Estudo de defesa australiano alerta que novos navios de guerra Type 26 não são seguros

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A avaliação do departamento de defesa australiano alertou que as novas fragatas Type 26 serão ‘substancialmente’ mais lentas e terão menos alcance do que o originalmente pretendido

Os novos navios de guerra da Austrália, que têm o mesmo design básico dos navios que o Canadá planeja construir, são muito lentos e foram considerados inseguros, de acordo com uma nova avaliação de defesa australiana.

Esse relatório gira em torno do navio Type 26, do qual o Canadá pretende construir 15 em um projeto que o Escritório de Orçamento Parlamentar estima que custará até US$ 60 bilhões (77 bilhões de dólares canadenses).

A avaliação do departamento de defesa australiano alertou que as novas fragatas Type 26 serão “substancialmente” mais lentas e terão menos alcance do que o pretendido originalmente.

A Austrália está usando o projeto Type 26 para suas fragatas da classe Hunter. O Canadá está usando o projeto Type 26 para seus navios Canadian Surface Combatant, também conhecidos como CSC.

A “avaliação da equipe de engenharia” do Departamento de Defesa Australiano de novembro de 2021 da aquisição de fragatas do país destacou preocupações sobre o projeto de navio “imaturo” não testado. A avaliação também se concentrou em questões de segurança para membros da tripulação que podem ficar presos abaixo do convés pelas águas das inundações em “condições de danos críveis”, informou o The Australian, um dos principais jornais do país, em 1 de fevereiro.

A avaliação também alertou que o navio é mais pesado do que o planejado originalmente e isso resultará em “aumento do consumo de combustível e dos custos de operação”. A equipe de engenharia de defesa australiana alertou que tem “baixa confiança” de que os novos navios atenderão às necessidades da Marinha Real Australiana.

O projeto CSC do Canadá já enfrentou atrasos e aumentos significativos, pois o preço subiu de uma estimativa original de US$ 11 bilhões para US$ 20,4 bilhões e depois para cima.

Canadian Surface Combatant

O oficial de orçamento parlamentar Yves Giroux observou em um relatório divulgado no ano passado que o preço estimado é agora de cerca de US$ 60 bilhões. O PBO também produziu vários cenários de custeio envolvendo mudanças no projeto, comprando diferentes navios de guerra ou tendo uma frota composta por fragatas Type 26 e embarcações menos onerosas. Essas opções podem salvar os contribuintes de US$ 5,5 bilhões a US$ 39,3 bilhões.

Mas o Departamento de Defesa Nacional rejeitou os números do PBO, sustentando que o custo do programa ficará entre US$ 44 bilhões e US$ 47 bilhões. Os funcionários do DND insistiram que o custo não aumentará além desses números e que não tem intenção de mudar de rumo ou considerar nada além do design do Type 26.

A frota CSC será construída na Irving Shipbuilding em Halifax. A Lockheed Martin Canada é a principal empreiteira que supervisiona o projeto.

Embora o Canadá tenha se comprometido com o projeto CSC, o contrato de construção ainda não foi assinado. Os críticos dizem que sem um contrato, o governo liberal ainda pode sair do programa cada vez mais caro.

O DND observou em um comunicado que o projeto do navio Type 26 “está sendo desenvolvido para atender aos requisitos canadenses para uma única classe que atenda às necessidades da RCN”.

Oficiais de defesa canadenses também estão em contato regular com oficiais britânicos e australianos envolvidos na construção do Type 26 para seus respectivos países. “Deve-se reconhecer, no entanto, que, embora as três nações estejam construindo navios com base em um projeto pai comum Type 26, os requisitos específicos do país são tais que os projetos individuais e os desafios de projeto nem sempre são comuns entre os três países”, adicionou o DND.

