A Marinha do Brasil, por intermédio de sua Diretoria de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico (DGDNTM), informa o importante avanço no calendário de entrega ao Setor Operativo do Submarino “Humaitá”, o segundo dos quatro submarinos da classe “Riachuelo”  (S-BR2) em construção, no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

Na manhã de hoje (31), o “Humaitá” realizou a sua flutuação operacional. Um marco de segurança que define o início da última fase do projeto de construção, executado pela Empresa Itaguaí Construções Navais (ICN). Os sistemas de segurança e operação do submarino estão prontos para as provas de aceitação de cais e de mar, os quais prosseguirão de acordo com um extenso cronograma até sua transferência definitiva para a MB, a fim de iniciar seu ciclo operativo na Esquadra brasileira.

A execução do PROSUB e as atividades relacionadas aos S-BR “Tonelero” (S42), “Angostura” (S43) e ao Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) “Álvaro Alberto” permanecem em andamento conforme planejadas e avançam em diferentes estágios de prontificação.

Lançamento ao mar do Submarino Humaitá – S41, em dezembro de 2020
O Brasil está construindo atualmente quatro submarinos S-BR dentro do Programa Prosub
O Programa Prosub envolve a construção de 4 submarinos convencionais S-BR e um submarino de propulsão nuclear

DIVULGAÇÃO: Diretoria de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico (DGDNTM)

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Oseias

Que bom ter noticias do Humaitá e do andamento do programa. E amanhã será a entrega do Riachuelo para o setor operativo da MB .

Silvano

Subentende-se que o processo de certificação seja mais rápido que o do Riachuelo, dada a aprendizagem com a certificação do primeiro da classe.

Solta a fera!

Atirador 33

Não entendo nada do assunto, porém ao ler a matéria pensei nisso, na possibilidade de correções encontradas na primeira unidade para as demais, que diminuiria o tempo de provas. Minha torcida é para que o ultimo dos 4 fique apenas umas duas semanas em testes e já seja transferido para o operativo kkkkkkkkkk. Parabéns aos envolvidos, esses meios colocará nossa marinha em outro patamar.

Ivan herrera

O Humaitá ficou 2 anos parado criando poeira, falta é verba pra conclusão dos testes, devagar chegamos lá.

Jefferson Ferreira

errado…. verba tem… AONDE é empregada é outra estória….

Esteves

Navio francês, pagamento em euro. Aonde tem euro no Brasil?

Sulamericano

Apesar de seu comentário não ter nada a ver com os “problemas orçamentários” das Forças Armadas Brasileiras, o Banco Central sempre mantém reserva em outras moedas, inclusive Euros.

Camargoer.

Olá Silvano. Não aposto nem um kichute$ nisso. Estou com a impressão que o maior gargalo é orçamentário. Perceba que os testes do S41 só começaram depois de encerrado o processo de aceitação do S40. A MB foi incapaz de conduzir os dois programa de teses simultaneamente.

Ivan herrera

Pensei a mesma coisa, então só daqui um ano ou um pouquinho mais ele será entregue a marinha, falta $$.

marcos.poorman

Se não for negociado com os franceses pelo menos mais um ou dois submarinos classe Riachuelo o expertise e o tal “ToT” simplesmente vão se perder com o passar dos anos. De qualquer maneira é uma excelente notícia iniciar as provas de aceitação.

wwolf22

o que impede do Brasil construir mais algumas unidades por conta própria??
Tendo construido o Tikuna, agora os Riachuelo, o Brasil não conseguiu adquirir conhecimento suficiente para não depender mais de outros paises ??
Alguem saberia informar?

marcos.poorman

Não fabricamos todo o conteúdo, dependemos muito de terceiros. Para mais um ou dois é voltar a mesa de negociações, mesmo que tenha uma opção em contrato.

wwolf22

Acho que o Brasil ja consegue construir o casco, motor, sistema de combate…
sonar acho eu que o Brasil consegue produzir… se não consegue, compre…
armamentos idem… acho que 70% de um submarino convencional o Brasil é capaz de fabricar…
será que o que esta faltando é coragem de tentar construir ou falta de $$ ??

