Proposta da BAE Systems para o Canadian Surface Combatant

Proposta da BAE Systems para o Canadian Surface Combatant

Proposta da BAE Systems para o Canadian Surface Combatant
Proposta da BAE Systems para o Canadian Surface Combatant, baseada na Type 26

Três equipes de licitantes enviaram suas propostas finais para a construção de uma frota de novas fragatas para a Marinha Real Canadense no âmbito do Programa Canadense de Combatentes de Superfície.

As empresas receberam feedback para revisar suas propostas em maio e o prazo final para a apresentação das propostas finais foi na sexta-feira passada.

Um total de 15 navios CSC deverão ser construídos pela Irving Shipbuilding como contratados principais. O governo espera gastar entre CA$ 55 bilhões e CA$ 60 bilhões no programa, mas um número mais específico será conhecido assim que as empresas apresentarem suas propostas financeiras revisadas, que também deveriam ser divulgadas na sexta-feira.

O Canada’s Combat Ship Team – composto pela Lockheed Martin, BAE Systems e CAE, MDA, L3 Technologies e Ultra Electronics – apresentou sua proposta baseada no Global Combat Ship Type 26 que foi recentemente selecionado pela Austrália como o projeto preferido para o programa de construção de fragatas de vários bilhões de dólares.

“Com o programa Type 26 do Reino Unido à frente do CSC, nosso navio canadense se beneficiará das lições aprendidas nos programas do Reino Unido e da Austrália”, disse Anne Healey, diretora da BAE Systems no Canadá.

“Empresas canadenses como W.R. Davis Engineering em Ottawa, Rolls-Royce em Peterborough e L3 MAPPS em Montréal já começaram a trabalhar no fornecimento de sistemas de alta tecnologia para a Type 26 do Reino Unido, demonstrando as habilidades e capacidades disponíveis da cadeia de suprimentos canadense.”

Um dos outros dois concorrentes é a equipe liderada por Alion Science and Technology, com uma proposta baseada na fragata “De Zeven Provinciën” Air Defence and Command, que está em serviço com a Marinha Holandesa.

“Cada decisão que tomamos para a seleção de equipamentos e integração de sistemas focados em fornecer soluções econômicas que atendam aos requisitos, fornecendo conteúdo canadense robusto”, disse Bruce Samuelsen, diretor de operações da Alion, em dezembro de 2017, quando a Alion anunciou sua participação no programa. “Muitos fornecedores de sistemas originais estão construindo sistemas no Canadá, mas nossos parceiros do sistema de combate estão realmente criando empregos industriais para os canadenses”.

O terceiro licitante é o espanhol Navantia com seu design de fragata F-105. A empresa fará parceria com a Saab e a CEA Technologies para entregar os navios caso ele seja selecionado.

A construtora naval italiana Fincantieri tentou selar o acordo com o projeto da fragata FREMM em uma oferta fora do processo da licitação. A Fincantieri ofereceu a construção de 15 fragatas por um preço fixo de CA$ 30 bilhões, mas o governo disse que não aceitaria a “proposta não solicitada na hora final”.

O governo canadense e a Irving Shipbuilding devem anunciar as propostas vencedoras até o final do ano, com obras iniciadas no início dos anos 2020. Os combatentes da superfície estarão substituindo os destróieres de classe Iroquois do Canadá e as fragatas da classe Halifax.

A Alion Science and Technology oferece a proposta baseada na fragata De Zeven Provinciën Air Defence and Command, que está em serviço com a Marinha Holandesa
A Alion Science and Technology oferece a proposta baseada na fragata De Zeven Provinciën Air Defence and Command, que está em serviço com a Marinha Holandesa

FONTE: navaltoday.com

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Ivan BC

15 fragatas FREMM por 30 BI de dólares canadense, sensacional…eu iria com os olhos fechados. Não precisam de mais nada, só volta a trocar navios daqui 30 anos.

Gustavo

fato.

Kemen

Se eu fosse o Canada, teria feito dois editais separados podendo outorgar o contrato a dois concorrentes diferentes, (usei o termo podendo) não acho interessante ter 15 fragatas exatamente iguais, não sei se nas especifações os canadenses diferenciam o tipo de função principal de grupos de fragatas dentro das 15. Achei o caminho seguido pela Australia mais coerente, tera duas tecnologias de fabricantes diferentes para os navios de superficie dominadas agora (ainda que parcialmente) pelos estaleiros locais. No que se refere aos submarinos tera um terceiro fornecedor. No caso canadense acho que a BAE tem uma parte do caminho concretado,… Read more »

marcelo

acredito que esses valores (ignorando tb a proposta da Fincantieri que não foi séria) servem para a gente se situar um pouco e entender que o prosuper com suas fragatas de defesa aérea de 6.000t não vai acontecer jamais. as Tamandarés vão ser o máximo que vamos conseguir por muitas décadas, e temo que se a MB não conseguir assinar um contrato antes do início do próximo governo (seja ele qual for) elas vão pro sal tb. ao contrário da (aparente) maioria, acredito que se o processo das Tamandarés for bem sucedido o próximo passo seria fazer uma versão simplificada… Read more »

