Navios de propósitos múltiplos: vetor anfíbio do futuro

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BPC Dixmude - foto Alexandre Galante - Poder Naval

CF(FN) José Carlos Silva Gioseffi, na Revista “Âncoras e Fuzis”, nº 45, de dezembro de 2014

Introdução

Atualmente, há elevado grau de incerteza de ameaças aos Estados Nacionais, o qual é associado à diversidade e à imprevisibilidade de ocorrência das mesmas. Tais ameaças podem variar de forças militares antagônicas de países potencialmente inimigos até agentes não estatais de difícil identificação prévia.

Neste contexto, a preparação e a prontidão das Forças Armadas no cenário internacional vem sendo orientadas para atuação em uma miríade de missões, em diferentes locais e cenários, visando a respaldar a ação política dos respectivos Estados.

Desta forma, o emprego do poder militar, particularmente das Marinhas, busca a aplicação da força necessária no local, no momento e na intensidade adequados, de modo a possibilitar uma resposta oportuna e pronta a quaisquer ameaças.

É neste cenário de elevada incerteza, que os Navios de Propósitos Múltiplos (NPM) têm crescido de importância, pois maximizam a mobilidade e a flexibilidade de emprego dos meios navais, atendendo à imprescindível necessidade de serem capazes de atuar em áreas extensas, por longos períodos de tempo, com capacidade de transportar meios aéreos, navais e de fuzileiros navais e desembarcá-los ou lançá-los de diferentes formas. Assim, os NPM são necessários para combinar os orçamentos disponíveis, os vários atributos de uma capacidade de comando e controle, a aviação embarcada, a capacidade de carga, o descarregamento, as instalações médicas e um grande volume interno de pessoal, veículos e outros meios de transporte de material.

Como demonstração inconteste da crescente relevância deste tipo de navio, ressalta-se os seguintes projetos de NPM que vêm sendo construídos ou empregados por diversas Marinhas no mundo:

LPD 17-copyright-northrop-grumman-corporation

a.Landing Platform Dock (LPD) 17 USS “San Antonio” (EUA) – O primeiro foi comissionado em 2006. Possui comprimento de 208,5 metros; deslocamento de 24.900 toneladas; capacidade de lançamento de aeronaves de: dois CH53E “Super Stallion” ou quatro helicópteros CH-46 “Sea Knight” ou dois MV-22 “Osprey”, que podem ser lançados ou recolhidos simultaneamente; capacidade de transporte de dois Landing Craft Air Cushioned (LCAC) ou duas Embarcações de Desembarque de Carga Geral (EDCG); quatorze CLAnf; e capacidade de transportar 699 militares, sendo 66 Oficiais e 633 Praças (LAGE, 2011, p. 92).

America

b.Classe America LHA-6 (EUA) – Possui comprimento de 257,3 metros; deslocamento de 44.971 toneladas; capacidade de lançamento de seis Boeing AV-8B Harrier II Plus ou F-35Bs, doze MV-22 Ospreys, quatro Sikorsky CH-53E / K Super mar garanhões, quatro de Bell AH-1W / Z Super cobras e três UH -1N / Y Hueys, além de duas de transporte de MH-60S Seahawk / helicópteros SAR; e capacidade de transporte de 1.687 militares (PERUZZI, 2014, p. 15).

Juan Carlos I - foto Marinha Espanhola

c.Buque de Proyección Estratégica – BPE “Juan Carlos I” (Espanha) – Possui deslocamento de 27.050 toneladas carregado; 202,3 metros de comprimento; capacidade de operar de 18 a 25 helicópteros de combate, com 12 blindados, 65 viaturas sobre rodas e 27 CLAnf; e capacidade de transportar 910 militares (PERUZZI, 2014, p. 17).

