Navio naufragou durante uma batalha na ilha de Samar em 25 de outubro de 1944, quando as forças dos EUA tentavam libertar as Filipinas

Manila, Filipinas – Um destróier da Marinha dos Estados Unidos que naufragou durante a Segunda Guerra Mundial foi encontrado na costa das Filipinas em uma profundidade recorde de quase 7 mil metros, anunciou uma equipe de exploração dos EUA.

Um submersível tripulado filmou, fotografou e inspecionou o casco danificado do USS “Samuel B Roberts” em vários mergulhos ao longo de oito dias, disse a empresa texana Caladan Oceanic, especializada em tecnologia submarina.

O “Sammy B” naufragou durante uma batalha na ilha de Samar em 25 de outubro de 1944, quando as forças dos EUA tentavam libertar as Filipinas, então uma colônia americana ocupada pelo Japão. Imagens fornecidas pela empresa mostram os três tubos de um lançador de torpedos e o suporte da arma do navio.

“A 6.895 metros [de profundidade], este é o naufrágio mais profundo já localizado e estudado”, tuitou o fundador da Caladan Oceanic, Victor Vescovo, que pilotou o submersível.

“Este pequeno navio enfrentou os melhores elementos da Marinha japonesa, lutando contra eles até o fim”, acrescentou.

De acordo com os arquivos da Marinha dos EUA, a tripulação do “Sammy B” “ficaram à deriva por quase três dias aguardando resgate, muitos morreram por ferimentos e ataques de tubarão”. Dos 224 tripulantes, 89 morreram.

O naufrágio ocorreu durante a Batalha de Leyte, que durou vários dias, entre forças japonesas e americanas. O “Sammy B” foi um dos quatro navios americanos que afundaram em 25 de outubro de 1944.

A equipe do Vescovo encontrou em 2021 o “USS Johnston”, que a quase 6.500 metros era até hoje o naufrágio mais profundo já encontrado. Para comparação, os restos do “Titanic” repousam a uma profundidade de cerca de 4.000 metros.

FONTE: AFP

NOTA DA REDAÇÃO: Você pode adquirir a camiseta do USS Samuel B. Roberts na nossa loja Defesa Store. Clique na imagem abaixo ou no link defesastore.com.br para acessar:

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Jagdverband#44

É a mesma classe daquele que está em exposição ali perto da praça XV no rio?

Fernando "Nunão" De Martini

É “prima” da classe Cannon do navio-museu Bauru, com propulsão por turbinas a vapor em vez de diesel-elétrica (mais veloz, porém com menor autonomia) e dois canhões de duplo emprego de 127mm ao invés de três de 76mm.

Jagdverband#44

Valeu!

Sequim

Seria interessante localizar os 3 Porta-aviões japoneses afundados em Midway. No mais, àqueles que pereceram neste naufrágio, que descansem em Paz.

pangloss

Não foram quatro?

Sequim

Tem razão. Foram 4. Grato pela correção.

LucianoSR71

Exato Akagi, Kaga e Soryu num 1º momento e depois o ultimo que sobrava, o Hiryu, depois que lançou um ataque ao Yorktown, foi também afundado. Os EUA perderam apenas o Yorktown, que já foi enviado c/ reparos parciais feitos rapidamente devido aos danos na Batalha do Mar de Coral e mesmo assim estava sendo rebocado quando foi torpedeado por um sub japonês.

Dalton

Foram 4 os NAes japoneses afundados em Midway e os destroços dos 2 maiores já foram localizados três anos atrás.
.
O “Samuel B Roberts” foi um contratorpedeiro de escolta, como o “Bauru”, porém de uma classe posterior, mantendo o mesmo comprimento mas com várias melhorias, como canhões de 127 mm, superestrutura mais baixa, maior velocidade, etc.

Sequim

Que interessante isso. Grato por compartilhar.

LucianoSR71

P/ aqueles que não conhecem sua história, segue documentário dublado da série Hero Ships:

ednardo curisco

Paece que esta série vai para Netflix em julho!

LucianoSR71

Como não sou assinante, não sei dizer, mas essa série é de 2008, c/ 13 episódios.

