ORP Gen. K. Pułaski lança míssil Standard SM-1

ORP Gen. K. Pułaski lança míssil Standard SM-1

ORP Gen. K. Pułaski lança míssil Standard SM-1
ORP Gen. K. Pułaski dispara míssil Standard SM-1 através do lançador Mk.13 da proa do navio

A fragata da Marinha Polonesa (Marynarka Wojenna) ORP Genenral K. Pułaski (classe OHP – Oliver Hazard Perry) completou com sucesso um exercício de tiro real de dois mísseis superfície-ar SM-1 contra um alvo aéreo. Foi a primeira vez que a Marinha Polonesa disparou esse tipo de míssil.

O teste ocorreu em 28 de agosto, no MOD Hebrides Range, localizado na costa noroeste da Escócia. De acordo com a Marinha Polonesa, este não foi apenas um “primeiro” para a tripulação do navio, mas também um teste de habilidades após período de reparos na doca, modificações e modernização do navio.

O teste foi observado por muitos oficiais da Marinha Polonesa e da Marinha dos EUA, incluindo reprentantes do NAVSEA (Naval Sea Systems Command), o maior dos cinco comandos técnicos da Marinha dos Estados Unidos.

A ORP General K. Pułaski é uma das duas fragatas da classe “Oliver Hazard Perry” em serviço com a Marinha Polonesa, tendo sido incorporada no ano 2000. Anteriormente, a unidade serviu como USS Clark (FFG-11) por 20 anos na Marinha dos EUA. A unidade está estacionada na base naval de Gdynia e faz parte do Esquadrão de Navios de Combate. A missão da Pułaski é ASW, AAW e ASuW. Sua missão inclui a proteção de rotas estratégicas de comunicação no mar.

A produção do míssil SM-1MR Block VI terminou em 1987. O míssil foi retirado do serviço da Marinha dos EUA em 2003. Espera-se que ele atinja seu “fim de vida útil” por volta de 2020. A US Navy anunciou na reunião do International STANDARD Missile Users Group (ISMUG) em 2012 que o suporte para o míssil SM-1 terminará em 2020. Eles conclamaram todos os usuários do SM-1 ao redor do mundo a começar a planejar a substituição do míssil a bordo dos navios que planejam manter além de 2020. Uma solução seria substituir o SM-1 por mísseis SM-2, como fez a Austrália.

ORP Gen. K. Pułaski
ORP Gen. K. Pułaski. O lançador Mk.13 pode ser visto na proa

Marinha francesa também realiza teste com o SM-1

A Marinha Francesa (Marine Nationale) divulgou fotos e um vídeo de um tiro real relativamente recente envolvendo o míssil antiaéreo SM-1MR de médio alcance. A Marinha Francesa é uma das poucas marinhas que ainda operam este míssil projetado em meados da década de 1960.

O teste de tiro real envolveu a fragata antiaérea Jean Bart classe “Cassard” feito no mar Mediterrâneo em fevereiro de 2018. O vídeo mostra a fragata lançando dois mísseis “reais” (listras amarelas). Foi efetuado o disparo de dois mísseis (de acordo com a doutrina da OTAN) contra um alvo rebocado.

O sistema de armas é comumente chamado de Tartar na Marinha Francesa (remontando à sua ligação original ao míssil Tartar RIM-24), mas na verdade utiliza o SM-1MR Block VI (designação dos EUA: RIM-66E). A bordo de fragatas da classe Cassard, o sistema é composto de um compartimento giratório vertical contendo 40 mísseis, um lançador Mk. 13, dois radares de direção de tiro AN/SPG-51C e um novo radar SMART-S Mk2 (substituiu o muito mais antigo DRBJ11 em 2012 e 2013).

Já que o suporte para o míssil SM-1 terminará em 2020, a Raytheon oferece um upgrade para disparar mísseis SM-2, através de duas alterações ORDALT (Ordnance Alterations) no lançador MK 13 GMLS.

Esquema do lançador Mk 13 Mod 4 GMLS
Esquema do lançador Mk 13 Mod 4 GMLS

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Bosco

O míssil Standard SM-1 é um míssil sup-ar guiado por sistema de radar semi-ativo (SARH). Esse tipo de míssil geralmente é guiado desde o início pelo radar “iluminador” do navio e tem o inconveniente de só poder ser utilizado contra um alvo de cada vez. Ou seja, um alvo por “canal de tiro” (radar iluminador) de cada vez. Vale salientar que mais de um míssil pode ser utilizado contra um mesmo alvo. Algumas das últimas versões do SM-1 receberam um upgrade que os deixou semelhantes aos SM-2, que são mísseis que usam o “sistema de radar semi-ativo TERMINAL” (TSARH). No… Read more »

diogo araujo

Nossa um por vez, aí não adianta! apesar de ser tudo automatizado em um suposto ataque de várias aeronaves seria impossível para o navio sobreviver.