BPC classe Mistral - foto Marine Nationale

d.LHD classe Mistral (França) – o primeiro foi comissionado em 2006. Possui deslocamento de 21.300 toneladas; convés-doca com capacidade de transporte de quatro Embarcações de Desembarque de Viaturas e Material (EDVM) ou dois LCAC. Conta com capacidade de embarcar 230 viaturas ou 8 helicópteros e 60 viaturas. Sua capacidade de transporte de tropa é de 450 militares. Possui infraestrutura para comando e controle e possui, ainda, um hospital modular no hangar com área de 850m² com capacidade para 69 leitos, sendo 19 em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) (LAGE, 2011, p. 92).

e.Diversos outros projetos como: o LPD “Conde de Cavour” (Itália), LHD classe Canberra (Austrália); o novo BDSL (Bâtiment de Débarquement et de Soutien Logistique), plataforma que está sendo construída para a Argélia; 20000t Landing Patrol Dock, que está sendo construído pela China Shipbuilding & Offshore International Co (CSOC); a variante do projeto Endurance da Singapore Technologies Marine (ST Marine); LPD classe Osumi (Japão); e os de menor vulto como o classe Macassar (Coreia do Sul) (PERUZZI, 2014, p. 18-22).

As amplas possibilidades dos NPM e o emprego pela Marinha do Brasil (MB)

Os complexos projetos de NPM, ao permitirem a fundamental capacidade de transporte de diversos tipos de meios, ampliam, consideravelmente, o espectro de operações a serem desencadeadas pelo Conjugado Anfíbio. Além disso, o desembarque flexível por meio de EDCG, EDVM, CLAnf ou helicópteros de médio porte, a partir de um único navio, propicia a concentração de fuzileiros navais, viaturas, blindados e meios de apoio logístico em praias, portos e outros locais julgados de interesse operacional. Tal fato potencializa relevantes características do Poder Naval e dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav): a versatilidade, enquanto aptidão para executar ampla gama de tarefas; e a flexibilidade, como possibilidade de graduação do seu emprego.

Neste contexto, as possibilidades de realização de Operações de Evacuação de Não Combatentes, Operações de Paz, respostas a desastres naturais, ambientais e Operações Humanitárias, todas incluídas no espectro das Projeções Anfíbias, tornam-se bastante ampliadas com o emprego dos NPM.

CLAnf do CFN em operação Passex com o BPC Dixmude - foto Nunão - Poder Naval

Cabe ressaltar que, para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Estratégia Nacional de Defesa (END) preconiza que a Marinha possuirá meios de Fuzileiros Navais, em permanente condição de pronto emprego; e o Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á como a força de caráter expedicionário por excelência. Para tanto, sua Força Naval de Superfície contará tanto com navios de grande porte, capazes de operar e de permanecer por longo tempo em alto mar, como com navios de porte menor, dedicados a patrulhar o litoral e os principais rios navegáveis brasileiros. Não obstante, o mesmo documento estabelece que entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de Navios de Propósitos Múltiplos (END, 2008, p. 12-13).

Assim, conforme os Requisitos de Estado-Maior (REM) para NPM, estabelecidos pelo Estado-Maior da Armada, em 2013, a exploração das características dos referidos meios, favorecidas pela liberdade dos mares, pela disponibilidade de pontos de apoio logístico estrategicamente posicionados e pela incorporação de apoio logístico móvel às forças em operação, proporciona, entre outras, as capacidades de: atuar no mar e projetar-se sobre terra; aplicar o poder de destruição ou de ameaça, graduando-o adequadamente ao momento e ao local; atuar, balanceadamente, contra diversos tipos de ameaça (aérea, de submarinos e de superfície), que se apresentem isolada ou simultaneamente; exercer ameaça além do horizonte, como necessário; e prescindir, durante tempo ponderável, de linhas de apoio logístico longas e vulneráveis.

BCP Dixmude - foto 2 Nunão - Poder Naval

Em decorrência dos REM supracitados, o Comando de Operações Navais estabeleceu, em 2014, os Requisitos de Alto Nível de Sistemas (RANS) para os NPM, por meio dos quais diversas características de desempenho, fundamentais para o emprego do conjugado anfíbio, foram garantidas. Entre elas, destacam-se: autonomia; capacidade de operar com um Destacamento Aéreo Embarcado (DAE); capacidade de transportar, em convés doca, embarcações de desembarque e CLAnf; capacidade de transportar, em tanque deck, viaturas operativas e Carros de Combate; disponibilidade de diversos compartimentos de carga e habitabilidade em apoio à uma Unidade Anfíbia (UAnf); assim como disponibilidade de compartimento e facilidades de comando e controle em apoio ao EM do Comando de Força Anfíbia embarcada.