Burgos

É sabido que quanto maior a profundidade do mar é menor o efeito do sal no metal a ser corroído !!!
Pelas fotos dá pra notar que está quase intacto a estrutura do navio !!!
Impressionante!!!👍⚓️
R.I.P a todos envolvidos nessa sangrenta batalha !!!😞🙏

109F-4

Na penúltima foto submarina é possível ver o que parece ser um Bofors 40mm (duplo?, ainda com algumas munições nos trilhos?) e um Oerlikon 20mm com seu característico “drum magazine” de 60 munições.

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, parece ser um reparo duplo de 40mm

Enzo Magno Donato Vernille

Eu gostaria que ocorresse algo parecido aqui também. Sei que já foram localizados os naufrágios da Cv Camaquã e do NAux Vital de Oliveira Porém falta o do cruzador Bahia Segundo o livro “Flores ao Mar” de Raul Barreto Neto, o almirante (na época do naufrágio, 1º Tenente) Lúcio Torres Dias relata que o ecobatímetro registrava 4000 metros abaixo da quilha momentos antes do naufrágio. Portando seria “um pouco mais fácil” (entre aspas pois não é nada fácil achar um destroço de navio a quilômetros da superfície do mar) achar o do Bahia. Até onde eu sei, não houve nenhuma… Read more »

Esteves

Penso que não querem encontrar o Bahia. Vai que descobrem o porque e…

LucianoSR71

Tem um documentário que entrevista um dos sobreviventes, já bem velho, do Bahia e ele confirma que foi um acidente c/ a metralhadora durante um dos exercícios que eles faziam p/ quebrar a monotonia pois a função deles era apenas dar apoio as aeronaves que cruzavam o Atlântico após o fim da Guerra. Essa história que criaram torpedos disparados por sub alemão indo p/ Argentina escondido, não faz o menor sentido, pois se vc está fugindo a última coisa que vc iria fazer é procurar atacar quem não tem ideia que vc está ali, mesmo que fosse bem sucedido iria… Read more »

Esteves

O depoimento do Almirante Lúcio está no YouTube.

O U530 Estava em Halifax. O submarino veio render-se na Argentina. Longe…bastante longe. Não Estava escondido. Na rendição faltaram 2 torpedos. Um foi atirado contra um cargueiro norte-americano. O outro torpedo?

LucianoSR71

Volto a destacar o ponto principal dessa versão: seriam os alemães estúpidos p/ provocar um navio parado no meio do Atlântico ou simplesmente eles se afastariam e seguiriam o curso da fuga?

Esteves

O capitão do U530. Bastante jovem…inconformado com a própria curta participação na guerra, encontra no caminho da Argentina aonde foi ordenado render-se por tratar-se de “nação amiga”, um navio inimigo meio que “dormindo” ou “trocando turnos”.

O U530 não Estava em fuga. O UBoat dispensou suas armas no mar…exceto os torpedos,para vir render-se.

Fernando "Nunão" De Martini

Ainda essa história de “navio dormindo”, Esteves? O pessoal do quarto de serviço anterior já havia sido rendido uma hora antes.

Se tiver interesse, essa teoria da conspiração de afundamento por torpedo de submarino alemão tem um autor argentino, que não me lembro o nome, que já escreveu um monte de coisa sobre isso e sobre Hitler ter fugido pra Argentina etc. Acho que vc vai gostar (caso não seja essa a sua fonte).

Esteves

Li o livro. Não me empolguei. Sobre o U530 pesquisei nos sites alemães.

O que intriga o Esteves são coincidências. O submarino vindo render-se aqui por? Por que não rendeu-se por lá? Muito longe vir do Polo Norte e chegar ao Polo Sul para cumprir uma missão de rendição e…e…cruzar com o Bahia no meio do caminho…justo um capitão alemão de 20 anos doidinho pra voltar com história pra contar…ainda que aos netos.

Esteves

Aproveitaram para cruzar as histórias. A fuga de Hitler + a rendição do U530 na Argentina.

Esteves

Quem usou “meio que dormindo” foi o Almirante.

