A primeira fragata Type 26 City Class, HMS GLASGOW, iniciou o processo de flutuação, que a verá entrar na água pela primeira vez

Nos próximos dias, o navio, atualmente pesando cerca de 6.000 toneladas, realizará uma série de manobras complexas que o levarão do estaleiro BAE Systems Govan para uma barcaça antes de ser rebocado rio abaixo para um local de águas profundas no oeste de Escócia.

Uma vez em posição, a flutuação envolverá a base da barcaça sendo submersa lentamente por várias horas até que o HMS Glasgow entre totalmente na água. Ele então retornará ao estaleiro Scotstoun da BAE Systems, mais adiante no Clyde, onde passará pelos próximos estágios de equipamento antes do teste e comissionamento.

Ben Wallace, Secretário de Estado da Defesa, disse:
“O HMS Glasgow entrando na água pela primeira vez marca um ponto importante para o programa Type 26, que apoia milhares de empregos altamente qualificados na Escócia e mais em toda a cadeia de suprimentos do Reino Unido. Continuamos a investir na indústria de construção naval britânica para manter a capacidade de ponta da Marinha Real de defender nossa nação, ao mesmo tempo em que fortalecemos nossa parceria com os aliados”.

David Shepherd, Diretor do Programa Tipo 26, BAE Systems, disse:
“Ver o HMS Glasgow na água pela primeira vez será um momento de orgulho e emocionante para as milhares de pessoas envolvidas neste grande empreendimento. Ele logo se transferirá para nosso estaleiro Scotstoun em Glasgow, onde esperamos instalar seus sistemas complexos e trazê-lo à vida”.

Os engenheiros da BAE Systems envolvidos na flutuação do HMS Glasgow foram especialmente treinados usando o conjunto de visualização 3D que dá aos engenheiros acesso a um gêmeo digital completo do navio. Eles monitorarão o navio de perto em todas as etapas do processo, garantindo que a transição seja gerenciada com segurança. O processo de flutuação também será apoiado por engenheiros do Defense Equipment & Support, o agente de entrega MOD, bem como membros da Royal Navy.

O processo de flutuação é uma forma mais moderna, eficiente e de baixo risco para um navio entrar na água em comparação com os lançamentos dinâmicos anteriores. O processo está bem comprovado, tendo sido usado para os cinco navios de patrulha offshore construídos pela BAE Systems em Glasgow, o último dos quais foi entregue à Marinha Real em 2020.

O HMS Glasgow está em construção desde que o aço foi cortado em 2017. O segundo e o terceiro navios, HMS Cardiff e HMS Belfast, estão atualmente em construção em Govan. O processo de construção de cada navio envolve a conclusão de sua estrutura em Govan; equipes qualificadas de fabricantes e metalúrgicos constroem as unidades antes de serem montadas nos blocos dianteiro e traseiro, que são unidos antes da partida do navio. Em Scotstoun, o equipamento do navio é concluído e os sistemas complexos são colocados em funcionamento antes do teste e do comissionamento. O HMS Glasgow será entregue à Royal Navy em meados da década de 2020.

No início deste mês, o Ministério da Defesa concedeu à BAE Systems um contrato de £ 4,2 bilhões para construir mais cinco fragatas Type 26 classe “City” para a Marinha Real, sustentando 4.000 empregos na BAE Systems e na cadeia de suprimentos marítima do Reino Unido.

Type 26 – subcontratadas

FONTE: BAE Systems

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Burgos

“O HMS Glasgow será entregue à Royal Navy em meados da década de 2020.”
Bom dia Galante acho que essa data aí tá errada ou essa aí mesma ?
Pra mim esse seria o substituto das FCN, mas o valor ficou inviável, mas seria o defensor ideal para águas territoriais Brasileira 👍⚓️
Parabéns a todos envolvidos pelo feito 👏

Franz A. Neeracher

A previsão de entrega a RN é para 2024….estando operacional em 2026.

Geralmente o 1° navio de uma nova classe leva mais tempo para ser construída, provavelmente os demais navios terão uma entrega mais rápida.

