Navio-patrulha L’Adroit se torna o ARA Bouchard

Naval Group entrega o navio-patrulha offshore ARA Bouchard à Armada Argentina dois meses antes do marco contratual
O navio de patrulha offshore (OPV) L´Adroit adota a bandeira argentina e se torna o ARA Bouchard. O primeiro dos quatro OPVs encomendados pela Argentina foi projetado e desenvolvido pelo Naval Group com recursos próprios. Hoje, foi entregue à Armada Argentina dois meses antes do previsto e após apenas dez meses de obras de atualização e modernização. Os outros três OPVs serão entregues a partir de abril de 2021 no ritmo de uma unidade a cada seis meses.
Desde meados de fevereiro, as equipes do Naval Group realizam uma grande imobilização técnica para maximizar o potencial do navio para a Marinha da Argentina e adaptá-lo às suas necessidades.
As principais operações foram realizadas, especialmente para modificar o sistema de combate, a fim de torná-lo compatível com as necessidades do cliente, aprimorar as capacidades do navio, modificando o sistema de propulsão, aumentar sua autonomia, reforçando sua capacidade de produção de água doce e equipar o navio com um canhão de 30 mm.
A futura tripulação da Armada Argentina também recebeu treinamento específico de navegação da equipe do Naval Group. O Naval Group também forneceu apoio logístico e documental associado.
“Este projeto é um grande orgulho para as equipes de serviços do Naval Group, que atenderam às expectativas da Armada Argentina”, explicou Nathalie Smirnov, diretora de serviços do Naval Group. “As operações técnicas e industriais foram realizadas com antecedência, embora esse programa envolvesse uma revisão completa da plataforma, em vez de uma operação tradicional de suporte a serviços”.
”Estamos muito orgulhosos de entregar o primeiro navio à Armada Argentina antes do previsto. Esta é mais uma demonstração do compromisso do Naval Group com seus clientes e de sua capacidade de responder às suas necessidades operacionais “declarou o vice-presidente executivo sênior do Naval Group Alain Guillou.” Este é o começo de um relacionamento de longo prazo com a Armada Argentina “reforçou Olivier Michel, vice-presidente de vendas da América Latina.
A primeira entrega do navio está dentro do escopo do contrato celebrado com a Argentina, que escolheu em fevereiro para equipar sua Marinha com quatro Embarcações de Patrulha Offshore OPV 87, incluindo o L’Adroit. Esse navio foi usado pela Marinha Francesa (Marine Nationale) de 2011 a 2018, demonstrando a relevância e o valor operacional dessa nova classe de navios-patrulha offshore nos teatros de operações.

O OPV 87, um navio multiuso
Envolvido em várias missões militares, mas também em aplicação da política de pesca e segurança marítima, especialmente na operação antipirataria europeia Atalante, o L’Adroit demonstrou sua eficiência e a relevância das inovações desenvolvidas pelo Naval Group para servir marinhas, forças especiais e guardas costeiras.
Os navios de patrulha offshore argentinos se beneficiam das inovações propostas pelo Naval Group e comprovadas em combate pela Marinha Francesa.
- Forte autonomia e excelente operação no mar;
- Uma visibilidade de 360 ° do passadiço e um mastro exclusivo para uma cobertura panorâmica do radar;
- O desdobramento discreto e seguro em menos de cinco minutos de trabalhos rápidos para as Forças Especiais, graças a um engenhoso sistema de rampas na popa do patrulheiro;
- Predisposições para a operação de drones aéreos e de superfície.

Essa gama de navios também se beneficia da experiência do Grupo Naval em termos de sistemas de informação e comando, permitindo uma vigilância ampliada do espaço marítimo e a detecção automática de comportamentos suspeitos. O BOUCHARD está assim equipado com o sistema Polaris®, desenvolvido especificamente pelo Naval Group para missões estaduais no mar e comprovadas pela Marinha pela Marinha Francesa.

Características técnicas
O navio de patrulha offshore é capaz de permanecer em alto mar por mais de três semanas, atingir uma velocidade de 20 nós e acomodar um helicóptero. Implementado por uma tripulação reduzida de quarenta membros, também é capaz de acomodar cerca de vinte passageiros extras.