“Com um projeto básico concluído e as lições aprendidas com o processo de construção de outros programas, o risco geral do Canadá é reduzido”, acrescentou a Lockheed Martin. “Também é importante destacar que a Austrália e o Canadá têm requisitos de missão exclusivos e capacidades industriais domésticas. Os ajustes do Canadá no projeto básico atenderão aos requisitos exclusivos da Marinha Real Canadense, como furtividade e capacidade de sobrevivência, além de se beneficiar do progresso alcançado pelos países aliados usando esse projeto.”

A equipe de avaliação australiana também contestou as alegações de empresas envolvidas no projeto de que o navio Type 26 é a fragata mais avançada do mundo. O primeiro navio está sendo construído no Reino Unido.

Também foram levantadas preocupações de que as empresas australianas estavam sendo impedidas de fornecer equipamentos para os novos navios.

Questões semelhantes, incluindo preocupações sobre o peso crescente dos navios propostos e a falta de equipamentos produzidos localmente, também foram levantadas no Canadá.

Em 2020, o vice-ministro do DND, Jody Thomas, advertiu os funcionários da indústria por reclamarem a seus membros do parlamento que as empresas canadenses estavam sendo excluídas do projeto CSC.

Analistas apontam que o projeto do CSC será uma prioridade para a ministra da Defesa Anita Anand e para o vice-ministro recentemente nomeado Bill Matthews.

Mas os críticos argumentam que Anand e Matthews fizeram pouco para controlar os custos do CSC quando estavam no Public Services and Procurement Canada.

Type 26 australiana (GCS-A)
Type 26 australiana (GCS-A)

FONTE: Ottawa Citizen

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Robsonmkt

Bom, então se a Australia quiser ser coerente com suas práticas recentes, basta ela chutar o traseiro do Reino Unido, rasgar o contrato com eles e fechar com as FREEM francesas. São navios de projeto relativamente novos, já testados no mar e que tiveram a sua versão italiana adquirida pelos EUA.
Seria uma boa reparação pelo que fizeram acerca dos submarinos.

Last edited 2 anos atrás by Robsonmkt
Gabriel BR

Ou comprar com os alemães ou espanhois.

Antoniokings

Duvido muito.
Biden e Boris puxam a coleira e os australianos sossegam.

Felipe Salles

Poderiam ter seguido adiante com a Navantia, fabricando ainda mais derivadas das F-105 Cristóbal Colon. Os três navios Air Warfare Destroyer australianos são derivados desta classe. MAS! Tem sempre um “mas”… A BAE Systems é a maior empresa de defesa da Austrália e não faz sentido fazer muitas unidades de um novo navio nos estaleiros australianos sem incluir a BAE (e os produtos da BAE!).

Robsonmkt

Você é o Felipe Salles do Base Militar Vídeo Magazine? Acompanho seu trabalho desde os tempos do Base Militar Web Magazine. Participava bastante dos fóruns onde os feras eram o Prick, o Juarez e o Pepê. Se for, essa notícia poderia render um vídeo no seu canal, o que acha?

Mercenário

Felipe,

Eles queriam uma fragata (ASW) e não um destróier de defesa aérea. E as Hobart tiveram problemas também.

Nem o design preliminar da classe Hunter foi concluído. Tem muita coisa a ser revista. Mas obviamente aumentar um design de 8000t para 10000t importa em desafio de engenharia.

Kemen

Da forma como as Hunter serão armadas, podem fazer boa defesa aérea, observe.

Veiga 104

Kkkkkkk. Boa

737-800RJ

Concordo, serão uma porcaria! Então mandem meia dúzia pra cá que iremos fazer o sacrifício de operá-las quando estiverem 100% operacionais, com toda sua lentidão e perna curta.
Já imaginaram nossa esquadra com 6 Tamandarés e 6 Type 26? Faz esse favor pra gente aí, Austrália!
Eu sou fan boy da FREMM italiana, mas ficaria feliz em ver estes navios por aqui. É pólvora de respeito!

Jorge Augusto

De 11bi pra 60 BI.

Alguém lucrou legal com isso.

