Muitos brasileiros conhecem a antiga rivalidade entre a FAB e a Marinha do Brasil, por conta da disputa em operar aviões a bordo do primeiro navio-aeródromo brasileiro, o NAeL Minas Gerais, questão que acabou sendo resolvida pelo presidente Castelo Branco em 1965, dando à FAB o direito sobre aviões e à MB, sobre os helicópteros.

Mas poucos sabem que nos EUA, logo após a Segunda Guerra Mundial,  a disputa entre a Força Aérea dos EUA (USAF) e a Marinha (US Navy) pelo Poder Aéreo foi bem mais acirrada.

A recém criada USAF, que passou a existir em 1947, queria um novo bombardeiro para alcançar alvos estratégicos na Europa, voando a partir dos EUA, sem precisar usar as bases inglesas.

O bombardeiro XB-36 (foto abaixo ao lado do B-29), cujas especificações eram de 1941, só voou em agosto de 1946. Ele podia voar 6.400km com uma carga útil de 3.600kg.

B-29 e B-36

A Marinha dos EUA tinha dúvidas quanto ao B-36 e os planos da USAF para uma guerra nuclear. Em vista da confiança inicial do SAC nas bases na Grã-Bretanha (1947-1949), os planejadores navais argumentaram que uma capacidade de ataque atômico de longo alcance, baseada em navio-aeródromo, poderia ser útil.

Oficiais da US Navy também ficaram contra o objetivo da USAF de destruição máxima e a favor de ataques nucleares de precisão a alvos industriais e estratégicos.

Foram apresentados esboços de planejamento de guerra, com mapas mostrando  navios-aeródromo operando ao longo da Noruega e da Arábia, no Mediterrâneo e no Mar Amarelo, que podiam atingir alvos no interior da URSS.

O almirante Daniel Gallery, subcomandante naval para mísseis teleguiados, em 1947 argumentou que a Marinha poderia lançar armas nucleares “com maior eficácia do que a Força Aérea”.

Em 1949, aviadores navais decolaram um avião de patrulha P2V-3C Neptune do convés do USS Coral Sea (na foto do alto um Neptune decola com auxílio de foguetes) e fizeram uma missão de 6.500km que envolvia lançar uma falsa bomba nuclear de tamanho padrão.

USS_United_States CVA-58

Desde 1948 a US Navy planejava a construção de um super navio-aeródromo, o USS United States (CVA-58), que deslocaria 80.000 toneladas, quase o dobro dos porta-aviões padrão da Segunda Guerra Mundial.

Hoyt_Vandenberg
Hoyt Vanderberg

Três membros do Estado-Maior Conjunto aprovaram o plano da Marinha, em 26 de maio de 1948. O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Hoyt Vanderberg, foi contra o plano, argumentando que o gastos era excessivos e que ele deveria fazer parte do plano nacional de guerra atômica.

Ainda assim, o Congresso concedeu a verba para o USS United States e o presidente Truman autorizou sua construção. O secretário da Defesa James Forrestal, defensor do USS United States, entregou o Pentágono ao novo secretário em 1949, Louis A. Johnson, que apoiava a USAF.

Johnson logo após assumir o cargo, pediu aos Chefes do Estado-Maior Conjunto um relatório sobre o super porta-aviões. Dessa vez, o chefe do Estado-Maior do Exército modificou a posição anterior e ficou a favor da USAF.

O secretário Johnson enviou um comunicado à imprensa cancelando o trabalho no USS United States. O secretário da Marinha, John Sullivan, pediu demissão logo em seguida.

A campanha pelo Poder Aéreo estava no auge. Na era nuclear, a USAF destacava que uma única bomba nuclear podia destruir uma frota naval tão facilmente quanto uma cidade. A Força Aérea queria ter a primazia.

Ansiosos por serem ouvidos, oficiais da Marinha divulgaram comunicados à imprensa destacando as deficiências do B-36 e as “irregularidades” relacionadas às sua licitação.

No dia 9 de junho de 1949, o deputado Carl Vinson da Georgia, presidente da Comissão de Serviços Armados da Câmara, anunciou audiências sobre o B-36, que consideraram o avião o melhor disponível e relataram não ter encontrado indícios de fraude ou corrupção em sua aquisição.

