Submarinos classe Tupi na Base Almirante Castro e Silva (BACS) em Mocanguê, Niterói - RJ

Submarinos classe Tupi (IKL-209) na Base Almirante Castro e Silva (BACS) em Mocanguê, Niterói - RJ - Foto: Alexandre Galante

Submarinos classe Tupi na Base Almirante Castro e Silva (BACS) em Mocanguê, Niterói - RJ
Submarinos classe Tupi na Base Almirante Castro e Silva (BACS) em Mocanguê, Niterói – RJ – Foto: Alexandre Galante

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

“A independência dos fatores ambientais da superfície, a capacidade de permanecer oculto por longos períodos e o elevado poder de destruição caracterizam a Força de Submarinos como destinada, em especial, à execução da tarefa básica do Poder Naval – negar o uso do mar ao inimigo.

No entanto, ainda temos na Força de Submarinos, as atividades de mergulho e de medicina hiperbárica acrescentando, com coragem e elevada técnica, importante capacidade de combate e robustez logística às operações de Guerra Naval; o que amplia as opções para a obtenção de resultados superiores ao esforço despendido.

(…)

Estamos convictos de um futuro promissor devido à incorporação de novos submarinos convencionais e à transformação de nosso

Poder Naval, por meio de uma Esquadra dotada de submarinos com propulsão nuclear; mas, principalmente, pela convicção da permanente prontidão da Força de Submarinos, para bem cumprir a sua missão e respaldar os interesses do Brasil na Amazônia Azul.

Usque Ad Sub Acquam Nauta Sum”!¹

Vice-almirante Ilques Barbosa Júnior,

Comandante-em-chefe da Esquadra, em “100 Anos Força de Submarinos”, publicação da FGV Projetos. 2014.


O assunto da lacuna existente na estrutura organizacional da Marinha do Brasil (MB), em razão da falta de uma Diretoria de Submarinos, é recorrente.

Ele é lembrado sempre que a Força de Submarinos (ForSub) é redimensionada – como agora, em função da entrada em funcionamento do complexo naval industrial de Itaguaí (RJ) e da construção no país de uma nova classe de submarinos de ataque –, ou nas oportunidades em que a Arma Submarina é confrontada com uma emergência nas águas do Atlântico Sul – como aconteceu no fim do primeiro semestre de 1982, depois que uma força-tarefa anfíbia da Marinha Argentina tomou de assalto Port Stanley, capital do arquipélago britânico das Falkland, deflagrando a “Crise das Malvinas”.

Contemplando da aposentadoria, no Rio, os seus mais de 70 anos de vida ligados à Força Naval, o ex-ministro da Marinha (do governo João Figueiredo) – e Decano dos Submarinistas brasileiros – Alfredo Karam, hoje com 94 de idade (completados a 28 de março passado), lembra de ao menos uma época em que o assunto Diretoria de Submarinos foi ventilado na cúpula da Marinha: “foi na época da Guerra das Malvinas [1982], mas o EMA [Estado-Maior da Armada] rejeitou a ideia”.

A ativação de uma diretoria é, na Marinha, ato essencialmente técnico-administrativo, que deve ser estudado e proposto pelo EMA – historicamente a “cabeça pensante” da Instituição.

Em tese, tal inovação se justifica pela necessidade de se reunir, em uma mesma repartição, todos os elementos, ou variáveis, indispensáveis ao funcionamento de um segmento de alta especificidade – singular mesmo – da Força Naval: os procedimentos operacionais e de gestão, as tecnologias e pesquisas a elas relacionadas, além do conjunto imprescindível das normas de segurança e dos requisitos exigíveis do pessoal.

Todas essas motivações estão dadas, hoje, na prática, no momento em que a Marinha busca otimizar o funcionamento das suas amplas instalações de Itaguaí (RJ) – um misto de estaleiro, centro de reparos e base naval (para submarinos e outros navios) que constitui o mais importante complexo naval militar jamais construído na América Latina.

Submarino Tikuna na BACS
Submarino Tikuna – S34 na BASC em Mocanguê, Niterói-RJ

DAerM – Para o almirante Karam, “só a entrada em funcionamento de Itaguaí já justifica, pelo seu potencial de fabricar e reparar navios, a criação de uma Diretoria de Submarinos”.

