Naval Group e PT PAL reforçam cooperação para construção de submarinos Scorpene na Indonésia

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A assinatura de um Memorando de Entendimento entre o Naval Group e a PT PAL na Indonésia visa a futura aquisição de dois submarinos Scorpene pela Marinha da Indonésia. Os submarinos seriam construídos na Indonésia graças à transferência de tecnologia do Naval Group

Em 10 de fevereiro de 2022, Pierre Eric Pommellet, CEO do Naval Group e Kaharuddin Djenod, CEO da PT PAL assinaram um Memorando de Entendimento na presença do General Prabowo Subianto, Ministro da Defesa da Indonésia e Florence Parly, Ministra das Forças Armadas da França.

O Naval Group e a PT PAL assinaram um Memorando de Entendimento buscando alavancar as capacidades de ambos os parceiros para atender às crescentes exigências da Marinha da Indonésia.

Ambas as empresas são líderes em seus mercados e confirmam sua vontade de aumentar ainda mais sua cooperação para fornecer soluções para atender às necessidades da Marinha da Indonésia, mas também abrindo um centro conjunto de P&D envolvendo outras empresas indonésias.

Durante a assinatura, o Dr. Kaharuddin Djenod, CEO da PT PAL disse que “é uma história importante para os dois países. O governo francês é muito sério no apoio ao desenvolvimento de capacidades de equipamentos de defesa da Indonésia. E nós, PT PAL, temos orgulho de ser parte importante deste momento histórico”.

Pierre Eric Pommellet, CEO do Naval Group, disse que “congratulamo-nos com as declarações do Ministro da Defesa da Indonésia para engajar a cooperação no domínio submarino entre a PT Pal e o Naval Group. Assinamos um Memorando de Entendimento para esse fim e estamos ansiosos para trabalhar juntos no programa submarino para atender às necessidades da Marinha da Indonésia e fortalecer a indústria naval e de defesa da Indonésia”.

Sobre o Scorpene

Submarino classe Scorpene

O Scorpene® é um submarino de propulsão convencional de 2.000 toneladas projetado e desenvolvido pelo Naval Group para todos os tipos de missão, como guerra contra embarcações de superfície, guerra antissubmarino, ataques de longo alcance, operações especiais ou coleta de inteligência. Extremamente furtivo e rápido, possui um nível de automação operacional que permite um número limitado de tripulantes, o que reduz significativamente seus custos operacionais. Sua vantagem de combate é destacada pelo fato de possuir 6 tubos de lançamento para 18 armas (torpedos, mísseis, minas).

Com 14 submarinos vendidos ao redor do mundo, o Scorpene® é uma referência essencial de submarinos convencionais de ataque (SSK) para Marinhas em todo o mundo. O produto é facilmente adaptado aos requisitos específicos de qualquer cliente naval. A melhoria progressiva por projetistas dedicados e experientes do Naval Group garante a integração contínua de avanços e tecnologia moderna.

Sobre a PT PAL

A PT PAL Indonesia (Persero) é a maior empresa de construção naval da Indonésia. Tem vantagens comerciais nas capacidades de construção e design de Navios de Guerra e Navios Comerciais; Construção e Manutenção, Reparo e Revisão (MRO) de Submarinos; Manutenção, Reparo e Revisão de Navios de Guerra, Navios Comerciais e Produtos Marítimos; Engenharia Geral de Produtos de Energia e Eletrificação; e Desenvolvimento Tecnológico.

Sobre o Naval Group

O Naval Group é o líder europeu em defesa naval. O Naval Group usa seu extraordinário know-how, recursos industriais únicos e capacidade para estabelecer parcerias estratégicas inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. Como integrador de sistemas e contratante principal, o grupo projeta, produz e dá suporte a submarinos e navios de superfície. Também presta serviços a estaleiros e bases navais. Atento à responsabilidade social corporativa, o Naval Group adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O grupo reporta uma receita de 3,3 bilhões de euros e tem uma força de trabalho de 15.798 (dados de 2020).

DIVULGAÇÃO: Naval Group

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Gabriel BR

E tinha gente da imprensa especializada dizendo que eles seriam fabricados aqui…Oh dó! Santa ingenuidade Batman

Gabriel BR

Mas o lado bom é que está comprovado que a França transfere tecnologia de produtos de excelente qualidade. Quem busca tecnologia e qualidade já sabe quem procurar

Nilo

Estamos pagando e caro.

Jean Jardino

Recebem transferencia de tecnologia que vcs nao tem, nao criaram, e ainda reclama do preco, poooo, entao faz sozinho, ahhhhhhhh, esqueci, nao sabem neeeeeee……………………….

