O futuro navio-aeródromo da Royal Navy e maior navio de guerra já construído para o Reino Unido, HMS Queen Elizabeth, partiu ontem do estaleiro Rosyth após oito anos de construção para suas provas de mar iniciais.

Como o primeiro navio de sua classe, o HMS Queen Elizabeth fará dois anos de testes no mar, com a primeira parte a ser realizada na costa da Escócia nas próximas seis semanas.

Para sair de Rosyth, o navio de 65 mil toneladas e 280 metros de comprimento teve que passar por alguns desafios.

Sua altura de 63 metros (206 pés) acima da linha de água é muito alta para passar por três pontes do Rosyth, então os engenheiros equiparam o mastro principal de 19 m de altura com um sistema hidráulico que inclina a estrutura até um ângulo de 77°, para depois voltar ao lugar.

O HMS Queen Elizabeth e o irmão HMS Prince of Wales, que deve ser entregue à Royal Navy em 2019, custaram £ 6 bilhões.

O novo navio está configurado para testar seus motores e sistemas de propulsão com uma tripulação de mais de 700 marinheiros e 200 funcionários das empresas construtoras.

Comentando sobre o futuro navio-aeródromo, o secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, disse: “Esta fortaleza flutuante é, de longe, o navio mais poderoso já construído na Grã-Bretanha que nos permitirá enfrentar ameaças múltiplas e em mudança no mundo”.

Os dois navios-aeródromos estão sendo prontificados pela Aircraft Carrier Alliance, uma parceria entre BAE Systems, Thales UK, Babcock, e UK Ministry of Defence (MoD).

FOTOS: Royal Navy

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Leandro Costa

Parabéns à Royal Navy!

Rubens

Eles primeiro fazem para depois falarem, não ficam sonhando, isso sim é uma marinha.
Parabéns Royal Navy .

Guizmo

Lindas fotos…..qual o motivo desse projeto possuir 2 ilhas?

Bardini

Guizmo 27 de junho de 2017 at 19:44
.
Essa é uma solução que a tempos já deveria ter sido implementada. Gerou um baita espaço no arranjo do convés. Como o NAe é convencional, ou era assim, com duas ilhas ou com uma “compridona”.
.
Um NAe americano pode ter apenas uma ilha, já que não precisa de boa parte dos sistemas de exaustão.
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Os italianos também optaram por esta solução no seu novo LHD/NAe:comment image

Renato Carvalho

Chora Argentina…

Marcandrey

Oito anos de construção e mais dois de provas no mar!! Isso da dez anos para estar totalmente incorporado!

Emmanuel

A MB vai encomendar dois navios dessa classe. Mais 30 fragatas de 6000 toneladas dos espanhóis.
Agora vou ali chorar um pouco por não ter nascido inglês.

Abraços.

Ivan BC

Bardini 27 de junho de 2017 at 20:13
Bardini, a Itália está construindo esse navio (porta-helicopteros, porta-aviões) da imagem que vou apresentou?

Jodreski

Resumindo: isso é pra quem pode e não para quem quer, espero que os almirantes desequilibrados da MB leiam isso!

Bardini

Sim, Ivan BC. Esse LHD da imagem que postei, e outros navios em um pacote de estimulo a indústria naval (coisa que deveríamos fazer): . Esse ai é o tal do “PPA”. . “With €1.1 billion spent on the LHD, €350 million on the logistics ship and €3.9 billion euros envisaged for six PPAs plus one option, the funding package for new ships runs to €5.35 billion. That will leave €50 million to sign a contract by year’s end for two fast vessels for Italy’s special forces, as well as cash for unforeseen extra expenditure on the multi-year contract, the… Read more »

horatio nelson

segundo informações confidenciais?(russas) esse nae é extremamente vulneravel a ataques virtuais pois utiliza windows xp e não windows 7 kkkkkkkkkkkk rsrsrsrsrs

Heverton Ribeiro

Quantos submarinos vocês encontraram nestas fotos?

Gustavo

O único ponto negativo é o fato dos britânicos insistirem na pouca eficiência dos SkyJump… O navio é lindo, mas esse skyjump, além de menos eficiente é horrível.
É como se fosse uma Gisele Bündchen com o nariz do Luciano Huck. haha

Dalton

Complementando o que o Bardini escreveu sobre “duas ilhas”…os NAes da US Navy, mesmo os de propulsão convencional das classe Forrestal e Kitty Hawk possuíam “ilhas” pouco maiores que as “ilhas” dos NAes de propulsão nuclear da classe “Nimitz” porque por serem navios igualmente muito grandes, muitas acomodações podiam ser colocadas abaixo do convés de voo e não na “ilha”. . Também pesa o fato de que os NAes da US Navy convencionais possuíam apenas uma chaminé enquanto que o novo NAe britânico necessita de duas chaminés por conta do arranjo das turbinas que estão estão muito separadas umas das… Read more »

Dalton

Gustavo….
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os britânicos até tentaram reverter para catapultas, inclusive iniciando um projeto próprio para catapultas eletromagnéticas, mas, simplesmente, não havia recursos, além do mais, navios
com catapultas mesmo eletromagnéticas são mais caros de operar principalmente se for levado em conta os cerca de 40 anos de vida.
.
Uma boa compensação por se optar por um NAe sem catapultas e portanto menos complexo e mais barato é que dois serão incorporados.
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abs