Louis Emil Denfeld
Almirante Louis E. Denfield

Nadando contra a corrente, antigos oficiais navais que depuseram em uma segunda rodada de audiências continuaram a atacar a Força Aérea e o B-36. Reagindo a essa “revolta dos almirantes”, o secretário Johnson e o novo secretário da Marinha insistiram na demissão do almirante Louis E. Denfield, o então Chefe de Operações Navais (foto acima).

A Marinha perdeu o United States, mas menos de um ano depois, tropas comunistas invadiram a Coreia do Sul. Mais uma vez em combate, os navios-aeródromo mostraram seu valor.

O B-36 Peacemaker, estava praticamente obsoleto quando entrou em serviço em 1948. A USAF tinha manipulado a verdade, num esforço de vender o avião para o Congresso e o público. Na época, num esforço de relações públicas, tentaram convencer o famoso piloto Chuck Yeager a testemunhar a favor do B-36, dizendo que ele era difícil de interceptar. Chuck se recusou a fazê-lo. Em 1953, 238 aeronaves B-36 estavam em serviço no SAC (Strategic Air Command).

Depois do fracasso do USS United States e da “revolta dos almirantes”, a Guerra da Coreia foi positiva para a Marinha dos EUA. Os navios-aeródromo mostraram sua validade na projeção de poder sobre terra, no apoio aéreo aproximado, imprescindível para as tropas.

O contra almirante Forrest P. Sherman, que sucedeu o almirante Denfield como Chefe de Operações Navais, conseguiu aumentos substanciais do orçamento para a Frota, defendeu a construção do submarino nuclear e conseguiu a aprovação de uma nova classe de navio-aeródromo, cujo primeiro seria o USS Forrestal.

USS Forrestal CV-59
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Fabio Araujo

Se lá que o orçamento é gigantesco acontece isso, imagina nos países em que o orçamento de defesa é pequeno? Deve faltar pouco para irem para as vias de fato!

Pangloss

Nunca falta motivo para disputas: a causa pode ser o dinheiro ou a falta dele.

Wilson Junior

Este é um problema que não existe mais no Brasil. Almirantes e Brigadeiros estão juntos e irmanados na defesa de suas próprias aposentadorias.

Willber Rodrigues

Briga de ego…ninguem está imune a isso.
Essa “briga” entre a MB e a FAB continua até hoje, ou isso é águas passadas?

Enes

Continua, é só ler a matéria dos hornets, divulgada aqui no Blog.

Rinaldo Nery

Mentira. Se assim fosse os aviadores navais não se formavam em asa fixa na AFA. Não poste bobagem sem saber.

Cel Rynaldo, o senhor ouviu falar do caso que houve, aqui no CATRE, atual ala 10, entre um cap da Marinha e um oficial da FAB, que quase foram às vjas de fato, não sei o motivo mas houve um! Portanto, ainda deve ter um certo ranço, ainda mais depois da modernização dos A4, que tem um radar melhor do que o dos F5!

Rinaldo Nery

José, com todo respeito: não poste bobagem. Se chegaram às vias de fato foi por QUALQUER outro motivo, até mulher! Agora, falar de um ¨ranço¨ de 1965? Dois Capitães que nem eram nascidos à época?

Camargoer

Olá Colegas Eu desconheço os bastidores do alto comando das forças armadas brasileiras. Talvez seja momento dos cabeças-brancas, que viram e ouviram coisas quando eram jovens auxiliares, escreverem suas memórias. A existência de ministérios da marinha, exército e força-aérea era uma herança estranha ao fim do governo militar. Acho que existem dois tipos de famílias que brigam por uma herança ao ponto de se matarem ou matar matar. Os muito ricos com milhões ou bilhões quando o valor do espólio é muito superior á capacidade de cada um gastar, ou os muito pobres quando qualquer coisinha faz uma diferença enorme… Read more »

Luciano

Uns anos atrás,o EB fez isso em relação a II Guerra. Fez um extenso trabalho de coleta de depoimentos de veteranos da FEB, além de tropas que ficaram no país, marinha de guerra e marinha mercante (em menor escala). Já era pra ter sido feito com o pessoal do Batalhão Suez e outros militares de períodos posteriores!