Dalton

Esteves tenho o livro “U 977” um dos submarinos que chegou à Argentina, escrito pelo seu comandante e lembro de ter lido um discurso que ele deu a bordo de que a guerra tendo sido perdida ele não atacaria nenhum navio nem mataria inocentes e sim tentaria construir uma vida nova na Argentina mais do que retornar a uma despedaçada Alemanha.

Esteves

Dalton,

Esteves leu a curta biografia do capitão alemão. Até outro dia quando limpava o tablete tinha a foto. Menino. O orgulho em pessoa. Não recordo se foi a primeira missão dele ir à Costa de NY afundar mercantes. Talvez.

Veio a ordem de rendição. A rendição ocorria em portos amigos e esse pode ter sido o motivo da viagem até a Argentina considerada, especialmente Bariloche, a segunda casa alemã.

O capitão retornou à Alemanha resignado. Queria afundar. Penso que os militares nazis de carreira mais consolidada pensavam assim como você diz. Acabou, acabou.

Mas os jovens…

Dalton

O comandante do U 997 tinha apenas 24 anos quando à Alemanha rendeu-se e ele fez questão de manter todos os torpedos
ao invés de livrar-se deles para evitar possíveis acusações.
.
Já o comandante do U 530 igualmente jovem ejetou os últimos 5 torpedos restantes e da mesma forma que o comandante do U 977
decidiu-se pela Argentina após também liberar tripulantes que pretendiam retornar à Alemanha.
.
Então, ambos jovens, optaram por não continuar lutando a serviço do Japão e/ou vingar-se pela derrota, torpedeando o “Bahia”.

Gerson Carvalho

O Bahia foi afundado. Quem afundou? Nunca saberemos…

Dalton

O Bahia soçobrou vítima de um infeliz acidente. Criou-se a lenda de que teria sido vítima de um submarino, mas, para conseguir apoio futuro dos alemães, isso teria sido encoberto…pelos americanos, mas, isso é absurdo, até porque em julho de 1945 os nazistas ainda estavam sendo perseguidos e o primeiro e mais importante Julgamento de Nuremberg nem havia começado e os soviéticos ainda eram aliados e esperava-se entrariam em guerra contra o Japão a partir de agosto. . A melhor narrativa sobre o soçobro do “Bahia” ao menos em livros que encontrei está no livro A marinha do Brasil na… Read more »

Esteves

A guerra havia acabado. O que o Bahia Estava fazendo?

Fernando "Nunão" De Martini

Fazia parte de uma flotilha que se revezava marcando posições (estações) para orientação de aeronaves cruzando o Atlântico da África para Natal após o fim da guerra na Europa.

O CT Bauru havia cumprido a missão na mesma posição nos 10 dias anteriores.

Esteves

Contaram aqui que o navio Estava treinando killer tomato. Esse relato que o navio fazia orientação para aviões…Está no relato do Almirante Lúcio?

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, está no relato escrito.
Uma coisa não impede a outra, o navio cumpre uma missão e faz um exercício de armas de rotina, programado.

Esteves

Hummmm…Doutor Historiador X Esteves é covardia.

Quem tem o diário de bordo?

Fernando "Nunão" De Martini

Os peixes.

Esteves

Ponto para o Esteves.

Quem conta um conto aumenta um ponto. Ou diminui.

Fernando "Nunão" De Martini

Ah, tá. Se o diário existisse você acha que teria o relato da explosão, fotos, o que mais?

O navio afundou em poucos minutos, nem sinal de socorro mandou. Acha que alguém iria ficar lá, escrevendo no diário enquanto o navio afunda?

LucianoSR71

Eu escrevi no meu comentário acima, dava apoio a travessia do Atlântico das aeronaves no pós guerra, acrescentando, sobretudo contato por rádio.

Esteves

Até quando duraram essas missões?

LucianoSR71

Essa passo pro Nunão, rs. Sou apenas um leigo, que adora a História, sobretudo da 2ªGM, que se interessa por estes assuntos há +40 anos, mas c/ grandes e reconhecidas limitações. Abs.

Esteves

Só tem 1 jeito de confirmar essa história. Ir ver o navio.

Se o navio tiver buraco de torpedo ou se o navio Estiver partido por ter sido alvejado por torpedo…ou se o o convés mostrar explosão das munições e nesse caso explodiu de cima para baixo…será possível ver o que aconteceu.

