Marinhas da Namíbia e de Camarões cruzaram o Oceano Atlântico pela primeira vez para a UNITAS LXIII

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Operação chegou ao fim no dia 22 marcada pela interoperabilidade dos países

Após quase duas semanas de operações no mar, a UNITAS LXIII chegou ao fim no dia 22 de setembro. A edição sediada no Brasil especialmente para compor as celebrações do Bicentenário da nossa Independência e da Esquadra brasileira foi marcada pela interoperabilidade dos 19 países envolvidos. A presença de marinhas e representantes dos continentes europeu, asiático e africano proporcionou mais diversidade, representatividade e possibilidade de novas interações durante o exercício.

Para acomodar um maior número de marinhas e em atenção à necessidade de preparação conjunta em resposta às novas ameaças presentes no Atlântico, a UNITAS 2022 contou com uma unidade-tarefa voltada para a segurança marítima, com a participação de navios-patrulha e exercícios de abordagem, tiro com armamentos de curto alcance, além de combate à pirataria e prevenção à poluição ambiental. Essa novidade permitiu a participação de marinhas do entorno estratégico brasileiro, como as das Repúblicas da Namíbia e de Camarões, que estão localizadas na costa ocidental do continente africano.

Elas atravessaram pela primeira vez o oceano Atlântico, em direção ao Rio de Janeiro, onde teve início a missão que seguiu até o Espírito Santo. Como lembra o Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra e do Grupo-Tarefa, “a participação dos namibianos e camaroneses merece destaque. Não só pelo reconhecido esforço de atravessar o Atlântico, mas também pela seriedade, profissionalismo e esmero demonstrados desde a fase de planejamento até a execução dos exercícios no mar”.

O NS Elephant é um navio de guerra multimissão da Marinha da Namíbia construído na China. A construção do NS Elephant começou em meados de 2011 e o navio foi oficialmente entregue à Marinha da Namíbia em 3 de julho de 2012, após a conclusão dos testes de aceitação no mar. A embarcação é usada para monitorar a zona econômica exclusiva da Namíbia. Desloca 2.858 toneladas, tem comprimento de 108 m, boca de 14 m e calado de 3,9 m. A tripulação é de 68 militares e o armamento compreende 1 canhão de 37 mm e duas metralhadoras de 14,5 mm

Para o Capitão de Mar e Guerra Simon Kombada, comandante do NS Elephant, navio capitânia da Marinha da Namíbia, participar da UNITAS teve uma importância dupla. “Em primeiro lugar, a nossa participação elevou o moral da tripulação e nos garantiu confiança. Em segundo lugar, aprimorou a proficiência tática, capacidades e maior interoperabilidade, bem como mostrou a competência que a Marinha da Namíbia pode ter ao participar de um exercício conjunto com outras marinhas”.

Além do objetivo de incrementar a interoperabilidade, a UNITAS almejava outras metas, como lembra o Contra-Almirante Cardoso ao “considerar que os principais objetivos foram alcançados, dentre os quais o incremento do adestramento, as trocas de experiências, a identificação de oportunidades de cooperação, a confirmação da capacidade de operação conjunta em segurança e a consolidação dos laços de amizades entre as nossas marinhas”.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Oseias

Muito boa essa interação com as marinhas africanas banhadas pelo atlantico. Essa é nossa área estratégica e devemos cada vez mais estreitar laços com os paises africanos. Vi um video em que um almirente estava apresentando nosso projeto NaPa de 500t e de 1800t em que ele menciona três modelos de patrulas em que um deles se destina a ser oferecido justamente a esses paises africanos e sulamericanos. Chegou a hora do Brasil ocupar seu lugar e expandir sua influencia. Há paises riquissimos na costa atlantica da africa em que podemos aumentar nossa influencia e comercio. Tudo começa com treinamento… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Alexandre Galante
ADM

A MB formou a Marinha e o CFN da Namíbia em parceria firmada em 1994. Doamos a Ex-CV Purus, vendemos um NaPa “Grajaú” e dois AviPa “Marlim”. Atualmente há um Grupo de Assessoramento Técnico de Fuzileiros Navais (GAT-FN) e a Missão de Assessoria Naval (MAN), em Walvis Bay. Os chineses chegaram depois, doando o NS Elephant e duas Corvetas Tipo 037…

