As fotos deste post, divulgadas recentemente em redes sociais, mostram navios de guerra da Marinha dos Estados Unidos fotografados pelo periscópio de um submarino russo.

As fotos teriam sido feitas por um submarino da classe Oscar II no Mar Mediterrâneo, no outono de 2016.

Perifotos feitas por submarinos ocidentais são mais fáceis de encontrar, mas as feitas por submarinos russos são raras.

A divulgação das fotos provocou discussões nas redes sociais sobre o estado de prontidão dos navios americanos e o grau de furtividade dos submarinos russos.

Os navios que aparecem nas fotos são o porta-aviões Dwight D. Eisenhower (CVN 69), o cruzador USS San Jacinto (CG 56), da classe “Ticonderoga” e os destróieres USS Nitze (DDG 94) e USS Mason (DDG 87) da classe “Arleigh Burke”.

COLABOROU: Rustam Bogaudinov

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Adler Medrado

Realmente só existem dois tipos de navios: Os submarinos e os alvos.

GUPPY

Preocupante, mas precisávamos saber as condições da vulnerabilidade dos navios da US Navy, afinal não estão em guerra.

Bosco

O problema aí não é nem de sensores para a guerra antissubmarina mas de eficiência dos radares de navegação/busca de superfície. Eles devem detectar um periscópio que não pode estar a mais de 8 km de distância. Parece não haver dúvida que a foto é de um periscópio, mas há várias perguntas 1-o submarino estava mergulhado ou em trânsito na superfície? 2- o que garante que os navios em questão também não sabia da presença do submarino e também o fotografou? 3- supondo que não sabiam e daí não terem feito nada, o que fariam se tivessem ficado sabendo estando… Read more »

Andrew Martins

Bosco, entendo seus argumentos. Mas no mínimo você tem que concorda que sendo provavelmente um Oscar 2, tão próximo do CVN 69, esse encontro não foi nem um pouco agradável pra marinha americana.

Bardini

Se não me engano, o capitão recebeu uma condecoração por conta do feito…

Jr

Que coisa, vale lembrar que no final do ano passado um submarino classe Kilo deu um baile no pessoal da OTAN no mediterrâneo também, todo mundo procurando o submarino de forma desenfreada e quando eles perceberam, o submarino já esta na costa Síria lançando misseis Kalibir. Agora eu fico imaginando, se a US Navy tem dificuldade de achar um submarino no mar mediterrâneo, imagina no meio do Atlântico Sul

Luiz Trindade

Bosco e Alexandre Galante sempre com informações precisas. Tb achei muito estranho a US Navy não saber da presença do submarino russo. Vamos lá… Eles são bons mas nem tanto né?!?

Thom

Alexandre escreveu pouco e disse tudo. Navios modernos, mas…

Bosco

Galante,
E o que a USN disse a respeito? Tem algum link??

Bosco

Eu pelo menos nunca tinha ouvido falar dessa “caçada”.

Art

isso é comum tem vários relatos de P-16 Brasileiros que em exercício detectaram submarinos russos e o exercicio virou ”real”. sempre foi assim e temos que fazer o dever de casa.

Carlos Eduardo Maciel

Vêm SN BR, seu lindo !!!
No dia que tivermos os 6 SSN na água os caras vão pensar duas vezes antes de tentar afrontar o Brasil.
A fortuna mais bem gasta dos últimos 100 anos nesse país !!!
China, EUA, Europa, quando pensarem em Atlântico Sul vão pensar muito antes de qualquer ação, mesmo que diplomática.

