Para ampliar ainda mais a versatilidade de sua linha MQ-9B de aeronaves remotamente pilotadas, a General Atomics Aeronautical Systems, Inc. (GA-ASI) anunciou no dia 10 de maio que começará a desenvolver uma aeronave MQ-9B com capacidade para decolagem e aterrissagem curta (STOL), que inclui os modelos SkyGuardian e SeaGuardian. A GA-ASI está assumindo esse esforço revolucionário de engenharia para atender a um ambiente operacional em evolução em ambientes expedicionários contestados.

A GA-ASI iniciou o desenvolvimento do STOL em 2017 como parte de sua iniciativa Mojave. A capacidade STOL foi inicialmente voada em uma plataforma modificada Gray Eagle Extended Range em 2021, mas agora a empresa começará a desenvolver a capacidade STOL no MQ-9B, uma plataforma já selecionada pela Royal Air Force, pelo Ministério da Defesa da Bélgica e pela Costa do Japão Guarda. O MQ-9B STOL combinará os produtos UAS comprovados de longa duração e altamente confiáveis ​​da GA-ASI com a versatilidade para executar missões em locais mais austeros, abrindo o envelope operacional para comandantes em todas as forças e localizações geográficas.

A configuração do MQ-9B STOL consistirá em um kit opcional de asa e cauda que pode ser instalado em menos de um dia. A aeronave principal e seus subsistemas permanecem os mesmos. Os operadores podem realizar a modificação em um hangar ou em uma linha de voo, oferecendo uma capacidade que, de outra forma, exigiria a compra de uma aeronave totalmente nova.

O MQ-9B STOL, que faz parte da série Mojave de aeronaves não tripuladas da GA-ASI, também apresenta uma oportunidade para operações futuras a bordo de um porta-aviões ou navio de assalto anfíbio de grande convés. As asas se dobram para que o MQ-9B STOL possa ser estacionado no convés ou no hangar, assim como outras aeronaves navais.

Quando chegar a hora do lançamento, os operadores irão ligar a aeronave, desdobrar as asas e decolar sobre a proa sem a necessidade de catapultas. A GA-ASI acredita que a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA tomarão nota dessa inovação, pois abre as portas para operações persistentes e de longo alcance de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR) sobre águas azuis.

FONTE: General Atomics

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Marcos10

Vai dar para operar no nosso Porta Helicópteros Multi Propósitos?

Victor Filipe

acredito que não, o Atlântico é uns 60 metros mais curto que um Classe América (navio da foto é o LHA-8 Bougainville ainda em construção)

Dalton

Na verdade é o USS Makin Island LHD 8 que é o último da classe Wasp porém com modificações importantes introduzindo as chaminés inclinadas e propulsão por turbinas a gás usadas na classe “América”.
.
Chama à atenção as ancoras douradas que é basicamente uma premiação dada aos navios que alcançam uma excelente taxa de retenção de tripulantes que já foi conferida ao “Makin Island” mais de uma vez.

Dalton

Complementando o comentário ao Victor, o futuro USS Bougainville terá uma superestrutura diferente dos 2 primeiros navios da classe América e dos classse
Wasp , sendo mais curta e mais “encorpada” o que permitirá mais espaço para estacionamento de aeronaves no convés de voo.

Victor Filipe

Grato pelas observações Dalton.

Neto

A MB deve estudar e contratar por aqui um projeto de UAV para patrulha marítima parrudo o suficiente para levar 4 pilones de armamento porém com foco em vigilancia.
.
Este deve ser embrião para um possível projeto de caça UAV… embarcado? .. da marinha.
.
Se possível usar bolsa do CNPq para produzir o conceito e pesquisar as tecnologias faltantes.
.
O motor elétrico pode ser um caminho para essa pesquisa.

Adriano Madureira

Neto, as forças armadas poderiam focar ou no drone da Embraer ou no da SIATT,o Tupan-3000 que será uma versão de 1.600kg…

Se o projeto vingar, afinal aqui é Brasil,ele terá o cumprimento de dez metros,tamanho semelhante a uma aeronave Eclipse 550,menor que um phenon.

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Já pensou uns três drones Tupan desse tamanho no convés do Atlântico?!

