Complexo Naval de Itaguaí – Estaleiro e Base Naval

Complexo Naval de Itaguaí – Estaleiro e Base Naval de submarinos

Itaguaí – Estaleiro e Base Naval

MARINHA DO BRASIL
Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha
CoordenadoriaGeral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear

2018.03.23 – RESPOSTA ÀS PERGUNTAS DO UOL NOTÍCIAS

– A Procuradoria da República do DF alega ter encontrado indícios de superfaturamento nas obras do PROSUB da ordem de R$ 5 bilhões. Esse valor seria referente à readequação do projeto do estaleiro, que inicialmente estava orçado em R$ 5 bilhões, mas foi redimensionado para custar R$ 10 bilhões (valores aproximados).

Posteriormente, a Odebrecht alterou sua planilha e chegou a um valor de R$ 7,8 bilhões, entretanto, com a supressão de unidades previstas no projeto anterior. Diante desse quadro, gostaria de saber:

Qual o posicionamento do Ministério da Defesa e da Marinha em relação à constatação de que haveria um superfaturamento de R$ 5 bilhões nas obras do PROSUB?

Resposta – A suspeita é improcedente. O que, na verdade, ocorreu foi que o preço previsto inicialmente no contrato foi estimado, à partir de um “projeto conceitual inicial”, ainda sem todas as informações necessárias.

Posteriormente, com o processo de transferência de tecnologia, em consequência das informações técnicas e recomendações do Naval Group (1), assim como das Normas do IBAMA; de características operacionais dos submarinos; e visando alcançar a segurança exigida pelos órgãos reguladores para instalações nucleares desse porte, foi possível aperfeiçoar o Projeto Conceitual para se chegar a um Projeto Básico.

Nesse sentido, esta obra utilizou, em razão da sua natureza, magnitude, ineditismo, complexidade e necessidade de transferência de tecnologia, a metodologia de construção por engenharia simultânea, não sendo possível se estabelecer um Projeto Básico inicial único que daria a oportunidade de obter um preço certo, motivo pelo qual o contrato de construção do Estaleiro e da Base Naval faz referência a um preço estimado de R$ 4.9 bi. Portanto, o preço inicial divulgado para o empreendimento foi e, não podia ser diferente, meramente estimado com os dados disponíveis na ocasião.

Como decorrência dos eventos acima, o preço previsto do projeto conceitual foi revisado, sendo que o novo orçamento da obra foi submetido à apreciação do Setor Econômico do Governo, sendo coordenado pela Casa Civil da Presidência, que o aprovou em 20 abril de 2012, tendo o valor do empreendimento sido então fixado em R$ 7,8 bi. O termo aditivo foi aprovado pela CJU em 21 de novembro de 2013 e as contas do contrato foram aprovadas pelo TCU em 2014.

Portanto, a Marinha desconhece qualquer superfaturamento na construção do Complexo Naval de Itaguaí. Cumpre destacar que o Tribunal de Contas da União (TCU) exerce auditorias de forma permanente sobre a obra desde o início, por solicitação da Marinha do Brasil. É oportuno ressaltar, ainda, que a Marinha do Brasil exerce uma fiscalização rigorosa por meio da Coordenadoria Geral do Programa de Obtenção de Submarinos com Propulsão Nuclear com o auxílio da Diretoria de Obras Civis da Marinha, da Fundação Getúlio Vargas e do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC).

– A PR-DF informou que solicitou acesso a seis atas do comitê de acompanhamento das obras do PROSUB, formado por autoridades brasileiras e francesas, e que a Marinha só deu acesso às cinco primeiras atas. Segundo a PR-DF, desde julho de 2017 a Marinha não dá acesso à sexta ata. Diante disso, gostaria de questionar:

Por que a Marinha não fornece a sexta ata à PR-DF? Que assuntos foram tratados nessa reunião? Quando a Marinha pretende franquear acesso a esse documento?

Resposta – A Marinha atendeu a todas as demandas da Procuradoria da República no Distrito Federal. Todos os documentos solicitados pela Procuradoria da República no Distrito Federal foram encaminhados ao Procurador Geral da República em 09 de setembro de 2016, por intermédio do ofício nº 60/326/MB-MD, e em 16 de agosto de 2017, por meio do ofício nº 60-299/MB-MD, pelo Comandante da Marinha, que continha, em anexo, o relatório da 6ª reunião (2). Foram encaminhados diversos anexos aos ofícios, em meio digital, em razão da grande quantidade de documentação anexada.