Bosco

Diogo, Mas o FFG-7 leva dois radares iluminadores e mesmo com mísseis SM-1 pode fazer frente a duas ameaças por vez. Em interceptando uma já pode mudar para outra ameaça. Se mudarem para o SM-2 aí mais de uma ameaça pode ser enfrentada por cada canal de tiro (radar iluminador). Por exemplo, se se aproximar 4 ameaças (mísseis antinavios) podem ser lançados mísseis contra as 4 ameaças ao mesmo tempo (claro, na medida do possível ao lançador unitário), escolhendo a ameaça mais premente para abordar primeiro e seguindo pelas menos prementes. Vamos supor que os 4 mísseis venha pelo mesmo… Read more »

Alexcg

Bosco não intendo muito mais no caso quantos misses pode disparar um sistema desses e se for mais de um sabe dizer quanto tempo leva para disparar o segundo?
Dez de já obg

Leandro Costa

Por volta de uns 40 mísseis podem ser disparados um por um a cada 8 segundos. Se for precisar trocar o tipo de míssil no lançador (de SM-1 para Harpoon, por exemplo), serão 8 segundos até a troca ser efetuada.

Alexcg

Obg por esplicar é impressionante 1 a cada 8 segundos nossa se for como o desenho o míssel fica abaixo aja espaço pra guarda isso tudo

Bosco

Só complementando o Leandro, a FFG-7 só tem dois radares iluminadores, portanto, quando usa o SM-1 só dois alvos aéreos (ameaças) podem ser engajados aos mesmo tempo. Então se dois mísseis forem usados contra cada ameaça apenas 4 mísseis estarão “voando” a cada momento. Esses 4 mísseis podem ser disparados em menos de 30 segundos. Só poderão ser lançados mais mísseis após o primeiro alvo ser interceptado. Aí o radar iluminador (de varredura mecânica) se volta para a nova ameaça e lança mais um ou dois mísseis contra a próxima ameaça na “fila”. Se for o SM-2 e tiver vindo… Read more »

Alexcg

Obg por explica

Delfim

Polônia levando a sério sua defesa, com seu PIB sendo 1/4 do brasileiro. Ó dó.

Leandro Costa

Eles já sentiram na pele como é ser a porta-giratória da Europa.

Dalton

A marinha polonesa tem como principais unidades essa e outra fragata de mesmo tipo,
que estão com quase 40 anos desde que foram comissionadas na US Navy em 1980,
um único e já antigo submarino e outros 2 pequenos submarinos costeiros…para quem tem a Rússia como vizinha…não me parece muita coisa…apenas é o que se pode fazer.

sergio ribamar ferreira

Sr. Bosco: uma dúvida pode ser engajado o míssil por contato direto ou por espoleta de proximidade? creio que não fui bem claro, peço desculpas. no tocante, gostei do sistema. Poder mudar um SM2 por harpon em oito segundos. Bom. custo- benefício parece ser excelente, pode me explicar. Obrigado

Bosco

Sérgio, Geralmente a interceptação se dá por espoleta de proximidade. O raio letal da ogiva é bem grande (na faixa de 10 a 15 metros) dado à ogiva ser da faixa de 70 kg. Mas o míssil também tem espoleta de contato para o caso (raro) de ocorrer um impacto direto. Para interceptações diretas (hit to kill) os sistema de orientação geralmente operam na faixa do IR ou do radar milimétrico. Esse sistema Standard opera na faixa centimétrica. Em relação ao lançador Mk-13 mudar para o míssil Harpoon, ele leva mais que 8 a 10 segundos. A wiki informa que… Read more »

Paulo Guerreiro

Recentemente o site poder naval divulgou que a Polônia vai prolongar vida util dessas embarcações e que a marinha de Taiwan comprou essa fragata por ainda serem uteis na caça de submarinos chineses Mas, infelizmente os especialistas da Marinha do Brasil nao autorizarão a compra dessas fragatas via FMS direto dos EUA e infelizmente ficamos utilizando inhaumas e niterois ja praticamente podres e afundando no cais. Nao sou um engenheiro e nem um especialista naval mas acho que se A Marinha do Brasil compra-se 6 ou 8 dessas fragatas e que se fossem devidamente modernizadas poderiam permanecer em serviço por… Read more »

MK48

Comprar com que dinheiro ?

Modernizar a que custo e com que dinheiro navios que ao final teriam de 45 a 50 anos de uso ?

Airacobra

Teriam ao final do uso o que as Niterói tem hoje, entre 40 e 50 anos de uso