Last edited 1 ano atrás by Adriano Madureira
Tallguiese

Esse Tupã se for pra frente promete heim?

Marcos10

O problema do Brasil é esse!
O conceito dessa aeronave é simplesmente fantástico, mas é necessário investimento pesado e encomendas.

Adriano Madureira

Como sempre, quem dá o primeiro passo é o país fabricante, mas se tratando de brasil, o passo geralmente é curto…

Não é como uma Turquia que tem 110 Bayraktar TB2 a sua disposição, mostrando que confia em seu produto.



Esteves

Muito chique ir pra guerra assim…couro beje, ar condicionado.

Eita.

Adriano madureira

Esteves,um tupan dessas dimensões e compartimento interno para mísseis,seria uma grande arma para nossa defesa…

Pedro Fullback

Os almirantado estão sorrindo igual criança. Com certeza falaram ” Eu quero um desse”. Não temos navios de escolta, navios patrulha, mas vamos gastar rios de dinheiro em drones de ataque.

Victor Filipe

Duvido que ele consiga operar no nosso navio. igual eu falei, um América é uns 60 metros maior que o Atlântico. 60 metros de pista é bastante coisa.

Dalton

Segundo li Victor eles poderão ser lançados também dos australianos da classe
Camberra que apesar de ter um comprimento de 230 metros o conves de voo é menor que isso ainda tendo na sua extremidade em direção a ré um elevador, então ao menos aparentemente o “Atlântico” poderia sustentar operações aéreas com tais aeronaves.

Henrique

Mas os Camberra tem Ski-jump.

Dalton

Sim o que permitiria à aeronave decolar sem precisar ser postada na extremidade do convés de voo, mas, essa possível versão do MQ-9 poderá decolar de menor distância não exigindo uma “ski jump”, coincidentemente
poderá ser uma opção também para os australianos.

Esteves

Parece que a Austrália cancelou.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu me preocuparia mais com a extensão da pista para pousar, sem cabos de parada, do que para decolar com um bom vento relativo e essas asas enormes. Porque pra parar nesse espaço, haja freio.

Esteves

Pois é. Não usam cabos de retenção.

josebaldo

Primeiro tem que ter uma cerimônia oficial com buffet, banda, etc

Carlos Campos

drone é complementar, ter um bando de navio de patrulha para fazer o que um drone faz mais rápido e melhor e mais barato é o futuro.

Zé bombinha

Acredito que o mais próximo de operar no Atlântico é o BAYRAKTAR… Levando em consideração preço e capacidades já provadas. Além do fato de ser mais pequeno o que eu acredito ser mais adequado. Não tirando o fato de surgir um UAV naval “BR” irmão do ATOBÁ..

Last edited 1 ano atrás by Zé bombinha
Henrique

Os MQ-9B são bem grandes, são mais pesados que os Super Tucano por exemplo.
Eles irão cumprir missões mais complexas, como ASW (pode levar até quatro pods com sonoboias) ISR (além da torreta IR/EO ele tem um radar de busca de superfície) e tem a possibilidade de ser modificado para fazer missões AEW.
Na ilustração até com mísseis Sidewinder eles estão armados.

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Zé bombinha

De acordo… Sei que o que vou escrever aqui não tem a ver com o foco da matéria.. mas outro drone turco que me enche os olhos é o BAYKAR AKINCI… Ainda mais com a capacidade de armas.. acredito que daria uma excelente plataforma de patrulha naval com a capacidade de fazer ataques pesados.. e ainda com os futuros mísseis ar-ar BVR para uma hipotética alto defesa.

Henrique

Notar que na primeira ilustração ele está armado com um aim-9x Sidewinder.

Alex Barreto Cypriano

Muito bom. Mais um passo na direção de um Light Carrier com AEW que faz AAW (o sidewinder de um MQ-9 já abateu outro drone, anteriormente) e ASW… Mas é uma solução provisória (aumentar as asas…). Logo surge outra coisa melhor.

Marcos10

Surge o drone da Embraer.