- Comprimento: 87 metros
- Boca: 14 metros
- Deslocamento: 1.650 toneladas
- Velocidade máxima: 20 nós
- Alojamento: 59 (tripulação e passageiros)
- Autonomia:> 7.000 milhas náuticas
- Capacidade de embarque: duas embarcações leves de 9 metros e um helicóptero de 10 toneladas
DIVULGAÇÃO: Naval Group
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Finalmente algo novo na Armada Argentina. Poderiam ser equipados com mísseis superfície superfície da classe do Exocet? Parece haver espaço para isso à frente do castelo e atrás do canhão.
Parabéns a ARA,
agora é esperar as nossas MEKO.
Eita, será que será 1.5 ou 2.0?
Essa seria uma boa opção para um navio de patrulha marítima para a MB….
Acho que poderíamos achar algo com nossos vizinhos e até mesmo no showroom do nosso parceiro alemão…
Temos e que construir mais amazonas já que compramos o projeto.
Más não conseguimos nem fabricar as costeiras.l dirá as oceánicas.
Tirando o visual desse conjunto mastro-passadiço, que parece um chapéu de bobo da corte, sempre achei que tem coisas muito bem resolvidas no projeto desse navio, desde a primeira vez que vi esse corte de perfil em 2011. A superestrutura mais recuada e compacta permite um excelente arco para o canhão instalado no convés à proa. E a solução de lançar e recolher os botes pelo espelho de popa também parece ser muito bem resolvida. É tão interessante, apesar de feio pra caramba, que dá mais ideias para esse amplo convés à vante da superestrutura: seria ainda mais interessante se… Read more »
é bem esquisito mesmo…
Só discordo de ser feia. Particularmente acho esse projeto muito bonito, esguio e moderno!
Se tem uma marinha que esta precisando mais que a nossa de meios novos é a Marinha da Argentina!
A Argentina tá melhor que nós de Escolta…
E um um patrulha e não uma escolta. Alem de estar escrito isso no texto que vicê não leu, ele não tem, torpedos, sonar, misseis anti-navios e anti-aéreos que todo escolta tem que ter.
Ele referiu-se aos combatentes de superfície argentinos, 4 fragatas “Almirante Brown” classificadas como “destructors”, 6 corvetas classe “Espora” e 3 corvetas classe “Drummond”, estas já antigas e deslocando umas 1300 toneladas totalmente carregadas, perfazendo 13 unidades contra as 9 brasileiras. . O problema é que conforme li até mesmo de fontes argentinas e mesmo comentado aqui no “PN” é que um dos “destructors” encontra-se inativo e os restantes não foram modernizados e apresentam limitações, duvido que pudessem servir à “UNIFIL” como as 4 fragatas classe “Niterói” e a corveta “Barroso” vem fazendo desde 2011. . Há problemas também com as… Read more »
Mestre Dalton,
Carlos Gardel. Eles do outro lado do rio. Nós do lado de cá sacudindo abacaxis na cabeça.
O gramado do vizinho…
Penso aqui se a Argentina não tivesse se arrebentado…se tivessem eles uma Marinha top…se a nossa Marinha teria ido navegar em águas enferrujadas com navios velhos.
Competição. Comparação. Estímulo.
Nós nos conformamos com a nacionalidade francesa de Gardel.
A competição entre as metrópoles, núcleo duro do sistema, foi emulada na periferia em desmonte contínuo. Mais uma prova de que abaixo do Rio Grande os cérebros funcionam no modo degradado: imitam, não criam nada. Ai, que preguiça! Pontifica Macunaíma…
O que você descreveu caro Esteves chama-se corrida armamentista e não há necessidade de uma aqui e sim uma maior cooperação entre os dois países cujo grau de percepção de ameaça felizmente é bem baixo.
.
E se nos conformamos com a nacionalidade francesa de Gardel os argentinos que se conformem com a nacionalidade portuguesa de Carmen Miranda 🙂
Um helicóptero bem armado baseado nessa navio ficaria bem bacana…existem soluções que instalam até 2 Exocet num SuperPuma.