Em síntese, percebe-se que a evolução dos estudos e os recentes estabelecimentos de requisitos relativos aos NPM pela MB ratificam a importância dos mesmos para o emprego contínuo e eficaz do Poder Naval brasileiro.

Projetos em estudo pela MB

A despeito dos requisitos e estudos supracitados, em decorrência da END, o Plano de Articulação e Equipamentos da Marinha do Brasil (PAEMB) estabeleceu no projeto de Construção do Núcleo do Poder Naval, como um de seus subprojetos de equipamentos, o de “Navios de Propósitos Múltiplos”. Este subprojeto aponta a necessidade da construção de quatro unidades (três para a 1ª Esquadra e uma para a 2ª Esquadra), que constituirão o principal meio para a tarefa de projeção de poder, para o transporte de Fuzileiros Navais, no atendimento às Operações de Apoio Humanitário e no transporte de pessoal e material para a região amazônica, em caso de crise ou conflito.

No âmbito do Programa de Obtenção de Navios Anfíbios (PRONANF), a MB iniciou, em 2011, estudos para o início do processo de obtenção de navio anfíbio, a ser construído no Brasil, a partir de projeto já aprovado e testado em outras Marinhas.

Assim, em 2013, a MB considerou de extrema importância a oportunidade de conhecer o projeto de construção do Navio Multipropósito (classe Makassar) produzido pela Marinha de Guerra do Peru, no estaleiro SIMA-CALLAO, cujo projeto pertence à empresa sul-coreana Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME). O referido meio é empregado pela Marinha da Indonésia e possui as seguintes características consideradas positivas para a MB: lotação para tropa de 450 militares; convés doca para transporte de até duas EDVM; tanque deck para Viaturas Blindadas, CLAnf e Carros de Combate; uma porta lateral em cada bordo, o que facilita o embarque e desembarque portuário; convés superior para Viaturas Operativas (Convés-H) com capacidade de tráfego de até 20 toneladas; e previsão de uma sala odontológica, uma farmácia, três enfermarias com um total de 17 leitos, o que possibilita o emprego do navio como um dos elos das cadeias de evacuação, imprescindível às Operações Anfíbias.

Makassar - Coreia do Sul
Makassar – Coreia do Sul

Paralelamente, diversas possibilidades de obtenções por oportunidade foram avaliadas, entre elas a do Landing Platform Dock (LPD) da Classe “Austin” (USS Denver, comissionado em 1968) e doLanding Ship Dock (LSD) classe “Whidbey Island” (USS Whidbey Island e/ou USS Tortuga, comissionado em 1990). Contudo, a expectativa de maior vida útil e a propulsão a diesel dos LSD classe “Whidbey Island” são as principais vantagens em relação aos da Classe “Austin”, de propulsão a vapor.

Adicionalmente, em 2014, a MB manifestou o interesse na aquisição por oportunidade do “LPD SIROCO”, cujo descomissionamento da Marinha francesa está previsto para 2015, com possibilidade de aquisição do referido projeto para futura construção de segunda unidade no Brasil. O navio é da classe Foudre, possui capacidade de tropa de 450 militares, transporta até quatro helicópteros de porte médio, possui convés doca com capacidade para duas EDCG ou dez EDVM, além de dois centros cirúrgicos, 55 leitos e dois centros de tratamento de queimados. Tal LPD, em relação ao da classe Makassar, apresenta vantagens significativas para as Operações de Projeção Anfíbia, principalmente, por possuir capacidade de transporte de EDCG e helicópteros de médio porte simultaneamente.

06TLN0176i0228

Conclusão

A crescente priorização atribuída pela MB aos estudos para o estabelecimento de requisitos dos NPM, assim como para a obtenção de Navios Anfíbios, demonstra a relevância do tema e seu alinhamento com as diretrizes contidas na END.