Almeida

Sua Tamandaré “low-end” acabará sendo a Tamandaré final. Todas as propostas ficaram acima do valor estipulado pela MB. Não tem mágica, terão que cortar alguma coisa. E concordo com você, uma Sigma 10514 da proposta da Damen/Saab “desdentada” é MUITO melhor do que temos hoje e ideal para nosso TO. Com radares (Sea Giraffe AMD 3D + 1x), diretor de tiro (CEROS 200), guerra eletrônica (SME 250 e CRS Naval), comunicações (TactiCall) mais sistema de combate (9LV) da SAAB. Com um Bofors 57mm na proa (com municão 3P que já fabricamos), mais 2 Simbad RC (que já operamos o míssil… Read more »

Marcelo

Pô Almeida, eu compro essas suas corvetas fácil. Mas quero um desconto e vou precisar de pelos menos 3 lotes de 4. Com pequenas melhorias incrementais em cada lote e com VLS só no 3° deles. Quando as primeiras fizerem uns 15-20 anos (vai coincidir mais ou menos com a entrega do 3° lote) fazemos o retrofit do VLS nas primeiras unidades. Podemos pular algumas gerações e ir direto pro Sea Ceptor Mk5.

Entrega lá no Mocanguê por favor.

Almeida

Perfeito!

MARCOV

Pois é . . . o valor para uma fragata “pesada”, que pensava ser em torno de US$ 800 Milhões a US$ 1 Bilhão, na verdade é muito superior.

E esse é o valor como explicado em novembro passado. Vejam o link a seguir:
http://www.tpsgc-pwgsc.gc.ca/app-acq/amd-dp/mer-sea/sncn-nss/nouvelles-news/2017-11-27-eng.html

Em especial a parte:
“In June, the Department of National Defence’s Strong, Secure, Engaged Defence Policy confirmed that the government would acquire the full complement of 15 Canadian Surface Combatants with a project budget of 56 to 60 billion dollars”.

Mercenário

Eu pensei que a proposta gambiarra fosse de origem francesa, mas segundo a notícia é de origem italiana. Gringos tentando levar vantagem, nada incomum. Esqueceram que o Canadá não é o Brasil.

Se a Type 26 emplacar mais esta concorrência, ao invés de “City Class” deveria se chamar “Commonwealth Class”.

Baschera

Só passando para esclarecer que o dólar canadense hoje vale aproximadamente 68% do valor do dólar norte-americano.

Sds.

Flanker

Exato, Baschera. 30 bi de dólares canadenses equivale a uns 23 bi de dólares americanos. Assim, em conta de padaria, cada navio, na proposta da Fincantieri, sairia por uns 1,5 bi de dólares americanos. Comparando com os valores discutidos para as Tamandaré, vemos que uma fragata desse porte custa, com folga, o equivalente a 3 corvetas pesadas. Sempre guardando-se as devidas proporções e particularidades de cada programa, vemos que, a grosso modo, um Prosuper da vida, com suas sonhadas 5 fragatas, sairia o equivalente a 1 vez e meia o custo do F-X2. E vimos o parto que foi para… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Flanker,
Ainda tem que somar ao Prosuper outros seis navios: um de apoio logístico e cinco de patrulha oceânica. Mais um bilhão no custo total, provavelmente.

Flanker

Sim, Nunão! Nem citei essses para não ficar mais complicado ainda….kkkkk

Jr

A pegadinha dessa proposta da Fincantieri, segundo os Canadenses é que esse preço era só pelas fragatas e não incluía a manutenção das mesmas por um determinado tempo de vida útil das mesmas, coisa que as outras concorrentes propuseram, e esse era um dos requisitos do certame, os Canadenses assim como os Australianos fizeram concorrências para a compra de um pacote fechado, ou seja, a compra das fragatas, a transferência de tecnologia, porcentagem de nacionalização das fragatas (nesse caso tem diferença entre os dois países), treinamento de pessoal, tanto dos estaleiros nacionais parceiros como do pessoal das respectivas marinhas, armamentos… Read more »

Flanker

Sim, Jr. Como eu falei, é uma conta de padaria. É o mesmo raciocínio que se faz quando se divide o valor do F-X2 por 36 e dá os 150 milhões de dólares por cada Gripen. É claro que cada aeronave, flyaway, não custa tudo isso. O mesmo vale para qualquer programa de aquisição de meios e equipamentos militares. No valor estão incluídos “n” itens. Mas, no final das contas, no caso citado por você o valor proposto pelos outros concorrentes inclui treinamento, manutenção,etc….e se formos analisar, tudo se soma para se ter um determinado meio operacional. Se considerarmos somente… Read more »

Carlos Alberto Soares

Oba

Vamos ter Fragatas usadas no MercadoLivre.

