China faz progresso em navio de guerra avançado maior que a fragata Type 054A, de acordo com novas imagens de satélite

90
  • Navio no estaleiro de Xangai pode ser o Type 054B, há muito rumores, mas com design de mastro semelhante ao contratorpedeiro Type 055, de acordo com analistas
  • Novo navio foi projetado para acompanhar os futuros porta-aviões da PLA Navy e substituir algumas fragatas antigas, diz pesquisador militar chinês

Novas imagens de satélite mostram que a China está quase terminando de construir uma fragata avançada que os especialistas descreveram como um mini destróier projetado para acompanhar o terceiro porta-aviões do país.

Imagens de um satélite Pleiades do Estaleiro Hudong em Xangai em 21 de janeiro mostram um casco completo que parece semelhante à fragata Type 054A, de acordo com uma foto postada pelo ex-submarinista americano Tom Shugart em sua conta no Twitter em 26 de janeiro.

“Embora haja rumores de que a nova fragata seja o Tipo 054B, acho que é diferente o suficiente para merecer uma classe totalmente nova”, escreveu Shugart, e estimou que o deslocamento da nova embarcação pode ser de cerca de 6.000 toneladas – quase 50% maior do que a fragata ativa Type 054A da marinha chinesa.

O casco da nova embarcação tem 147 metros (482 pés) de comprimento, cerca de 8 metros a mais que o Type 054A original, de acordo com Shugart. Ele disse que o novo navio de guerra seria equipado com o moderno radar phased array e sistemas de lançamento vertical que são usados pelos destróieres do Exército de Libertação Popular.

Outra foto de satélite que ele postou no Twitter mostrou um casco de seção do mesmo tipo de fragata que estava em construção, parecendo ter uma boca de cerca de 18 metros – 2 metros mais largo que o Type 054A.

Lu Li-shih, um ex-instrutor da Academia Naval de Taiwan em Kaohsiung, disse que concordou com Shugart que o novo navio seria o Type 054B, um navio de guerra atualizado que era maior e mais rápido que a fragata Type 054A.

“Acredito que a fragata Type 054B pode ter um design de mastro integrado semelhante ao do destróier Type 055”, disse Lu, referindo-se ao destróier de mísseis guiados Type 055 Renhai da PLA Navy, que tem um deslocamento de mais de 12.000 toneladas.

O Type 055 é o segundo destróier mais poderoso do mundo, depois do DDG-1000 da Marinha dos EUA, ou classe Zumwalt. Com um mastro integrado e poderosos sistemas de radar para detecção e defesa contra aeronaves hostis, mísseis e navios de guerra, o destróier Type 055 foi apelidado de “guarda-costas” dos porta-aviões chineses.

Type 054A em primeiro plano e um Type 055 ao fundo

Em abril do ano passado, uma licitação aberta publicada pelo estaleiro Huangpu Wenchong em Guangzhou para aço militar de grau de casco a ser entregue até 20 de maio de 2022 foi vista por vários comentaristas como um sinal de que o trabalho estava prestes a começar na fragata multimissão Type 054B.

O edital disse que o trabalho de construção da Type 054B, com um deslocamento de mais de 5.000 toneladas, deveria começar no final de maio de 2022 e o navio deveria ser lançado até o final deste ano.

A nova embarcação foi projetada para acompanhar os futuros porta-aviões da PLA Navy e substituir algumas fragatas antigas, como a Type 054, bem como as corvetas Type 056 e incluindo algumas embarcações que estão em operação há mais de duas décadas, de acordo com Zhou Chenming, pesquisador do think tank de ciência e tecnologia militar Yuan Wang em Pequim.

“As corvetas Type 054 e Type 056 se esgotaram lidando com os navios de guerra dos EUA na última década, desde que os americanos intensificaram as chamadas operações de liberdade de navegação no Mar da China Meridional”, disse Zhou, acrescentando que grande parte do equipamento dos navios de guerra envelheceu.

O PLA planeja construir pelo menos quatro grupos de ataque de porta-aviões até 2030, para se tornar a segunda maior marinha moderna de águas azuis do mundo, depois dos EUA. A fragata Type 054B, o destróier Type 052D e o poderoso cruzador Type 055 são as principais embarcações de escolta para seus porta-aviões.