Alex Barreto Cypriano

Com 60 bilhões de dólares dá pra comprar umas 45 FFG-62. Ok, corte pela metade pra prever armamento, sistemas de combate, reposições, etc e ainda dá pra comprar umas 20-25 FFG-62.

Cristiano GR

É tem trouxa no mundo todo.

ORIVALDO APARECIDO SALVADOR JUNIOR

Eles dizem isso pq não conhecem nossos navios

Bosco

Pessoal! Muita hora nessa calma! É só mais do mesmo. O Ocidente vive a época do contraditório. Não há verdade absoluta. Isso é coisa de sistema patriarcal opressor. A verdade hoje é relativa. Esse grupo disse isso mas vai ter o outro grupo que vai provar o contrário e dizer que elas são mais que ideais e provavelmente vai ter um terceiro grupo que não vai concordar com os outros dois. Calma pessoal! Não cortem os pulsos com a primeira notícia. Eu tenho um primo que quase fez isso. Chegaram pra ele e disseram que a mulher dele o estava… Read more »

Adriano RA

Falou tudo, Bosco! E eu nem fiquei com pena do Ricardão.

sergio

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Alex Barreto Cypriano

Mestre Bosco de bom humor. Mas essa ‘era da contradição’ é um assunto gravíssimo, não apenas um exacerbado exercício de livre expressão e discussão mas um sintoma claro de que a razão e a proporção jazem mortinhas. Pega pra capar apocalíptico, de uma certa maneira fundada na percepção de uma ameaça universal pendente que inclina aos furores da ação baseada num estado de necessidade e de legítima defesa (Gunther Anders, mas falando contra os administradores da bomba atômica lá nos sessenta do XX; ao mesmo tempo, essa desmedida, em parte pelo viés do literário desconstrucionismo franco-americano, se espraiou pros movimentos… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Alex Barreto Cypriano
Wellington Kramer

O Ricardão foi quem acabou se suicidando!

Camargoer.

Olá Bosco. Você está equivocado. Quando alguém faz uma análise metodologicamente correta, é preciso descrever as premissas e as referências. Isso significa que qualquer um que repetir esta análise obterá os mesmos valores ou chegará á mesma conclusão. Contudo, o mesmo problema poderá ser abordado por outra metodologia e a partir de outras premissas. Neste caso, é possível chegar ás mesmas conclusões (o que valida e reforça a conclusão inicial) ou chegar a outros valores e conclusões. Neste caso, será preciso reavaliar as duas metodologias porque existe ao menos uma chance que ambas estejam equivocadas (claro que existe uma chance… Read more »

Bosco

Tendi mais ou menos rssss
Quanto ao meu primo, desfortúnio nada, ele tá ótimo com o Ricardo!

Camargoer.

Olá Bosco. Simplificando. O resultado de qualquer análise dependerá das premissas e da metologia. Quando um problema é abordado por duas metodologias que levam à mesma conclusão, é um bom sinal que as análises estão certas. Quando as conclusões são diferentes, é preciso revisar tudo porque pode ser um sinal de problemas futuros. Além disso, existe uma técnica de análise na qual toda ideia é sempre confrontada por uma ideia oposta. Isso ajuda a encontrar as falhas e problemas da ideia original. No fim, esse processo de confronto resulta em uma nova ideia que combina o melhor das duas ideias… Read more »

Neto

Parabéns pela resposta Camargoer.
.
importante apresentar o modelo contraditório no método cientifico que difere da pura opinião pessoal.
.
Foi bastante didático.
.
No método científico o contraditório se coloca a prova pelo método.

Reinaldo Deprera

Só quem não critica seus próprios produtos são os chineses e o russos.
Deve ser porque são melhores do que produtos de empresinhas como BAe, Lockheed, Raytheon e cia.