Quem sabe vem no 0800.

Qual a população do Canadá ?

E o PIB ?

E o PIB per capita ?

Quem colonizou ? Aqui está o detalhe.

Bardini

Se tiver Halifax indo para esse tal “MercadoLivre”, vai ser vendida para o Chile, que já fez negócio com os canadenses para modernizar suas Type-23. . Canadá só está em uma situação de sucateamento um pouco melhor que a nossa… . Pelo menos nós, já escolhemos um novo caça e temos novos submarinos para serem entregues. A “novela FX” deles ainda vai longe e o PROSUB deles, mais ainda… E com esse custo todo divulgado pelos meios de superfície, a julgar pela novela que foi viabilizar a construção de um simples NApLog que é muito mais barato, vai ser interessante… Read more »

Foca

A Austrália e o Canadá poderiam muito bem servirem de exemplo para o Brasil. Ambos são países de dimensões continentais e riquíssimos em recursos naturais, assim como o Brasil. Ambos tem grande litoral, banhado por grandes oceanos, como o Brasil. Provavelmente, esses dois países sabem da cobiça internacional por seus recursos naturais. Então o que fizeram? Elegeram navios de combate com grande deslocamento, superiores a 6.000 toneladas em ambos os casos. A Austrália com 12 navios de combate e o Canadá com 15 navios. São navios com deslocamento superior a 6.000 toneladas, como disse antes, com melhores condições marinheiras, maior… Read more »

Dalton

Austrália e Canadá possuem alianças militares com os EUA e como tal tem obrigações que o Brasil não tem e tais obrigações eventualmente são cobradas e não serão 12 navios australianos e 15…se de fato forem 15 canadenses, que deixará os EUA felizes, certamente eles gostariam de mais e sempre farão pressão para um maior comprometimento de ambas às nações. . Quanto aos 15 futuros navios canadenses, eles terão que ser repartidos entre as costas leste e oeste, como acontece hoje e com alguns sempre passando por algum tipo de manutenção a disponibilidade em ambas as costas sempre será menos… Read more »

Pedro

Caros, gostaria de saber o pq há o costume de se adquirir lotes com múltiplos de 4 ou 12 unidades. Sempre vejo isso. Em compras das três forças… alguém saberia o motivo ?

Bardini

Existem exemplos e exemplos… Querer usar essa concorrência aí ou a concorrência australiana, para dizer que é impossível se ter um Escolta de 6.000t por um preço acessível, foge da realidade. Existem exemplos de Escoltas nessa faixa por um preço mais acessível. Tudo depende da complexidade do pacote e de algo que pouco parece se levar em conta: as capacidades do país em questão de construir e manter o navio. . Essa é uma aquisição mais próxima da realidade que estamos vivenciando… Também é um bom motivo para a Navantia ter pulado fora da nossa concorrência: http://www.navyrecognition.com/index.php/news/defence-news/2018/july-2018-navy-naval-defense-news/6352-ksa-signed-the-contract-for-5-avante-2200-corvettes-with-navantia.html 5 navios e… Read more »

Lemes

Concordo com boa parte do que você escreveu, só não acho que trocar hapoom por mansup seria muito mais barato. O que é mais barato? Um míssil produzido ás centenas, ou um que acaba de ser desenvolvido e deverá ter uma encomenda de algumas poucas dezenas (se muito!)? Como dizia um antigo forista da trilogia dos tempos do FX 2, tudo depende de escala. Desse jeito, não duvido nada que um mansup acabe sendo muito mais caro do que hapoom ou Exocet.