Alex Barreto Cypriano

O Mojave decola em 400 pés, leve, e em 1000 pés, cheio. Levando em conta que o MQ-9B STOL tem muita área alar (possivelmente com 24 metros de envergadura, 8 metros, dobrado) é possível que decole (e pouse?) em menores comprimentos. Reparem que ele pousa alinhado aos pontos de helicópteros (offset de 4,5 metros da borda do convôo) e não na linha ‘central’ de aviões (offset de 7,5 metros da borda), o que faz a ponta da asa do drone raspar sobre a (ou mesmo além da) safe parking line. Problema? Bom, abaixo fotim de um big deck recheado de… Read more »

Carlos Gallani

Tenho curiosidade sobre o RCS dele!

Esteves

Tudo que mostram querem meter no Atlântico. F35, Phalanx, Mansup, mísseis anti aéreos, sonar rebocado, Super Tucano…

A MB podia lançar uma coleção iniciando pelo Atlântico. Monta o porta helicópteros com o que pode caber dentro. O que não couber, deve ser de outro ou de um porta-aviões. Compra o segundo item da coleção e vai montando uma Marinha.

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Last edited 1 ano atrás by Esteves
Esteves

E drones…claro.

Henrique

Eu concordo que o pessoal exagera em certos itens mas que o Atlântico poderia receber algum incremento isso ele poderia. Por exemplo: uma defesa de ponto leve não é nem muita cara e nem muita grande e pesada, então seria algo interessante de fazer; um Mistral Simbad ou Millenium 35mm ou mesmo um Bofors de 40mm seria algo possível de fazer.

Esteves

Não sei se há alguma arma que poderia deixar as Niterói e ir para o Atlântico.

Penso que o porta helicópteros está sendo mantido para o desenvolvimento de doutrinas e conceitos até as Tamandarés chegarem e quem sabe, possa chegar um outro porta helicópteros mais atual.

Acho que o Atlântico vai mais 10 anos. Não mais. Acho.

Fernando "Nunão" De Martini

“ Não sei se há alguma arma que poderia deixar as Niterói e ir para o Atlântico.” Os canhões antiaéreos de 40mm e seus diretores de tiro seriam (na minha opinião) boas opções para equipar o Atlântico, a meu ver, nas três posições que na época da Marinha Real estavam os Phalanx. Já tem os dois da desativada Niterói, em breve os de outras duas, já que a previsão é esticar a vida útil de três unidades da classe. Mesmo levando em conta que itens retirados podem ser canibalizados para manter os que permanecerão nas três fragatas operacionais, ainda assim… Read more »

Esteves

“Para defesa da camada interna contra alvos aéreos foram instalados canhões Bofors Trinity Mk.3 de 40mm, em reparos fechados, com maior cadência de tiro, maior velocidade para conteirar e elevar, sistema de municiamento automático e munição antimíssil do tipo 3P (pré-fragmentada, programável e de proximidade).”

Doutor Fernando,

Como essa decisão é tomada? O que levam, o que pesa, o que pensam, o que prevalece? Manter inventários canibalizantes ou empoderar o Atlântico com defesas antiaéreas?

Qual área da MB toma essa decisão?

Fernando "Nunão" De Martini

Podem ser várias instâncias decidindo em conjunto, Esteves. Isso seria feito provavelmente durante um período mais longo de manutenção e imobilização do navio, montando uma comissão com integrantes da Esquadra, da Diretoria de Armamento e outras, estabelecendo um projeto de modernização – tem que juntar pessoal de várias áreas conversando porque isso envolve estudo de viabilidade, demandas de geração de energia, peso, cablagens, testes, custos, etc. Não faltam exemplos na MB de navios que receberam sensores e armas provenientes de unidades desativadas, tanto décadas atrás quanto mais recentemente. Fragatas classe Grenhalgh, por exemplo, receberam canhões de 40mm mais antigos retirados… Read more »

Esteves

Comissão. O patriarca morre, a casa fica grande pra viúva que recusa-se a ir para o apartamento porque, pensionista, quer mais é alugar novo e ir pro rarara. Vem um, leva a geladeira. Vem outro leva a mesa de 8 lugares. Outro briga para ficar com a Linda…Linda trabalhou na casa por 30 anos e conhece as receitas de família. Os carros vendem, os precatórios vão pro inventário. Podia ter feito em vida. Testamento. Vai ajustando e…se sobrar já tá no cartório. Brasileiro não é assim. Brasileiro cuida disso quando morre…pra haver drama e despesa com advogados que pedem conversação…sugerindo… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves,

Falei de comissão sobre projeto de modernização e utilização de material ainda em condições de operação, não de comissão para divisão do eventual “espólio” de um navio desativado…

Este normalmente já é dividido às organizações pertinentes após o navio sair da lista ativa: diretoria de armamento armazena canhões, motores e peças mecânicas vão pra outra, sensores e sistemas eletrônicos idem etc.