Cosme Eustáquio

O Problema sempre se traduz “EM VERBA” disponível. Não há um único meio da Marinha que consiga operar sem verbas de custeio, que é onde se inserem os custos de operação, pois existe a previsão das manutenções, as armas e munições, e todos sistemas que precisam de manutenção, disponibilidade e reserva. Não existe almoço grátis

Last edited 1 ano atrás by Cosme Eustáquio
Andre

O mais difícil é o projeto como um todo. Veja que muitos poucos países conseguem ser completamente independentes em todos os itens de equipamentos avançados. Veja, por exemplo, o quanto do Gripen não é sueco.

Dessa forma poderíamos ter um submarino com alguns componentes importados e mesmo assim ele seria brasileiro.

O problema é criar um projeto novo para apenas uma ou duas unidades. Melhor seria fazer mais um ou dois Riachuelo.

Esteves

O Gripen é sueco. Turbina e aviônica de lá, sistemas de outro, asas de mais um, um pouco daqui…mas é um avião sueco.

Para submarino 100% nacional precisaria haver uma P&D de décadas. Os russos começaram em 1800.

Um ou dois Riachuelos…se o Naval Group disser sim.

MHC

“Veja, por exemplo, o quanto do Gripen não é sueco”. Ele não disse que não é sueco. Ele não disse que não é sueco. Ah o motor é GE tá.

wwolf22

sim, os aviões da Embraer não são 100% nacionais, mas ela projeta e produz…
o que impede do Brasil projetar e produzir submarinos nos “moldes da Embraer”??

Willber Rodrigues

Testes com armas estão previstos pra quando?

Silvano

Não tenho certeza, mas li que o S-40 já o fez, na surdina.

Li que iria lançar um SM-39 de exercício e um F21 real. Talvez alguém tenha melhor informação.

Camargoer.

Olá Wlber. Pelo que sei, o S40 fez testes com torpedos de treinamento. Acho que os testes com o F21 com carga explosiva e com o SM39 ainda estão aguardando. O que sei foi que que a MB cancelou todos os testes com misseis reais queseriam feitos no segundo semestre, inclusive com o Mansup por falta de recursos.

Thor

O teste de aceitação do sistema de combate do Riachuelo foi feito com o torpedo de exercício F21 e com uma “dummy load” do SM39, que faz toda a interface do ciclo do lançamento do míssil, incluindo a ejeção do casulo pelo tubo de torpedo, mas não lança um míssil.
Lembremos que a certificação é do sistema do submarino e não do SM39.

Rommel Santos

Como qualquer outro equipamento de grande porte, civil ou militar, os submarinos requerem com que sejam executados uma série inspeções, testes, ensaios e certificações. Grande parte dos sistemas precisam ser devidamente parametrizados individualmente, dado que são uma função do estado real do comportamento estático e dinâmico, etc Entendo que parte dos ensaios e certificações do Riachuelo contribuem para com que o Humaitá tenha uma certa redução nos prazos de entrega, mas existem etapas fundamentais que não podem ser eliminadas. E não estou falando de recursos financeiros…. Querem ver um exemplo muito simples: todo o sistema eletrônico e eletromecânico de posicionamento… Read more »

Mk48

Prezado, EXCELENTE comentário.
.
Até que em fim leio nesse post um comentário, sério e com conteudo de verdade, absolutamente dentro do assunto da reportagem.
.
Obrigado .

Last edited 1 ano atrás by Mk48
Esteves

MK…

Quando os meninos voltarem do Estoril e de Aspen…da essa ideia. MK moderador. MK fiscal de comentário. Manda o robot embora, dispensa o algoritmo e bota o MK no lugar.

