Sete caças Rafale do porta-aviões Charles de Gaulle fazem pouso de emergência na Indonésia

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Rafales da Marinha Francesa na Indonésia
Rafales da Marinha Francesa na Indonésia

BANDA ACEH, Indonésia (AP) – Más condições climáticas forçaram sete caças Rafale da Marinha francesa a participarem de um exercício de treinamento para fazer pousos de emergência no norte da Indonésia, disse uma autoridade da Força Aérea da Indonésia neste domingo (19/05).

As tripulações dos sete aviões de combate Dassault Rafale aterrissaram em segurança na base aérea Sultan Iskandar Muda, na província de Aceh, no sábado, 90 minutos depois de decolar de seu porta-aviões Charles de Gaulle, no Oceano Índico, informou o comandante da base aérea de Aceh, coronel Hendro Arief.

“Tivemos que abrir nossa base para eles pousarem, já que estavam em situação de emergência devido ao mau tempo”, disse Arief.

Ele disse que o radar da Força Aérea confirmou que os aviões estavam inicialmente voando para fora do território indonésio quando a neblina e o mau tempo os forçaram a pousar imediatamente enquanto tentavam retornar ao porta-aviões, localizado a 100 milhas náuticas a oeste da zona econômica exclusiva de Sumatra.

Arief disse que o pessoal da Força Aérea da Indonésia havia completado uma inspeção dos aviões.

Cinco dos sete jatos retornaram ao porta-aviões no domingo, enquanto os outros dois ainda apresentavam problemas técnicos, disse Arief. Diplomatas franceses na Indonésia foram informados do incidente.

Porta-Aviões Charles de Gaulle (clique na imagem para ampliar)

FONTE: Yahoo/Associated Press

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DOUGLAS TARGINO

Imagina ai se todos estivessem longe de alguma costa? Era 7 aviões perdidos no oceano.

Ricardo Bigliazzi

Acontece… agora a previsão do tempo furou completamente

Daniel

O mau tempo estava justamente onde estava o porta avião. Não adiantava cruzeiro super sônico ou voar acima da tempestade, se eles tinham que pousar justamente no porta avião que estava enfrentando uma tempestade.
Eu acho… 🙂

Victor Filipe

rapaz… que virada de mau tempo em… pra fazer 7 aeronaves voltarem tão rápido, deve ter sido um “toro” daqueles

JT8D

Nada como um cruzeiro supersônico para fugir de uma tempestade

JPC3

O estranho é porque não voar acima do mau tempo.

Flanker

E se voassem acima, teriam autonomia para se manter lá até o tempo melhorar? Quanto tempo duraria o mau tempo? Não esqueça que, conforme o texto, eles já haviam decolado do Charles de Gaulle havia uma hora e meia…

Joao Moita Jr

Ainda bem que se salvaram todos. Ao contrário, teria sido outro Flight 19.

Celso

E o pessoal meteoro perdeu emprego.

Fila

Dúvida: quando algo assim acontece, os jatos se reabastecem na base aérea anfitriã e depois o governo dono dos jatos acerta as contas com os anfitriões?

Claudio Luiz

Sim.

FighterBR

Já ví um A-1 escapar de um temporal com ventos fortes. O A-1 passou em direção contrária as nuvens escuras e depois de uns 5 minutos veio a chuva com ventania arrebentando tudo

filipe

Ainda bem que fomos de Gripen, o Rafale é fogo de palha, é um caça fraquinho, até o ventinho leva ele.

pangloss

Comentário técnico ao nível do Yahoo, G1, Uol etc.

JPC3

Eles se esforçam…..

Merlin

Eu já ia dizer Fuxico e Contigo. 🙂

Salim

Dos sete caças, 5 retornaram ao PA e 2 estão parados por problemas técnicos, ai sim acredito que Gripen melhor solução.

JPC3

Nada a ver.

Em aviação segurança vem em primeiro lugar, não estão em guerra para arriscar perder um caça de 100 milhões.

Salim

Projeto maduro, vários anos em operação, 2 em 7 parados teoricamente com manutenção em dia em operação em PA no exterior, acredito ser uma taxa alta, podem ser vários fatores que independem da qualidade do avião, porem e alta.

