Helicópteros de ataque russos Kamov Ka-52 e Boeing AH-64D Apache da Força Aérea Egípcia operaram juntos durante exercícios de ataque anfíbio das Forças Navais Egípcias no Mediterrâneo em 11 de dezembro de 2019.

Os helicópteros da Força Aérea Egípcia Ka-52 e AH-64D Apache foram observados a bordo do ENS Gamal Abdel Nasser (L1010), um LHD (Landing Helicopter Dock) da classe francesa “Mistral”. Os dois tipos de helicópteros foram usados ​​no LHD pela primeira vez.

Em 2015 o Egito assinou contrato com a Rosoboronexport para a compra de 46 helicópteros de combate Ka-52, tornando-se o primeiro cliente estrangeiro desse tipo de helicóptero. As entregas para o Egito da versão de exportação dos helicópteros Ka-52 são realizadas desde julho de 2017.

Além disso, estão em andamento negociações com o Egito sobre a venda de um lote de helicópteros Ka-52K para operação a bordo de dos dois classe “Mistral” egípcios.

Em outubro de 2015, o Egito assinou um acordo com a DCNS (atualmente Naval Group) para adquirir dois navios de desembarque universais do tipo “Mistral” construídos na França, originalmente para a Rússia.

O fornecimento à Rússia desses navios construídos sob o contrato de 2011 tornou-se impossível após a introdução de sanções da União Europeia em agosto de 2014.

O contrato para o fornecimento desses navios, que foi mantido no estaleiro STX France em Saint-Nazaire, foi oficialmente rescindido pelas partes russa e francesa em 5 de agosto de 2015 e, em 23 de agosto de 2015, foi alcançado um acordo sobre a aquisição dos navios pelo Egito. O valor real do contrato para a compra de dois “Mistral” pelo Egito foi de 950 milhões de euros, e acredita-se que foi financiado principalmente pela Arábia Saudita.

O primeiro dos dois navios, Gamal Abdel Nasser – L 1010 (ex-russo Vladivostok), foi transferido para a Marinha do Egito em Saint-Nazaire em 2 de junho de 2016 e chegou a Alexandria em 23 de junho de 2016. O segundo navio Anwar al-Sadat – L 1020 (ex-russo Sebastopol) foi transferido para o Egito em 16 de setembro de 2016 e chegou a Alexandria em 1 de outubro de 2016.

Quanto ao Apache, em 1995, a Força Aérea Egípcia fez um pedido de 36 helicópteros AH-64A. Esses helicópteros foram entregues com a mesma aviônica da frota dos EUA na época, exceto equipamentos de rádio autóctones. Em 2000, a Boeing anunciou um pedido para remanufaturar a frota de Apaches existente do Egito para a configuração AH-64D, exceto o radar Longbow, que havia sido recusado pelo governo dos EUA. O Egito solicitou mais 12 apaches AH-64D Block II com radares Long Bow através de uma venda militar estrangeira em 2009.

FONTE: Defence Blog

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Heinz Guderian

Perfeito, que sonho a marinha comprar um desses dois, seria pedir demais?

FighterBR

Sim.

Augusto L

Há reportagens, não sei a se é realmente verdade, que o Egito junto a Grécia tem realizado constantes exercícios no Mediterrâneo para impedir que tropas turcas de cheguem a Líbia.

Fabio Araujo

O Egito esta mandando uma série de avisos a Turquia, não entre na Líbia para ajudar ao GNA ( Irmandade Islâmica ) pois se o fizerem o Egito vai agir! E os dois países tem forças amadas poderosas, mas ao contrário da Turquia que vai estar longe de casa o Egito esta ao lado e vai ter uma melhor logística e poder de fogo! Outra coisa que beleza ver o ENS Gamal Abdel Nasser equipado com helicópteros de ataque, e para matar de inveja logo dois tipos os russos Kamov Ka-52 e os americanos Boeing AH-64D Apache, enquanto isso o… Read more »

gabriel

Eu hipotético conflito, aposto mais nos Turcos, a não se que haja interferência de forças estrangeiras, mas do contrário acredito mais nos turcos, principalmente pela crescente indústria bélica deles, que é algo fundamental num conflito.