Doutor Fernando como excepcional Historiador deve oferecer-se. Quem conta história vai ver a história. Conversinha de Almirante…com todo o respeito aos Almirantes e a MB, Esteves não quer.

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves, o relato do almirante, à época primeiro-tenente, é só um dos que foram coletados. Houve outros sobreviventes e cada relato ajuda a compor a narrativa.

Eu até gostaria, mas não tenho como bancar a busca de um naufrágio a 4000 metros de profundidade…

Esteves

Esteves conta com a Sena para começar uma sacolinha…chamam de crowdfunding?

Esteves

A Marinha é disciplinada. Uma história só tem uma versão. A versão oficial.

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves,

A história da Marinha é repleta de situações de divisão.

Cabe aos historiadores, entre outras coisas, perceber as vertentes, as divisões e as versões.

Last edited 2 anos atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Dalton

Não muito mais…os japoneses depuseram às armas já no mês seguinte em agosto então toda a movimentação de navios e aviões
cruzando o Atlântico eventualmente para serem empregados no Pacífico foi gradativamente diminuindo.
.
O “Bahia” substituiu o “Bauru” que havia substituído o “Babitonga”
ambos do mesmo tipo.

Esteves

Afundado pelo cruzador “britânico” Kongo. Ironicamente.

Dalton

O “Kongo” começou sua carreira como um cruzador de batalha construído para os japoneses pelos britânicos que foi seguido por outros 3 construídos no Japão, mas eventualmente todos eles foram elevados ao patamar de encouraçados por conta de melhorias introduzidas e embora não fossem encouraçados pesadamente armados
“apenas” 8 canhões de 14 polegadas sua alta velocidade os tornou muito úteis já que
eram capazes de acompanhar os NAes.

Esteves

Pode isso, Dalton?

Os britânicos transferiram TOT de submarinos, cruzadores, porta-aviões, aos japoneses para fazerem guerra contra os russos. Contra os russos.

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves, as tecnologias cruciais absorvidas pelos japoneses para construir seus navios de guerra foi antes da Primeira Guerra Mundial. Os estaleiros britânicos tinham interesse em vender para um bom cliente e aceitaram os riscos. Vale lembrar que o Japão também comprou belonaves italianas na virada dos séculos XIX-XX. Os japoneses tinham um plano muito bem elaborado para absorver conhecimento sobre construção e propulsão naval por turbinas a vapor, principalmente, e seguiram com muita determinação. Rapidamente passaram a construir navios e fabricar turbinas após acompanharem as construções e serem instruídos nos estaleiros britânicos. Lembro que assisti há uns oito anos uma… Read more »

LucianoSR71

Nunão, os japoneses usaram os conhecimentos passados oficialmente pelos britânicos, mas também houve espionagem, um dos principais espiões havia sido oficial da RN e da RAF, Lorde Sempill, que iria ocupar uma cadeira no Parlamento e participar do governo, recebeu dinheiro dos japoneses por vários anos, chegando a indicar outro oficial que foi encarregado de espionar Pearl Harbor. Mesmo descoberto, o caso foi acobertado por ser um nobre…

Fernando "Nunão" De Martini

Luciano,

De fato havia espiões em Pearl Harbor. Assim como havia espiões de todos os países em todos os lugares possíveis na Segunda Guerra.

Mas eu estava falando especificamente do final do século XIX e primeira década do XX.

LucianoSR71

Nunão, citei Pearl Harbor só p/ completar a informação, esse Sempill foi chefe de uma delegação Britânica no Japão já em 1920 e quando por pressão americana Londres deixou de dar esse apoio direto a Tóquio em 1921, pouco depois deve ter iniciado o serviço que o Sempill prestaria p/ os japoneses, documentos revelaram que o MI5 já suspeitava disso em 1923! Ou seja, estou falando de fatos não muito distantes do período que vc falou, ok? Abs.

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, Luciano, entendo. Só quis ressaltar que a busca japonesa para absorver tecnologia naval de ponta vinha desde o final do século XIX, quando o mencionado lorde ainda era um bebê. No entreguerras também houve muita espionagem de tecnologias sensíveis, sem dúvida.