A pergunta faz referência ao Comitê de Cooperação Conjunto Brasil-França – CCCBF, que é co-presidido pela Direção Geral do Armamento (DGA), por parte da França, e pela Marinha do Brasil (MB), por parte do Brasil, e conta com a participação de representantes do Ministério de Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, do Ministério da Fazenda, e do Ministério do Planejamento de ambos os países, e ainda pela AGU no lado Brasileiro conforme estabelecido no Artigo V do Acordo de Cooperação Brasil-França.

O Comitê se reúne semestralmente para efetuar a coordenação e o acompanhamento do Acordo Intergovernamental, bem como a verificação das metas contratuais estabelecidas no cronograma geral do projeto.

1- Naval Group – ex-DCNS – empresa francesa com participação no PROSUB
2- Em razão do crescimento e do volume de dados a serem apresentado, a partir da 6ª reunião a ata foi substituída por um relatório mais completo e detalhado

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camargoer

Olá Colegas. Fico pensando se a má-fé é do MPF ou do UOL.

Cassiofrc

Do UOL eu não duvido.

Rafael Oliveira

Aparentemente, o UOL reproduziu apenas o que o MPF e a MB disseram. Só há má-fé se o MPF ou a MB disserem que suas palavras foram alteradas pelo portal, o que, por ora, nenhum dos dois disse que ocorreu.
Então, por ora, não vejo má-fé do Uol. Talvez do MPF ou da MB. Ou ocorreu apenas algum erro. O ofício da MB foi enviado para o Procurador errado, por exemplo, e se perdeu. Na burocracia brasileira isso é bem comum.

Saldanha da Gama

3 chances para adivinhar ( me perdoe a brincadeira) abração st4

Willhorv

A mídia em sua síntese, está um pouco “exagerada” nos dias atuais, na busca do sensacionalista, da audiência, nas visualizações, em fim, na polêmica!
Isto se vê em todas as esferas da própria….esportiva, política, criminal…em fim….
Fato disto, são os programas voltados para isto….como BBS, jornais esportivos, de fofocas, fake News etc etc, ganharem tanta atenção do que programas que esclarecem, informam ou dão um significado correto as coisas. Infelizmente.

Dodo

Gente pelo amor de deus. Alguém leva esses sites de notícias a sério? Kkkkk UOl,antagonista,brasil247 e companhia não passam de antropos de fake News e sensacionalismo barato(não que a mídia tradicional tbm não esteja mto melhor….)

camargoer

Caro Dodo; o UOL é o portal de internet da Folha de São Paulo. Não dá para compara-lo ao Antagonistas. O UOL tem sua agente própria e seus interesses mas também são reféns da necessidade de publicidade. Atualmente, coloco mais fé nos pequenos blogs do que nos grandes portais. O próprio jornal televisivo é intensivamente financiado pelo setor financeiro. E como quem paga é quem manda….

HMS TIRELESS

Como confiar nos chamados “blogs sujos” amigo? Todos tocados por jornalistas decadentes, que perderam o emprego nas grandes redações porque queriam mandar nos jornais ou revistas mais que os donos, se especializaram durante os anos de lulopetismo em praticar jornalismo chapa-branca no mesmo estilo que o Pravda da antiga URSS e o Granma cubano. E como também se dedicavam ao assassinato de reputações de políticos da oposição e também dos jornalistas da tal “mídia golpista” colecionam processos por danos morais e de crimes contra a honra.