Fabio Araujo

Haffar tem dupla cidadania líbia e americana, já trabalhou para a CIA para derrubar o Kadafi, tem o apoio do Grupo Wagner que são mercenários russos, recebem armas e apoio dos russos e americanos, a Liga Árabe também apoia o Haffar, a Turquia pode esta mordendo mais do que pode engolir. E outra coisa o acordo Tuquia GNA pode terminar colocando Israel na confusão ao lado do Haffar por conta da exploração de gás no Mediterrâneo e do gasoduto Grécia/Chipre/Israel e também tem o fato de Israel e Egito terem um bom relacionamento.

Bardini

” enquanto isso o Bahia e o Atlântico não possuem nenhum para contar a história”
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Tem coisa muito mais importante pra ser feita antes de torrar grana com Helicóptero de Ataque. E não estamos mal de aeronaves para ataque.
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O que falta para a MB, é um substituto para essas aeronaves:
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Bell Jet Ranger III ou IH-6B na MB. Praticamente 30 anos de uso.comment image
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UH-12/13, que também tem aeronaves na faixa dos 30 anos
http://www.spotter.com.br/esquadroes/hu91_tucano_02.JPG
.
Isso é o que deveria ser prioridade.

Entusiasta Militar

Tudo na marinha é prioridade, mas Meu palpite é que a MB vai de Bell 505 JRX para treinamento e do H145 da Helibras para substituir o esquilo

Andrew Martins

A Marinha e a Força Aérea não pretendiam avaliar a viabilidade dos AH-2 Sabres operando no Atlântico?

EduardoSP

A MB e o EB não conseguem ter nem o mesmo fuzil, que dirá operar heli de ataque terrestre a partir de navio.

Carvalho2008

Acho que as pás das hélices do MI-35 não dobram. Se for assim, não tem como usar o elevador

MMerlin

Se não me engano os elevadores também não suportariam as 8 toneladas de peso.

MMerlin

Fui dar uma pesquisada e aeronaves mais pesadas que o MI-35 já operaram no Atlântico. Uma delas foi, e até de forma frequente, o V-22 (12 toneladas). Ou seja, seu convés de voo suporta a temperatura da exaustão dos motores.
A foto do A140 com o AH-2 ficaria bonita. O problema é a distância desta amizade. As aeronaves ficam alocadas em Rondônia.

Carvalho2008

Num desdobramento rápido ele pode fazer embarcado sem problemas

A coisa complica se o desdobramento for grande, pois a hélice não dobra como os demais

Carvalho2008

E ai, ele não pode ser armazenado nos hangares inferiores. Tem de ficar permanentemente no convés, o que toma espaço e vai atrapalhar um bocado. Agora, se for para transladar, participar do desembarque e pousar numa base em terra montada ou conquistada aí não tem problema… então depende…ja tentei confirmar se as pás dele dobram, mas não consegui

Cristiano de Aquino Campos

Os Bell e o esquilo acho que vão ser substituidos pelo HM-145M.
E nossa dotação no momento esta focada em helicopteros de transporte, guerra anti-navio e anti-submarinos.

MMerlin

O pessoal critica bastante o H225 mas considero ela um bom equipamento. Possui versões que atendem praticamente todos os segmentos. Esta versão M postada é um exemplo
No que abrange o contrato de transferência de tecnologia, apenas algumas etapas referente ao procedimento de manutenção apresentavam problemas mas que já devem ter sido sanados.
O offset está distribuído para que, em 15 consigamos produzi-lo com 100% de nacionalidade. É muito? Talvez. Mas boa parte deste tempo vem de nossa limitação industrial. Existe também a necessidade de tornar as empresas capacitadas sustentáveis para evitar a dependência do segmento militar.

Fernando "Nunão" De Martini

MMerlim,
Até onde sei a meta de nacionalização do H225M é de 50%, não de 100%.