Nilo

Nós obrigamos a uma subordinação e dependência por um SUBNUC com preço genérico sem especificações.
Sorria.

Last edited 2 anos atrás by Nilo
Gabriel BR

Tem paises que nem assim…

Nilo

A França não é a única, na época falou alto o alinhamento político, o que não se passa é o conhecimento da parte nuclear.

Last edited 2 anos atrás by Nilo
Cavalli

Só não entregam o produto.
Perguntado ao Almte. Olsen:

  • O Brasil está em dia com os pagamentos? SIM
  • A França atrasou entrega de equipamentos? SIM
  • O Brasil assinou o Contrato do SBN? NÃO! Estamos em condições de assinar, porém aguardamos o detalhamento dos custos…

Após esta apresentação na CREDEM o mesmo foi “promovido” para o Comando de Operações da Esquadra.

Camargoer.

Caros Colegas. Se a Indonésia acha vantagem em construir localmente dois Scorpenes, isso mostra o que escrevo há anos sobre a vantagem de construir quatro deles aqui. Não faz sentido o Brasil comprar navios e submarinos construídos no exterior

Gabriel BR

Com toda certeza isso faz sentido quando se tem um parque industrial capaz da empreitada. No nosso caso eu queria mesmo é dobrar a encomenda e fazer mais 4 unidades. SNBR só lá para 2040!

Camargoer.

Olá Gabriel. A pergunta é sobre o tipo de frota de submarinos que a MB pretende operar no futuro. O investimento para construir o SN10 é alto, o que só faz sentido se a MB dar sequencia na construção do SN11, SN12.. Neste contexto, um segundo lote de SBR não faz sentido porque seriam mais ou menos o necessário para construir outros dois (um com certeza) SBN.

Francisco Diego Reyes Garcia

Torço muito, um mix 8 convencionais (scorpene) + 4 SN. Mínimo.

Camargoer.

Eu defendo que os quatro SBR (S40, S41, S42 e S43) sejam os útlimos submarinos convencionais da MB. Defendo que a MB conclua os PMG dos Tupi e que os opere junto com os SBR. E defende que a MB foque apenas em SBN a partir do SN10 (que defendo que receba o código SN101).

Felipe Morais

A MB vai ter que escolher, caso tenha o mínimo de possibilidade ($$), se opera uma quantidade razoavelmente adequada de submarinos ou se desfila com poucos submarinos de propulsão nuclear. Custo de comprar é alto. Custo de operar é altíssimo. A MB opera 05 Tupis. O plano é ir descomissionando eles com a entrada em atividade dos Scorpenes. Mas, supondo que baixe um pensamento na MB de manter os Tupis, que não são meios tão antigos (o que não deve acontecer), teríamos 09 submarinos convencionais, o que seria razoavelmente adequado, considerando as condições atuais e de um futuro orçamentário de… Read more »

Piassarollo

Felipe, a Marinha opera somente três Tupis, pois dois estão na reserva há algum tempo já. Com a entrada dos Riachuelos, provavelmente só o Tikuna restará. Vamos continuar a operar cinco submarinos. Abs

Esteves

Não é possível dar-se sequência naquilo que não existe.

O dia que incorporarmos um submarino nuclear convencional e aprendermos a operar e manter, recarregando o reator a cada 4 anos, saberemos quanto custou e quanto custará replicar.

O dia.

Neto

Então o ponto de decisão seria: A. um ano depois da primeira recarga; B. Ou um ano depois da segunda recarga; **** Sobre mais um lote de SBR, refletindo o apontamento de no futuro só termos SBNs porém dentro de critérios de SABER sobre o ciclo de vida, deve-se: > Avaliar o número mínimo de Submarinos da esquadra e planejar novos SBRs para substituir os Tupis. > Planejar a baixa dos Tupis de forma que eles ainda possam ser úteis para a revenda para países amigos atrelado a PMG no Brasil; > Se necessário contratar novos SBRs para dar escala… Read more »

Esteves

O ponto de decisão seria quanto custou o passado estimado em 50 bilhões de reais, quanto custará operar incluindo as recargas e quanto custará manter incluindo aprestamento das tripulações e exercícios.

Para quais missões? Patrulha?

Bardini

Só rindo mesmo…

Camargoer.

Olá Bardini. O que é engraçado?

Esteves

O ex dizer que mudou.

Camargoer.

Oi Esteves. Não entendi. Desculpa… Acho estou com sequela de covid…riso.

Esteves

Esteves cai no riso quando assiste comédia antiga.

Camargoer.