E a verdade é que a eventual implantação da nova repartição encontraria respaldo em um salto que vai muito além daquele dado pelos chefes navais brasileiros (na gestão do almirante de esquadra Moura Neto) na ampliação de uma infraestrutura física.

A entrada em serviço, na Marinha do Brasil, dos navios de propulsão diesel-elétrica da classe francesa Scorpène representará a operação de uma série de embarcações de baixíssimo nível de ruído debaixo d’água, guarnecidos com sistemas de navegação, monitoramento (do exterior) e armamento comparáveis aos melhores equipamentos embarcados em submarinos não-nucleares das marinhas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Uma Diretoria de Submarinos serviria, ainda, para concentrar e harmonizar a miríade de providências que resta à MB adotar, em face do programa de construção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear – uma perspectiva que, dia a dia, de forma silenciosa mas inexorável, cresce no cenário militar do país.

A criação da nova diretoria requer, entretanto, capacidade de decisão.

Foi assim, por exemplo, no fim de 1922, quando as Marinhas mais avançadas do mundo já haviam deixado de ser um simples aglomerado de embarcações balouçantes sobre as ondas.

Nessa época, os chefes navais brasileiros concluíram que a Esquadra em particular – e a defesa litorânea em geral – careciam, em mar aberto e na linha da costa, de uma capacidade de vigilância e reconhecimento pelo ar, que lhes permitisse ampliar seus horizontes e reagir (nos céus inclusive) a uma ameaça procedente do oceano vasto e, por vezes, tempestuoso, inescrutável.

Foi, então, ativado, o Comando da Defesa Aérea do Litoral, que, em dezembro de 1923, passou a se chamar Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM). Em mais de 95 anos de existência, essa Diretoria nunca parou de evoluir, de se reorganizar e se adaptar – especialmente por causa dos embates políticos das décadas de 1940, 1950 e 1960 que a Marinha precisou manter com a Força Aérea Brasileira.

A comparação que os submarinistas fazem com a organização e o funcionamento da Diretoria de Aeronáutica é inevitável.

A Força de Submarinos compreende o Comando, a Base Almirante Castro e Silva (BACS), o Centro de Instrução e Adestramento Almirante Átilla Monteiro Aché (CIAMA), o Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), quatro submarinos da Classe Tupi, um submarino da Classe Tikuna e um navio de Socorro Submarino (Felinto Perry) – flotilha que será reforçada em breve pelos navios da Classe Riachuelo.

Mas, órfã de uma Diretoria de Submarinos, a ForSub tem alguns dos seus assuntos centrais, como o preparo para o combate, aos cuidados de outras OMs da Força – nesse caso, aos cuidados Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM), subordinada à Diretoria-Geral do Material da Marinha.

Os aviadores navais tiveram melhor sorte.

A concentração das suas atividades em uma Diretoria permitiu, por exemplo, que eles consolidassem o Grupo Executivo do SIPAAerM (DAerM50), cuja missão, o Ministério da Defesa (por meio da Portaria Normativa nº 3005/MD, de 14 de novembro de 2012), define como “Planejar, gerenciar e executar as atividades relacionadas à investigação e prevenção de ocorrências aeronáuticas no âmbito da MB (…) em consonância com as normas do SIPAER”.

Submarino Riachuelo no Complexo Naval de Itaguaí-RJ
Submarino Riachuelo no dia do lançamento no Complexo Naval de Itaguaí-RJ

Almirantes submarinistas – Nos dias de hoje será a ideia de uma Diretoria de Submarinos supérflua, ou irrealista? Ou mesmo, incapaz de sensibilizar os chefes que estão assumindo a direção da Força?

Na visão deste articulista, a resposta é, claramente, não.

O novo diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha é o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen que, exatos seis anos atrás, assumiu o Comando da Força de Submarinos.

O oficial que tomará posse, mês que vem, na chefia do Estado Maior da Armada, almirante de esquadra Celso Luiz Nazareth, também chefiou, entre abril de 2010 e abril de 2011, a Arma Submarina.