MMerlin

Na pressa simplifiquei. Existe o projeto de expansão do offset para 100%, mas que para alcançá-lo seria necessário um mínimo de 15 anos devido as questões que ali postei.
Aí você me pegunta de onde vem tal informação. Encontrei em um trabalho de pós-graduação da UFF que avaliava as transferências de tecnologia do PROSUB, Guarani e H-XBR.
Assim que puder, vou dar uma pesquisada e tento encontrar novamente o documento.

Fernando "Nunão" De Martini

Interessante, não fazia ideia disso.

Fernando "Nunão" De Martini

Valeu MMerlin.

Curioso cobrirem o nome do autor. Meio inútil fazer isso (pode ser alguma restrição em lei, mas que não faz qualquer sentido pois trata-se de produção de conhecimento), pois em 10 segundos de pesquisa no google dá para descobrir o autor.

Enfim, salvei e vou ler quando puder. Não vai ser agora porque estou enfurnado na minha própria tese.

SmokingSnake ?

Mas isso é para ataque com mísseis anti navio, se tiver que apoiar um desembarque anfíbio a marinha não tem nenhum helicóptero de ataque ao solo para dar cobertura para as tropas chegando em terra.

Carvalho2008

Mas tal como o MI17 foi armador com foguetes e metralhadoras, O h225M tambem pode…lynx e S70 tambem…

MMerlin

E os Avengers ainda fazendo a segurança área com os mísseis terra-ar Stinger.
Será que a russia ainda não liberou as torres 3M-47 Gibka com os Mísseis Igla-S?
Fazem três anos que estão no aguardo?

DanielJr

Pensei imediatamente no pessoal que quer usar astros em navios, agora podem sonhar em ter o “astros anti-aéreo” também operando a bordo

Grozelha Vitaminada Milani

2015 o Egito assinou contrato com a Rosoboronexport para a compra de 46 helicópteros de combate Ka-52, qual foio custo dessas 46 unidades?

Grozelha Vitaminada Milani

Meus desejos 74 helicópteros: 24 C-47 Boeing Chinook (12 MB e 12 EB) + 26 UH-60 (16 FAB, 4 EB, 4 MB + 2 GF) + 24 Boeing Apaches (12 MB e 12 EB).

Rodrigo LD

Que salada. Helicópteros de origem russa e americana em um navio de origem francesa, tudo pertencente ao Egito…Por que adquiriram os Ka-52 se já possuíam os AH-64, além de haverem feito outros pedidos para o Apache? A diferença de custo é tão grande entre as duas aeronaves? Abraço camaradas.

Italo Souza

O K-52 tem características únicas e uma grande gama de equipamentos e armas, fora que é mais rápido rearmar eles, eles também são adequados a entrarem em conflito de estreito aonde eles tem que se virar sozinhos com sua defesa e ataque sem depender de aeronaves de apoio.

O apache tem boa gama de armas, mas os equipamentos servidos ao Egito com o pacote no são completos, eles tem deficiência de defesa e consciência situacional, são mais apropriados a lançamentos de mísseis a uma distância segura, combates a média e longa distâncias.

Cristiano de Aquino Campos

Diferente do apache, o Ka-52 tambem pode lançar misseis anti-navio o que o torna mais completo para uso naval.

Foxtrot

Está ai belas imagens de uma força naval de respeito. Infelizmente não da para deixar de fazer comparação com a força naval brasileira. O que pude perceber é a ausência de uma força blindada de “choque” nessa operação anfíbia egípcia, diferente da nacional que ainda possuíam os SK-105. Me lembro dos LHD,s franceses fabricados para a Russia e que a mesma desistiu, teria sido uma boa aquisição para a MB. Também não da para não deixar de notar a operação conjunta dos AH64 e Ka-52, sendo esse ultimo de desenho muito estranho srrsrs (pode até ser mais potente e capaz… Read more »

sub urbano

É o que eu falo. O oriente médio se tornará um lugar insalubre para Israel quando os USA saírem de lá. Nunca na historia da humanidade um país dependeu tanto de outro para sobreviver.