Canhões inúteis? Nunca usamos de fato? Não entendi.

Esteves

Doutor,

Fazem essas transferências de inventários após o navio anunciar a desativação. Claro. Não se pensa em fazer escambos entre navios com eles ainda cumprindo missões.

Pega lá uma arma que nunca usaram, salvo nos exercícios, e recoloca em uma plataforma para não ser necessário comprar outra inútil. O baldado canhão segue a rotina.

Como gente. Feito gente.

Uma homenagem ao canhão.

https://youtu.be/x6vTHeYvCJQ

Fernando "Nunão" De Martini

“ Não se pensa em fazer escambos entre navios com eles ainda cumprindo missões.” Hum… há controvérsias. Isso infelizmente acontece. “ Pega lá uma arma que nunca usaram, salvo nos exercícios, e recoloca em uma plataforma para não ser necessário comprar outra inútil.” Ainda bem que não houve guerra pra usar nos últimos 75 anos. Mas quando houve a última que foi preciso usar, 80 anos atrás, foi importante a Marinha ter armamento, seja aquele usado só em exercícios, seja aquele usado na guerra anterior, 30 anos antes, e reaproveitado. E, é claro, o armamento novo que passou a receber,… Read more »

Esteves

O Walter foi um talento pessimamente arranjado. Uma tristeza ouvir um bom louco cantando boas letras com um arranjo que parecia um amontoado de baratas tocantes. Arrigo Barnabe consertou isso arrebentando nos arranjos. O que penso faltante na música brasileira é o que falta na MB…uma mistura de pão francês amanhecido, leite inglês vencido e strudel aquecido no microondas…falta vitalidade. Tem uns vídeos do tubo do John McLaughlin tocando com o Gil, com o Egberto Gismonti. Conseguiram retirar a potência do inglês misturando com essa música de frutinhas. Brasileiro ainda não encontrou a identidade. Misturamos tanto, mas tanto, que nosso… Read more »

Nelson Junior

Mas facíl colocar o SEA SNAKE 30mm CIWS pois serão comprados para as tamandarés

Guizmo

Não sei se exatamente este modelo, mas o conceito de embarcar aprox uns 15 a 20 drones com mísseis ASM no Atlantico é um belo ganho operacional

Esteves

É verdade que esse drone consegue voar com as asas dobradas?

Marcos10

Parece que os russos continuam avançando sobre a Ucrânia. Agora estão fechando totalmente o Mar Negro. Negação completa de saída para o Mar. Parece que é o fim.
Mais cinco navios de patrulha russos afundados. Que tristeza!!!!

Marcos10

Navio de apoio Vsevolod Bobrov foi atingido pelos ucranianos e está pegando fogo.

Rinaldo Nery

Olha que interessante… Vai ao encontro do que tenho postado no Aéreo sobre cumprir a missão de esclarecimento marítimo com ARP (não gosto do termo drone). Nem sabia que podiam carregar sonobóias. Quem sabe alguém do Estado Maior da Armada frequente o Naval e leia esta matéria…

Esteves
Rinaldo Nery

Creio que não. O ScanEagle parece um ¨brinquedinho de criança¨.

Alecs

Sabem por quê o Putinho não vai fazer nada com a OTAN?

Rafael

Suspeito que seja porque nem ele nem ninguém quer entrar pra história como o estopim para uma 3ª Gerra Mundial. Importante relembrar que ao longo da história, por várias vezes, nações menos “preparadas tecnologicamente” deram verdadeiros “chega-pra-lá” em impérios avançadíssimos.

Rinaldo Nery

Faltou o vídeo da campanha de alistamento da USAF, da moça ¨filha¨ dum casal lésbico… Acho que isso ajudou a convencer o Putin a invadir a Ucrânia…