E o Comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior, que não é submarinista, passou uma fase de sua carreira no posto de capitão-tenente, como comandante do aviso de apoio costeiro Almirante Hess (U-30), de 91 toneladas (carregado), que “pescava” os torpedos de treinamento disparados pelos navios da ForSub.

Em 2 de dezembro de 1985, tendo completado dois anos de serviço, o Hess acumulava a marca de quase 100 torpedos recolhidos em diferentes exercícios da Força de Submarinos.

Três anos mais tarde, veterano de 174,5 dias de mar – e 22.995,8 milhas navegadas –, o U-30 já havia recuperado 223 torpedos. Uma lembrança que deve permanecer vívida na memória do atual Comandante da Marinha.

¹Usque Ad Sub Acquam Nauta Sum”! – “Marinheiros até debaixo d’água”! – é o lema do Comando da Força de Submarinos da Marinha do Brasil.

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pangloss

Mais estrutura burocrática? Para não haver nenhum submarino operacional?
Meu ponto de vista é o oposto: para haver diretoria de arma submarina, é necessário haver tal arma.
No atual momento, isso não existe.

Torama

Verdade! E não tenha dúvida que, se criarem essa diretoria, irão abrir concursos para a contratação de mais burocratas para dotar a tal diretoria…

edson marques da

Com certeza, e mais um “emprego” para almirantes.

Rodrigo

Bem isso é bem coisa de funcionario público.
Fora que além da diretoria vai ter outras pessoas que para serem dirigidas.ou seja mais gasto em pessoal e choradeira de falta de investimento.

Eliakim

Na verdade, pelo que entendo, a burocracia é algo inerente às forças armadas.

Analisando a história mundial, as primeiras instituições que se burocratizaram (não no sentido pejorativo, mas no sentido de organizarem-se de forma racional e hierárquica) foram os exércitos nacionais.

Neste caso específico, concordo com a opinião do articulista, dadas as características específicas da atuação dos submarinos e submarinistas.

José Fernando

Mais cargos para uma marinha quase sem meios físicos se justifica? Um diretor para 4 submarinos? Bobagem

Enes

Não vejo necessidade para isso.

William Duarte

Vamos construir uma base por uns US10,00 bilhões, ultra mega moderna, nela vamos colocar uns 200 oficiais, uns 2000 militares etc… tudo padrão OTAN, e no oceano 1 submarino operativo e o resto no estaleiro. Este é o Brasil que infelizmente existe, está construindo a tranco e barrancos 4 Sub convencionais, tem 5 no estaleiro precisando de reformas (há ‘boatos’ em vender 2 deles) e já vem um falando em criar estruturas burocráticas de comando de uma frota que nem existe. O Brasil não tem inimigos por que não precisa de ninguém para sabotar, ele mesmo se sabota. Tá dificil,… Read more »

Cavalli

A bem da verdade, não gostei quando o PR Bolsonaro nomeou alguns militares para os Comandos de suas forças; todos oriundos dos governos anteriores e portanto um quanto”infectados e alinhados” em ideologias anteriores e não patrióticas. Vale lembrar que o Sr. Maduro, PR da Venezuela, só se sustenta no cargo devido aos mais de 1.000 Generais promovidos nas gestões de Chaves e na sua própria. Será o Brasil um reflexo da Venezuela? “Generais” de mais para poucas praças? Ganhasse mais construindo prédios (nova base de submarinos, prédios novos para o projeto nuclear; entre outros), manutenções de navios velhos e ociosos;… Read more »

Cavalli

E eu nem tinha lido este DESAGRAVO DO CLUBE MILITAR, segue:

http://clubemilitar.com.br/desagravo-e-alerta-cel-sergio-paulo-muniz-costa/

Atirador 33

Poderia ser criada, desde que houvesse um remanejamento de profissionais, nada de concurso. E olha que tem pessoal ocioso nas repartições públicas em geral.

edson marques da

Eu particularmente, desde os tempos de serviço ativo sempre achei a marinha com almirantes demais e navios de menos. O exemplo vem do próprio Alte Ilques que chegou ao ultimo posto com apenas 1/3 do tempo de serviço no mar !

Leonardo M.