Bosco

Em sendo verdade que a USN desaprendeu a caçar submarinos, sendo eles o “celeiro” da doutrina e da alta tecnologia antissubmarina no Ocidente, podemos largar de mão de termos até marinha, porque se eles, que desenvolvem diuturnamente tecnologia ASW não sabem lidar com seus instrumentos, não têm marujos capazes de interpretar os sons marinhos, não tem uma biblioteca de sons que possa detectar um submarino nuclear a menos de 8 km, não consegue ter um radar descente capaz de detectar um mastro de periscópio a não mais e 8 km (mais provável é que esses navios não estejam a mais… Read more »

Bosco

De cara podemos dar adeus às porcarias americanas e equipar nossas corvetas (ou seja lá o que são as Tamandarés) com equipamento europeu, russo ou chinês, porque está provado que nada que é americano presta. Principalmente relacionado com guerra AS.
Devíamos pegar aqueles 6 SH-70 da Marinha os P-3 da FAB e transformar tudo em “cargueiro”.

Jr

Art, tem certeza que eram submarinos russos????? Não eram Ingleses não????? Oficialmente, pelo menos, só a partir desse ano que a Rússia vai voltar a patrulhar todos os “mares” do mundo, desde a queda da União Soviética, a prioridade deles sempre foram o mediterrâneo, Atlântico Norte, o Ártico e o Pacífico

Fernandes

Concordo com as opiniões acima do Adler Medrado e Bosco. Deveríamos repensar nossas estratégias no mar e investir ainda mais em submarinos e mísseis terra-mar ou ar-superfície, todos dessa última geração, conhecidos como matadores de porta-aviões. É o que se pode concluir com as notícias e fatos dos últimos dois anos.

Bosco

E só pra constar, eu não estou sendo irônico não. Em sendo verdade que vários meios navais e aéreos americanos estavam em alerta de combate e caçando um submarino russo e um chegou a uns 3 km de distância de um cruzador Ticonderoga e a uns 5 km de um CVN e pelo visto ficou no meio por muito tempo ou várias vezes seguidas tendo em vista as várias tomadas fotográficas e nenhum marujo de binóculo viu um periscópio suspeito em momento algum podemos sim começar a repensar nossos conceitos. Aí é demais até pra mim que ainda não fui… Read more »

Fellipe Barbieri

Eu sempre fui um “SUBMARINISTA”, e em condições certas e com a devida disponibilidade até mesmo um Type 209 poderia infringir danos severos a um vaso de guerra muito maior, com o advento dos sistemas AIP e a utilização em massa de mísseis anti-navio usados por submarinos bem como o uso de novos torpedos os submarinos já são e serão no futuro o super trunfo de marinhas com baixa disponibilidade financeira .

Ivan

Alexandre Galante, (27 de Fevereiro de 2018 at 17:47) . “A US Navy desaprendeu a fazer Guerra Antissubmarino, (…)” . A aposentadoria das fragatas de patrulha da classe Oliver Hazard Perry (OHP) sem substituição concreta nas missões ASW ficou claro que a US Navy estava deixando a caça aos submarinos em uma posição secundária. . Alguns analistas afirmam que os ianques tomaram duas medidas para manter a capacidade ASW: – Os destroyers classe Arleigh Burke Flight IIA passaram a dispor de hangar para dois helicópteros MH-60R LAMPS III; – Os novíssimos (e caríssimos) Littoral Combat Ship (LCS) deveriam atender TAMBÉM… Read more »

Bardini

Interessante é o uso de um SSGN para essa aproximação… Não precisava, na prática.
.
É um tipo de Submarino que poderíamos ter, complementando os SNBR.
E é até mais fácil desenvolver um míssil de cruzeiro, para encher os silos de um SSGN, do que desenvolver um torpedo pesado nacional.