Olá Esteves. Estou tentando encontrar “Chitty Chitty Bang Bang” para assistir com minha filha e não acho. Espero que o Tim Burton não faça uma refilmagem com o Johnny Depp no lugar do Dick van Dyke.

Esteves

95 anos. Dizem que Dick ainda trabalha.

Inveja.

Edson

Mas a questão não é só construir 4 Scorpene aqui, a questão principal se realmente vingar é adquirir a tecnologia de fabricação e realmente aprender a fabricar submarinos de guerra, matéria prima tem,. mão de obra tem , dinheiro tem, É como um professor que ensina o aluno sobre a matéria, e esse aluno precisa por em prática o que aprendeu, pois no momento temos a ajuda da França, futuramente estaremos por nossas vias, e se não por em prática isso ,o que aprendeu, foi dinheiro mal gasto

Last edited 2 anos atrás by Edson
Camargoer.

Caro Edson. São coisas distintas. Uma coisa é a construção de um navio de combate (corveta, fragata ou submarino) localmente, com algum grau de nacionalização. Todo país que tem uma base industrial se esforça para fazer isso porque mesmo que a parte de nacionalização sejam os gastos com salários, isso já gera impacto econômico local em diversos setores. Há algum tempo, o Chile divulgou um estudo mostrando exatamente esta conclusão sobre a construção de fragatas novas localmente. Outra coisa é o país adquirir capacidade de manutenção dos meios navais. Quando um país constrói um navio de combate localmente, ele também… Read more »

Felipe Morais

Camargoer esse seu pensamento é válido, quanto às vantagens da construção local, pagando-se, logicamente, o elevado preço para isso. Só que essa vantagem só se opera na prática se houver demanda. Não havendo demanda, seja do país em questão ou de exportação para outros países, a política de transferência de conhecimento e tecnologia se torna um grande problema. O valor pago é muito caro e o aprendizado se perde, com a ausência de demanda. Quantos exemplos a mais teremos que ter para parar de pregar o TOT em toda e qualquer aquisição militar? Aliás, antes de querer construir grandes navios… Read more »

Willber Rodrigues

Eu até concordaria contigo.
Se ( nada de bom vem depois do “se”, não é? )
Se a MB não tivesse gastado bilhões pra adquirir o ToT dos IKL, pra 20 anos depois jogar tudo fora e gastar mais bilhões em ToT de Scorpene;
Se tivéssemos um bom histoórico de continuidade de compra de ToT’s;
Se tivessemos um pedido firme de mais unidades de Scorpene após os 4 atuais.

Esteves

Sem conhecer os valores do programa é difícil conhecer até aonde vai essa transferência de tecnologia. Cooperação é o título. Cooperação fazemos nós no passa do elefantinho. 12 anos e nenhum submarino incorporado. Fazendo. TOT como faziam e fizeram de russos para chineses, britânicos para japoneses, chineses para coreanos é outra coisa. Em tempos de paz quem fez? Fizeram para fazer guerra terceirizada. Esteves pede permissão para usar as palavras de quem ensina. ”Uma coisa é a construção de um navio de combate (corveta, fragata ou submarino) localmente, com algum grau de nacionalização.” Recorrendo à história e aos surtos de… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Esteves
Nilo

Pois é professor Camargoer, existem discordâncias que elevam o nível de debate, Obrigada, aqui temos mestres e sabemos quem são, Obrigados amados mestres.

Nilo

Deixamos de produzir subs alemães porque o foco da MB no acordo com os franceses e dentro das transferências de tecnologia, é a assistência na construção na parte não nuclear do SUBNUC.
Ibjetivava encurtar o tempo no projeto e construção, mas entrou água no navio, por razões incompreensíveis jogamos a econômica no buraco, acharmos o culpado, pandemia….e o cronograma vai como elástico sendo esticado.
Bom dia cavalo.

Last edited 2 anos atrás by Nilo
Esteves

Nilo, Sabe aquele debatedor que…encurralou o Esteves com aquelas afirmações sobre a selvageria do capital? Esteves sustenta que capitalismo formado/aplicado fora do ambiente de convergências/sinergias é um capital obsoleto. Vide tantos negócios de preço adquiridos por fundos de investimento como o Walmart. Preço baixo todo dia até quebrar. Brigar por preço, brigar por encomendas, reduzir qualidades para obter faturamento…não vimos isso aqui com as soldas nos navios norte-americanos? O que vamos vendo atualmente é uma grande transferência de recursos do cidadão para o estado. O GF bate recordes de arrecadação por conta do represamento que houve em 2021. Postergaram, agora… Read more »

Nilo

O povo escolheu, quer transferir seu poder aquisitivo para os Deuses da Faria Lima, por sonha em ser um Deus.
A promessa é disso que eles vivem, o povo escolheu, porque ninguém quer ser povo no Brasil, se tem vergonha.
Então damos bom dia a cavalo e vemos francês vir em site nosso ri. Mas ele riu de quem?