Paulo Costa

imagina se fosse o F-35 ia ter um monte de comentários ruins tambem por parte dos anti-americanos

Tomcat4.0

Rapaz, não fomos de Rafale por $$$, na época era de longe o melhor na briga, já estava na ativa ,maduro e com versão naval, uma máquina fantástica, era o favorito de muitos aqui(onde me incluo). O Gripen E (tirando o fato de não ser bi turbina e tal) deixa o Rafale pra trás por já nascer agregande de tudo que se tem de novo na aviação de combate ,assim como o tem o Rafale ,mas creio ter mais itens modernosos no Gripen que ainda por cima está nos levando(conhecimento e prática de engenheiros e técnicos) a outro nível tecnológico… Read more »

Pablo

So te esqueceu que a frança sofre pra vender ele, pouquíssimos operadores pelo mundo por ser um projeto maduro (como tu disseste), e pelo que sei, quase todo seu armamento e frances tambem, ate nisso ficariamos dependentes deles.

Mario SEAE

Tu tá de sacanagem

JT8D

Interessante que “rafale” em francês significa “rajada de vento”

Fligth_Falcon

kkkkkkkkkk

Viu o que são capazes de fazer né kkkkkkkkkkk

Trouxe até a chuva…

Marcelo Andrade

Região das famosas Monções e está na época, o tempo muda rápido, para que se arriscar se não estão em missão real de combate. Parabéns ao líder da esquadrilha, salvou seus camaradas e o equipamento. A diplomacia que se vire!

alexandre

tem comunicação vai rádio, pedindo autorização para entrar em espaço e aereo e aterrar na base, tanto que foram bem tratados, sinal de SOS…

EDSON RICARDO GOMES DA SILVA

Situação de emergência ponto. Nenhum pais se nega. Ja acolhemos um bombardeio britanico Vulcan em direção as Ilhas Malvinas. Por problemas técnicos a aeronave teve que se dirigir ao Rio de Janeiro. A recomendação aos pilotos era de silêncio no rádio e radar, mas ficaram surpresos que naqiela época (1982) a Força Aerea Brasileira ja havia interceptado sua aeronave. Os pilotos britanicos chegaram a pensar que seriam abatidos no momento da abordagem dos caças F-5 da FAB. Os pilotos foram hospedados em hotel de luxo do Rio de Janeiro e frequentaram a praia, e após a manutenção a aeronave foram… Read more »

Rafael_PP

O bombardeiro Avro Vulcan retornava das Malvinas, após cumprir sua missão, não conseguiu executar o reabastecimento – aeronaves obsoletas, quase retiradas de serviço e postas em ação na extrema urgência, alijou quase toda sua carga de alto valor estratégico e rumou para um pouso de emergência em um país aliado.

O governo brasileiro aproveitou a rara oportunidade para prestigiar os sistemas e a metodologia dos CINDACTAs, o que a mídia da época o fez corroborou.

Ps: tem bandeira do Brasil gravada na respectiva aeronave em sinal de respeito e apreço pela prazerosa estadia.

nonato

Não entendi.
Eles estavam fazendo treinamento de mau tempo?
Onde estava o porta aviões?
Por que não foi possível retornar?
Não dava para enxergar o porta aviões? Ou não dava para voarem mesmo?
Existe alguma condição climática que impeça um avião de voar?
Sempre que viajamos em vôos comerciais, não se houve falar em avião retornando porque havia uma tempestade.
Passa a impressão que a 12 km de altitude não há tempestade.

Ricardo Bigliazzi

Apenas falta combustivel…

Flanker

O texto está meio confuso. Eles estavam em voo de treinamento e foram surpreendidos por uma rápida mudança de tempo. O PA estava, segundo o texto, mais de 100 milhas náuticas (mais de 185 km) fora da ZEE. Não foi possível retornar ao PA justamente pelo mau tempo. Claro que existem condições climáticas qie impedem um avião de voar….e outras tornam o voo muito arriscado. Aviões comerciais normalmente não retornam, mas desviam das tempestades. E qual o tamanho dessa tempestade? Se estendia por quantos quilômetros? Se estendia até qual altitude? Se procuraram pouso em terra firme é porque era o… Read more »

nonato

Obrigado pelas informações.
Se alguém puder detalhar a respeito.
Tipo a maioria das chuvas, as nuvens ficam a que altura? Tipo entre 200 m e 5.000 m?
Como interferem em vôos?
Como cada tipo de chuva, tempestade, temporal interfere nos vôos?
E furacões podem levar um avião?