Alex Barreto Cypriano

Os resultados da Operação Crossroads não apenas demonstraram como detonações nucleares podem esmagar o aço, queimar e irradiar tecidos mortalmente a enormes distâncias do ponto zero, mas também como era difícil eliminar as partículas radioativas do witches brew cravadas em deques e superestruturas. A detonação bravo foi o primeiro desastroso ‘nuclear base surge’ da história e assombrou todos os que tomaram conhecimento. James Forrestal entendeu isso e, antes de seu colapso e suicídio, estava preocupadíssimo com a expansão agressiva do comunismo, não apenas na Ásia mas até na América, que levaria inevitavelmente a um conflito nuclear definitivo entre os oponentes.… Read more »

Matheus Santiago

Atente-se ao fato maior do ocorrido: “os planejadores navais argumentaram que uma capacidade de ataque atômico de longo alcance, baseada em navio-aeródromo, poderia ser útil.” Os almirantes não queriam apenas o prestígio e a autoridade sobre o bombardeiro estratégico de longo alcance, queriam também a primazia dos recursos destinados ao ramo da aviação com capacidade nuclear das FA’s. Uma ideia de jerico. Os almirantes da USN estavam totalmente errôneos nesta questão. A fama do ramo naval das FA’s acabou sendo o seu valor nas operações teatrais e táticas, e não no lançamento de bombardeiros de longo alcance. A Marinha acabou… Read more »

Farroupilha

Bom comentário Matheus, Acrescentando… A WWII serviu para consolidar o Poder Aéreo como fundamental na guerra moderna, com a demonstração estratégica contundente dos bombardeios urbanos arrasadores (enfase para os dois atômicos americanos), e operações táticas contra blindados (stukas alemães), e n alvos de oportunidade no solo. Enquanto as forças navais não mostraram nada de novo. (Obs: contudo dois fatos não passaram em branco: O potencial a ser expandido dos submarinos e dos NAes.) E foi com esse novo horizonte bem sucedido de ações bélicas aéreas que a USAF se sobrepõem as demais Forças na WWII. Com reflexos até hoje na… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Tá erradissimo, Matheus.
Leia The Dilemas Of US Marítime Supremacy in The Early Cold War de Jakub Grygiel (tem em PDF).

Alex Barreto Cypriano

Correção: sinergético.

Italo Souza

A USAF depois da década de 50 mudou os planos para algo mais sorrateiro, largar e sair, só ver os desenvolvimentos nessa época e vamos ver uma característica de ataque rápido e preciso.

Leandro Costa

Não exatamente, Italo. O TAC é que fez isso. Aí temos aeronaves como o F-105, por exemplo. Mas o fato é que se o TAC não tivesse vindo com a idéia de ataques com ogivas nucleares táticas, o TAC praticamente não teria orçamento, nem serventia, nem caças. A mentalidade da época é que você tinha que ter uma justificativa para existir, e a briga entre TAC e SAC foi bem acirrada e continuou até o início da década de 1970, assim como a briga entre USN e USAF. É complicado, mas o corporativismo da USAF na época era coisa de… Read more »

jose luiz esposito

Como por várias vezes coloquei ; criaram a FAB ( Aeronáutica ) copiando a Itália , onde ela não dava certo , então monopolizaram tudo que voasse na Aeronáutica e todos sabemos como brasileiros gostam de Monopólios , menos os Prejudicados , e neste caso a Marinha e o Brasil , tivemos PAs por quase 60 anos , e por isso , não conseguimos Desenvolver uma Doutrina Aeronaval !

Cristiano de Aquino Campos

Não desenvolvemos a doutrina foi oor falta de dinheiro e inclusive impediu pelos ultimos 20 anos de opetação de asa fixa na maria e mesmo que a FAB não existisse ou implocasse com issno na marinha nós perderiamos a expertise do mesmo jeito já que não temos grana para PA e aviação embarcada de asa fixa relevante. No fim a FAB estava certa.

ELTON

Nessa contenda quem sobrou foi o US Army que teve que lutar na Coreia com os vestutos fuzisM1 e os obsoletos M26 e M4 da epoca de 1940 enquanto a USAF cruzava os ceus com os sofisticados F86 e a USN construia a classe Forrestal , Nautillus eo os primeiros SSBN.