Se a marinha reduzir em 50% seu efetivo ainda será maior que muitos exércitos na América do sul.
Se não me engano a marinha tem mais pessoal que o exército argentino

Scud

Mais um posto de Of. General sendo criado. Enquanto isso 12% pra Soldado e 73% p/✡️.E assim aumentamos a desvalorização da mão de obra.

Carlos Alberto Soares

O quê a estrela de David tem com isso ?

As estrelas de oficiais generais são diferentes.

mazzeo

Eu sempre fui a favor da diminuição da maquina, mas com especialização das estruturas de comando. O problema ai é que a Briosa aumenta a burocracia e aumenta o efetivo e não especializa o efetivo e as estruturas de comando. É difícil ser simpático ao ponto de vista do articulista mesmo acreditando nos pontos de vista por trás do artigo, pois sabemos que o ganho de eficiência será obscurecido pelo aumento da maquina, de gastos, de burocracia. Enquanto isso, quem puxa hora na bravo tem um aumento de salário irrisório pq tem “muito efetivo” e o mundo das estrelas tem… Read more »

J L

Creio eu, que até poderia existir a diretoria de submarinos, mas devendo à força naval em um todo ser reduzida, a pelo menos metade do efetivo que hoje tem. Até porque estamos numa fase de redução de meios, até que entrem em operação as corvetas que futuramente faram parte da esquadra.

Vicente Roberto De luca

Permita-me: quais os dados que o Sr. utilizou para essa ideia. Não vale comparação com o país “X”; cada um tem a sua organização calcada no emprego planejado em face dos recursos disponíveis (não é $ ; são os recursos organizacionais em face dos cenários, ameaças e tarefas).
De Luca, Vicente Roberto.

Jagderband#44

Obaaaa!
Mais DAS´s gordo para o bolso de alguns!
Mais coquetéis recheados a lagosta e 12 anos!!
brazil zil zil

Carlos Alberto Soares

12 anos ?

É de 17 para cima.

Esteves

Caixinha de diretor demanda as caixinhas abaixo do diretor. Caixinhas são preenchidas por gente. Gente dá despesa.

Não vejo a MB criar meta.

https://www.marinha.mil.br/estrutura-organizacional

Walfrido Strobel

Também penso como a maioria acima…
Isso só serviria para criar mais uma estrutura chefiada por um Almirante e todo se pessoal.

india-mike

Com todo o respeito ao Almirante Karam e ao articulista, temos que fechar OMs e não criar novas.

Menos OMs, menos marinheiros, menos oficiais, (muito) menos almirantes, menos navios até, mas que sejam capazes de navegar e efetivamente naveguem todos eles.

João Adaime

Baseado no que o pessoal comenta aqui, de que a MB dispõe de excesso de militares, não vejo problema na criação desta nova diretoria. É só remanejar o pessoal necessário, sem necessidade de novas contratações. E cada um que for transferido, leva junto a escrivaninha que hoje utiliza.

Esteves

Olha,

Não é bem assim. O pessoal aqui comenta a vida como ela é. O custeio das Armas está publicado nos portais. Não precisa repetir toda hora.
Escrivaninha…isso é bastante antigo. Faltou dizer que carregam a máquina de escrever e a caneta tinteiro.

João Adaime

Caro Esteves
Usei a figura da escrivaninha só para destacar que a criação de uma nova diretoria não exigirá infraestrutura nenhuma. O pessoal fica falando em abrir concurso e outros gastos.
Abraço

Esteves

Ok. Vamos ser sinceros. Quem resiste à tentação de criar?

O pessoal quer uma diretoria para CIPAS de submarinos. Estatísticas de submarinos. Contagem de submarinos.

Claro que um orçamento de quase 50 bilhões é orçamento de diretoria…mas não estamos em tempos de inventar a roda.