Nilson

Pessoal, não adianta espernear. . Devido às frágeis características da contratação e ao histórico da empresa subcontratada, inclusive com delações a respeito, esse assunto sempre voltará à baila, enquanto todos os processos não forem objeto de denúncia ou arquivamento. Não tem como evitar, faz parte da realidade. Os processos de investigação de tempos em tempo dão um soluço midiático, isso é natural, a mídia precisa de notícias, senão não sobrevive. O Ministério Público precisa propagandear seus esforços. O público quer ter de quem falar mal. Então, de tempos em tempos o jornalista requenta os seus assuntos, isso é natural. Não… Read more »

Ozawa

Infelizmente a mídia e uma parte ruidosa do MPF tem na espetacularização das ações suas formas institucionais de agir. A mídia por cacoete profissional e o MPF pela ausência de profissionalismo. O famigerado “Power Point” da Lava-Jato é o exemplo emblemático de como uma investigação com indícios sérios e relevantes de autoria e materialidade pode ser ridicularizada com divulgações midiáticas e prematuras. Não se pode afastar, mais lamentavelmente, o ranço ideológico trazido das academias de Direito e Jornalismo que impregnam o parquet e as redações de imprensa com ativismos típicos dos grêmios universitários, assim, em tese, das mentes em formação… Read more »

Nilson

Caríssimo Ozawa,
admiro e aprecio muito seus textos e opiniões, mas quanto à repulsa ferrenha à caserna, não vejo como típica no MPF. Em verdade, eles costumam ser muito mais rigorosos com os outros órgãos federais, por exemplo, com as universidades federais, com a Previdência e outros. Esse caso do ProSub é um caso fora da curva, é uma verdadeira fratura exposta, não tem como não investigar. E se investiga, owaza, é a praxe…

Dodo

Ozawa vc é meu mito !! Falou tudo!!

Marcelo Andrade

Cara, as vezes fico pensando naquelas teorias da conspiração! MPF deve estar sem nada pra fazer!

filipe

Fico triste com essa midia sensacionalista, todos os entusiastas de defesa e patriotas estamos com a MB, esse PROSUB é a prova de que o Brasil está no caminho certo rumo ao desenvolvimento, vai ter muito isso, mas vamos alcançar o objectivo.

elton

“aditivos” e “trasferencia de tecnologia” justificam tudo….tcs

Walfrido Strobel

Se ter aprovação do TCU fosse justificativa de honestidade, não existiria Lava Jato.

Alex Barreto Cypriano

A lei de licitações não obriga ao nivel de projeto básico (que já contém detalhamento em nivel de projeto executivo, estranhamente)? Como precificar pra fins juridicos algo numa etapa ‘conceitual’, o pré-projeto ou estudo preliminar? Como se acorda contrato de construção com incertezas e informações incompletas de envolvidos e fornecedores chave? Aditivos corrigem pequenos imprevistos, não alteram a ordem de magnitude do custo. De hoje em diante, nenhuma ToT deveria ser usada como desculpa pra aditivos escorchantes.

HMS TIRELESS

Perfeito amigo! escrevi a respeito também…

Control

Srs Vanos aos fatos: O PROSUB, no que tange ao contrato com os franceses, envolve 4 submarinos diesel elétricos, numa versão do Scorpène, um estaleiro para a construção de submarinos, um casco para o submarino nuclear (não contempla o reator e o sistema de propulsão, pois a França é signatária de acordo que impede a transferência de tal tipo de tecnologia) e a famosa transferência de tecnologia para a construção dos submarinos. O custo total do acordo foi de aproximadamente 6,7 bilhões de euros, sendo 4,3 bilhões de euros financiados em 20 anos e o restante, perto de 2,4 bilhões… Read more »

Celso

A pergunta que nao cala……exatamente isso…..nunca se tem o projeto executivo que deve e tem que nortear todas as possivieis despesas envolvidas. Infelizmente so se tem esses projetos nojentos e feitos por verdadeiros vigaristas e que expoem estes tais de ADITIVOS absurdos e sempre lastreados por absurdas aprovacoes do TCU. Alias , TCU esse inutil e sem poder de SANSAO, a passo de tartaruga e no final sempre acaba aproando o que ja esta feito e ou ja foi gasto. Ninguem devolve m…a alguma. OK…..a merla ja ta feita, nao adianta mais reclamar. Brasil, pais de omissos e tolos

HMS TIRELESS

Com todo o respeito que a Marinha enquanto instituição merece mas essa nota mais reforça a posição do MPF do que esclarece. Qualquer pessoa que contratações na administração pública sabe que não existe o termo “projeto conceitual” nas mesmas. O que existe nas contratações do poder público é o projeto básico, definido na Lei 8.666/93 como o “conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado… Read more »

BMIKE

Pensava em adicionar um comentário, más o sr. já disse tudo! Esse interlocutor da MB é muito fraco e inconsistente nas explanações, projeto conceitual ?? aonde mesmo, em que lei ?? Grande abraço.