Esteves

O estrago já Estava feito.

O Kogo foi construído em 1916. A guerra contra a Rússia aconteceu em 1904/1905.

André K

Lembrando que o Japão combateu ao lado dos aliados na 1ª Guerra Mundial. Simplificando muito, a falta de reciprocidade após a guerra e a crise econômica do crash de 1929 construíram as bases do que o Japão se tornou nos anos 1930.

Esteves

Sim. Esteves leu.

Esses cruzadores são dos anos 1910. Imagino a qualidade de um navio de 25 anos combatendo na segunda guerra. Um gigante de mais de 20 mil toneladas carregado de carvão borrifado com óleo diesel…devem ter sido absurdas as condições da vida à bordo.

Marinheiros de ferro.

Assim como…mesmo sem a internet nos anos 1910…o capital sabia que a revolução bolchevique iria estourar antes ou depois da primeira guerra.

A famosa guerra por procuração.

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves,

Na época da Segunda Guerra Mundial o Kongo já tinha passado por mais de uma modernização e não queimava mais carvão, apenas óleo.

Esteves

Ok.

O fato que Esteves está marcando é os britânicos terem transferido tecnologia de guerra para o Japão meter-se em guerra com os russos no início dos anos 1900 e depois…pagaram um preço muito elevado.

Isso contribuiu enormemente para o Japão capacitar-se para a guerra. Sem o TOT britânico…eles teriam conseguido desafiar o Pacífico?

Fernando "Nunão" De Martini

Teriam buscado outras fontes de tecnologia e/ou desenvolvido localmente (como foi o caso com outras tecnologias em outras áreas mais tarde, como a aeronáutica), pois havia um projeto bem elaborado para ter capacidade própria em navios de guerra.

Esteves

Teria dado tempo para acompanhar a “operação especial” alemã? Nesse mundo tudo se copia, mas…não.

A urgência do capital deter os vermelhinhos veio antes da visão hegemônica nipônica sobre o Pacífico? Ou no final dos anos 1800 o Japão pensava em lançar-se?

Fernando "Nunão" De Martini

“ A urgência do capital deter os vermelhinhos veio antes da visão hegemônica nipônica sobre o Pacífico?” Acho que você está misturando as bolas. “ Ou no final dos anos 1800 o Japão pensava em lançar-se?” Desde as décadas finais do século XIX o Japão estava construindo uma marinha moderna para se impor nos mares frente à China e à Rússia, o que de fato conseguiu contra ambos os países em 1895 e 1905. A Rússia ainda era Czarista quando perdeu para o Japão (a construção da Transiberiana foi um dos fatores para o Japão ir à luta antes que… Read more »

Esteves

Ok. Histórico é domínio do Doutor.

A capacitação oferecida ao Japão pelos ingleses foi utilizada na construção da Marinha de Guerra. Guerra feita primeiro contra russos e chineses e depois, no Pacífico.

A afirmação do Esteves é que motivos britânicos para terem capacitado o Japão foi (um deles) o movimento operário bolchevique que correu a Europa nos anos 1860/1870. Os vermelhos não teriam tomado a França…mas a Rússia…a Rússia empobrecida dos Césares…sim.

Isso esta errado?

Fernando "Nunão" De Martini

Está errado pela forma que você constrói, do presente pro passado, achando que os britânicos tinham bola de cristal. Os agentes históricos operam nos tempos deles, com as visões de mundo e limitações de ações dadas pelo presente em que vivem. O problema de muitas teorias é inventar o que se imagina serem as motivações de longa duração de agentes históricos como se eles estivessem no nosso tempo. É preciso checar nas fontes (e mais diversas possíveis) da época quais eram as linhas de ação desses agentes. Você parte do fim pra chegar ao meio, mas o fim do qual… Read more »