Mk48

Esteves…….
.
O Rommel resumiu tudo…
..
O comentario dele está irretocável do ponto de vista tecnico/operacional.
.
Vamos elogiar o correto ???
.
Abs

ADM

A maioria dos “tripulantes de escrivaninha” nunca fizeram parte de um grupo de recebimento de um meio, seja ele fornecido pelo estaleiro construtor ou por outra Marinha, não tendo noção das atividades que são executadas.

Mk48

“tripulantes de escrivaninha”.
.
Hahaha.
.
Otima !
.
Tmj!

Esteves

Casou com Maria não venha reclamar da Maria. A MB se não sabia que iria receber navios e sistemas nunca antes navegados, deveria saber.

Casa nova. Depois que entra…conserta os pinga pinga.

Andre

Ótima noticia. Mais uns 4 Riachuelos já teríamos uma razoável defesa da Amazônia azul.

Vitor

Com o aprendizado do Riachuelo, vamos poder economizar muito tempo em calibragem e verificação de vários equipamentos para o Humaitá.
Agora dizer que esse programa esta dentro do cronograma e planejado não tá. Já atrasou e muito. Infelizmente essa é a realizada do Brasil se não tiver responsabilidade fiscal.

Camargoer.

Olá Vitor. O problema do país nada tem a ver com responsabilidade fiscal e sim com a ausência de política de fomento econômico anticĩclicas, para começar. Também há uma confluência de uma crise política que vem se arrastando há quase uma década que contaminou o ambiente econômico. Por fim, há um desvirtuamento do orçamento público federal que foi capturado pelo legislativo, criando uma situação de descoordenação no executivo que impede qualquer arranjo sinergético entre os diversos ministérios.

Esteves

Pera lá Professor, A mulher é burra. A mulher é muito burra. Tirar a mulher de lá como tiraram foi errado porque a mulher cometeu o crime de submeter-se e submeter o país aos economistas da Unicamp vulgo Belluzzo. O homem quebrou o Palmeiras em 300 milhões. Trezentos milhões. Professor Camargo recorda que Belluzzo teve a cara de pau de defender o endividamento público durante o impedimento? O resultado está aí. Esses 2 trilhões que pagamos para rolar a dívida é consequência de burros terem e estarem submetidos a gente sem caráter que trabalha para banco. 500 bilhões de reais… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Nilo

Esteves, bom dia, vamos llembrar.
Petrobras se torna maior pagadora de dividendos do mundo; Estatal distribuiu US$ 9,7 bilhões no segundo trimestre de 2022,
superando empresas como Nestlé, Rio Tinto, China Mobile, Ecopetrol e Microsoft. No mesmo período de 2021, a estatal brasileira havia distribuído US$ 1 bilhão aos seus acionistas.

Esteves

Tá. No tempo da ex…a Petrobras dividia o dividendo com o Centrão. Esteves lembra porque Esteves viu ao vivo sessão no Senado. — Que falta fazem 5 bilhões no caixa da Petrobras? Bom dia Nilo. A Prefeitura aqui pegou 40 milhões de dólares pra fazer túnel. A Prefeitura faz raciocínio sobre a racionalidade da racionalização dos gastos? Faz nada. Tem comissão pro banco que intermediou, têm comissão para o operador que operou, tem comissão pra comissão que aprovou. Quando o prefeito foi eleito disse que iria fazer zás-trás e cortar secretárias e secretarias, reduzir despesas e adequar o orçamento. Deu… Read more »

Marcelo Baptista

Esteves, tudo o que vc escreveu esta correto, mas que o orçamento foi cooptado pelo legislativo, ah isto foi!