Adriano Luchiari

Estudo preliminar, “etapa conceitual” e projeto básico não contem elementos para composição de preço de uma obra. Sem um projeto executivo completo não deveria ter sido contratada!

Carta Branca

Sinceramente, falaram falaram e não explicaram muita coisa. O que exatamente aumentou os valores? É uma diferença considerável. E como chegaram aos 5 bilhões iniciais pra começo de conversa, foi algum estudo ou chutaram um número? Se não tinham ideia alguma de valor, botaram esse valor pra que? Se chegaram a 5 bilhões por causa de estudos iniciais, algum erro enorme ocorreu nesse estudo. Outra, falar que exigências do IBAMA, a transferência de tecnologia e a engenharia aumentou o valor do estaleiro em 100% é forçar muito a barra, ainda mais na construção do estaleiro que a Odebrecht sabe mais… Read more »

Marcelio Farias

A reportagem fala que “o orçamento inicial previa que o estaleiro custaria R$ 5 bilhões. Depois de iniciada a obra, a estimativa subiu para R$ 10 bilhões. O governo contestou os novos valores e a Odebrecht teria oferecido um novo valor: R$ 7,8 bilhões.” Orçamento inicial, erro no projeto básico ou mesmo estimativa de custo de algo que não se levou em consideração, não constituem nem irregularidade, muito menos crime. Principalmente quando justificado os gastos real perante o TCU. Existem dois tipos de pessoas muito perigosa para nosso Brasil, a primeira, aquelas que não respeito as leis, marginais, bandidas. A… Read more »

Nilson

Alex Barreto Cypriano 25 de Março de 2018 at 18:49 Adriano Luchiari 25 de Março de 2018 at 19:21 . Colegas, para nós que fomos criados e vivemos no mundo ortodoxo das licitações, leia-se Lei 8.666/93, realmente a falta de projeto básico prévio à contratação causa muita estranheza. Mas algumas legislações permitem formas “heterodoxas” de contratação, caso haja justificativa. . As justificativas utilizadas pela Marinha são reverberadas na sua carta à UOL: “esta obra utilizou, em razão da sua natureza, magnitude, ineditismo, complexidade e necessidade de transferência de tecnologia, a metodologia de construção por engenharia simultânea, não sendo possível se… Read more »

Adriano Luchiari

Nilson, não se justifica um sobrepreço superior a 20% de acordo com a lei 8.666! E ToT é pura falácia, mesmo pagando, ninguém ensina o “pulo do gato”. Essa modalidade de engenharia simultânea é invenção, isso não existe na prática. Se você, na condição de formado na administração pública ortodoxa, não recomendaria alguém assinar alguma coisa do tipo, muito menos eu como engenheiro.

JT8D

Se ToT é uma falácia, então avisa a FAB, porque estão pagando caro por isso. Avisa também os indianos e mais uma dúzia de países que recorrem a essa “falácia” em seus contratos de equipamento militar. E falácia ou não, está no contrato e, portanto adquiriu caráter legal e terá que ser pago.

Control

Srs
Jovem JT8D
A TOT está discriminada no contrato com a DCNS e envolve valores da ordem de 900 milhões de euros (sem contar o preço abusivo para o casco do subnuc). Não justifica, portanto valores adicionais na contratação da base/estaleiro.
Sds

filipe

Adriano nunca na historia de uma nação do Hemisfério Sul se construiu ou se projectou um Submarino Nuclear, você têm ideia do que é que eu estou escrevendo? Acho que não. O Prosub em si já é um projecto arriscado e ousado de mais, mas a MB foi em frente, acredito que sairá sempre mais caro do que o previsto, o que é normal, todos os países que têm SSN e SSBN gastam bilhões. Não vamos viver essa mediocridade nem muito menos megalomanias , vamos ser razoáveis e pragmáticos. Nunca no Hemisfério Sul se fez um obra como essa, lógico… Read more »

Nilson

No tocante à ToT, parece-me que é uma forma viável de alavancar a tecnologia nacional, pelo que vi nos pareceres há muita literatura a respeito. O que o TCU apontou foi no sentido de não ter sido possível, provavelmente devido ao pouco tempo de projeto antes do contrato, estabelecer condições que garantissem com mais segurança a efetividade da transferência, bem assim sua retenção por instituições nacionais e retenção do pessoal capacitado, não obsolescência, apuração dos valores e controle do processo. . No mais, agora no tocante ao pacote completo do ProSub, parece que foi mais ou menos assim: ou acatava… Read more »

LS

Fake News.