Jr

Sei lá, acho que talvez estejamos subestimando o outro lado também, fora que para um meio de superfície, caçar um submarino com uma tripulação bem treinada deve ser uma das coisas mais difíceis e aterrorizantes a se fazer, creio que nessas circunstâncias o submarino sempre vai estar em vantagem. Os Russos são conhecidos por fazer bons submarinos, isso é uma das poucas coisas da indústria militar a nível marinho que eles conseguiram manter da União Soviética. Um bom exemplo que podemos dar aqui em que o outro lado levou vantagem, foi dos destroyers japoneses que detectaram e perseguiram um submarino… Read more »

Bardini

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.
Parece que os franceses tinham um SSN na área…
.
A princípio, não identifiquei nenhum Escolta equipado com um VDS do porte do CAPTAS-4 naquela área…

Ivan

Mestre Bosco, . “Em sendo verdade que a USN desaprendeu a caçar submarinos, sendo eles o “celeiro” da doutrina e da alta tecnologia antissubmarina no Ocidente…” . Eles podem ser o “celeiro” mas a origem está no Royal Navy. Só que esta minguou… Sua força ASW é pequena para qualquer consideração, faltando plataformas navais para helicópteros como o Merlin… como os Sea King no passado. . Hoje quem tem uma força ASW de respeito é Japan Maritime Self-Defense Force – JMSDF. Estes mantem regularmente desde a guerra fria 4 (quatro) grupos ASW (com outras atribuições secudárias) centrados em DDH, que… Read more »

Bosco

Eu não! A FAB e a MB é que tinha que rever seus conceitos e mudar de fornecedor porque se quem faz os equipamentos não dá conta de operá-los é porque são um engodo.

Bardini

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Alguém conhece esse “AN/SQS-62 Variable-Depth Sonar”, que querem colocar na futura FFG(X)?
.
É o mesmo VDS que querem colocar nos LCS, que será fornecido pela Raytheon, ou é coisa nova?

Ivan BC

E um submarino americano com perifotos do porta-aviões russo? Na minha avalição não tem valor algum…
Desculpem a minha ignorância, mas qual o sentido dessas fotos? Óbvio que há submarinos de diversos países dando voltas por aí, especialmente no mar do norte, pacífico e mediterrâneo.
Teria o mesmo valor de eu (armado, com a arma apontada) tirar uma foto de uma viatura da polícia passando na rua.
O mesmo vale para o oposto…um submarino americano em perifotos do porta-aviões russo.

Chico Novato

Ainda bem que a Marinha nunca desistiu do PROSUB.

Uma notícias dessa as vésperas da declaração de imposto de renda me faz crer que pelo menos uma fração infinitesimal do meu dinheiro está sendo bem aplicada.

Horatio nelson

A mb ja notou isso tanto q em 10 anos todos os meios de superficie estarao aposentados exceto bahia e ocean vao sobrar so os subs do prosub pois a mb renunciou da superficie

Bosco

Ivan, Me desculpa mas em sendo verdade o fato em tela é gravíssimo. Estamos gastando dinheiro à toa com equipamento que não funciona como deveria. O tal submarino, independente de que tipo seja, não estava abaixo da camada termal ou coisa que o valha e sim mergulhado a poucos metros de profundidade, ao alcance de um sonar de casco simples operando no modo ativo. Não tem aí desculpa do submarino ser ultra silencioso ou estar abaixo da camada térmica. Não! O submarino estava ao alcance de um sonar de casco basicão. E ao alcance dos radares de busca de superfície… Read more »

Art

caro Jr
Este é um ”causo” famoso, tinha ele na internet procurei esse relato mas não achei mais, o sinal de um sub Russo foi perseguido pelo P-16 e chamaram a MB e por fim passaram a US NAVY. Antigamente era comum isso, parece que a guerra fria voltou.

Alexandre Galante

Bosco, você deve saber mas vou relembrar, que dependendo das condições climáticas no local, o feixe de sonar ativo é desviado para baixo e o submarino fica indetectável. O equipamento de sonar é muito mais difícil de operar que o radar, exige treinamento e aperfeiçoamento constante. Sem operadores de sonar treinados, você pode ter o melhor equipamento do mundo que não vai pegar nada. Fica evidente nos acidentes recentes com navios da USN e o desempenho nas operações que houve uma degradação e um relaxamento no treinamento ao longo dos anos, com o fim da Guerra Fria. Para piorar o… Read more »

Art

Depois de pesquisar achei

Guilherme Santos

Cara, esse Bosco acha que os EUA são invenciveis e toda vez que vejo comentario dele nesse blog ele tá defendendo os EUA ou atacando a Rússia e China.
PLmdds. para que tá feio.

