An aerial port bow view of the aircraft carrier USS AMERICA (CV 66) during its transit through the canal.

An aerial port bow view of the aircraft carrier USS AMERICA (CV 66) during its transit through the canal.

ClippingNEWS-PAO Egito se prepara para ampliar seus horizontes econômicos. O objetivo é reduzir sua dependência da indústria do turismo, que tem como base as visitas a templos milenares e exuberantes, como as pirâmides de Queops, Quefren e Miquerinos, a Grande Esfinge de Gizé, no Cairo, e o Templo de Karnac, em Luxor, margeando o Rio Nilo.

Ao lado do Canal de Suez, o país está finalizando a construção de um novo canal de 72 quilômetros, que vai acelerar a passagem de navios entre o Mar Vermelho, na Ásia, e o Mar Mediterrâneo, na Europa. Para a inauguração deste mega projeto, em 6 de agosto próximo, o governo do Egito elaborou uma extensa programação, que deverá contar com a presença de vários líderes mundiais.

A ideia de melhorar a passagem de navios com um novo canal é antiga e vem desde a época do ex-presidente Osni Mubarak. No entanto, não foi levada adiante pois ele teve que abdicar do poder após uma rebelião vitoriosa, que começou em janeiro de 2011. Os que o sucederam também pretendiam desenvolver o projeto, mas saíram bem antes de começar a se organizar a empreitada. O mesmo ocorreu recentemente com o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, eleito legitimamente, mas que trilhou caminhos que não agradaram à maioria. Em pouco mais de um ano no poder, um golpe militar colocou fim a seu governo.

Em novas eleições, o militar Abdel Fattah El-Sisi teve a maioria dos votos. Al-Sisi está tentando recolocar o país nos eixos, como dizem os egípcios. E com o novo canal, os árabes sonham com mais empregos.

O atual presidente da Autoridade do Canal de Suez (SCA, na sigla em inglês), o almirante Mohab Memeesh, garante que o país terminará as obras de escavação e drenagem do novo canal neste mês, precisamente no dia 15. Com isso, será possível inaugurar a nova ligação marítima no dia previsto.

Havia um certo ceticismo em relação à data de entrega, pois, a princípio, a obra levaria 36 meses para ser concluída. No entanto, o presidente Al-Sisi ordenou que ela fosse realizada em 12 meses por 17 empresas egípcias, sob a supervisão direta do exército.

Em seu discurso, em agosto passado, na cidade de Ismailia, entre o Cairo e Alexandria e às margens do Canal de Suez, Al-Sisi pediu a ajuda da população egípcia para que comprassem ações – as EPG 100, no valor aproximado de US$ 14 por unidade, que seriam adquiridas pelos moradores do Egito, e as EGP 715, de US$ 100 cada, para os que vivem no exterior. Este dinheiro serviria para pagar os custos do projeto, avaliado em US$ 4 bilhões na primeira fase, devendo alcançar US$ 12 bilhões ao término de sua totalidade. O apelo foi prontamente atendido e em apenas seis dias, o governo arrecadou cerca de US$ 8 bilhões.

Agilizar

O Canal de Suez mede 193 quilômetros de extensão. Foi projetado pelo francês Ferdinand Lesseps e inaugurado em 17 de novembro de 1869. Pelo tratado firmado com a França e, depois, com a Inglaterra, a exploração do canal ocorreria por 99 anos. O Egito receberia 15% do lucro líquido dos pedágios. A administração e o controle ficariam entre os franceses e ingleses.

O presidente Gamal Abdel Nasser, em 29 de outubro de 1956, rompeu o acordo e nacionalizou o canal. A decisão revoltou os estrangeiros e, em pouco tempo, começou uma guerra que matou milhares de civis. Em virtude das sangrentas batalhas, o canal ficou fechado por diversas vezes – a última, em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, conflito entre Israel e a frente árabe formada por Egito, Jordânia e Síria. A passagem só foi reaberta para todas as nações em l975.

O Canal de Suez é o maior canal do mundo e, com a nova obra, será reduzido consideravelmente o tempo de espera dos navios para acessá-lo. De acordo com o almirante Mohab Mameesh, presidente da Autoridade do Canal, a segunda via “é muito mais do que uma nova hidrovia. Trata-se de um impressionante feito de engenharia”.

Atualmente, a passagem de um navio pelo canal leva 18 horas, a uma velocidade de 14 km/h. Ela cairá para 11 horas. E o tempo de espera das embarcações passará das atuais 11 para três horas.

Desde o início da construção do canal, já foram escavadas mais de 210 milhões de toneladas de areia.

O Canal de Suez está no centro da economia do Egito há mais de 150 anos. Sua ampliação tem como objetivo principal permitir a circulação nos dois sentidos e dobrar a atual capacidade diária de transporte, aumentando a receita anual de US$ 5,3 bilhões, neste ano, para US$ 13,2 bilhões até 2023. Neste contexto, acreditam as autoridades, ficará evidente a importância do canal como uma das principais rotas de comércio marítimo do mundo.

Dentro deste quadro, o novo canal é o embrião de um megaprojeto que se completa com a construção de uma área industrial ao longo da hidrovia, conhecida como Zona do Canal de Suez. Segundo as autoridades egípcias, a região será expandida com a vinda de empresas de produção e logística e ainda estaleiros de reparos. O empreendimento deverá atender 1,6 bilhão de clientes em todo o mundo e garantirá ao Egito oportunidades, investimentos e a geração de empregos para os próximos anos.

Para o almirante Mameesh, “o novo canal é um símbolo do novo Egito. É um dos projetos mais importantes realizados na história moderna do País”.

Para promover este fato histórico, o governo federal contratou um consórcio – que inclui a WPP, uma das maiores empresas globais de comunicação e marketing, e uma série de empresas locais do Egito – para a realização de uma abrangente campanha, com o objetivo de envolver o povo egípcio e contar a história do canal e o impacto da obra na região e no mundo.

FONTE: A Tribuna On-line/Luigi Bongiovanni

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daltonl

Bela foto do então USS América transitando pelo canal em 1981, quando a US Navy tinha 13 NAes além de um utilizado exclusivamente para treinamento e antes do final da década atingiria um total de 15 ! O América tornou-se uma baixa precoce com apenas 31 anos e em péssimo estado nem mesmo foi para uma reserva onde poderia ser reativado se necessário e finalmente foi afundado em um exercício em 2005. O América tornou-se o segundo NAe da US Navy a transitar pelo canal e isso mais de uma década depois do primeiro já que o Mediterrâneo era na… Read more »

Vader

Nossa, em 12 meses os caras construiram a ampliação do Canal de Suez. Nós, sob o governo do PT, estamos há 12 anos tentando construir a transposição do Rio São Francisco. Uma montanha de dinheiro jogado na obra e ainda está longe de ser concluída. Sem contar que os planos são da época do Império… Claro que é uma obra muito mais longa. Ainda assim creio que isso dê certa conta da nossa atávica incompetência… O Egito, estrategicamente localizado no “meio do mundo”, e provavelmente na mais importante rota mundial de navegação, se prepara para se tornar um hub logístico… Read more »