Esteves

Quem faz. O orçamento é de quem faz. O executivo tem o orçamento dele. Para o executivo manter-se executando precisa comprar apoio parlamentar. Sem apoio parlamentar vira refém. No news. Vamos acabar com essa vigília parlamentar dispensando a turma. Já tem os legisladores estaduais. Tem WhatsApp. Tem TikTok. Manda 1 vídeo. A turma do Congresso…aposenta por bons serviços prestados à pátria. Da uma caneta pra cada um…quem reclamar que não sabe pra que serve 1 caneta manda falar com o Esteves. Tem os governadores. Fecha os ministérios. Governador tem Telegram e Instagram. Mandam vídeos de 1 minuto sobre a vida… Read more »

Eliakim

Calma lá Esteves! Não é mais 35 anos, agora é 40 anos. Não existe mais 1/6 para progressão da pena, mudou. Agora são porcentagens: começa em 16% (se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça) e vai até 70% (se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional). Quanto ao congresso, precisávamos implementar o parlamentarismo. Hoje, um deputado/senador tem mais a ganhar se disser “não”, já que ele terá de ser convencido ($$$). No parlamentarismo, os deputados e senadores são fiadores do… Read more »

Camargoer.

Olá Marcelo. Hoje, um dos principais problemas do país está relacionado com a fraqueza do executivo na execução do orçamento público. Considerando que em qualquer país, os recursos públicos são escassos e as demandas imensas, caberia ao Executivo coordenar os gastos por meio de programa interministeriais. Infelizmente, o orçamento federal se tornou uma demanda por balcão (no sentido que cada um apresenta uma demanda individual desconectado de uma visão coordenada), levando demandas locais que deveriam ser atendidas por prefeituras como se fossem demandas federais. Isso resulta em dispersão de recursos e ineficiência dos gastos (nem vou entrar na questão dos… Read more »

Esteves

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Vitor

Não me venha culpar dívida…

Esteves

Números são números.

Pergunta lá no Palmeiras.

EduardoSP

Tem dupla contagem na rolagem da dívida.

Vitor

Claro que é problema de responsabilidade fiscal. Esse papo de anti ciclico keynesiano é obsoleto e não cola.

Planejaram (Ou prometeram) Programa de Superficie, Prosub, KC-390, Modernização de toda FAB, Copa do Mundo, Olimpiadas etc …

Quem gasta mais que recebe, ou planeja gastar mais do que sabe que vai receber não tem receita. Vai ficar devendo e atrasando pagamento. E aí quem faz a festa é o Juros.
Esse é o grande Legado deixado. Mais uma lição de tantas outras que tivemos na história.

Esteves

Nenhum estado cresce sem dever. Todo estado gasta mais que arrecada e precisa fazer ajustes. O problema do Brasil é gastar muito e gastar mal. Pra isso existe orçamento. Orçamento presta para enxergar.

Pagar 50% do orçamento para bancos por conta da rolagem da dívida pública é com países de elevada capacidade de negociar e renegociar com bancos oferecendo mais que somente juros altos.

Moeda estável. Salários com poder de compra. Liquidez. Não temos muito disso aqui.

Vitor

Concordo , o problema é o tamanho do endividamento, gastos públicos e receita.

Camargoer.

Caro Vitor. Discordo. Existem duas análises da dívida pública. Um é o porcentagem do PIB e o outro é a dívida per capita. Na lista dos países de maior endividamento público estão o Japão (266%), itália (156%), EUA (128%), além de outros como Sudão, Grécia, Líbano. No outro extremo estão Brunei (3,2%), Kwait (11%), Rússia (17%) além de Afeganistão, Burundi, Estônia. No ranking de dívida per capita, o Japão lidera a lista, junto com Itália, Grécia, Singapura e EUA (além de outros). No outro extremo estão países como Libéria, TImor, Nigéria. O que se percebe e que tanto os países… Read more »

Esteves

Discordo.

Vamos ao gráfico. A imagem fala forte. Pagando 2 trilhões de reais para rolar a dívida não sobra para investimentos. Ou o que sobra vira investimentos de 2%.

Aonde estão os investimentos do PIB? Os bancos devem saber. Eles são os maiores devedores da Previdência Social.

Esteves odeia banco.

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Camargoer.

Olá Esteves. Concordo que a dívida publica pode ser usada como meio de crescimento econômico, principalmente nos períodos de recessão quando os agentes privados buscam segurança, adiando investimentos. Por outro lado, nos períodos de expansão econômica, nos quais há aumento da arrecadação proporcional ao da atividade, é possível ao Estado resgatar a dívida. Também é preciso lembrar que parte da dívida pública é usada como base da poupança/previdência da população (principalmente de classe média).