Willber Rodrigues

Leilão: ganha quem dá mais…

João Adaime

Caro ADM O problema com a China não são os navios (doados ou vendidos?), mas sim os investimentos que a mesma tem feito na Namíbia. Já são mais de 40 empresas chineses lá instaladas, onde foram investidos 3 bilhões de dólares e atualmente geram um faturamento de 4,6 bilhões de dólares por ano, empregando mais de seis mil namibianos. Fora os investimentos em infraestrutura. Não dá pra competir. E isto se repete por quase todos os países da África. Em todo aquele continente já são mais de 43 bilhões de dólares investidos. Se nós quisermos investir para aumentar a influência,… Read more »

Willber Rodrigues

Enquanto isso, a Argentina, aqui do lado, cancela a participação deles por birra com a participação britânica no exercício…

Henrique

podem chorar a vontade.. talvez isso contribua pra afunda ra ilha britânica kkkkkkkkk

Willber Rodrigues

Conversa fiada.
Eles não tiveram grana pra participar do exercício, e meteram essa desculpa.
O exercício tava marcado a anos, eles já sabiam que a Inglaterra participaria, mas resolveram dar essa desculpa aos 45 do segundo tempo.
Tá bom…

William Duarte

Como para os argentinos tudo é futebol . Parabéns pelo vice campeonato na guerra das Malvinas!

Foxtrot

“O NS Elephant é um navio de guerra multimissão da Marinha da Namíbia construído na China. A construção do NS Elephant começou em meados de 2011 e o navio foi oficialmente entregue à Marinha da Namíbia em 3 de julho de 2012, após a conclusão dos testes de aceitação no mar. A embarcação é usada para monitorar a zona econômica exclusiva da Namíbia. Desloca 2.858 toneladas, tem comprimento de 108 m, boca de 14 m e calado de 3,9 m. A tripulação é de 68 militares e o armamento compreende 1 canhão de 37 mm e duas metralhadoras de 14,5… Read more »

Gabriel

Reclamador Avançado em ação (oh vida, oh céus, oh azar)!!!

Foxtrot

Bajulador avançado em ação !
Misericórdia.

Jagdverband#44

Tive a oportunidade de conhecer a Namíbia. Fiquei positivamente surpreso.

Lúcio Sátiro

Que frustrante um navio do tamanho do Elephant ter apenas um canhão e duas metralhadoras.
O couraçado Parnaíba tem mais poder de fogo.

Bardini

O navio chinês passa tanta confiança, que os caras andam com duas baleeiras, rsrsrs…
Dois RHIB da DGS ficariam melhores naquele espaço.
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Mas enfim, navio padrão Guarda Costeira da China.

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Foxtrot

É realmente é tão ruim e de péssima confiança que foi entregue em 2012 e até hoje dez anos depois ainda está em operação e sem acidentes.
Já parou para pensar que talvez as duas baleeiras colocadas no navio possa ser solicitação da marinha do país que opera ?

Bardini

Já parou para ler o que eu escrevi?
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“Mas enfim, navio padrão Guarda Costeira da China.”
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Dá uma olhadinha nos navios da GC Chinesa… É padrão deles.
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Foxtrot

Em suas próprias palavras o navio não é confiável porque utiliza baleeiras ao invés das RHIB,s de seus amados europeus. E isso é de se esperar de você em sua vasta experiência em de “análise de fotos” falácia sem embasamento técnico algum. E mais uma vez joguei por terra suas baboseiras. Não importa se o navio usa baleeiras, botes de madeira, paycret ou o que for, o que importa são os requisitos técnicos do mesmo. E para um navio que já opera a 10 anos, esse navio é muito confiável sim, se bobear até mais que os equipamentos de seus… Read more »

Bardini

Em suas próprias palavras o navio não é confiável porque utiliza baleeiras ao invés das RHIB,s de seus amados europeus.
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Tu é tão pirado, que não consegue entender uma simples brincadeira que eu mesmo apontei ao final do comentário e já vem com um caminhão de baboseira de “análise”, rsrsrs… Só rindo mesmo.
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No mais, até onde eu sei, a DGS ainda é brasileira. E reafirmo o meu achismo: dois RHIBs da DGS ficariam bem melhores ali.

Foxtrot

Kkkkk coitado cada dia que passa suas asneiras são reveladas.
No mais, quero acreditar que a DGS seja realmente brasileira.
Não é porque tem sede no Brasil que é brasileira.
A Ford que o diga kkkkk.