Save Ferris! :mrgreen:

Hélio

Deve ser mesmo, apesar da sua ironia típica de fãboy. Os sistemas da BAe, Lockheed, Raytheon nem os países ricos conseguem operar, já os sistemas russos são operados por países pobres com 0 reclamação. Muito melhor do que aparecer no filme B de guerra criado só para fabricar fãboys é a operacionalidade e nisso os russos e chineses ganham de lavada.

Jorge

India que o diga…em relacao aos produtos russos que ela recentemente recusou.

Paulo

É sério uma fragata custar 4 bilhões de dólares? Mesmo no pior cenário com custos crescentes? E ainda diluindo o custo de produção por 15 unidades? E ainda assim não vai sair com os requisitos planejados de velocidade e segurança? Pensava que os piores políticos do mundo eram os brasileiros…

Bosco

Paulão,
Dinheiro não vale mais nada. São só numerozinhos um atrás do outro.
Em um dia o Zukemberg perdeu 250 bilhões de dólares e não ficou nem vermelho.
Sobre isso tem uma história de um primo meu….
Deixa pra lá! Depois eu conto!

Antoniokings

O nome disso é especulação.
É nisso que os EUA acham que ainda são a maior potência econômica.
Dão o nome de ‘valor de mercado’.
Como se uma empresa que monta smartphones fosse mais valiosa que a economia de um Pais que produz milhares de bens.
Isso seguido por uma varejista online que não agrega nada ao País
É óbvio que isso não vai terminar bem.
Para os americanos. É óbvio.

Alex Barreto Cypriano

Pra todo mundo, Kings: o capitalismo se expandiu pelo mundo todo, fala todas as línguas e nunca teve escrúpulos em destruir a produção (coisa de proletários que ficaram chatos de tanto bem estar dos gloriosos trinta entre 1945 e 1975) pra atalhar o caminho até o lucro e fortuna. Quer visitar o coração das trevas? Olhe como o capitalismo absorve e manipula a sua própria oposição (dos direitos humanos/minoritários/identitários ao ecossocialismo…).

Last edited 2 anos atrás by Alex Barreto Cypriano
Camargoer.

Olá Alex. De fato, o capitalismo é um processo em evolução desde o Sec XVIII com a revolução industrial. É preciso lembrar que o lucro existe desde tempos bíblicos e estava presente durante as grande navegações, durante um período pré-capitalista. Em consequência deste processo, o capitalismo do Sex XXI é diferente daquele que existia no Sec XX e no Sec XIX. Durante o Sec XIX, as condições de trabalho eram desumanas, resultando na organização do proletariado em torno do movimento sindical e do socialismo. A revolução russa em 17 colocou o capitalismo em xeque, O desastre da II Guerra permitiu… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Bom, mestre Camargoer, se as avaliações mais justas e moderadas estiverem certas, a sociedade capitalista não tem futuro porque ela é suicida, por omissão ou ação. O diabo é ver tanta confusão e fúria, de lado a lado, sem que nenhuma das estruturas de poder tenham sido alteradas no mínimo que seja… Que fim de linha.

Camargoer.

Olá Alex. Ao longo da historia, existiram diversos sistemas de produção que foram se modificando e adaptando ao estágio de desenvolvimento humano (feudalismo, mercantilismo, capitalismo…). Todos eles possuíam (e possuem) contradições internas insuperáveis, que em algum momento ocasionou seu colapso. O capitalismo do Sex XXI também é um sistema que contém contradições insolúveis, como por exemplo o aumento da desigualdade social, a redução do emprego formal, superexploração dos recursos naturais (e muitos outros). Nos séculoas XIX e XX o capitalismo foi capaz de superar algumas contradições por meio de uma adaptação e modificação do sistema, mas que resultaram em outras… Read more »

Jorge

Nao sao trevas, essa é a força do capitalismo. Absorver seus opositores.