Esteves

Sim. Mas…para resgatar a dívida precisa desvalorizar a moeda. Desvalorização provoca inflação que atrai mais juros para conter o consumo e…essa ciranda de moeda podre + inflação + juros alimenta a rolagem da dívida penalizando o investimento público.

Camargoer.

Olá Esteves. Estamos vendo a minhoca pelos lados opostos. O crescimento econômico demanda investimento. Quando a capacidade de produção atinge seu máximo, a demanda supera a oferta elevando os preços. Isso também acontece quando se atinge o pleno emprego pois a capacidade de produção atinge um gargalo. Geralmente, nestes casos, a ideia é reduzir a demanda pela elevação dos juros (mas isso também prejudica a retomada dos investimento produtivos). Quando a capacidade de produção atinge o máximo, é preciso importar para abastecer o mercado interno. O problema então é disponibilidade de moeda estrangeira para o financiamento. Durante um período de… Read more »

Camargoer.

Caro Vitor. Existem duas premissas que decorrem da observação e dias conclusões que derivam delas. As observações são: 1 O capitalismo é um sistema de ciclos de expansão e recessão econômica. 2. Os agentes privados adiam os investimentos durante os períodos de recessão para preservar o seu capital. As conclusões são: 1. durante a recessão, o adiamento dos investimentos agravam o cenário econômico, resultando em uma espiral de recessão que pode resultar em uma depressão. 2. O Estado é o único agente econômico com capacidade de endividamento durante uma recessão que pode interromper o ciclo de recessão. Isso é básico,… Read more »

Rafael Oliveira

Camargoer, já parou para pensar que você defende um terraplanismo econômico? rsrs.
Responsabilidade fiscal é o básico do básico para a prosperidade econômica do país.
Imprimir moeda sempre afundou o país, pois a conta sempre chega. Pode enganar o povo por uns anos, mas uma hora chega.

Camargoer.

Olá Rafael. Pelo contrário. Defendo ideias bem estabelecidas na literatura econômica. O capitalismo tem ciclos de expansão e recessão. Nos períodos de recessão, os agentes privados buscam proteger os seus capitais, adiando investimentos, até porque nestes períodos há uma redução da demanda. Apesar de compreensível, este movimento cria uma espiral descendente que ampla a crise, como aconteceu na grande depressão da década de 20. Neste períodos de recessão, o único agente econômico capaz de inverter a dinâmica econômica é o Estado. Como existe capacidade de produção ociosa, elevado desemprego e baixa capacidade de consumo, o Estado pode gerar dívida (por… Read more »

Rafael Oliveira

A questão começa antes: o que causa uma recessão? Você parte do pressuposto que ela sempre ocorre (teoria do ciclos do capitalismo), mas isso não é um fato, é uma tese. Há vários exemplos de países com crescimento saudável ao longo de décadas. É que a gente vive no Brasil, um país que não consegue ficar uma década sequer sem que algum político populista assuma o poder e cause uma crise em razão do desajuste fiscal, da impressão de dinheiro ou da emissão de dívida. O populista sempre vai gastar de forma irresponsável para mostrar que está fazendo algo pelo… Read more »

Camargoer.

Olá Rafael. As causas dos ciclos de crescimento e recessão no capitalismo é um tema de debate intenso. Existem várias teorias para explicar. Ainda assim, é um fato. Alguns países tem políticas econômicas mais eficientes para identificar e abreviar as recessões. Outros países têm mais dificuldade. Isso depende também dos objetivos de cada autoridade monetária. Um fato bem conhecido é que a desregulamentação financeira resulta em crises e bolhas especulativas. Também é fato que uma economia que atinga sua capacidade máxima de produção em pleno emprego sofrerá um processo inflacionário. Também está claro na história que períodos de crise política… Read more »

Pablo

Embora concorde em relação ao atraso, temos que concordar que atrasos em programas militares dessa magnitude são comuns.