Renan Lima Rodrigues

Bonito design,as duas pontes me lembra o encouraçado Fuso e Tamashiro, além do mastro pagoda que tinha 52 metros de altura. Kkkk

Marcelo Andrade

Acho estes navios espetaculares. Olha o sorriso de satisfação da tripulação !!! A Grã-Bretanha há alguns anos cortou vários gastos em Defesa, muita gente disse que a RN iria virar uma GC, aviões foram tirados de serviço, etc. Agora está aí, o resultado dos cortes aparecendo. Só não gosto destas comparações: “Ah, se a MB fosse assim, assado, !!” nossa realidade é outra, nosso TO é outro. Temos problemas sim de planejamento de longo prazo e Políticas de Estado, assim como, a cultura de nossa sociedade não reconhece o que é investimento em Defesa como nos países desenvolvidos, a geração… Read more »

Dalton

Renan…
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acho que você quis dizer “Yamashiro”…foi apenas um erro de digitação, só não entendi a
comparação do encouraçado japonês com o NAe !!??

Guizmo

Bardini, Dalton,
Obrigado pelas explicações.
Abs
Guizmo

Léo Barreiro

Dalton

Por favor, em um cenário “hipotetico”, seria possível colocar ganchos e cabos de parada para a utilização do Sea-gripen? Poderíamos ter uma versão do ec-725 para Revo dos caças? É até mesmo awecs?

Desculpa se eu estiver viajando na maionese, sempre fico me perguntou se um Cavour ou mesmo um HMS desses para nós não serviria? Já que um NAE com catapulta é muito caro. Sei que não temos a dinheiro para isso…

Leandro Costa

Helicóptero para REVO de caças? Não, realmente não acredito que seja possível. As velocidades são díspares demais, o helicóptero não consegue carregar o peso do combustível necessário, etc. . Os cabos de parada são apenas a parte visível de todo um sistema de parada localizado mais abaixo, dentro do navio, que ocupa bastante espaço e não é apenas uma questão de se esticar cabos de aço no convés, e portanto para a instalação de um sistema de parada, seria necessário um bom tempo no estaleiro, literalmente refazendo parte da popa do navio, caso ele não tenha sido projetado para isso… Read more »

Control

Srs

Jovem Leo
Tecnicamente não há razões que impeçam a inserção de um sistema de cabos de parada e mesmo de catapultas no QE ou mesmo em um Cavour.
Aliás, isto foi feito em muitos NAes na década de 50 (os Essex, Midways, Colossus, etc) sendo exemplo o nosso Minas.
O problema é o custo e, naturalmente, tal mudança implica em bom tempo de estaleiro.

Sds

Ivan

Léo Barreto,
.
“Poderíamos ter uma versão do ec-725 para Revo dos caças?”
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Como já respondeu o Leandro: não.
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Mas o Bell Boeing V-22 Osprey pode.
http://boeing.mediaroom.com/Bell-Boeing-V-22-Osprey-Deploys-Refueling-Equipment-in-Flight-Test
.
A solução para o REVO em porta-aviões STOVL (Short Take Off and Vertical Landing) como os novíssimos classe Queen Elizabeth ingleses, ou os já testados Cavour italianos, existe. Decola na vertical, voa como avião turboélice com uma velocidade de cruzeiro de 241 nós (446 km/h) e é caríssimo (mas os Marines entendem que vale cada centavo de dólar).
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Sds.,
Ivan.

Celso

Com tantos e bons comentarios acima a pergunta q sempre me faco sobre a MB eh a seguinte……..pqe +- 80.000 sei la o que de tantos qdo poucos navios (belonaves rsrs) estao operacionais e no maximo uns 15000 entre pracas, oficiais seriam necessarios…..enfim, cerca de uns 15000 fuzileiros como afirmam, nisso seriam uns 35000 +-…ufaaaa…eh muita gente sem saber sequer onde fica o arsenal ou base la em Niteroi……..falta mesmo bom senso a toda corporacao a comecar pelo seu oficialato q nunca pensa no corporacao ou no Brasil. Enfim, sera q pelo menos leem aqui os comentarios lucidos, ate sugiro… Read more »

Ivan

Celso,
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Palavra chave: corporação.
Sabe quantas tem no Brasil?
Sabe quantos privilégios elas defendem?
Não pense apenas na Marinha, mas em outras tantas esferas do poder estatal.
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Mas não é assunto para o Naval.
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Sds.

Léo Barreiro

Pessoal

Muito obrigado a todos pelas respostas!

Uboot

Só tenho um sentimento: inveja.
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Sonhando com o dia que essas terras produzirão, além de soja e carne de boi, navios deste porte. Não pela necessidade de projetar poder como faz um NAe mas apenas pelo orgulho de ver o país produzir algo grandioso, complexo, invejável.
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Parabéns aos ingleses que fazem o impossível a partir daquelas ilhas geladas.

Uboot

Celso, Se entendi bem sua mensagem, acredito que a resposta seja simples: eficiência da mão-de-obra. . Aqui, precisamos de 10 pessoas para fazer o que um japonês faz sozinho. E isso porque nossa preguiça vai além do “não procurar serviço”… somos preguiçosos em nos qualificar, atualizar, “manter antenados”, buscar melhorias, mudar o status quo. . Já passei por uma boa quantidade de órgãos públicos e posso afirmar que um dos maiores problemas desse país é a preguiça em pensar e melhorar seu ambiente. Todos tem medo de melhorar as coisas e perder seu emprego onde se encostam. . Nunca viu… Read more »