Jornal indiano diz que a Marinha do Brasil procurou o fabricante do míssil BrahMos

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Míssil BrahMos - foto BrahMos Aerospace
Militares da Venezuela devem tratar da aquisição do míssil BrahMos no fim do ano, quando o primeiro-ministro indiano estiver em visita oficial a Caracas

 

Oficiais da Marinha do Brasil procuraram a empresa BrahMos Aerospace Private Limited, de Nova Delhi, fabricante do míssil supersônico de cruzeiro BrahMos, para obter informações acerca do desempenho desse vetor, produto de uma cooperação tecnológica da Índia com a Rússia.

Brasil, Índia e Rússia são três dos países que formam o grupo dos Brics. Um quarto governo associado ao Brics, da África do Sul, também manifestou interesse pelo engenho militar.

As informações foram publicados no último fim de semana pelo jornal indiano Financial Express, de Nova Delhi, o mais antigo diário indiano especializado em assuntos econômicos, que é publicado no idioma inglês.

O BrahMos pode ser lançado de submarinos, navios de superfície (do porte de fragata para cima), de viaturas, de posto fixos em terra e até de aviões.

Ele foi concebido para atingir alvos entre 290 e 500 quilômetros de distância.

A investigação feita pelos militares brasileiros pode estar relacionada aos projetos que se encontram em desenvolvimento dentro da Marinha, de dois modelos de embarcação de linha: a corveta classe Tamandaré (CV03), de 2.700 toneladas, e a fragata polivalente de 6.000 toneladas que está prevista no Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER).

Míssil BrahMos disparado de navio - foto 2 BrahMos Aerospace
Foto do disparo de um míssil BrahMos (levado a bordo de um navio russo) no fim de 2014

 

Modi – Segundo o Financial Express, também os militares da Venezuela, do Chile e da Argentina fizeram consultas acerca do BrahMos.

Uma eventual aquisição do míssil pelas forças armadas chavistas deve estar na pauta da visita que o primeiro-ministro indiano Narendra Modi fará a Caracas no fim do ano. Os venezuelanos querem o BrahMos como um de seus armamentos de defesa de costa.

O nome Brahmos é uma composição das iniciais de dois rios conhecidíssimos da Índia e da Rússia: o Brahmaputra e o Moskva.

A BrahMos Aerospace é uma joint venture formada, a 12 de fevereiro de 1998, pela Organização de Desenvolvimento e Pesquisa para a Defesa da Índia (DRDO) e pela Mashinostroyenia, estatal russa também conhecida pela sigla NPO.

Nesse momento, especialistas da empresa indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL), trabalham na adaptação do conceito do BrahMos a um vetor muito mais leve, da classe de um míssil ar-ar, que já foi apelidado de mini-BrahMos (ou BrahMos-M), mas que deverá chegar ao mercado como BrahMos-NG.

BrahMos-successfully-test-fired-from-INS-Kolkata
Imagem do momento em que um BrahMos era lançado da fragata indiana “INS Kolkata”
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Marcos Gilbert

Seria bom colocar ao menos 8 lançadores no nosso futuro sub nuclear.

Abraços

daltonl

O primeiro não terá VLS, mas, um segundo modificado poderia receber um…tudo depende do futuro orçamento
da marinha.

joseboscojr

Combinar um projeto de submarino francês com tubos verticais de mísseis Brahmos é completamente fora de propósito. Deveríamos então ter feito parceria com os russos. A criança pesa mais de 3 t. O dobro do maior míssil cruise ocidental de lançamento naval, que é o Tomahawk. Também é mais de dois metros mais comprido. Duvido muito que a MB tenha procurado pra qualquer coisa que se materialize no mundo real, mas tomara que se há alguma intenção de operarmos o Brahmos num futuro incerto, seja através de baterias costeiras. Não temos nem navios, nem submarinos e nem aviões capaz de… Read more »

joseboscojr

Ah! E antes que me esqueça, o NSM poderá ser lançado de submarino por um tubo de torpedo padrão.
Sem invencionices!!!

joseboscojr

Há 30 anos os soviéticos tinham uma arma antinavio que poderia ter feito diferença, que foi o míssil supersônico ramjet Moskit. De lá pra cá muita água passou debaixo da ponte e o que era uma arma impar virou só mais uma dentre tantas. O tapa de pelica nesse tipo de conceito foi a USN nunca ter querido trilhar essa linha, mesmo agora, com a escolha do LRASM subsônico, em detrimento do modelo supersônico. E não é por falta de expertise em propulsão ramjet, haja vista o Talos, o Bomarc, o D-21, e muitos outros projetos do passado, e mais… Read more »

[…] NOTA DO PLANO BRASIL, por Gérsio Mutti: “Jornal indiano ‘The Financial Express’ (http://www.financialexpress.com/article/industry/brazil-venezuela-evince-interest-in-brahmos-missile/67709/) diz que a Marinha do Brasil procurou o fabricante do míssil BrahMos”. […]

J.rodrigues

O misseís moskit RUSSOS, TEM UMA NOVA VARIANTE,os SS N 22 ,SUNBURN, Só que são hipersonicos ,os mais rapidos do mundo, podem voar entre 6000 e 18000 Km/Horas, tornando grandes navios peças obsoletas,Os RUSSOS ESTÃO UMA DECADA NA FRENTE. NESTE REQUISITO EM RELAÇÃO Á QUALQUER PAÍS DO MUNDO.

J.rodrigues

Os misseís anti-navios mais letal é o moskit SSN22 Hipersonico, Torna os grande navios peças obsoletas mesmo equipados com o sistema de defesa phalanx ,os mesmo teriam apenas 2,5segundis para calcular uma defesa contra a ogiva de 350kh e ou ogivas nuclear de 120.000 a 200.000 toneladas de TNT,Podem fazer ataque voando á dois metros e ou num fantastico mergulo hipersonico.

Dalton

j.rodrigues… ainda não há uma variante hipersônica do “sunburn” e sim que russos, chineses e americanos estão desenvolvendo seus mísseis hipersônicos e mesmo quando estiverem operacionais, não tornarão os “grandes” navios obsoletos, não apenas porque medidas defensivas estão sendo desenvolvidas, mas, também porque navios serão capazes de atacar com seus próprios mísseis além de todas as outras funções que já exercem. . Quanto ao “phalanx” ele é útil contra alvos subsônicos ou ligeiramente supersônicos e também pode ser usado contra pequenos alvos de superfície, mas, não mais do que isso e para mísseis mais velozes já existem outras alternativas atualmente… Read more »