Esteves

Doutor, Após a Internacional Socialista na França, o capital não teria tido capacidade de projetar a revolução bolchevique na Rússia? Não afirmo adivinhar. A Alemanha, berço de Deus, não tinha ambiente. Certo? Na Itália que forneceu aviões aos japoneses…Gramsci levantando a Itália à partir da prisão teria sido mastigado com alho. A França dos ideais…parou no Cine Liberty. Aonde haveria palco e campo para a revolução? Rússia…quando…exatamente quando o capital não poderia afirmar. Vamos lembrar das passeatas e movimentos pro nazistas nas Américas nos anos 1920/30. Os vermelhinhos tiveram visões que as guerras impediram. Visões americanas…naqueles anos 1910 Henry Ford… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“nos anos 1870 não teria sido difícil “projetar” a revolução na Rússia e…vai aqui minha interpretação que o capital capacitou o Japão para fazer a guerra contra a Rússia distante. Estou muito errado?” Pode ser que sim, pode ser que não. Mas muito mais pelo chute que pelo método, pois vc está seguindo um raciocínio teleológico, como mostrei no comentário anterior. Para provar sua hipótese, só pesquisando e escrevendo uma tese. Se for só bibliográfica (fontes secundárias), dá uns dois anos de pesquisa e escrita, por baixo. Se for pesquisa em fontes primárias (e se possível no Reino Unido e… Read more »

Esteves

Teleológico. Doutor comparou Esteves a Aristoteles. Estudos comparativos. Lógica analítica.

Vale a pena passar 5 anos na Inglaterra pesquisando. Se.

Doutor, esse movimento europeu de puxa estica com os russos deu na Ucrânia.

Guerra e Paz a todos os Miseráveis.

LucianoSR71

Pelo que eu sei alguns fatores levavam os ingleses a crer que o Japão não seria uma ameaça ao seu Império. Se pensar que até a década de 1860 o Japão ainda era um país fechado e sob regime feudal, não seria algo muito previsível esse expansionismo e em tão pouco tempo afinal era uma nação que tinha que se modernizar, industrializar e ter capacidade de absorver e criar tecnologias novas muito rapidamente. E aqui entra outro ponto importante na análise dos ingleses: a capacidade intelectual e as habilidades dos japoneses. Muitos acreditavam que nem se fornecessem aviões modernos, por… Read more »

Esteves

É necessário entrar na cultura deles para compreender certas crenças.

O Império do Meio tem e tinha a mesma visão egocêntrica nipônica. O mundo existe aqui. O universo conhecido existe dentro desses muros. Fora do Japão, da China, da Coréia existem bárbaros e selvagens.

Somos os representantes de Deus. Nossa missão é levar civilização ao mundo…cultura, educação, ciência. Não pode haver nada acima ou além do Imperador.

Somos preconceituosos quando enfrentamos o desconhecido.

Dalton

Os japoneses superaram os britânicos no que mais importava
NAes e os aviões que operavam deles.
.

LucianoSR71

E c/ aviões baseados em terra acabaram c/ a Força Z, afundando os couraçados HMS King George V , c/ menos de 1 ano de comissionamento e HMS Repulse 3 dias após Pearl Harbor, ou seja apanharam de todo jeito.

Esteves

O Prince of Wales em 1941. Nunca se recuperaram dessa perda.

Dalton

A perda do “Prince of Wales” em dezembro de 1941 foi mais que compensada pela entrada em serviço no ano seguinte de outros dois
do mesmo tipo, mas, mais importante que isso é que os encouraçados definitivamente não governavam mais os oceanos então não foi assim uma perda tão significativa do ponto de vista material.

Esteves

Ok. Mas…perder um navio no mesmo ano da incorporação…um navio daquele tamanho…um encouraçado…um trauma.

Dalton

Sem dúvida foi traumático mas não insubstituível e apesar de uma curta carreira esta durou 11 meses, 2 meses a mais que seu oponente alemão “Bismarck” em maio de 1941.

Dalton

O “Prince of Wales” afundado foi o segundo da classe King George V
enquanto o “Repulse” apesar de ser um grande cruzador de batalha
não havia sido tão modernizado quanto seu irmão “Renown”.
.
Inicialmente um NAe iria proporcionar cobertura aérea mas foi
bom ele não ter aparecido pois teria compartilhado o mesmo fim.

Esteves

E submarinos.

Esteves

Tem uma coisa que não foi dita.

Entender a história de 1900 com os olhos de 1900 é tarefa de Doutor Historiador. Esteves é somente um passante.