Por fim, conclui-se que o crescimento harmônico e balanceado do conjugado anfíbio assegura, inequivocamente, a autossuficiência e a capacidade expedicionária dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, conferindo maior credibilidade ao Poder Naval e mantendo-o, desta forma, em nível compatível com a posição e compromissos brasileiros no cenário internacional.”

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daltonl

“…e.Diversos outros projetos como: o LPD “Conde de Cavour” (Itália),…”

Um erro muito comum é chamar o Cavour de Conde…isso foi verdade para o encouraçado que serviu durante as duas Guerras Mundiais, mas, apesar do nome Cavour ser a mesma pessoa, títulos de nobreza perderam o prestígio por lá e o nome correto é apenas Cavour.

Também não é correto designa-lo de LPD pois não há doca alagável e além do mais os italianos não o consideram um “navio anfíbio”.

Provavelmente o autor do texto pensou nos LPDs classe San Giorgio , estes sim, LPDs.

Kojak

Meu Deus,

estão querendo mesmo trazer o Sirocco.

Quo vadis?

Jesuixxxxxxxxxx

Leitura geral da casa.

Interessante:

“Jogos de Guerra em Twentynine Palms
refletem os conflitos do mundo real”

“Dos paus de
carga às docas:
a evolução dos
navios anfíbios da
US Navy”

Fonte:

http://www.mar.mil.br/cgcfn/downloads/ancorasefuzis/atual/ancfuz45.pdf

Iväny Junior

Todos os navios apresentados são muito bonitos. Acredito que estão muito longe das possibilidades da MB.

rafael oliveira

Ivany, vai parecer que eu estou pegando no seu pé, mas não é isso não.

Só discordo dessa sua colocação.

Um LPD de menor porte, como os da classe Makassar ou Endurance, caberia no orçamento da MB, bastando apenas que ele não fosse contingenciado e que a MB o administrasse melhor, inclusive fazendo uma compra de prateleira.

Marinhas com bem menos recursos, como da Tailândia e da Indonésia, operam esse navios e o Peru tem planos de também operá-los em breve.

XO

Estou fora das altas esferas, mas nao acredito na vinda do Siroco… as coisas ja estao muito dificeis do jeito que estao…

XO

Em breve, talvez tenhamos de perder outros meios…

Oganza

Rapaaaa… mais é cada coisa… “Adicionalmente, em 2014, a MB manifestou o interesse na aquisição por oportunidade do “LPD SIROCO”, cujo descomissionamento da Marinha francesa está previsto para 2015, com possibilidade de aquisição do referido projeto para futura construção de segunda unidade no Brasil.” E ai… vão fazer igual a Classe Amazonas? Comprar ($$$) o Projeto e não construir tb? O texto é uma falácia do começo ao fim e sem um pingo de noção da realidade. Mas fazer o que? Escrever cartas para o Papai Noel ainda não é pecado. A realidade operacional da MB já bateu os 42ºC… Read more »

Oganza

O América é o bicho…

…o “Quexudão” Juan Carlos I tb…

…mas só faltou a foto do “bonitão” Cavour.

Já o Mistral é um “Porta Buneco” “armado”… kkkkk

https://oi46.tinypic.com/v5y93q.jpg

Grande Abraço.

Kojak

XO Concordo nas duas. Tu vives o dia a dia. Está faltando tudo, do básico ao ………… Ah pra bebidinhas e comidinhas tem $$$$$ Oganza http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/000766.htm rafael oliveira “Marinhas com bem menos recursos, como da Tailândia e da Indonésia, operam esse navios e o Peru tem planos de também operá-los em breve.” Outros países, nações que tem Política de Estado, não tem GF com delirium tremens, tem MD equilibrados e MG com “pés no chão” ou se preferir, “perna grande, lençol curto”. Entra nos tópicos ai tem concurso (2) para Marinheiro para ganhar “milão”, seria brincadeira, mas é trágico. Quo… Read more »

Kojak

Nome: Makassar

Construtores: Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (Daesun Shipyard)

PT PAL

SIMA Callao estaleiro

Operadores:

Indonésio Marinha
Peruana Marinha
Marinha filipina

Precedido por: Tanjung Dalpele

Custo: USD 37,5 milhões dólares ~ USD 45 milhões dólares americanos

Custo: USD 37,5 milhões dólares ~ USD 45 milhões dólares americanos

Entenderam ?