Antoniokings

Esse navio é como o personagem ‘Belo Antonio’.
E esse Antonio não sou eu.

kkkkkkk

João Filho

O preço é de 4 bilhões, mas não para fragatas. Este é o preço de um acordo de livre comércio com o Reino Unido e também devido à corrupção e ao colonialismo. Os únicos navios exportados pela BAE são os OPVs para Trinidad e Brunei, e nenhum deles aceitou os OPVs e cancelou o contrato. Exatamente a mesma coisa está acontecendo no Canadá. Os únicos navios desta classe construídos pela BAE são a classe Daring: https://www.portsmouth.co.uk/news/defence/all-six-of-the-royal-navys-hi-tech-destroyers-are-in-port-amid-on-going-tension-with-russia-3558275 A situação no Brasil com o Tamandaré é ainda pior do que na Austrália: O Brasil não é uma colônia Não há acordo de… Read more »

Pronoia

“A situação no Brasil com o Tamandaré é ainda pior do que na Austrália:”

comment image

Camargoer.

Caro Pronoia. Por que a situação da FCT são piores? São navios de classes diferentes e a FCT já está com o contrato assinado e o projeto em fase de detalhamento. Pelo que sabemos até agora, os custos foram mantidos mas o cronograma foi atrasado em 6 meses. Sâo situações diferentes

Pronoia

Camargoer, as lagrimas da patria é pelo o que o colega escreveu sobre as Tamandaré, infelizmente fui foi mal interpretado.

Cristiano GR

“…velocidade e segurança…” e alcance. Só isso. Ah, e muito mais caro.

Pronoia

comment image

Kemen

Engraçado, as Hunter terão maior tonelagem, algo como 8.000 tn, mas usa muitos sistemas que já estão nas Hobart, parece que gostaram do AEGIS, dos lançadores MK 41 e outras coisas mais.
Não acredito que vão dar uma de cancelar a compra, tal como fizeram com os submarinos da França, afinal todos são da Commonweatlth, e cancelar o outro contrato das Type 26 agora pode implicar em não ter os submarinos nucleares, portanto resta aceitar as Type 26 do jeito que vierem, pagando o preço que for.

Last edited 2 anos atrás by Kemen
Nilo

O relatório diz que a inclusão do sistema de combate Aegis dos EUA e do radar phased-array CEAFAR2 projetado na Austrália levou as margens de espaço, peso, potência e refrigeração da classe Hunter ao seu limite, colocando um “risco potencial significativo”.

As mudanças causaram sérios problemas de design que se espalharam pelo programa, aumentando o consumo de energia elétrica com “um impacto negativo na velocidade e alcance” e causando problemas com o resfriamento do sistema de combate da embarcação.

Carlos Campos

tem que ver se é isso mesmo, ou estão tentado empurrar o SPY-6 ou SPY 1

Bardini

A Austrália comprou um navio de papel, ao invés de optar por um projeto maduro e testado. Fizeram Merd… A RAN quer esticar um navio de papel, de ~8.000t para ~10.000t, sem modificar o sistema de propulsão e rechear aquilo com sistemas que os outros usuários não compraram. É óbvio que vão surgir problemas de desempenho dos sistemas e consequentes atrasos na construção e incorporação. . O programa das Fragatas Hunter, é mais imaturo do que o programa dos finados submarinos franceses. Ninguém sabe quanto vai custar o ciclo de vida desses navios e o preço só sobe. Essas dezenas… Read more »

Esteves

Deixa pensar…alguém que comprou submarinos franceses e fragatas alemãs?

Mercenário

Bardini,

Qualquer projeto que fosse utilizado, ao alterar de 8000t para 10000t, com inclusão de sistemas diferentes do projeto original, iria implicar em desafios de engenharia.

Eles querem colocar um radar bem mais pesado, inclusive daquele utilizado nas Anzac.

A realidade é que eles misturaram os requisitos de um design especialista em ASW e estão colocando radares de DDG.

Veja que a FREMM americana, que será maior que o parent design, utilizará uma versão mais leve do aegis.

Para quem quiser ler a resposta do ministro da defesa:

https://www.australiandefence.com.au/news/dutton-and-chief-of-navy-respond-to-fears-around-hunter-class

Esteves

Incluindo pegar um Scorpene de 1.800 toneladas e esticar para 6 mil toneladas.