Bardini

Harpoon é um baita míssil e mais performante que um MAN SUP… Isso tem um preço. . Não é só o míssil. Existe muita coisa além do míssil e da quantidade de mísseis. E a capacidade de manter estes mísseis operativos e os conhecimentos para manejar e operar os mesmos? Isso tem um custo… . Mas vamos supor que um Harpoon tenha valor unitário menor que o de um MAN SUP, de tecnologia teoricamente dominada pela MB. Você economizaria comprando Harpoon, ao passo que acaba jogando no lixo toda a montanha de dinheiro que já se investiu para ter capacidade… Read more »

Lemes

Se você estiver pensando só com a lógica, realmente carece um pouco de sentido. Mas se você for pegar no nosso histórico faz algum sentido. Qual foi a lógica de gastar milhões no piranha para no final jogar o projeto no lixo? Quantos foram produzidos? Quantos estão operacionais? O mesmo sobre o projeto de torpedo nacional, já gastamos dinheiro tentando projetar um e acabamos jogando o projeto (e o dinheiro) no lixo. O MAR então, já faz anos que dizem estar prontos e até hoje não vi nenhum operacional (nem de manejo!) pendurado no cabide de algum caça. Fora estes… Read more »

Hermes

Fossem os franceses a apresentar uma proposta “por fora” haveria um centena de comentários os esculachando, mas como são italianos parece haver uma certa condescendência, quase não sendo citado pelos comentaristas o fato até o momento.

Jr

Na realidade essa proposta da fincantieri foi feita em conjunto com o naval group, parece que a fincantieri entraria com o casco e os sensores seriam divididos entre a fincantieri e o naval group

Ivan BC

Você está se referindo ao episódio que a Dassault enviou uma proposta ao ministro da defesa (ou comandante da aeronáutica) da Bélgica? Primeiramente, ninguém aqui falou de francês ou de italianos, nós falamos de DASSAULT…uma empresa privada, não um país todo, nada de coletividade…longe disso! Até porque no caso francês seria difícil fazer, pois há mais muçulmanos e africanos do que franceses. Falo isso já entrando no estereótipo de “povo e cultura”. O que menos tem na França é francês! Mesmo nesse caso, nos referimos apenas aquele episódio, não a história da Dassault e suas conquistas, ou seja, a crítica… Read more »

Luiz Floriano Alves

Esmagadora a constatação de que não conseguiremos dotar a MB dos navios que a manteriam no rol das marinhas de respeito. “Quem não tem força não tem voto”, já dizia Stalin, ao negar voto ao Vaticano na Assembléia da ONU. E nós, pobres tupiniquins, querendo assento no Conselho de Segurança como nova “putência”. Pena que a palavra não foi mal pronunciada somos “putencia” mesmo.

Mk48

Até onde sei, com exceção do governo que sofreu o impeachment e o seu antecessor, ninguém aqui no Brasil advoga que deveríamos ter um assento no Conselho de Segurança da ONU.

Esse assunto foi mais uma das megalomanices dos governos que citei e está encerrado, face a nossa realidade.

Tomando em conta as opções que temos para eleição de Presidente da Republica, não vejo como a Defesa possa ser inserida em um Programa de estado, ou seja, vamos continuar pastando neste assunto.

Carlos Alberto Soares

Com os USA de vizinhos ao norte e ao Sul.

Ah tá

Juarez

O programa Canadense trás a realidade dos preços dos combatentes navais de superfície modernos.
Não tem navio de combate “barato”, eu citei lá no tópico da Tamandaré q o custo da Sigma 10314 que está se do construída para os Mexicanos,que é a versão navio patrulha oceânico já bateu nos 450 milhões de dólares.
Não esperem de propostas de estaleiros europeus nada abaixo de uns 500 mhoes de dólares.

Carlos Alberto Soares

Juarez 25 de julho de 2018 at 18:28

É dai pra riba ……

Ronaldo de souza gonçalves

São muito caras ,é o Brasil não pode seguir por esses caminhos.Vejo que as russas ou chinesas Ucranianas mais em conta é cabe no nosso bolso.È como justificar pro nosso povo fragatas neste preço.Devemos fugir das fragatas de origem europeias,que estão superfaturadas.

Carlos Alberto Soares

Ronaldo,

Em quê você se baseia para suas afirmações ?

Quais são as fontes e os critérios ?

Luís Henrique

Os números precisam ser analisados de forma mais profunda. O programa original previa Ca$ 26,2 bi ou U$ 19,6 bi. Foi divulgado que deste total, cerca de Ca$ 14 bi seria para o desenvolvimento e CONSTRUÇÃO das 15 Fragatas. E o restante (Ca$ 12,2 bi) seriam para armamentos, custos de infraestrutura, equipamentos de reposição e suporte. Não sabemos os detalhes sobre quais armamentos, nem sobre quantitativos, nem sobre quantos anos de suporte, etc. Porém o mais importante dado é que do custo TOTAL do programa, cerca de 53% do valor se refere à construção das 15 fragatas. Agora, o custo… Read more »

MARCOV

A proposta da FINCANTIERI, feita por fora do processo de licitação, não é conhecida e pode ser que englobasse somente as fragatas, ou seja, os 53% que você calculou.