Adriano Luchiari

A qual obra você se refere filipe? Seria o estaleiro e a base naval? Ou o casco do SNB? Já construímos vários estaleiros e bases navais no país, sabemos fazê-lo. Se o problema for a construção do complexo radiológico temos 2 usinas nucleares em funcionamento e uma em construção, além de centenas de outros bunkers radiológicos em hospitais e outras instalações (eu mesmo participei da construção de três no maior hospital privado do Brasil), cadê a dificuldade? Quanto ao casco, ainda estamos nos cascos dos SSK, nem começamos o do SNB. Já a parte mais sensível deste, que é o… Read more »

filipe

Estou falando das Instalações Nucleares do complexo.

Ozawa

Caro Nilson, agradecido, respondo que infelizmente o afã ministerial, especialmente de 1° grau, vai além do natural ímpeto investigativo na apuração de determinados fatos. A Base Naval de Itaguaí está longe de ser um projeto trivial, e os aditivos de contratos de engenharia reclamam conhecimentos dispersos por áreas que transbordam, e muito, as ciências jurídicas, e é preciso uma humildade institucional para compreender isso, que certos atores do MPF não possuem ao firmarem opiniões preliminares publicamente. Como expus em outro post, a moral administrativa do MPF contrapõe, em certa medida, uma atuação institucional inflexível nos atos de gestão alheios, e… Read more »

Adriano Luchiari

Eu as mencionei acima também…(complexo radiológico)

mabeco

Credibilidade por credibilidade, eu confio mil vezes mais na Marinha que no MPF. Em relação à Marinha eu sei que, apesar dos percalços, irá prevalecer o interesse nacional. Não tenho essa mesma certeza em relação ao MPF, preocupado apenas com holofotes e em afagar interesses que não os nossos, ou com os espelhinhos chinfrins que recebem ao redor do mundo. E nem me venham com essa balela de combate à corrupção, que usa discurso moralista como um cavalo de troia, sinalizando guerra híbrida a partir da qual o Brasil está sendo triturado. Se o MPF quer fazer algo útil, porque… Read more »

HMS TIRELESS

Meu caro Mabeco você lamentavelmente comete uma série de equívocos senão vejamos: – Como fica claro na própria nota expedida pela MB e também de informações adicionais trazidas por outros foristas a MB claramente desconsiderou preceitos básicos contidos quer nos princípios do Direito Administrativo Pátrio como também na Lei 8.666/93. E justificar terminou por piorar a situação especialmente quanto ao ineditismo do “Projeto conceitual”. Esperamos, contudo,que tal fato tenha não tenha se dado por má-fé. Quanto ao MPF, apenas cumpre suas funções institucionais conforme o art. 127 e seguintes da nossa Carta Magna. – Combater a corrupção é fundamental se… Read more »

Diogo Prado

Senhores… lembrem que as obras do estaleiro foram dadas a Odebrecht sem licitação… nesse mar de corrupção que virou o pais, ainda mais na era PT, seria muita inocência achar que esse foi o único contrato sem malandragem ne

DAVI

60% de Aditivo?
Os grandes projetos que desenvolvem tecnologia sofrem aditivos enormes e o preço final fica longe do inicial, mas de fato os caras inventam tecnologia (F-35, Zunwalt, etc.)
Construir estaleiro e obras gigantes = sabemos
Construir submarino = sabemos e os franceses tb sabem
Construir submarino nuclear = não sabemos e os franceses sabem
O que justifica um aditivo de 60%?

HMS TIRELESS

O que justifica? O fato de que entre 2003 e 2016 não apenas a corrupção foi elevada à condição de praxe administrativa (“institucionalizada” segundo Joesley “Friboi”) como também um cartel de empreiteiras ter se aliado ao partido então no poder para saquear o Estado e assim financiar a própria perpetuação no poder.

camargoer

O TCU entendeu que existe justificativa. Talvez seja o caso de alguém perguntar ao TCU o que eles acham. Segundo a MB, eles entenderam que havia justificativa para o aditivo. Então, estou com uma dúvida… o que o procurador está investigando? A concessão ou o aditivo? Se for o aditivo e o TCU aprovou, então o procurador deveria investigar o TCU.