Esteves

Nilo, A prefeitura realizou empréstimo de 56 milhões de dólares. Prefeitura emite dólar? Cidadão recebe dólar? Cidadão paga imposto em dólar? Quanto rendeu a comissão desse contrato? Na realização do dólar do dia foi um empréstimo de 300 milhões de reais…em dólar. Quanto rendeu a aprovação, a liberação, a contratação em moeda norte-americana no banco? As contas públicas estão estragadas desde que a turma da Unicamp vendeu o endividamento público à senhora dos ventos e tiveram a cara de pau de defenderem até no STJ. Porque o endividamento é feito em real mas…mas os juros dos títulos são fixados acima… Read more »

Esteves

Lembra do BAFO?

O modelo inicial das privatizações incluindo as privatizações das rodovias foi o modelo BAFO. Melhor oferta.

O modelo que veio depois foi o modelo de maior aporte, maiores investimentos deixando as tarifas por conta da sustentação do negócio.

Licitar e entregar pelo melhor preço e melhor oferta…não.

Vamos escolher por quem faz os maiores investimentos…quem entrega a chave dos sistemas, quem entrega uma jointventure para as máquinas, quem instala uma instituição para desenvolvimento conjunto de mísseis. Vai ficar caro.

Mas o BAFO…Esteves levava as figurinhas na escola e voltava de mãos vazias.

Nilo

Vou te falar um certo setor privado.
O Senhor funcionário do Estado ligou para diversos fornecedores solicitanto orçamentos segundo requitos pre determinados e iguais a todos os fornecedores, recebeu entre varias ligações de contato uma de um fornecedor que por coincidência era o orçamento de valor mais alto (bem mais alto), então ele disse: Senhor estamos pronto a fazer uma boa parceria, e a negociar o preço? O Sennhor então disse: Obrigado, mas negociar (ata), seu preço justo pelo seu trabalho não faz parte da minha função.

Last edited 2 anos atrás by Nilo
Esteves

Quando começaram a automatização da contabilidade fizeram com computadores de 8 bits. O IBM 370 Estava ocupado com a pesquisa. Usaram impressora de margarida porque o TCU não havia autorizado fazer por processamento de dados em formulário contínuo. Tinha que imprimir folha por folha. Um dia…chegou um processo de compra emergencial para formulários sem serrilha, folha A4, para fazer de conta que eram datilografados. No processo emergencial o preço era…mais que o dobro. Bem mais. Esteves olhou no armário. Tinha formulário para uns 90 a 100 dias. Esteves foi perguntar porque estavam comprando pagando muito mais se o setor não… Read more »

Rommel Santos

Para agregar algo a mais neste enriquecedor debate sobre a indústria naval brasileira, acho que um trabalho bem sucinto mas muito interessante é representado pela publicação “TRAJETÓRIA E IMPORTÂNCIA DO ESTALEIRO VEROLME NA INDÚSTRIA NAVAL BRASILEIRA”, escrito por Claudiana Guedes de Jesus e Luana Lima da Silva ambas da UFRRRJ. Abaixo transcrevo algumas frases contidas neste trabalho: ” A indústria naval brasileira teve importância no Market-share internacional da produção naval e continua tendo. Desde o princípio do século XXI, o Brasil teve um esforço para reativar as atividades do setor, fato que trouxe consequências positivas para sua posição no cenário… Read more »

Esteves

Isso reforça, caro Rommel, penso, que construir navios e contratar transferências não trouxe o país a uma era de conhecimento. A empresa de Singapura anunciou a desistência e a devolução da operação do aeroporto do Galeão. Fato idêntico aconteceu no Viracopos em Campinas. Disseram que haverão novas regras que incluirão o Santos Dumont na mesma concessão. Novas regras diferentes do BAFO que ainda norteia as licitações, escolhendo o vencedor pelas melhores ofertas incluindo preços, prazos, offsets, garantias… E o investimento? Parece que capacitando o antigo estaleiro Ocean e construindo submarinos Scorpene na ICN em Itaguaí iremos fazer melhor X o… Read more »

Esteves

Fiz um comentário mas ficou retido na comissão de censura. Se liberarem…

Leonardo

Alguém tem notícias do Riachuelo? Não era pra ter ido pro setor operativo no ano passado? Já estamos no meio de fevereiro, na metade do primeiro trimestre do ano e nada…