Leandro Costa

Elton, é bom entender também que Truman não tinha qualquer intenção de manter os níveis militares no patamar da Segunda Guerra Mundial. Ele prontamente desmobilizou as FFAA’s. O que não foi repassado para países aliados, ou virou sucata ou foi descomissionado. Pelo menos até que finalmente o Departamento de Estado conseguiu convencê-lo do que a URSS não estavam à fim de fazer suas forças voltarem para casa. E só então teve início a Guerra Fria e isso aconteceu depois do chamado ‘longo telegrama’ e artigos de George Kenney lá por 1947. Dois anos, apenas, mas destruir é bem mais fácil… Read more »

Francisco Freitas

Seria interessante, caro Alexandre, um artigo a respeito da atual situação da nossa Marinha. Fora desse portal, raramente se houve falar dela. Na minha opinião, ela será a força decisiva nos mares daqui para frente e no futuro remoto, em todo o mundo.

jagderband#44

Bacana a foto do CV69 com 5 tipos diferentes de aviões.
A4, A5, etc

Leandro Costa

É uma linda foto mesmo. Mas só para ser chato, não tem A-5 ali não hehehe.

Vi A-1’s, um único S-2 (mas provavelmente é um C-1), A-3’s, A-4’s e F-8’s.

Leandro Costa

É interessante prestar atenção em algumas coisas. O impacto das bombas atômicas no final da Segunda Guerra Mundial foi tão grande, que a USAF nasceu quando se considera seu orçamento. Não foi apenas retirado o orçamento que era da USAAF dentro do Exército Americano e passar isso para a recém criada USAF. No início da década de 1950, apenas o SAC (Strategic Air Command – Comando Aéreo Estratégico, ou seja, os bombardeiros nucleares) tinha mais orçamento que Exército e Marinha Americanos JUNTOS. Só o SAC. Ainda havia o TAC (caças), ADC (interceptadores), MATS (transportes junto com a USN e posteriormente… Read more »

fabio

E se a FAB quisesse ter alguns navios patrulha no mar? de 500-700 T a marinha ia deixar ? … tá aí algo a se pensar

Leandro Costa

Tem que se partir pelo princípio da necessidade. Por que a FAB operaria navios? Qual seria a necessidade disso? Já a Marinha, ela tem necessidade de aeronaves? Qual a utilização de aeronaves dentro do cenário naval? E por aí vai…

carvalho2008

Se a FAB cumprisse bem a tarefa aeronaval talvez a discussão não ocorreria… O que não pode é monopolizar o direito e não exercer o dever… Abandonar os P-16 não foi decisão da MB…foi a FAB que deixou de operar no Mingão…não teve interesse em ter um caça aeroembarcado nem possui em seu inventário para caças, um missil naval… Por outro lado, a coisa inverteu e hoje a MB roe o osso e posterga assumir a patrulha naval…. Talvez, fosse melhor mesmo a FAB possuir o monopolio, mas bom senso é algo dificil e voluvel e inclusive, um comandante pode… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Não foi dinheiro o problema entre USN e USAF – foi um problema de pé no chão, no caso, pé na água: o novo mundo sempre foi uma ilha comparado com a Eurásia, dependente, desde o início, do mar pra fazer comércio e política de maneira sustentada e longeva. A adoração das maquinas voadoras com bombas multimegaton era uma espécie de religião do fim do mundo (ainda hoje viva e produzindo loucuras, só que com maquinas digitais) e, se a desmobilização naval e consequente paralização de capacidades de combate e inovação da USN, teria levado o mundo realmente ao fim… Read more »

Leandro Costa

Alex, o problema é que a USN jamais teria como implementar os programas que realmente lhes importava mais caso não tivessem o orçamento. A USAF vendia a coisa como se fosse preto no branco. Caso tivessem o orçamento para os bombardeiros e as bombas, a simples ameaça de aniquilação nuclear já faria qualquer país, grupo ou o que fosse, ficar longe dos EUA e seus interesses e o Mundo não funciona assim, certo? Se esse era o caminho para mais orçamento, a USN estava disposta à trilhá-lo. E eventualmente conseguiram o que queriam. Felizmente, no final das contas, as cabeças… Read more »

Italo Souza

B36 seria um monstro se fosse feito durante WWII depois disso não teria tanta utilidade.