Obrigado a todos vocês.

Leandro Costa

Ah… Taffy 3…. Não é à toa que é o nome da frota que faço parte no Star Trek Online.

737-800RJ

[OFF]
Não tinha um pessoal aqui revoltado que defendia que a MB encomendasse navios com esse país, que a produção seria na velocidade da luz e que eles possuem a mesma tradição de construção naval que Itália, França e Inglaterra?

https://www.thedefensepost.com/2022/06/22/pakistan-chinese-warship-malfunction/

Esteves

Tradição não disseram.

Quem defendeu, defendeu a oportunidade. Esteves, em certo momento, porque Esteves não pensa certo em todos os momentos, teleologicamente explicado de quem aprecia o fim para entender o meio, defendeu.

Mas foi uma defesa comparativa ao resultado que temos aqui…mais de 1 década.

Angelo

Olá amigos, essa pintura no casco parece uma camuflagem e a parte escura dá uma impressão pela foto de que se o navio fosse todo preto seria mais difícil identificá-lo a distância , como sou leigo e nunca fui para alto mar talvez possa ser o contrário .É só um ponto de vista pela foto.

Rodrigo Maçolla

Ainda ontem eu estava assistindo a série “Navios de Guerra” do canal “smithsony” e o episódio era sobre a A batalha do Golfo de Leyte, bem resumidamente esta batalha foi decisiva e a última onde encouraçados foram protagonistas, a principal frota Japonesa ficou a 32 KM de onde as tropas americanas haviam desembarcados e se não fossem a coragem e sacrifício de unidades menores como USS Samuel B. Roberts, a invasão poderia ter sido um desastre.

LucianoSR71

Num dos primeiros comentários postados, coloquei o link de um documentário focado no Samuel B Roberts, não sei se já assistiu, é da série de 13 documentários aqui no Brasil conhecida como Naves Heroicas. Se quiser conhecer mais pesquise no Google: hero ships documentary imdb – tem todos e uma sinopse de cada episódio. Abs.

Rodrigo Maçolla

Luciano , valeu pela dica !! vou pesquisar

LucianoSR71

Se não encontrar os outros no YouTube, tem todos os epsodios dublados em espanhol – não é tão dificil de entender – no documaniatv (pontocom) na busca coloque: buques de guerra

Ronald Reagan

Não deixa de ser interessante a construção semântica “tentavam libertar as Filipinas, então uma colônia americana ocupada pelo Japão.”

Dalton

Uma “colônia” cuja independência já havia sido garantida após um período de 10 anos
de transição a partir de 1935. Os japoneses invadiram as Filipinas em 1941 e nos 4 anos que lá permaneceram estima-se que um milhão de filipinos civis e militares tenham sido mortos muitos dos quais massacrados além de incontáveis estupros.
.
A ocupação americana ao menos no início encontrou resistência e ocorreram alguns excessos mas nada nem perto do que os japoneses fizeram em 4 anos e os japoneses jamais teriam concedido a independência caso tivessem prevalecido na guerra então, se tentava de fato uma libertação.

LucianoSR71

Perfeito amigo Dalton, eu ia na sua mesma linha, lógico que não c/ sua competência, e mesmo que não houvesse essa promessa de independência a brutalidade dos japoneses inclusive contra mulheres, idosos e crianças faria c/ que qualquer filipino tivesse saudade do colonialismo americano. Abs.

Dalton

Grato Luciano !

GUPPY

Excelentes comentários.
Parabéns a todos.

Vitor

Quem afundou o Bahia e não sei, mas que Hitler veio para a Argentina é praticamente um fato!