Hélio

De que serve ter menos almirantes, menos OMs, menos marinheiros, menos navios se esses, em número, não terão nem capacidade de defender o Rio de Janeiro? Marinha para mostrar bandeira? Para dizer que tem? A marinha não precisa de mais, precisa de melhor, esse ideia brilhante de reduzir o efeito nasceu de canais leigos que não tem a menor intimidade com o assunto defesa. E o que usam como argumento? A própria pedalada do governo que usa o orçamento da defesa para pagar as aposentadorias, que deveriam ser pagas com o dinheiro da previdência. Ao invés de acabar com a… Read more »

india-mike

Caro Hélio, a MB hoje, com os meios que possuiu, tem capacidade de defender o Rio de Janeiro? Alias, que pergunta exdrúxula é essa que vc formulou? Depois reclamam dos civis que chamam de Marinha do RJ. Quanto à capacidade de se defender, qual seria a ameaça? Qual contexto? Qual intensidade? Cenário? Sem responder essas perguntas fica difícil dimensionar e discriminar os meios necessários. Quanto a mais ou menos meios: Se a MB der baixa amanhã no Mattoso Maia, na Niterói e duas de suas irmãs encostadas, na Jaceguai e em metade do GNHo, a MB vai estar melhor ou… Read more »

Esteves

Esse detalhe eu não sabia.

Descontar para a Previdência do militar e aposentar o terceiro/temporário pela Previdência Social…
É a mesma situação dos inadimplentes. A empresa desconta e se apropria. Quando o empregado descobre vai reclamar. Leva os holerites, a carteira de trabalho, as declarações de renda. A Previdência acerta o cadastro do empregado. Sem receber. Lá na frente, aposenta o cidadão. Sem ter recebido. E a Previdência vai atrás da empresa que apropriou/tutelou o desconto.

Reformar ou reduzir efetivo desse jeito não melhora nada. Vide capitalização da Engeprom que saiu do Tesouro. Papai Brasil é um só.

Esteves

Deveria ser também a missão do PN. Investigar. Criticar. Incomodar. São jornalistas. Expressar opinião sobre o óbvio e iluminar o que existe…francamente. Essa tarefa dos blogueiros não exercita a mente.

Enes

Quanto ao desconto dos temporários, eles quando são desligados do serviço ativo, recebem um salário bruto por cada ano de ativa. Quanto aos hospitais, os militares pagam mensalmente para poder usar, na Marinha esse desconto chama-se FUSMA, (fundo de saúde da Marinha), portanto não é privilégio é direito.

Agnelo

Perfeito Hélio
Se compara com países q não tem o tamanho de um estado nosso, e sem saber quais as atribuições q cada Força tem em cada lugar.
Equipamento é questão de compra/produção.
Efetivo não!!!
A compra de um MEM envolve a formação e preparo de todos os níveis q irão operar e comandar e manter aquele meio.
Efetivo não fica pronto em 1 ou 2 anos.

Gabriel

Realmente é triste. Ao ler alguns comentários chego a conclusão que o brasileiro “médio” não consegue fazer uma simples análise de uma reportagem e, posteriormente, um comentário a respeito, focado no assunto. A pergunta é: existe a necessidade (técnica/operacional) de uma Diretoria de Submarinos na Marinha do Brasil? Na minha opinião: sim, se justificaria a criação de uma Diretoria se os objetivos forem, entre outros, “concentrar, aumentar a eficiência e diminuir os gastos”, quando comparada com a estrutura atual. Algumas observações: – alguns objetivos de reestruturações e mudanças de gerenciamento de recursos humanos buscam justamente “diminuir a burocracia”, “diminuir os… Read more »

Rodrigo

Ok Mas um manejo aqui já deve dar uma promoção e aumento de custo.
Aí cria essa diretoria e mais uns 100 são promovidos…mais custo.
Tem gente de sobra…em toda a esfera pública.

Gabriel

Rodrigo, sempre existe a possibilidade de reestruturação para tornar a administração pública mais eficiente, é fato.

Em relação as promoções, existe legislação em vigor, onde o tema é definido, “não existe” a situação de “promover para compor a nova Diretoria”.

Como explique acima, os militares seriam remanejados dentro da própria corporação.

Algumas ideias “do imaginário coletivo” (talvez até por desconhecimento) nem são possíveis de serem feitas, em função da legislação em vigor.

J L

Entre na discussão…

Juarez

94 almirantes na ativa não parece ser nada “imaginário”……

Daglian

“Administração pública” e “eficiência” só podem estar na mesma frase se estiverem ligadas por um advérbio de negação.