João Souza, um Super Puma jamais operaria a partir desse navio.
Parabêns Armada Argentina! Uma esperada boa notícia!
Qual o armamento ?
O armamento principal está no terceiro parágrafo (o segundo após o trecho em negrito / bold).
O mesmo que a maioria dos patrulhas, um canhão principal se 30mm e 1/2 metralhadoras.50 ou canhões de 20mm. Só o necessáriovpara afunda, contrabandistas, traficantes, piratas e pescadores ilegais. O Brasil e que quer colocar armas de corveta em patrulhas, então faz corvetas mesmo, afinal era a função delas mesmo.
Gostaria de saber qual dos nossos patrulhas tem armamento de corveta. Os Amazonas tem canhões de 30 e 25mm e os demais pelo que sei tem no máximo o Bofors 40mm.
Francamente, gosto muito desse desenho. Chega a ser belo de tão simples e equilibrado.
Me agrada muito a visão em 360 do passadiço. É, talvez, a melhor ideia desse vaso, seguida do recolhimento dos semi-rigidos pela popa, como bem apontado acima.
Por mim, só colocaria um Bofors 57mm na proa e pronto…. Um NaPaOc perfeito…
Aliás, essa nova família de navios modulares franceses, que vai desde as patrulhas de 1000 ton.full até as corvetas de 2500 ton.full. é simplesmente impressionante. Valeria o interesse…
Que navio bacana, não? Parabéns aos hermanos! Suerte!
O navio é tão bom que o empurraram pra Argentina. Nesses tempos de The Rise of (Tranny) Skywalker, só me lembro dessa perguntinha do Yoda pro Sidious:
If you’re so powerful, why leaving?
O mar revolto vai transformar o patrulha em submarino, o passadiço de 360 em uma vela e o mastro cônico vai passar por chapéu de burro…
O navio é tão bom que empurraram para a Argentina. Concordo com você, fizeram o mesmo com o São Paulo, empurraram para o Brasil.
Há quarenta anos atrás , em uma aula inaugural , ouvi de um major da aeronáutica a seguinte frase . O Brasil ao retornar as mãos dos civis , passará por um profundo retrocesso e estagnizacao nas áreas de economia e administração . Isto acarretará um retrocesso produtivo em todas as áreas , principalmente na educação e social . Somente algumas ilhas de excelência se desenvolverão , assim mesmo com muito empenho e abnegação . Neste exato momento ele menciona a seguinte frase . Nossos inimigos argentinos poderão obter a hegemonia militar neste período sombrio , que passaremos futuramente .… Read more »
Lógico bom era a década de 80, dívida externa, FMI e 200 porcento.de.inflancao em.1985.
Inimigos argentinos. A Argentina vizinha serviu de espelho e de estímulo. Maior poder militar pode ajudar nos acordos. Negócios. País com poder de compra é sempre bem-vindo na mesa. País que pode infringir ou representar alguma contenção em possíveis políticas expansionistas é motivo de alerta. O que o Brasil viu do outro lado do rio foi…melhor se equiparar do que ignorar. Quando o vizinho reforma a casa o outro vizinho vai olhar. Atualmente mais cooperamos (indústria automotiva, reator, pesquisa, comércio). Quando Sarney recebeu o governo não havia orçamento público. O país avançou na infraestrutura e na construção civil. Mas deixou… Read more »
Quanto aos anos de chumbo…
Os governos militares latinos tinham o mesmo inimigo comum. O comunismo.
Achei o design melhor que dá classe Amazonas, principalmente por ter um hangar pra helicóptero, coisa que a Amazonas não tem. Mas o casario da Amazonas parece ser maior e deve proporcionar maior conforto
Tão lúcido esse major que quando estourou a guerras das Malvinas, em pleno governo militar, fomos pegos de calças curtas frente ao poder militar argentino.
Como se o governo militar tivesse entregue uma Ferrari para os civis em 85…
A MB perdeu de contratar a compra deste modelo