DAVI

O TCU também aprovou as mesmas obras e licitações que o Clube dos 13 distribuía.
Ter conta aprovada por ele não quer dizer que foi tudo lícito.
Esta desculpa é a mesma que os políticos usam para justificar que são honestos, ” o STE aprovou todas as minhas contas da última campanha”.
Tem que investigar e entender o aumento do preço.

camargoer

Então o TCU não serve para nada, poque a sua função seria a de auditar os gastos. Se o órgão do governo federal que tem o corpo técnico apropriado para a verificação dos gastos aprova, mas essa aprovação não tem validade, então o equívoco está no TCU. Então a situação ficou mais confusa, porque é uma investigação que vem desde 2015, e portanto não poderia ser tomada como denúncia, e ainda que contraria a conclusão de um órgão técnico do governo que existe para auditar os gastos.

HMS TIRELESS

Amigos Davi e Camargoer, as cortes de contas são órgãos eminentemente políticos, tanto que encontram-se vinculados ao poder legislativo, e possuem como função auxiliar esse poder na fiscalização Contábil, Financeira, oerçamentária, operacional e patrimonial no tocante ao controle externo. E ressaltando o cunho político o julgamento das contas é realizado não pelos tribunais de contas mas sim pelo legislativo.

DAVI

O TCU serve, eles só não são imaculados.

filipe

A MB já esta passando um sufoco para manter a frota e ainda vêm esses caras do MPF, sem noção de nada, sem noção de engenharia, sem experiência em auditoria de grandes empreitadas, sem experiência de auditoria de obras nucleares, querem por em risco todo um projecto.

HMS TIRELESS

De uma coisa o MPF tem noção: de que existem fundadas suspeitas de corrupção…

romp

Na minha humilde opinião muita coisa tem que ser levada em consideração, Odebrecht é uma das empresas mais corruptas que país já teve, só este fato, por si só, já é motivo para vasculhar todos os contratos feitos com esta empreiteira na era do PT. Até agora, quase todos os grandes contratos possuem algum tipo de irregularidade, vocês já sabem da ligação entre o PT e a Oderbrecht para conseguir estes contratos. Esta investigação se deu inicio após delações indicarem mais do mesmo, propina para PT e Cia para conseguir o contrato. Devido o tamanho da obra, ainda sem licitação… Read more »

FRITZ PILSEN

Acusar e falar em superfaturamente é muito fácil. O MPF age de forma irresponsável. Quero ver os procuradores federais fazerem uma obra em suas próprias residências, coisa simples; tipo trocar os encanamentos da casa. Vamos ver se a reforma ficará dentro do orçamento inicial… Agora imaginem numa obra do tamanho da Base Naval.

Fico me perguntando:
A quem interessa desprestigiar a nossa MARINHA DE GUERRA?

HMS TIRELESS

Não se pode comparar uma obra residencial à uma obra pública por uma questão absolutamente simples: a origem dos recursos. No caso de obras públicas os recursos são igualmente públicos e, portanto, se sujeitam aos ditames previstos na Constituição Federal e também na legislação infraconstitucional.

E é FUNÇÃO CONSTITUCIONAL do MPF investigar se há ou não suspeita de superfaturamento.

camargoer

Olá HMS. Eu questiono o prejuízo para a imagem da MB (ou de qualquer um) a divulgação para a imprensa de uma investigação que não foi concluída. O MPF deve investigar se achar que a suspeita á razoável mas cabe apenas ao juiz aceitar a denúncia, isso se o MP concluir que ocorreu crime por meio de provas. A CF88 também garante outras coisas.