Kojak

Business plans

Business intelligence

deveriam ter como obrigatórias matérias para quem queira ocupar Chefia do MD e ser Comandante de Força.

Para ser Chefe de Estado no Brasil, ter mestrado em:

Inteligência Emocional

Business intelligence

Business plans

É um começo.

Ah ser Honesto também …………. f…………u !

Oganza

Kojak,

pô… Inteligência Emocional? Isso necessitária de uma revolução tão grande que era capaz do Brasil deixar de se chamar Brasil… kkkkkkk

A Inteligência Emocional + a Idade Mental de Brasília hj beira os 6 anos em um dia bom… 😀

Grande Abraço

Iväny Junior

Rafael Se você acha que com o orçamento anual declarado da Marinha dá pra operar, sugiro dar uma pesquisada nos custos de operação pela internet. Achei um documento do departamento de defesa dos EUA. Dê uma olhada na seção de “Life Cicle Cost” e imagine que as cifras nos EUA são menores porque absolutamente todos os vetores têm mais escala de produção. Daí você tire suas próprias conclusões. Eu tô de boa. 😉 Oganza e Kojak Se um dia o f-35B for operacional e no preço do f-35A de hoje, o Carvour e o Juan Carlos I podem ser alternativas… Read more »

Iväny Junior
eparro

XO 10 de março de 2015 at 21:32 #

XO 10 de março de 2015 at 21:32 #

Mas XO, justamente por isso! Quanto tempo mais resta ao NDD Ceará e ao NDD Mattoso Maia? O NDD Rio de Janeiro, já foi!

E aí, ficam só os “Sir” Almirante Sabóia e Garcia D’Ávila?

Não acredito que não haja uma ação neste sentido! Aliás, não faz sentido não haver ação.

Oganza

Iväny Junior,

“Bad-trip de maionese” kkkkkk

Muito bom, tô até imaginando o CM sentado no trono… kkkk divagando entre uma splash e outro… pedindo para patroa um Soro Caseiro…. kkkkkk

Grande Abraço.

Wellington Góes

Em outra notícia eu havia colocado que seria interessante a MB avaliar o Makassar, foi bom saber que ela já o fez. Pelo preço pretendido pelo Sirocco, dá pra optarmos por dois Makassar Class. Ou então por um único, só que maior e mesmo assim ainda vai sobrar dinheiro. A MB mantém os preceitos da END e ainda teria um navio novo em folha (por mais seminovo que seja o navio francês, ainda é usado e com já 18 anos nas costas). Em 2004, a Indonésia (tão odiada pela Dilma e alguns petistas pró-traficantes), comprou quatro destes navios por US$… Read more »

Iväny Junior

Pois é Oganza, rsrsrsrs

Sem ofensas ao escriba. É brincadeira.

Kojak

CA Luis Monteiro

Prezado Senhor

O sitio abaixo menciona o Brazil porém mencionando além do Sirocco outras Naus.

Sua manifestação sobre todas Naus citadas será de grande valia.

Reitero que li suas postagens anteriores em outros tópicos sobre o mesmo tema, porém bem “oficiais” (Notas, portarias, despachos, etc …. da MB).

O Senhor já mencionastes as limitações que vossa posição lhe impõe, mas um “pitaco” será muito bem vindo.
Creio que outros foristas fazem eco.

Cordiais comprimentos,

http://defensa.com/index.php?option=com_content&view=article&id=14937:portugal-interesado-en-el-buque-anfibio-siroco-de-la-armada-francesa&catid=57:otan&Itemid=186

MO

CA ?? sera que andei domindo, to atrazado ?, perdi algo ?? oxi …. onde estou ??