Claudio Melo

Você não pode está falando sério. Nossas FA’s integram a Administração Pública. Oficiais comandantes são também gestores públicos. Alguns são eficientes, outros não. Isso acontece em todsas as FA’s do mundo. Nosso setor privado também não se destaca por ser muito eficiente. Ineficiência não é privilégio do setor público, nem no Brasil nem em outros países.

Esteves

Como brasileiro médio, respondo.

Criar = fazer algo à partir do nada. O nada não dá despesa. Quem conhece despesa pública e organograma público conhece a tentação do Criar.
Caixinha de diretor = caixinhas abaixo. Caixinhas abaixo somadas = despesa grande.

Se é possível remanejar e rearrumar sem ferir significa: a caixinha anterior e as pessoas das caixinhas anteriores à criação da caixinha nova estiveram a ver navios? Vão ocupar as caixinhas novas…como em um BigBang? Virão do nada?

Isso porque ainda não juntou. Quando estiverem tudo e todos em Itaguai…ninguém segura.

india-mike

Realmente é triste. Ao ler alguns comentários, chego a conclusão que o militar “médio” se acha um brasileiro “acima da média”.

Caro Gabriel, posso te garantir que os militares “médios” que conheço, aqueles que pouco se interessam pela própria profissão, sabem muito menos de assuntos técnicos discutidos aqui nesse fórum do que a “media” dos “entusiastas” daqui.

Esteves

Na verdade…os assuntos técnicos e as propostas técnicas postadas aqui…são bastante acima da média. Eu e as monografias que me mandam ler confirmam.

Juarez

Quando tu sair do torpor alucinogeno. Avisa. Tu achas que a marinha engordou 25 000 efetivos nos últimos anos com abduções alienígenas???
Não, né, foi criando estruturas e cargos para oficiais tudo isto pago com o nosso dinheiro.
O que a Forsub precisa e a MB mais ainda são duas coisas:
Foco e vergonha. E ainda; parar de fazer cagad…. e gastar o nosso dinheiro com sonhos, delírios e megalomanías que deram exatamente em nada.

Paulo Costa

acho valida a ideia de uma diretoria exclusiva mas ao mesmo tempo é necessário que a Marinha do Brasil faça uma readequação geral de todos os departamentos e OM e nao pode esquecer diminuir os Oficiais generais e aumentar o numero de navios de GUERRA e nao de pesquisas

Vovozao

29/04/19 – segunda-feira, btarde, como simples entusiasta não vejo necessidade da criação de uma nova diretoria ( responsável por subs, capacitação de submarinistas, navio de socorro); teríamos de criar uma super estrutura com almtes, secretários todo um staff, e temos tudo isto, pois os subs, os cursos, a capacitação, e o navio funcionam bem. Da mesma maneira que sou contra a construção da base de Itaguaí, o dinheiro gasto na construção desta obra faraônica serviria para atualizarmos nossas fragatas/corvetas/navios patrulhas/ cacas-minas, etc, pelo que consta está base/estaleiro está custando mais de 8 bilhões, dentro de pouco tempo teremos uma base… Read more »

J L

Realmente quando Itaguaí estiver em pleno funcionamento, vai superar em muito o arsenal de marinha. Ela será uma mega base naval onde ser constrói, repara e aquartela os meios navais da força de submarinos e até parte da força de caça minas e navios varredores. Precisará de um efetivo grande para manter tudo funcionando.

José Fernando

Cargos demais, embarcações de menos e quase nenhuma atividade

Delfim

Se vai haver um incremento do poder submarino na MB, nada mais necessário.
Só remover pessoal que esteja sobrando em outros lugares – com certeza há – e remanejar.

Roberto luiz

Quem marinha temos? Um monte de ferro velho e oficiais demais coçando o saco

John Paul Jones

Quem seria vc Roberto ??, um desses bolas 07 de saco em carne viva depositado em alguma OM de terra no fim do mundo de castigo ??.