Alex Barreto Cypriano

Muita coisa errada e já conhecida faz tempo, inclusive registrado aqui no Poder Naval (tem artigo de 2008 com os termos do acordo entre Brasil e França pro PROSUB). http://www.naval.com.br/blog/2015/08/09/marinha-do-brasil-nota-de-esclarecimento-sobre-o-prosub/ Tratamos de obra civil, do estaleiro e base naval, inicialmente cotados a 5bi, depois a 10bi, e depois, com a exclusão de alguns ítens (quais?), 7,8bi. Segundo matéria do PN, a DCNS subcontratou à Odebrecht a execução do estaleiro… Mas no acordo original os franceses nada teriam a ver com instalações radiológicas (senão com tecnologias do casco do SNBr e dos Scorpenes) ou de proulsao nuclear de inteira responsabilidade da… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Leiam o ítem 1.2 do artigo 2°, e me digam se não tem gato na tuba quando falam que a complexidade do submarino nuclear demandou generoso aditivo, no que respeita apenas às obras civis:
http://www.naval.com.br/blog/2008/12/23/acordo-entre-o-brasi-e-a-franca-na-area-de-submarinos/

Alex Barreto Cypriano

Manoel Henrique Campos Botelho, engenheiro, em um de seus livros fazia uma piada, muito séria, sobre orçamentos de obra. Dizia que o orçamentista cujo orçamento coincidiu com o preço final da obra nunca mais conseguiu emprego por erro na execução do orçamento e que aquele que errou em 50%, por baixa precisão.

luiz antonio

Boa Noite Ninguem precisa ficar discutindo muito. Simplesmente a MB poderia requerer uma auditoria com base nos requisitos da Portaria INMETRO Nº 367/2017 – REGULAMENTO PARA INSPEÇÃO ACREDITADA DE EMPREENDIMENTOS DE INFRAESTRUTURA como muitos empreendimentos vão exigir. Os requisitos estão lá e são públicos. Não precisam fazer mágicas e nem ficar trocando tiros com quem quer que seja. O resultado mostrará se houve ou não superfaturamento. Pelos requisitos desse Regulamento já dá para sentir “cheiro de arroz queimado”, mas poderá ser na casa do vizinho. Que dá para apurar com isenção e correção isso dá. A questão é apenas se… Read more »

Jefferson Ferreira

Nossa preocupante como é a forma como se toca projetos aqui no brasil, principalmente pelas respostas da marinha… “projeto conceitual inicial”, ainda sem todas as informações necessárias. Posteriormente, com o processo de transferência de tecnologia, em consequência das informações técnicas e recomendações do Naval Group (1), assim como das Normas do IBAMA; de características operacionais dos submarinos; e visando alcançar a segurança exigida pelos órgãos reguladores para instalações nucleares desse porte, foi possível aperfeiçoar o Projeto Conceitual para se chegar a um Projeto Básico.” Putz como é que é !? Gasta-se BILHÕES e não tem projeto pronto ?! É isso… Read more »

uwno porte.

Ao ver a relação dos dois presidentes que celebraram o contrato e suas historias recentes de relação com empresas de empreitadas governavementais surge a duvida: mais uma que estão aprontando, ou desta vez, e sómente desta vez, a coisa é seria? Só não deveriam envolver a MB. Nossos marujos tem uma tradição a respeitar e mesmo necessitando de meios navaus, não se deixarão lever por esses carregadores de cuecas recheadas de dinheiro

Moraes 123

Senhores, Primeiro devemos entender o que é Projeto Conceitual, Projeto Básico e Projeto Executivo (estão em ordem e o próprio português já dá uma noção básica do que se trata cada um). Para terem uma ideia em empreendimentos deste porte o Projeto Executivo pode ser revisado diversas vezes (entendam que estamos falando de partes, Áreas/Unidades) e normalmente é concluído quando se está muito próximo do final do final da obra. Neste caso, acredito que só após a conclusão de uma das revisões do projeto executivo e orçado pela contratada é que se chegou ao maior valor a MB negociou para… Read more »

Adriano Luchiari

Moraes 123, no seu comentário acima você menciona fornecer dados para uma eventual auditoria, inclusive os sigilosos da ToT para comparação de quais custos? A ToT é parte do contrato para fornecimento do projeto e construção de 4 SSk e o casco do SNB. O valor estipulado no pacote para construção da base e estaleiro (inclusive o complexo radiológico) não contemplava essa transferência, e assim mesmo se pagou quase 3 bi a mais por uma obra mutilada. Tenho certeza que a Marinha é a parte menos culpada e a mais prejudicada por esse evento, mas concordo que haja uma investigação… Read more »