Kojak

CA Luiz Monteiro

corrigindo, desculpe-me.

Kojak

Cordiais cumprimentos,

corrigindo, desculpe-me.

Nunão,

Hoje é daqueles dias …….. ó vida, ó dor ….. vários dias de exames com medicações endovenosas …… desde a semana passada, tá saindo contrastes até pelo ….. (rs).

Desculpe-me.

Kojak

CA Luiz Monteiro Caro Senhor destaquei a parte: “La Marina de Brasil también estudia la compra del Sirocco, aparte de otros barcos como el italiano San Giusto (L9894) y Rotterdam (L800) de Holanda. Sin embargo la oportunidad de comprar parece estar descartada posiblemente por razones presupuestarias y por dar prioridad al Programa de Obtención de Navíos Anfibios (PRONANF), que es uno de sus proyectos estratégicos. De materializarse la compra por Portugal, la Armada portuguesa tendrá una herramienta muy valiosa que le permitiría realizar misiones de transporte de tropas y equipo, mando y control, apoyo aéreo, gestión de crisis, apoyo logístico,… Read more »

rafael oliveira

Ivany, obrigado pelo link. Mas é bem difícil fazer um paralelo entre os custos de operação lá e aqui. Ainda mais com uma classe de navios que eles não operam (os LPDs que eu apontei são bem mais simples, menores e baratos do que os LPDs americanos). Fora que eles usam bem mais os navios do que a gente. Meu ponto é o seguinte: a MB já gasta muito dinheiro com pessoal, que pode ficar em terra, de vez em nunca fazer um exercício em um navio velho OU ela pode comprar um navio novo para esse mesmo pessoal treinar… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“rafael oliveira em 11/03/2015 as 12:20 …os navios da classe Makassar e Endurance são bem mais baratos do que similares americanos e europeus. Um Endurance custou cerca de US$ 140 milhões em um contrato de exportação. “ Rafael, são bem mais baratos porque são bem menores. Mas, ainda assim, esse preço de 140 milhões de dólares me parece muito baixo, pois até mesmo um navio mercante moderno (conteinership) custa mais do que isso. Tudo bem, estou falando de mercantes muuuuuito maiores (mas relativamente menos complexos e sem os custos de armas e sistemas eletrônicos caros) do que um navio anfíbio… Read more »

MO

Ummm sei nã, lembram-se de algum tempo atras haveria /haverá, um Ap Log, este ai ou eu dormi ou não se fala mais, acho que devemos projetar condições $$$$$ futuristicas proximas para podermos imaginar o que seria, o que viria, para que e a que custo x beneficio …

em tempo =

http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2015/03/ms-msc-cadiz-a8zv5-imagens.html

9 photos

rafael oliveira

Nunão, sim, são muito menores e provavelmente tem características civis para baixar o preço. Mas acho que pesa também o fato de ser feito na Ásia e não em um estaleiro com caríssima mão de obra européia ou mesmo a não tão cara mão de obra americana. O preço eu encontrei aqui: http://www.naval-technology.com/projects/endurance-class-landing-ship-tank-lst/ E naquela matéria do Poder Naval sobre o preço dos navios tem o valor de US$ 142 mi (talvez a diferença esteja na época da conversão do dólar de Cingapura para o americano). Mas é claro que eu não tenho certeza sobre esse preço. Porém, se até… Read more »

Iväny Junior

Rafael Dei uma pesquisada sobre o Makassar. Belo navio, porém bem pequeno. Só acomoda 3 heli’s medios ou 5 leves. Porém é um primor de aproveitamento de espaço (122m). “The ship can carry a total of 35 vehicles such as troop carriers, battle tanks and other tactical vehicles. It can support the embarkation of 507 personnel including 126 crew members, 354 troop carrier crew and 27 guests, as well as an officer. The 6.7m deep tank deck and 11.3m truck deck accommodate wide range of vehicles aboard the ship. The Makassar Class is equipped to carry helicopters. The ship can… Read more »

rafael oliveira

Pois é, Ivany, se os preços do Makassar forem realmente estes (4 por US$150 mi), daria para comprar três novos pelo preço de um Sirocco usado.