John Paul Jones

Prezado Gabriel, concordo com vc, a maioria dos comentaristas acima gostam de ficar falando de navios, marcas de torpedos e outros comparativos, mas quando um artigo como esse que levanta um tema a muito discutido internamente na MB ele é recebido de forma tão superficial e jocosa. Prezado Roberto Lopes, parabéns pelo tema, uma Diretoria de Submarinos não irá aumentar a estrutura burocrática da MB, mas sim reduzir a carga de trabalho atualmente existente no Comando da Força de submarinos e principalmente dar independência a as análise técnicas e doutrinarias deste Comando. A DAERM tem esta independência !!!. Como podemos… Read more »

Esteves

É natural.

Blog com o nome Poder Naval deve conter publicação sobre navios. Mísseis. Torpedos. E o que atrai os não marinheiros e curiosos é exatamente isso. Conhecer a diversidade de pensamentos. Saber se poderia ser diferente. Pensar em uma marinha que não existe. Mas que poderia ser construída.

O que não é natural é imaginar que uma diretoria para o PROSUB deveria ser criada por conta de estatísticas, estudos, análises e CIPAs.

Haja mangote para essa nova diretoria.

Suffren

“O que não é natural é imaginar que uma diretoria para o PROSUB deveria ser criada por conta de estatísticas, estudos, análises e CIPAs.Haja mangote para essa nova diretoria.” – Quanta falácia em tão poucas palavras. Um grande desrespeito por aqueles que arriscam suas vidas a bordo de submarinos.
Bem comum do nosso país: desprezar as estatísticas e estudos técnicos baseando-se em achismos e manchetes de jornais.
O comentário do John Paul Jones é irretocável.

Esteves

Não há desprezo. Estatísticas, estudos, CIPAs, são importantes. Saber porque entrou água também é importante.

Criar uma diretoria para cuidar disso é que é estranho.

Juarez

JPJ, cuidado com os exemplos do DAERM, principalmente as últimas compras e modernizacoes, pois em breve terão Tracker mais caros da face da terra enfeitando Hangar e meia dúzias de A 4 sem CLS voando até acabar a diagonal de manutenção.

Juarez

JPJ, quando NDD Ceará foi dado como prontificado para missão após longo PMG e teve pane redundante de geração elétrica que poderia ter sido.uma catástrofe, a Diretoria de Material da MB ja e existia não e mesmo? Então se “diretoria” na MB resolvesse alguma coisa, provavelmente erros como este, como os incêndios no Nae SP e na FCG não teriam acontecido. Problemas como este por ti narrado em.um.sub classe Tupi acontecem por duas razões básicas: Falta de manutencao preventiva pontual e adequada, e falta de foco nesta tarefa, e nenhuma das duas causas se resolve criando diretoria, se resolve com… Read more »

Flanker

Sem falar do A-12, que parou em 2005 e, desde então, passou por várias manutenções, que consumiram um monte de milhões….manuteniram tubulações de vapor, catapultas, etc, etc…e daí, depois do dinheiro gasto, resolveram fazer um estudo de verdade, para ver se valia a pena modernizar o navio. Então, após gastar um monte de tempo, mão- de-obra e dinheiro, perceberam que não dava pra modernizar porque era antieconômico! E o dinheiro gasto naquilo que não chegou a ser utilizado? Olha, nós entusiastas queremos tudo de melhor para as nossas FFAA…mas, as vezes, percebe-se qie elas (e seus integrantes), não se ajudam….e… Read more »

Vicente Roberto De luca

Meus cumprimentos pelas colocações. Quem tem conhecimento técnico, como o Sr, tem a obrigação de esclarecer nossos blogueiros entusiastas. Parabéns!
De Luca, Vicente Roberto.

José wiaratan pontes lopes

Nao entendo nossa marinha , vender nossos submarinos nesse contexto atual, é um verdadeiro contra senso .

Juarez

Eu vou tentar te ajudar a entender. Voltemos ao ensino básico, as quatro operações, ficando na adição.
A MB tem cinco pequenos SUBs diesel no inventário e nos últimos dez anos não conseguiu efetuar adequadamente as manutenções preventivas que garantiriam a disponibilidade minima destes meios.
Agora vamos voltar ao ensino básico:
Se com cinco SUBs com custos mais baixos ela não conseguiu manter e operar, se acrescentarmos a esta conta e com custos de operação maiores dos Scorpene, totalizando 9 SUBs fica claro que,o que já está ruim, vai ficar pior.
Conseguiu entender????
E como 2+2= 4, simples como tal

art

Não seria mais fácil renomear a diretoria de desenvolvimento nuclear para diretoria de submarinos? do que criar mais uma diretoria????