Essa história de quanto custa comprar e incorporar + operar e manter vem sendo debatida aqui há bastante tempo.

No nosso caso, com o comprometimento atual dos orçamentos, é impossível incorporar meios complexos + mísseis + manutenção dos sistemas alienígenas e, mais pior que impossível será nacionalizar qualquer componente.

Nilo

A Australia parece esta produzindo o navio à revelia da BAE Systems, ao contrário dos submarinos que estão sendo produzidos em parceria com a Naval Group

Pronoia

Nilo, os submarinos australianos da Naval Group tiveram o contrato cancelado.

Nilo

Faço referência dos submarinos brasileiros, do acordo entre MB e Naval Group, que se diferencia na paceria, em que até mesmo as peças construídas por fabricas nacionais para os subs passa pelo crivo, certificação de qualidade dos franceses.

Last edited 2 anos atrás by Nilo
Pronoia

As Hunter seriam / serão muito diferentes, das Type 26 britanicas, ou os australianos aceitam o projeto original oferecido das Type 26, ou terão de pagar pela modificação total das Type 26 pois sera uma nova belonave muito diferente. Receberam uma proposta mas modificaram tanto que virou outra belonave, realmente uma HUNTER.

Inimigo do Estado

Trágico para os australianos. Confiar em produto inglês tem que ser muito babaca. Entre Rolls Royce e MayBach, qual MayBach você escolheria?

glasquis 7

qual MayBach você escolheria?”

Um que tivesse uma mulher com assas no capo e um par de “R” gravadas a mão numa superfície de aço inox acima do radiador.

Thiago A.

Se a solução for construir mais Hobart a Odisseia pode ser até pior considerando o histórico. Armar os Arafuras para que ? Já agora possuem uma autonomia bastante reduzido para o TO deles, colocar algo mais irá cortar as pernas dos coitados … vai acabar com 10/15 dias de navegação, no máximo. Os custos e as polêmicas ao redor desses OPV também não foram poucas. Eles precisam( deixaram claro ) de longo alcance e autonomia, possivelmente algo que forneça flexíbilidade. Definitivamente não é algo que os Arafuras armados irão fornecer. O ” navio de papel” pode ser um dos fatores… Read more »

Paulo Montezuma

Sem dar uma de fã boy, mas temos que dar a mão à palmatória aos chineses. Mesmo que não tenhamos confiança nos dados dos navios, como custos e reais capacidades de combate, eles vão lá e fazem uma frota que, pelo menos no papel, é impressionante. Eles, chineses, os sul coreanos e os turcos. Os japoneses também, embora por um custo bem europeu. Mas ainda assim, tenho muitas simpatia pela força e determinação dos sul coreanos e eu defendo uma parceria do Brasil com eles. Acho que se formos sérios na pesquisa e desenvolvimento de material militar, o Brasil só… Read more »

Thiago A.

No caso dos submarinos a antipatia pelos franceses gerou ataques insensatos, acusações levianas e críticas ferozes, baseadas em alegações sem o mínimo de fundamento . Os franceses eram picaretas exploradores comedores de aussies rs Os bravos e competentes australianos se livraram da armadilha frances… Quebrando o contrato. Mas o Tempo, sim o Tempo, Senhor da razão…mostra mais uma vez que ” há algo podre na Austrália” Teve algum programa naval que se livrou desses estouros orçamentários, atrasos, má gestão… ? Em alguns caso até incapacidade de definir e prever necessidade e requisitos Arafura Hobart Collins Barracuda cancelado … Mais uma… Read more »

Nonato

3 bilhões de dólares por um navio de 7 mil toneladas?
Estão loucos?
Diz-se que um porta aviões Gerald Ford por 12 bilhões é caro, mas é um superportaavioes para 100 aeronaves, 5 mil tripulantes…
E não um navio cque usa o sistema aegis…

Camargoer.