Bosco

Galante, Entender que há uma degradação da capacidade ASW da USN de modo geral é plenamente aceitável, mas no caso em questão estamos falando de um caso concreto e tem como alegar que faltou navio ou avião especializado. Isso até pode gerar um relaxamento e um submarino eventualmente pode se aproximar até uma posição de lançamento de torpedo, mas no caso em questão o submarino estava sendo caçado e não satisfeito em chegar à posição de lançamento de torpedos, se aproximou a uns 3 km dos perseguidores, pôs-se em profundidade de periscópio, levantou o periscópio, mirou várias unidades de combate… Read more »

Bosco

Gulherme,
Seja bonzinho! Vai ver se eu tô lá no Atlântico Norte, vai!

Art

ok Desculpe eu não tinha visto esse link.
Enfim, O urso sempre pões as garras de fora sob comando do general INVERNO (o melhor gen Russo). Isso era comum na guerra fria que ”retornou”. Por dois motivos a EUROPA depende do gás natural RUSSO, Além do fator psicológico que o general inverno tem.
Esse tipo de abordagem é comum ressalta a importância da aviação de patrulha maritima.

Bardini

Galante, tuque é entendido…
É correto afirmar que, um submarino em profundidade de periscópio não é coisa fácil de se detectar por sonar, pois existe muito ruído proveniente da superfície?
.
Se isso ocorrer em um quadro de refração negativa, seria ainda mais difícil detectar um submarino por sonar na profundidade de periscópio, ou não?
.
Pela sua postagem acima, podemos entender que o mediterrâneo é um mar de águas quentes e rasas?
Isso não dificulta a vida dos Escoltas ASW, não?

Bosco

“A divulgação das fotos provocou discussões nas redes sociais sobre o estado de prontidão dos navios americanos e o grau de furtividade dos submarinos russos.”

Esse parágrafo foi tirado do texto. Em todo lugar as fotos geraram discussão. Aqui não pode porque o chato do Guilherme inventou de que aqui todo mundo tem que concordar com a notícia porque se está na internet é porque é verdade e o máximo de manifestação que se pode ter é:
oh! nossa! ui! ai! puxa! poxa! uau!

ScudB

Srs!
Primeiramente muitas fotos do “buraco negro modificado” (ta em russo , mas tradutor ruled) :
https://sdelanounas.ru/blogs/72504/
Amigo Bosco!
Os sistemas optrônicos dos perifotos modernos estão praticamente “stealth” num bom sentido da palavra. Projeto 677 usa um desses – “Parus-98”. Nada de estranho que radar nem IR-sensor falharam. Chama atenção é a distancia.Isso sim um vacilo dos yankees e ponto para os russos.Mas..
Um grande abraço!

ScudB

Vish!
“radar nem IR-sensor” = “radar e IR-sensor”
Corretor faz festa ..

Rogério Rufini

problema é claramente doutirna de pessoal , vamos lá, os caras não viram um porta container de 400 mil toneladas e colidiu, outro a mesma coisa,
O problema dos EUA vem a anos, equipamento de primeira, tripulação mal treinada e indisciplinada, o politicamente correto nos EUA prejudicou muito as forças americanas ( europeia a mesma coisa) , onde, agora existe corregedoria exclusive para casos de opressão racial, religiosa e de genero,

Ivan BC

Alexandre Galante 27 de Fevereiro de 2018 at 19:08
Bosco 27 de Fevereiro de 2018 at 19:21
……………
Como eu disse antes, eu sou ignorante nisso, então concordo com vocês! Abraço!