Ricardo Bigliazzi

A dependencia é grande mesmo.

Tiger777

Sub urbano, quem paga a conta do Egito é a Arábia Saudita e ambos os países são amigos de Israel, portanto, vc tem de pensar em termos geopolíticos. O maior inimigo do Egito e da Arábia Saudita, são o Irã e a Turquia, respectivamente. Portanto, menos… Lembrando que o Egito recebe a mesma ajuda em aquisição de armas que Israel recebe.
Cordiais Saudações.

Ricardo Bigliazzi

Apenas a imaginar os Americanos a vasculhar os “segredos” dos helicopteros Russos…

Carvalho2008

Detalhe especial ao que pode ser feito com um navio de convés desimpedido;

Não tem míssil antiaéreo orgânico? Embarca uma viatura dos fuzileiros com mísseis ar -ar…gambiarra funcional não???!! Que coisa inédita… nada como o tempo….

carvalho2008

vantagens do conves corrido….

um navio pode durar 50 anos….mas em 10 anos…podem surgir novos projetos que podem somar vantagens…

Imagina se resgatam um projeto parecido com o que foi o F-104 VTOL da Ryan???
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carvalho2008
carvalho2008
carvalho2008

“…Este projeto foi sugerido pelo piloto de teste da Ryan Aeronautical Peter Girard, que havia testado o conhecido X-13 Vertijet. A aeronave deveria ter uma asa de rotor triangular com pontas giratórias. Eles trabalharam como pás de helicóptero durante a decolagem e foram endireitados na asa fixa em vôo horizontal. O torque do rotor deveria ser compensado pelo fluxo de ar comprimido das brânquias traseiras da fuselagem. Peter Girard propôs a construção da aeronave de teste utilizando o mesmo layout, mas com duas asas de contra-rotação. O sucesso do Hawker Harrier deixou esses projetos exóticos para trás…”

carvalho2008

O modelo escolhido pela Ryan e Peter Girard como sendo o F104 para testar o protótipo físico tinham um grande motivo:

– Precisava de um avião esguio para não impedir o fluxo de ar das hélices e também potencia. O F-104 era o ideal para ser protótipo.

carvalho2008

Montei uma visão artística que implementaria algumas características operacionais interessantes.

Retirei o unico motor e instalei dois dorsais. Nas cavernas do motor anterior, tornou-se possivel de preencher com tanques internos de combustivel.

Isto deveria dar uma boa autonomia, apesar de reduzir um pouco a velocidade…comment image

carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

Se as antigas cavernas de entrada de ar e o espaço do motor forem mais do que suficientes para combustivel interno, talvez fosse possível mudar o trem de pouso para tras afim de liberar espaço para uma pequena baia interna de bombas, misseis ou até um tanque de conbustivel plug and play, tal como a solução do LIFt Scorpion da Textron.

Poderia ser um STOVL Supersonico de baixo custo, pequeno e capaz de embarcar em navios que não sejam Porta Aviões.

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Delfim

Como estragar um lindo avião.

carvalho2008

de fato…o Starfighter faz jus ao nome…Caça Estelar….um dos mais lindos….

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carvalho2008

Os motores foram instalados com desvio de 5o graus para que o calor do escape não atinja a fuselagem.

Só não tenho certeza de como resolver o controle de eixo. Talvez implantando um controle de reverso de turbina para que a exaustão seja direcionada para os lados quando precisar girar pairado.

Ou então apenas abandonar o pairado e assumir um pouso curto de rolagem minima….

Tiger777

Parabéns Carvalho 2008, muito bons os desenhos/projetos.
Abçs.

Fabio Mayer

O F-104 era chamado de “caixão voador”, porque sua fama era péssima, imagine o que aconteceria num projeto como este?

Carvalho2008

A asa era muito pequena, o ejetor problematico, e a velocidade de pouso alta

carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

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Space Jockey

Os commandos desembarcaram de preto numa praia de areias brancas, deve ser um alvo tentador…

Carvalho2008

Como o cara não cozinha naquele calor e todo de preto???