Farroupilha

Imagina só o desgaste físico dos pilotos para operá-lo, onde tudo, naquela época, era por meio de cabos e roldanas sem assistência hidráulica nem de servomotores, tudo no braço e pernas mesmo.
Como seria a seleção dos pilotos para os grandes aviões e bombardeiros antigos?!…

Carlos Gallani

Por essa lógica ser maquinista de uma locomotiva a vapor ou ser marinheiro de um grande barco a vela seria trabalho de Hércules, com inteligência se resolve!

Farroupilha

A comparação é em relação aos modernos aviões, e entre o B-29 e o B-36 da foto da matéria acima… – Dentro da tua lógica de comparação há uma infinidade de outras atividades fisicamente desgastantes que poderiam ser citadas. – O caso do grande B-36 seus inúmeros cabos de controle eram mais compridos o que lhes dava mais peso, com mais peso mais atrito nas roldanas para alterar a posição dos lemes e profundores do que no B-29 com metade do tamanho. Ou seja, no B-36 os esforços físicos dos pilotos deveria ser maior. Soma-se a isto que grandes bombardeiros… Read more »

Carlos Gallani

Ele poderia ter o dobro do tamanho que isso seria solucionado, estamos falando de engenheiros americanos no auge do seu tempo, não acredito ser um desafio tão grande!

carvalho2008

Qualquer materia sobre os bastidores relacionado a grandes projetos é um show de horrores….brigas, brigas, intrigas e sabotagens politicas…. O Bradley até filme ganhou….o bronco que saiu das linhas de produção era muito diferente do requerimento do Coronel que havia desenhado o conceito sob a otica real dos fuzileiros…é muita briga e interesse…. Depois, vem a turma fraldinha que adora falar…”se fosse bom alguem já teria feito…”…sabe de nada…é tanto interesse que as vezes erram feio na mão… O mestre Cel Rinaldo Neri já comentou varias vezes por exemplo, que o desejo era que o ALX tivesse asas proprias redesenhadas,… Read more »

Leandro Costa

E por sinal, o filme ‘Pentagon Wars’ sobre o Bradley, que foi baseado em um livro de não-ficção escrito pelo Major que estourou o caso, é muito bom. Apesar de ser em tom de sátira, dá para ver perfeitamente o absurdo que é o sistema.

carvalho2008

Pois então….pode ver que as armas revolucionarias somente surgem quando a agua bate bem lá….

ELTON

no japão imperial a contenda entre exercito e armada foi tão feia durante o conflito no pacifico que prejudicou ate mesmo o esforço industrial produzindo aberraçoes como o exercito operando porta avioes de escolta e a armada tendo tropas terrestres que faziam atividade do exercito por pura falta de cooperação.corporativismo parece que faz parte de todas as forças militares em todas as epocas

Dalton

Elton, de fato o exército japonês converteu alguns navios mercantes que pareciam “porta aviões de escolta” a exemplo dos 2 classe Akitsu Maru, mas, longe de serem “aberrações” havia vantagens do exército operar o que na verdade eram navios de assalto anfíbio, possivelmente os primeiros de seu tipo que além de equipamentos e tropas tinham um convés de voo de onde aviões da força aérea do exército decolariam com destino a bases terrestres, incapazes de pousar, portanto diferente de um genuíno NAe de escolta. . O exército americano também teve durante a guerra navios e embarcações próprios e hoje tem… Read more »

Leandro Costa

Acabei lembrando de, pelo menos duas ocasiões em que aeronaves da USAAF decolaram de porta-aviões da USN, sem contar a missão de Doolittle, claro. Mas, de cabeça, P-40’s decolando do USS Ranger durante a Operação Torch, e P-47’s decolando com catapultas de porta-aviões de escolta (acho que pelo menos de três deles, Sargent Bay CVE-83, Manila Bay CVE-61, Natoma Bay CVE-62, todos os três da Classe Casablanca). É estranho, e ao mesmo tempo lindo, ver um P-47D razorback decolando de um pedacinho de pista hehehehe.

Dalton

Bem lembrado Leandro…os NAes de escolta transportaram muitas aeronaves da então Força Aérea do Exército que eram então desembarcadas por guindastes, mas, houve ocasiões em que as
aeronaves decolaram como os P-47s que você citou, apenas, não podiam pousar e nem havia intenção disso.
.
O USS Wasp que chamou minha atenção quando garoto, justamente por haver menos informações sobre ele, lançou aeronaves do exército em exercício antes da guerra e durante a guerra “Spitfires” da RAF decolaram de seu convés, antes dele ser transferido para o Pacífico chegando pouco depois da batalha de Midway e afundado 3 meses depois.