Esteves

É história. Pegaram um país e uma época recheada de nazis e botaram Hitler dentro. A influência alemã no Continente é anterior à segunda guerra. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, referência no tratamento e procedimentos para cura do câncer, foi fundado na década de 1890. Vamos deixar a outra influência mais recente, havida no período militar de todos os países, de ladinho. Paz e tranquilidade. As instalações alemães construídas na Argentina poderiam ter abrigado qualquer nazi assim como houveram instalações semelhantes protegendo Mengele em Bertioga. Hitler precisava morrer ou a guerra não terminaria. Quem chegou primeiro à Berlim foram os… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“ Ou Esteves pega esses “documentos” que dizem terem sido liberados pelo FBI e faz um levantamento histórico de 5 anos em formato de tese. É o caminho que mostraram ao Esteves para opinar.” Nananinanão. Cinco anos de pesquisa é o caminho que sugeri pra colocar a sua hipótese à prova. No caso, nem falei na do afundamento do cruzador Bahia, e sim aquela outra que você propôs, que uma entidade chamada capital previu, nas últimas décadas do século XIX, que haveria revolução comunista na Rússia e decidiu transferir tecnologias de navios para o Japão se contrapor ao perigo vermelho.… Read more »

Esteves

capital com C maiúsculo. Pode chamar o capital de C de revolução industrial na Inglaterra, capital privado europeu, banqueiros nova-iorquinos, capitalistas teutobritanicos…não os frutinhas franceses. A Internacional Socialista cooptou os fofinhos em 1870. Quem sobrou? Qual enorme nação dotada de recursos naturais, mão de obra, trabalho, matéria prima, energia, escravidão, analfabetismo, oportunidades, disposição para perderem 1/3 ou 1/4 da população com reformas poderia oferecer palco para os vermelhos? A Europa acaba na Alemanha. Certo? Na Prussia. Certo? Falar em Prussia tem gente querendo resolver essa parada…novamente. Quem? Quem? Qual? Diga Mestre Doutor Historiador. Ofereça vossa senhoria outro ninho para os… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Esteves,

Curioso é que a derrota russa para os japoneses em 1905 abriu caminho para a revolução ao longo dos anos seguintes.

Já viu o Encouraçado Potemkin?

A narrativa da obra-prima de 1925 de Serguei Eisenstein se passa em 1905, época da amarga derrota russa. A revolta começa no navio e continua em Odessa, onde hoje, quase 100 anos depois do filme, caem foguetes russos.

Precisa acrescentar o fato da derrota russa ter acelerado a revolução, e não a impedido, à pesquisa que pode ou não provar sua hipótese.

Boa sorte!

Esteves

100 anos. A Europa de 100 anos. Resolvem tudo com guerra. De 1810 a 1910…o cisma de 100 anos. Doutor concluiu o que Esteves, se afirmou, fez-lhe erroneamente. O objetivo do TOT foi fazer a guerra. Impedir o vermelhidão é outra história. Tiveram que tentar sabendo que ocorreria, minha tese. Talvez tivessem contado com a guerra de 1914 se a Alemanha não tivesse se mostrado, antecipadamente, um problema para resolver. Doutor, aquele continente é empesteado. Ciclos centenários de pestes e guerras. Levaram a guerra até…Jerusalém. Levar a guerra até Moscou com os japoneses do outro lado teria sido um sonho…mas… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Esteves
Rafael M. F.

Digaí, Fernando!

Na verdade a revolução só não foi vitoriosa já em 1905 porque o Tsar teve o bom senso de manter suas leais tropas regulares em território russo, ao invés de mandá-las para a China contra os japoneses.

Foram essas tropas que esmagaram os revolucionários de 1905.

Em 1914 Nicolau II não teve o mesmo bom senso.

Esteves

Verdade. Tem quem nem pesquisa. Vez ou outra publicam de outras fontes em inglês…colam links com afirmações contrárias ao que afirmaram.

Vai entender.

Esteves

Principio da Casa dos Pombos. Talvez não seja necessário passar 5 anos em Odessa.

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Esteves

Um navio de 6 meses. Lançado em abril de 44, afundado pelo Kongo em outubro. O mesmo conceito de Patton desembarcando na Itália? Matam um tem outro em seu lugar? O History, canal preferido por 9 entre 10 estrelas do PN, mostra os Sherman’s sendo destruídos pelos blindados alemães…mas que inferno essa capacidade industrial norte-americana repondo velozmente as perdas no front. 1.800 toneladas deslocando 25 nós, um navio rápido como um tanque. Um enxame de navios contra os gigantes blindados japoneses assim como Patton enfrentou os Panzers? Não parem, não parem, gritava o general norte-americano. Quem comandou esses tanques marítimos… Read more »