Elton

Sabe o que seria interessante ,seria criar uma diretoria para remanejamento e dispensa de pessoal além de venda de prédios e terrenos da marinha que não estejam ligados à operação direta da frota.

JACUBÃO

Meu pai eterno.
Mais esses meninos gostam de uma Diretoria!!!
É Almirante para tudo que é lado.
Senhores pela caridade……..
A décadas que deixamos de ser uma Marinha no estado da arte!
“A Marinha é o paraíso dos Hipócritas”
Reflitam sobre está frase……………

ANTONIO GOMES DE ABREU NETO

Já temos Almirantes suficiente na Marinha do Brasil e uma força de Submarino com um Almirante e seu Estado-Maior. Mais que suficiente para suprir essa demanda. Temos que reduzir nr de OMs e cortar gastos, somente assim será possível investir no pessoal, em especial praças que tanto carecem de atenção da Briosa e por fim manter o material em condições de pronto emprego.

Luiz Floriano Alves

Na era da informática e com a redução da mão de obra “manual” no campo administrativo, esta ideia de criar uma estrutura para meia duzia de barcos raia o absurdo e é o cumulo da regressão técno-administrativa. Gerenciar é uma função padrão e de rotinas bem estabelecidas. É trabalho para computador. Vamos dar emprego para marujos combatentes. Isso que a técnica atual de projeto de navios de guerra privilegia a redução de pessoal pelo aumento da automação.

Claudio Melo

Lendo os comentários abaixo ficou claro para mim que estão todos escaldados com a idéia da criação de novas estruturas admnistrativas no Serviço Público, mesmo nas FA’s, mesmo quando elas são necessárias, e, na minha opinião, essa Diretoria de Submarinos não só é necessária como está atrasada. Estou à vontade porque já externei essa opinião em conversa em um evento com um Mar-e-Guerra. Estamos investindo muito dinheiro em novos submarinos, inclusive com propulsão nuclear para fazermos as coisas pela metade. Precisaremos desenvolver novas táticas definir emprego estratégico, doutrina novas, etc. Não temos nenhuma garantia que essa futura e necessária Diretoria… Read more »

Mazzeo

Como um Off Topic mais totalmente ligado com a matéria … Efetivo é parte do material, uma parte cara, que se paga desde o tempo gasto em sua formação até quando seu esposo / esposa falecer. Vejam bem, não há erro nisso, é apenas a analise do ciclo de vida de uma parte importante da capacidade combativa de um meio. O problema ai é o gasto excessivo tanto com excesso de pessoal como com o Serviço Militar Obrigatório, uma excrecência que deveria ter acabado a muito tempo. As Forças Armadas não deveriam mais ser instrumento de inclusão social, o ESTADO… Read more »

Leonardo

15 submarino propulsão diesel elétricoé 6 submarino nuclear ,ainda é pouco país continental .

farragut

como é possível que, em projeto estratégico de décadas, as necessidades de novas estruturas de grande escopo (cogesn, et-prosub, amazul…) só surjam na implementação?

Roberto Luiz

Mais um prédio para uma Marinha sem meios. É a Marinha do papel.

Mais um cabide para Almirante, que em nada ajuda, só serve para apontar erros que todos já sabem.

Aldo Ghisolfi

Falta muita coisa, inclusive a facilitação dos meios de acesso!
Burrocratizada, aplicativo absurdamente ineficiente, que tenta adivinhar o que o cidadão deseja (como sempre sem êxito algum! Vide pangloss, torama, edson marques da silva, Rodrigo, Eliakim…)
Desejava pedir um vídeo do Cisne Branco navegando com todas as velas enfunadas e os nomes destes panos. Fiquei redundante até desistir e concluir pela absoluta falta de eficiência da comunicação da MB. Perfeitamente dispensável, fico pensando no custo e nas vaidades adorando o aplicativo e polindo seus dourados.

josé henrique

o que falta mesmo é uma marinha do Brasil na diretoria de Submarinos…