Esteves

2 submarinos não é magnífico.

Camargoer.

Olá Esteves. Isso depende do país e da época. Construir dois submarinos teria sido uma tarefa magnífica para o Uruguai, por exemplo, assim como teria sido magnífico o Brasil construir dois submarinos em 1930. Talvez o Brasil construir um submarino nuclear ainda seja uma tarefa magnífica.

Esteves

Para Uganda seria excepcional. É a história de quem ganha 1 mil culpar o outro que ganha 1 milhão.

Depende da ótica. Esteves precisa voltar ao oftalmologista.

Camargoer.

Caro Esteves. Hoje, acho necessário e imprescindível que o Brasil seja capaz de construir os seus próprios submarinos, mesmo sendo um projeto importado. Para mim comprar submarinos ou navios de combate fabricados em estaleiros estrangeiros é inaceitável. Por outro lado, se Uganda decidir construir ou importar submarinos seria um escândalo.

Camargoer.

Olá Pablo. Vocẽ tem razão. Programas complexos (como submarinos, foguetes e mesmo obras civis de grande porte. Contudo, no caso do ProSub temo que os atrasos foram causados principalmente por restrições orçamentárias, não por obstáculos técnicos. Portanto, é preciso analisar com atenção sobre isso.

Camargoer.

Olá Teropode. O problema das forças armadas nada tem a ver com falta de recursos mas com uma estrutura perdulária, anacrônica e ultrapassada que resulta na dispersão dos recursos disponíveis. São quase US$ 20 bilhões por ano. È muito dinheiro para dizer que falta recursos.

Heinz

Caro Camargoer, eu concordo cntg, é mais uma má administração do que qualquer outra coisa.
mas você concorda cmg se tivessemos uma boa administração e o orçamento das pasta da defesa fosse de 2% do PIB, não seria muito melhor?

Camargoer.

Caro Heniz. Acho que é preciso avaliar com mais cuidado esta questão dos gastos com defesa. Para países como o Brasil (Chile também), que possuem uma capacidade industrial instalada, acho que é um erro fazer grandes gastos militares focando na importação simples de equipamento militar. Nestes casos, a elevação dos gastos militares deve ser feita por meio do investimento na industria nacional. Por outro lado, um país como o Brasil que tem um gasto da ordem de US$ 20 bilhões anuais (que representaria cerca de 1,2% do PIB). parece ser suficiente para manter excelentes forças armadas em tempos de paz… Read more »

Esteves

Isso é uma foto problema da CF de 1988 e de toda essa legislação varzeana. As universidades federais comem 90% dos orçamentos com custeios.

As universidades federais também são perdulárias e ultrapassadas?

Vitor

Concordo. O problema esta na CF de 88 feita por quem não entendia nada de gestão e por um punhado de sonhadores que achavam que viviam em um país de primeiro mundo com burocracia de 3º mundo.

Camargoer.

Olá Esteves. Sua conta está errada. O orçamento das universidades federais é a soma 1. pela folha de pagamento dos ativos e inativos. 2. dos recursos de custeio (luz, água, manutenção predial, terceirizados). 3. dos recursos de pesquisa oriundos das agências de fomento (FAPESP, CNPq, CAPES, etc). 4 dos recursos para infraestrutura da FINEP. 5. Dos recursos dos projetos de extensão com empresas públicas e privadas. 6. Recursos próprios oriundos de royalties de patentes e investimentos e emendas parlamentares. O problema é que cada um destes recursos deve ser contabilizado de modo separado. Por exemplo, os recursos das agências de… Read more »

Renato B.

Você levantou um ponto importante e pouco conhecido pelo grande público. A avaliação de programas e políticas públicas, que é complexa mas necessária. Outro exemplo similar as universidades, a Embrapa que também é dependente do tesouro nacional: cada R$ 1 investido retornou R$ 23,38 para a sociedade.