Olá Nonato. Geralmente, a Austrália divulga os preços de todo o programa, incluindo a operação durante a vida útil. Quando eles anunciaram os submarinos franceses também era um programa multibilionário. A reportagem menciona 15 navios para o Canadá por US$ 60 bilhões, o que daria um custo unitário de US$ 4 bilhões. Assumindo que uma FCT custa US$ 450 milhões e desloca 3,5 mil ton, isso daria um valor de uns US$ 120 mil/ton. Tomado esse valor como referência, uma type26 custaria uns US$ 800~850 milhões. significa que a operação de um navio por uns 30 anos custaria 4 vezes… Read more »

Hcosta

Quem saberá qual é o destino do dinheiro deitado fora?
Mas, como disse, já são muitos casos nesse país. Engana-me uma vez, a culpa é minha, engana-me várias vezes, talvez não seja um engano e algum vem para o meu lado…

Pronoia

Engraçado o Tiger esta operando na Alemanha, França, Espanha e ainda opera na Australia por pouco tempo, porque sera que não serve para a Australia. Possivelmente por problemas locais, suporte prestado que não iguala o norte americano e talvez o desempenho desejado para o territorio australiano…

Last edited 2 anos atrás by Pronoia
ODIN

READ CAREFULLY. By November 2009, nearly 50 Tigers had been delivered to customers and the worldwide fleet had accumulated more than 13,000 flight hours. In July 2009, three French Tiger HAP helicopters of the 5th Helicopter Regiment arrived at Kabul International Airport in Afghanistan, marking the first active deployment of the Tiger into an active combat zone By July 2010, it was reported that the Tiger detachment had totalled 1,000 operational hours in Afghanistan.  During the 2011 military intervention in Libya, France deployed the French ship Tonnerre amphibious assault helicopter carrier, carrying a number of Tiger attack helicopters aboard, to… Read more »

ODIN

Tem servido e muito bem. Não serve para uns mas atende muito bem a outros.

Cristiano GR

Preços muito mais caros que o inicial? Não atende aos requisitos do contratante?
Parece uma história de um certo caça.

A participação da Loockheed é só coincidência.

Pronoia

Uma velha jogada para ganhar uma concorrência, que foi aplicada na oferta de submarinos e fragatas para a Australia em projetos não operativos (aliás era um requisito nas concorrências da Australia que no fim não foi levado em consideração).. -Se oferta um projeto atendendo os requisitos técnicos operacionais mas com equipamentos e sensores mais baratos,num projeto operativo isso é logo detectado. -Com o tempo o cliente analisa em detalhe cada equipamento e sensor e pede as devidas substituições por outros. -Em cada substituição se aumenta muito o preço final, tendo em conta também que conforme as substituições se efetuam no… Read more »

Luiz Trindade

Agora é hora de chutar o pau da barraca e perguntar se foi para isso que o Biden se meteu na negociação com os submarinos franceses. Tem de se impor… Os EUA não tem muita escolha mesmo. Tem de fechar com a Austrália para manter um mínimo de barreira para China!

Camargoer.

Caro Luiz. Eu creio que os EUA nada tem a ver com o desenvolvimento do projeto da Type26.

Thiago A.

Seguindo o conselho de um prezado forista ( Ivan “o mapento”) seguem alguns mapas que esclarecem as distâncias, necessidades, tarefas e TO dos australianos :

Thiago A.

Thiago A.

Thiago A.

Ivan

Ótimo, Thiago.
O mapa, sempre o mapa,
para ajudar a entender uma questão militar
ou geopolítica.

Forte abraço,
Ivan, o mapento.

Antonio Palhares

Não tem nem jeito de comentar um trem desse.
Parece que o vírus corrupitusproliferantes contaminou o planeta.
E não se vê mais nada sério.

Wagner

Toda vez que o nome Lockheed Martin aparece, sinto cheiro de falcatrua no ar.