Marcelo

Os ingleses trabalham serio…. na renovação da suas frotas ….prazos…..qualidade… tecnologia ….
E uma lição para todos….
Até podem ser úsadas para substituir o que ainda existir na MB… daqui 30 anos…
Certamente não serão as fragatas
TAMANDARE…

Thiago A.

Concordo em parte. Não questiono a qualidade e experiência da Marinha Real de Sua Majestade … Mas a sua renovação não foi das melhores , se antes era inquestionável o seu primeiro lugar no podio das melhores marinhas européias e mundiais, hoje mundialmente já foi superada por no mínimo 2/3 marinhas asiáticas e na Europa o seu lugar no podio já é contestado e disputado bem de perto. Uma das melhores renovações entre as marinhas européias, na minha opinião, foi a da MMI. Não só foi feita com um ótimo cronograma e planejamento, mas além de manter a sua posição,… Read more »

Hcosta

Submarinos nucleares, 6 T45, as T26, T31 e T32, 2 PA, 2 navios de desembarque anfíbio, etc…

A marinha Italiana tem uma área de ação muito menor do que a do RU.

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_active_Royal_Navy_ships
https://en.wikipedia.org/wiki/Royal_Fleet_Auxiliary

Rui Mendes

2 LPD’s de desembarque anfíbio Albion cllass e 3 Bay classe.

Esteves

Não sei se penso certo. Na construção da frota de superfície italiana foi possível sustentar negócios diversificados e “multimissao” com quem não é 100% defesa como a Ficantieri. Apesar da BAE também contar com outros negócios além da defesa, o motivo militar é o objetivo do negócio dos britânicos. “A maioria das empresas de defesa da França produz, também, para as necessidades civis. Inspirado na legislação americana, o projeto permitiria que elas mobilizassem seus esforços para a produção militar, sem que a França precisasse estar formalmente em estado de guerra.” Italianos, franceses, coreanos, chineses, fazem como os norte-americanos. Mantém suas… Read more »

Mercenário

Estevez,

A projeção de crescimento do PIB britânico para este ano é maior do que Itália, França e Alemanha, conforme projeção do FMI:

https://www.imf.org/pt/Publications/WEO/Issues/2022/10/11/world-economic-outlook-october-2022

Além disso, também cresceu mais no ano de 2021.

HCosta,

Somente acrescentando o seu coerente comentário, a tonelagem da RFA é bastante superior à frota de auxiliares das demais marinhas europeias.

Rui Mendes

Submarinos têm 4 U212 classe e estão a construir mais 4, sendo que os últimos 2 desses 4, ainda não foram contratados, mas estes 4 submarinos serão ainda superiores aos 4 U212 classe, com capacidade de lançar mísseis de cruzeiro MDCN.
Logo, logo terão 8 submarinos moderníssimos, mas a Royal Navy, têm 7 SSN’s e principalmente 4 SSBN’s.

Rafael

Itália e Inglaterra fizeram algo semelhante: investiram pesadamente em suas marinhas e forças aéreas, enquanto o componente terrestre pagava o “pato”. Quando analisamos o valor de uma unidade de F-35, Eurofighter, uma fragata, ou de um submarino – nem precisam ser os nucleares, e comparamos com o custo de mobiliar a artilharia ou a cavalaria de um exército, percebemos a diferença de escalas.

A resposta da estratégia correta só se terá na hora da crise.

Thiago A.

Verdade, Rafael. Porém, sendo a primeira uma península( defendida pelos Alpes ao norte) e a segunda um arquipélago me parece a primeira exigência para ambos.

Ainda mais considerando que a profundidade estratégica de ambas, no contexto terrestre , é praticamente
inexistente.

Oswaldo Neves

Que navio lindo ! Sonho com 8 dessas na nossa MB

ADM

Mais um ônibus perdido lá trás, quando lançaram o projeto do Global Combat Ship. Canadá e Austrália não perderam a oportunidade.

Neto

Interessante o parque fábril da BAE systens.

joão pedro

Se não estou enganado já houvia falar nessa, fragata Type 26, há uns 20 anos atrás e o interesse da nossa marinha por ela na época.Será que vem igual as da classe Niterói.