Robert Smith

pois é… Mentira tem Perna curta… mais cedo ou mais tarde a verdade virar a tona…

Ozawa

Seja a “revolta dos almirantes”, ou a “revolta dos brigadeiros” ou a “revolta dos generais”, tanto lá como cá ou alhures, são contemporâneas de todas as épocas e são sempre disputas de poder. Não são debates do que é mais importante para a (defesa da) nação, mas o que pode trazer maior influência e poder para cada corporação, nestes exemplos, militares e pertencentes à estrutura do Estado. Nessa esteira, é o permanente conflito entre o interesse público primário e secundário, onde aquele representa, de fato, os interesses diretos do povo, já este os interesses das instituições que compõem o Estado.… Read more »

Augusto L

Off topic: interessante, parece que aqueles dados que a China tinha roubado da USN sobre um missil supersônico sairam.

https://aviationweek.com/defense-space/missile-defense-weapons/document-likely-shows-sm-6-hypersonic-speed-anti-surface-role

Saiu que o SM-6 block1 b sera hipersônico e tera capacidade anti-navio.

Luiz Trindade

Mas que coisa heim… Eu acho que um país como EUA fizeram certo em dar aviação fixa como rotativa para todas as Forças Armadas do país deixando cada uma empregar conforme sua missão primordial. Um país como Brasil deve investir em ter mais meios navais para cobrir a extensa costa do que querer sonhar com o filme “Top Gun”.

Ersn

E verdade, tem gente grande como a Itália,Japão, Espanha e Austrália que nem mesmo sonha em operar porta aviões CATOBAR,no máximo meia duzia de F35B embarcado em navios multiproposito STOL/VTOL e apenas isso para os proximos 40 anos.

Joao Moita Jr

Pergunta;
Alguém sabe se o Aéreo está com problemas? Estou tentando o dia todo, só aparece uma página em branco.

Abs

Leandro Costa

Moita, ontem estava sim. Também não estava conseguindo entrar. Hoje já está de novo no ar.

Joao Moita Jr

Obrigado, Leandro. You’re a gentleman, and a scholar.

Leandro Costa

Thanks, Moita, but I’m pretty far from being anything close to being a scholar. Or a gentleman 😛

Paulotd

Aqui no Brasil a Fab dá um baile em termos de administração, gerenciamento de recursos e planejamento em relação a MB!

Dalton

Só para mostra a dimensão da situação dos NAes da US Navy no início de 1950, havia apenas os 3 classe Midway que se revezavam no Mediterrâneo e 4 da classe “Essex”,
totalizando 7 “grandes” NAes ativos, 2 NAes leves da classe Saipan usados para treinamento de pilotos e uns poucos NAes de escolta para guerra anti submarina.
.
A guerra da Coreia que se iniciaria em meados daquele ano devolveria a importância dos
NAes e não apenas eles mas diversos outros tipos de navios que se encontravam na reserva foram rapidamente trazidos de volta ao serviço.

Fabio Araujo

OFF – Dois navios Marinha Italiana estão de quarentena depois de tripulantes serem diagnosticados com o COVID19 são os navios de assalto anfíbio San Giusto e San Giorgio!

Rinaldo Nery

A Lei Goldwater-Nicholls, de 1988, colocou uma pá de cal, lá, nesse tipo de disputas.

João das Botas

Diferente daqui, a Força Aérea tinha toda razão.

Marco Sampaio

De fato essa revolução é necessária e está em curso sendo executada pela China pra conter o terrorismo propagado pelo eua. Os eua representa o principal desestabilizador da paz mundial, dando golpes de estado, financiando revoluções coloridas, destruindo países por inteiro com o propósito de se apossar das riquezas dos mesmos, vide a fala do Trump sobre a Venezuela. Realmente os eua são uma nação _______________ _________________, serve com braço armado dos _______________ americanos. Eles não aceitam quem não se submete ao seu julgo. Estão viciados em lutar contra países irrelevantes. Na China, Rússia, Iran e alguns outros países a… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Marco Sampaio