Thor

A questão não é apenas continuar voando e retornar ao PA. A questão é pousar no PA…que não é possível em qualquer condições meteorológicas. E aí entra uma ferramenta básica em operações aéreas que é o gerenciamento de risco.

Humberto

Para mim, como leigo, concordo que foi feito um gerenciamento de risco. Vale a pena arriscar e entrar em tempestade para pousar o Rafale no PA em um mar mais bravo? Ou é melhor aterrizar em um ponto alternativo com segurança?
Se dois aviões ficaram em terra, PODE SER porque foram de alguma forma, atingido pela tempestade.
Obviamente em tempo de guerra, sem ponto alternativo, iriam voltar ao PA e aterrisar de qq jeito.

Enes

Humberto, ou cair, o pouso em tempestade em PA, não é tão simples assim.

JOSE CARLOS RANGEL TOLEDO JUNIOR

Não houve um caso assim com o Super Tucano realizando pousos de emergência lá no Norte, devido há um temporal ? Se estou bem lembrado, houve até um caso de ejeção mal- sucedida, com o óbito do piloto. Era uma esquadrilha inteira…Se alguém lembrar desse fato comenta aí ok? Vou ver se acho no Google.

Foi esse caso que lembrei…http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1509874-5601,00.html

Kemen

É um mito que se divulgue que alguns caças podem operar em qualquer tempo! Não é bem assim né? Não foi divulgado nenhum tufão na área ou vulcão ativo, o que poderia sim, por precaução, forçar o pouso.

GripenBR

O Rafale é um caça de primeira. De excelente escola, más o Gripen é o melhor para nós! Bom, bonito e operacional!

Bryan

Eu imagino a surpresa da Força Aérea da Indonésia, se houve ou não escolta dos avões até o pouso; e a surpresa do comandante do porta-aviões ao saber que sete de suas aeronaves não conseguiram pousar… Isso demonstra que, apesar da tecnologia, o ser humano NUNCA conseguira superar a natureza.

Dalton

A marinha francesa tem no inventário 42 Rafales M e outros dois, de números “47” e “48” deverão ser entregues em 2020/2021. Quatro foram perdidos em acidentes até hoje.
.
Só como comparação, o total de 44 Rafales M permite 3 esquadrões de 12 aeronaves, 2 embarcados, um parcialmente pronto e o restante para treinamento, testes e reposição, equivale aos 44 “Super Hornets” FA/18 E/F, embarcados em um único NAe da US Navy fora um pequeno esquadrão de 5 EA-18G “Growlers” que é uma variante do FA/18 F.

Clésio Luiz

Só um lembrete para quem pensa que mal tempo apenas significa visibilidade, chuva e ventos fortes. No caso de tempestade no mar, sua pista de pouso começa a se mover na vertical, tornando o pouso em porta aviões, de algo arriscado em morte certa.

PS: vale lembrar que o deque de um navio desses da USN está a ~ 30 metros do nível da água, mas olha onde a onda bate:

Mario SEAE

Tentar pousar numa situação dessas é apertar a mão do capeta

rommelqe

Pois é, caro Clesio, mesmo um NAE com 100.000 t de deslocamento não passa mais do que uma canoa no meio do oceano. Isso me faz ressaltar mais uma vez que não há como manter um mínimo de eficiência operacional simulando pousos e decolagens a partir de bases em terra. Além da pista estar em movimento, o vento está constantemente mudando de direção e “os pequenos jatos de água salgada” devem lavar muito bem o convés… Os pilotos de Rafale, no caso do post em questão operando no Charles De Gaulle (que possui “apenas” 65000t de deslocamento), certamente não tiveram… Read more »

Dalton

romm…
.
uma pequena correção…o “Charles de Gaulle” desloca a plena carga pouco mais de 42.000 toneladas e não 65.000.

rommelqe

Obrigado Dalton!!!!

Gilbert

que aviãozinho bom né!! é para qualquer tempo mas pelo jeito desde que faça sol

PCBueno

O que em vem à mente é o poder de fogo embarcado num único NAE! O resto é detalhe sem mta relevância…

PCBueno

*me vem à mente

Lucker

Não digo nada, mas imagino que com estas inspeções os indonésios vão querer adquirir o Rafaele para sua força aerea!