Camargoer.

Olá Renato. Pois é. O próprio Mises Brasil tem um artigo que explica como é deve ser diferente a avaliação da produtividade no setor privado e no setor público. No setor privado, a conta é Preço/Custo. Quando menor o custo, maior a produtividade. Quando maior o preço, maior a produtividade. Os serviços prestados pelo setor público são essencialmente gratuitos, o que daria uma produtividade ZERO, que não tem sentido algum. Portanto, existem duas contas possíveis. 1. Qual seriam os gastos da sociedade na ausência do serviço público dividido pelo gasto do setor publico oferecendo aquele serviço. Isso é muito bom… Read more »

Camargoer.

Olá Teropode, Você tem razão. Podemos supor que neste momento, as forças armadas sofram de problemas orçamentários apenas. Isso significa que bastaria ampliar os gastos e os problemas estariam resolvidos. Contudo, esta conclusão é falsa porque com um orçamento de US$ 20 bilhões anuais, as forças armadas têm um dos maiores orçamentos dentro do governo federal. Portanto existe de fato um problema administrativo e estrutural que precisa ser atacado de frente. A partir desta abordagem será possível identificar quais são os gargalos administrativos e quais são os gargalos efetivamente orçamentários. Eventualmente, poderá ocorrer até o aumento ou remanejamento de verbas… Read more »

Eliakim

Infelizmente, nós sabemos que o problema “administrativo” das Forças Armadas nunca vai ser resolvido… “Ministério da Defesa gasta 83,5% do seu orçamento com pessoalA cada R$ 10 despendidos pelo Ministério da Defesa, R$ 8,35 destinam-se a gastos com pessoal. O órgão, que abarca todas as Forças Armadas, somou uma despesa de R$ 110,8 bilhões em 2020. Desse total, R$ 92,4 bilhões foram para a folha de pagamento, o que representa 83,5% do total. A destinação da maioria dos recursos para salários e pensões mostra como as Forças Armadas brasileiras focam mais em pessoal do que em tecnologia e estrutura. Além… Read more »

Pablo

Os gripens nao estao no cronograma?

Esteves

Não.

Stene Pires

O R G U L H O !

Mk48

TMJ !!!

Stemp

Eu queria entender a cabeça de quem dá deslike para a pessoa que posta “orgulho” ao ver um submarino sendo entregue à marinha. Quer dizer… Melhor não.

Camargoer.

Olá Stemp. Concordo. Melhor não. No momento que estas coisas fazerem sentido ṕara você é que estará pensando igual.

Mk48

Eu também !!!

Esteves

“o que impede do Brasil construir mais algumas unidades por conta própria??” O submarino Classe Riachuelo é um submarino francês Scorpene modificado com uma seção a mais. A propriedade industrial e intelectual pertecem ao Naval Group. Produzir além dos 4 Scorpenes contratados significa assinar novo negócio ou aditar o atual. O submarino Álvaro Alberto (convencionalmente nuclear sem armas nucleares) será um projeto inspirado no Scorpene mas, com deslocamento 3 vezes maior. De 2 mil para 6 mil toneladas. Aguardamos a solução de problemas como “assentar” o reator dentro do submarino, uma solução técnica inegociável e que não ensinam. Quem sabe… Read more »

MARCELO DANTON DA SILVA

O PESSOAL simplifica e tenta menosprezar tudo.. essa tal “uma seção à mais” muda MUITO toda a dinâmica do submarino…. é complexo viu.! Não é tão simples … quanto ao SUBNUC….PIOR AINDA! Praticamente um submarino totalmente inétido.

109F-4

Torno a acho muito “mimimi”: “submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear”. Todos sabem que o Brasil não tem SLBMs… (e nem vão deixar ter).

Alexandre Galante

Muito ruim mesmo essa denominação.

Camargoer.

