feito do último Invincible, o Ilustrious? Pra mim, era melhor pagar US$ 1 bi pra sua alteza real e ele já vir completinho (já usa vários sistemas modernos) e estaríamos pulando 30 anos, fora a dor de cabeça. Menor, mais rápido (não acredito que um dia o foch possa puxar 30 nós de novo, bem como, se só temos… Read more »
Ps: O Ilustrious seria o nosso Passat GTS Pointer.
Ivany, apesar de pessoalmente gostar muito da família Invicible, o problema seria qual aeronave de asa fixa usar nele? Não existem mais Harriers usados disponíveis no mercado… o USMC comprou todos os dos Britânicos e vão usa-los até o osso a espera do F-35B. Espanha, Itália, Índia e Thailandia não irão se desfazer dos seus, ainda mais se o orçamento dos 2 primeiros não “permitir” a aquisição do F-35B. Então, com relação a asa fixa, o Ilustrious não servirá para nada, a não ser um belíssimo porta helicópteros ASW, helicópteros esses que não temos em número suficiente, ou uma grande… Read more »
Oganza…
como curiosidade, no caso de você não saber, os “Harriers” britânicos comprados pelos EUA serão utilizados como fonte de peças para os AV-8 dos fuzileiros e não como aeronaves em serviço.
O novo plano anunciado mês passado diz que os AV-8B serão retirados gradualmente até 2025 e não mais 2029 como previamente estabelecido
abs
Dalton,
vlw tô ligado na questão da fonte de peças, mas não sabia dessa antecipação de 29 para 25…
…vamos ver se eles conseguem mesmo o IOC pra o F-35B em 2016… tô muito afim de ver o Lighting em ação. 🙂
Grande Abraço.
Parabéns…..excelente matéria….que venha outras…forte abraço.
Pensei que os Invincible também tinham catapultas, mas foi uma confusão da minha parte, porque existe um Ark Royal (que levava Phantoms Spey) que é da classe Audacious. Daí, pensei que o Invincible tinha cabos de parada. Mas só tem ski jump e os Harriers tinham que pousar verticalmente. Não dá pra viajar que “seria fácil adaptar cabos de parada”, nem que o A-4 poderia usar ski jump sem catapulta (nunca foi utilizado assim, que eu saiba). Não sei porque não adaptaram ao menos cabos de parada no Queen Elizabeth nem nos Invincible. Enfim, vão mexer no opalão e não… Read more »
Oganza, Seu comentário de 06 de dezembro de 2014, às 23:35, particularmente quando falou dos israelitas, lembrou de alguns desenvolvimentos de sucesso que seguiram exatamente sua cartilha. O Merkava, um dos melhores tanques de batalha (Main Batlle Tank – MBT) da atualidade, é desenvolvimento de um país pequeno, mas guerreiro, que pode levar um incauto a pensar que surgiu do nada, ou através de alguma ToT americana ou marciana. Este poderoso blindado, que já vai na versão IV, tem sua origem em uma indústria que começou por recuperar, adaptar, atualizar e reconstruir (nesta ordem) veículos de diversas origens, notadamente anglo-americanos.… Read more »
Ivan, poi é… continuidade… e falando na “Cartilha”, tai para que quiser ver, é só dar uma olhada na evolução da Marinha Koreana dos anos 70 para cá… tem influência de tudo que é canto… nos KDXs, temos Franceses no início, depois italianos e agora americano no seu KDX III (AEGIS). Pra mim, e isso é estritamente pessoal, nosso maior erro com relação a Construção Naval de Guerra dos últimos 8 anos foi abandonar a construção de mais umas 3 Barroso. O pacote inteiro dela é ótimo, era só sapecar ali um SeaRAM e voilá. Putz meu caro Ivan, quando… Read more »
Admiral Dalton, Vc sabe melhor que eu, mas vou lembrar assim mesmo, para nossos amigos que, talvez, ainda não conheçam. O chinês Liaoning, construído dentro da doutrina soviética como Varyag, usa o sistema STOBAR (Short Take-Off But Arrested Recovery), ou seja, decolagem curta (short take-of) com os próprios motores e auxílio de uma rampa na proa (ski-jump) combinada com parada assistida por cabos de arrasto (arrestor wires). Os navios aeródromos tradicionais, como os Super Carriers americanos, o agora singular francês CdG e o ‘carioca’ São Paulo usam o sistema CATOBAR (Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery ou Catapult Assisted Take-Off… Read more »
OFF: Descobri o projeto do Foch e vou tentar fazer um 😛
Mas vou comprar um no aliexpress por via das dúvidas.
O projeto http://manuals.hobbico.com/rvl/80-5898.pdf
Os NAé (prefiro porta-aviões) são embarcações do séc. XX. Para países que pensam em atacar outros ainda têm seu valor, mas para países que só pensam em se defender tornam-se verdadeiros funis de dinheiro e pessoal. Virão alvos ambulantes.
O Brasil deveria transformar o A-12 em ferro reciclado e investir todo o dinheiro da preparação e manutenção do A-12 e seus aviões em investimento em submarinos, torpedos e mísseis superfície-ar e de cruzeiro.
Se eu pudesse escolher onde meus tributos são aplicados não daria 1 centavo ao A-12.
“Virão” na 3ª linha, leia-se “São”. Virão é futuro do presente do verbo vir. O porta-aviões para nós é como aquela garota linda que até esteve a nosso alcance, mas que por não saber chegar, por timidez, por covardia, ou por achar que nos faltava dinheiro não agarramos e ficamos sempre imaginando como poderia ter sido, mas não nos apegamos para sempre nela e muitas outras surgiram, faz parte do aprendizado e do nosso desenvolvimento pessoal. Nunca tivemos de fato um porta-aviões completo, com todas a defesas e com aviões eficientes e capazes, nem teremos, mas as vezes imaginar é… Read more »