Mesmo o Endurance tem um preço mais acessível a MB e eu prefiro ele a um Sirocco maior e velho.

E, convenhamos, mesmo pequenos eles já seriam um enorme incremento para a MB, inclusive para operar como “mini-porta-helicópteros”.

MO, o ApLog está dentro do Prosuper. Difícil é sair o Prosuper.

MO

é como falei Rafael, em termos pratico = quase igual a nada …

Kojak
Kojak
Kojak
Fernando "Nunão" De Martini

Kojak, sei que você já falou que está com problemas etc, mas vê se faz um esforço para parar com essa história de vários comentários seguidos com um pingo de informação em cada, ou informação praticamente repetida. Isso definitivamente não ajuda os demais a seguirem o debate ao longo dos comentários. Já deve ser a terceira ou quarta vez que te pedimos isso.

É sério.

andreas

Pessoal, só uma preocupação off-topic: alguém sabe do Juarez? Faz um tempão que ele tá sumido… O pessoal comenta de suas frases o tempo todo, mas ele mesmo tomou chá de sumiço.

Fernando "Nunão" De Martini

Andreas, já respondi a outro que perguntou por aqui hoje mesmo, em outro post.

Ele foi suspenso há 2 meses, por motivos de conduta. A suspensão acaba no final do mês.

XO

Eparro, o ideal seria enxugarmos nosso leque de tarefas, mesmo que diminuindo algumas capacidades… a politica externa nos impoe algumas fainas que acho dificil de serem arvoradas, mas focar o adestramento em negacao do uso do mar, por exemplo, em detrimento da projecao de poder sobre terra… dai, diminuem as comissoes, o adestramentomelhoraria e seria possivel fazer a manutencao sem correria… claro que tudo depende de grana, sem ela, nem adianta parar…

XO

A triste realidadem eh quem estah andando, faz de tudo,pra nao parar e quem estah parado, sua a camisa tentando botar o Navio em cima…

Iväny Junior

Ao gautério Juarez meu abraço.

rafael oliveira

” o ideal seria enxugarmos nosso leque de tarefas, mesmo que diminuindo algumas capacidades” Concordo plenamente, XO. Claro que algumas coisas têm o dedo do Governo Federal e a MB pouco pode fazer ( compra do Astros para os Fuzileiros – seria melhor comprar um LPD desses baratos e pequenos), mas, mesmo assim, acho que dá para cortar algumas coisas. O programa Antártico seria uma delas. A Minustah, outra. Fazer um acordo para formar pilotos de helicópteros junto com o EB e/ou FAB. Desistir de comprar novos NaPaOc – dá uma reformada/desarmada nas Inhaúmas e usa na função. Aposentar o… Read more »

Luiz Monteiro

Prezado Kojak, Tanto o “Siroco” quanto o “Rotterdam” atendem integralmente aos requisitos da MB para o PRONAnf. A MB pretende obter o projeto e as plantas para construção de até dois NPM como estes. Já o “San Giusto” possui deslocamento consideravelmente menor que os demais e, consequentemente, possui capacidade inferior, seja no transporte de pessoal, de blindados, viaturas, helicópteros ou mesmo em sua autonomia. Este meio seria uma opção menos dispendiosa na hipótese do orçamento ser reduzido ainda mais. Um LPD derivado do “Makassar” também pode ser uma boa alternativa, com custos de obtenção, operação e manutenção menores que os… Read more »

eparro

XO 11 de março de 2015 at 21:02 #

XO 11 de março de 2015 at 21:03 #

Entendi seu ponto de vista!

Agradeço a atenção.

Saudações

XO

Blz, rafael e eparro… só faltou dizer que essas minhas “viagens” seriam provisórias, para acertar a tabela… depois, revigorados, voltar a executar todas as tarefas alocados, mas em juma melhor condição… enfim, opinião pessoal de quem sempre foi operativo e pouco sabe de planejamento em alto nível…

XO

opa, “alocadas”…