Olá Galante. Tivemos uma discussão recente sobre os problemas da comunicação social das forças armadas. Tenho a impressão que ela está presa em sua própria bolha. Uma das coisas mais incompreensíveis é o desleixo com o público especializado e entusiastas, que demanda uma comunicação de alto nível. A comunicação com o público geral e leigo é praticamente inexistente, senão incompreensível. A comunicação institucional é hermética. Na comunidade científica já temos um consenso que cientista é incapaz de fazer divulgação científica. Isso tem que ser feito por profissionais. Tive que passar um por um treinamento para poder dar entrevistas (ainda tenho… Read more »

Esteves

Professor,

Nesse caso sou obrigado a concordar com o MK. Se não ficar muito entendido que o submarino nuclear não leva armas nucleares não conseguiremos homologar o que falta fazer.

Talvez…submarino movido a reator nuclear. Ponto. Nada de citar armas.

MARCELO DANTON DA SILVA

POIS È! Seria de se perguntar sobre o IDIOTA que sugeriu isso..”ARMADO com propulsão Nuclear” Se está com suas faculdades mentais aptas???
Isso é coisa de moleque..sinceramente viu!

Mk48

Não tão simples assim
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O Brasil é signatário do TNP, mas não assinou alguns dos protocolos adicionais.
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A MB ainda precisa obter o aval da Agencia da ONU que trata desse assunto, para poder enriquecer o combustivel do SSN.
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Portanto, pode parecer besteira (concordo que é), mas nesse momento, todo cuidado é pouco.

Last edited 1 ano atrás by Mk48
Esteves

” Estamos vendo a minhoca pelos lados opostos. O crescimento econômico demanda investimento. Quando a capacidade de produção atinge seu máximo, a demanda supera a oferta elevando os preços.” Preços sobem porque a demanda cai. Quem produz para vender por 10 aumenta o preço para 12 compensando a quantidade do faturamento pelo valor do faturamento. Menor quantidade com preço maior garante a conta inicial de vender financeiramente. Exemplo recente é a Ducati na Itália. Menos quantidade e mais $$$. Crescimento do faturamento financeiro também impulsionado por serviços. Menor quantidade faz subirem custos. Menor quantidade exige uma forte adaptação das linhas… Read more »

Esteves

Robot do inferno. Algoritmo do capeta. Censura vil. Da pra liberar o Esteves?

Âncora

Off topic, ma non troppo: Esses submarinos não recebem uma camada emborrachada, ou algo assim, importante para a redução da assinatura sonar? O Riachuelo recebeu? Vai receber? Alguém sabe?

Last edited 1 ano atrás by Âncora
Adriano Madureira

O problema do Brasil não é orçamentário somente, é gerencial, um país muito mal gerenciado… Além de muitos problemas que poderiam ser solucionados, como diminuição de municípios brasileiros, como a diminuição do número de partidos políticos, parlamentares municipais, estaduais e federais, o número de assessores parlamentares, além do salário dos deputados e senadores e benefícios remunerados, é uma vergonha por exemplo ver vereador de cidades pequenas chorando miséria por ganhar míseros salários. Moro em um estado onde há 167 municípios e alguns nem deveriam existir, seja pela sua densidade territorial, pelo seu número de habitantes ou pela performance econômica ridícula… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Adriano Madureira
Eliakim

Esse é um bom começo… Existem muitos municípios que não deveriam existir, foram criados para satisfazer alguns pequenos poderosos do interior (quantas famílias “dominam” a política de pequenos municípios?).

Outra coisa: é obsceno o valor que os parlamentares possuem à disposição para gastar como bem entenderem, apresentando notas fiscais tão verídicas quanto nota de 3 reais. A quantidade de assessores e cargos de confiança é ridícula e só serve para rachadinhas e locupletamento ilícito.

Nossos partidos políticos são uma puta duma piada, pois um mero aglomerado de políticos com interesses momentaneamente comuns. Não possuem compromisso ideológico algum, salvo raras exceções.

Wellington Góes

Persistência, determinação e resiliência, essas são palavras chaves nesses projetos de longo prazo. Bravo Zulu!!!