Concepções em 3D da Type 054B ao lado da Type 054A

FONTE: South China Morning Post


NOTA DA REDAÇÃO: Para saber mais sobre a evolução dos escoltas da Marinha Chinesa, leia nossa apresentação clicando aqui.

Subscribe
Notify of
guest

90 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Willber Rodrigues

Pelo andar da carruagem, se a situação periclitante da MB persistir, em 15 ou 20 anos a MB começará a comprar meios usados chineses.

Escrevam aí.

Rogério Loureiro Dhiério

Oportunidades de “Plateleila”.

Inhotep

“Complou polque quis!”
Hehehe

Junior

Meios usados não sei se seria bom negócio, mas a depender do preço alguns navios novos poderia ser algo a ser estudado, eles constroem em velocidade recorde em grande quantidade, basta equipar com armamento de fornecedores ocidentais e talvez esteja ai uma alternativa para evitar o colapso da nossa marinha

Willber Rodrigues

“Meios usados não sei se seria bom negócio”
Se você parar pra pensar, meios totalmente novos, como as Niterói, IKL, FCT e Riachuelos foram a exceção na história da MB.
Ela SEMPRE teve o grosso de sua esquadra com navios usados: primeiro, com navios usados norte-americanos da WWII, depois, com meios usados da Royal Navy.

“Ah, mas a China não usa equipamentos padrão ocidental e OTAN, nunca usamos equipamento chinês, não sabemos sua qualidade”
Pelo andar da carruagem, a MB não terá escolha.

Dalton

Nem “SEMPRE”; por volta de 1910 chegaram novos navios da Grã Bretanha sendo 2 encouraçados, 2 cruzadores leves e 10 contratorpedeiros seguidos três anos depois por 3 submarinos adquiridos da Itália e outros planos foram traçados mas, por razões políticas, financeiras, indecisões, etc, se teve uma estagnação. . Com muita sobra da II Guerra foi possível reequipar a marinha com uma quantidade significativa de unidades ainda relativamente em boas condições mas já na década de 1970 começaram a ser entregues as fragatas classe Niterói e submarinos classe Humaitá mas com a impossibilidade de se construir um grande número de corvetas… Read more »

Adriano Madureira

Não se poderia comprar um navio sem recheio? Digo, armamentos e sensores chineses, mas sistemas básicos do navio como motorização, geradores, e demais sistemas da praça de máquinas, poderiam até ser nativos?

Willber Rodrigues

Se for pra comprar casco chinês, mas com recheio e armamento ocidental, até fazer a integração de tudo, vai custar o triplo. Se é pra fazer isso, compra logo navio ocidental.

Fernando

Ou entao se construa logo aqui de uma vez, creio que a tecnologia para os cascos nós possuimos.

Neto

Se é o triplo, que seja o dobro aqui.

Willber Rodrigues

Tecnologia de casco “aprendemos” com as Niterói, desaprendemos, e agora vamos “reaprender” com os alemães, pra daqui a algumas décadas desaprendermos de novo, e “reaprendermos” com algum outro ToT triluonário pra construir meia dúzia ( ou menos ) de meios.
O que me preocupa mesmo é o “recheio” e “dentes” do navio, que não fazemos nenhum componente.

É só ver a quantidade de equipamento importado nas FCT.

Sou patriota mas não sou cego

Esses TOT que nunca resultam na construção de unidades em números que justifiquem o custo adicional ou são frito de repetido mal planejamento, ou tem alguém ganhando grana no negócio. Ou é incompetência, ou má fé.

João Augusto

As vantagens de meios usados são que não geram empregos para mão de obra qualificada nos estaleiros nacionais, tem um curto ciclo operacional e de vida e, por último, não representam o estado da arte em material bélico. Ou seja: “negoção”.

Romão

Meios usados não sei se seria bom negócio”…
.
Meios usados sempre foram regra da MB.

Marcelo

Sucatinha só pode ser francesa,britânica ou americana estocada no deserto,navio usado chines não pode.
Ja entendi !!!

Morgoth

Não existem muitas opções viáveis em curto prazo para a MB, talvez as Santa Maria espanholas ou as Anzacs australianas. As Type 23, tanto faladas por aqui, devem dar baixa provavelmente desgastadas em suas obras vivas e propulsão.

O devaneio de PEAMB custou caro à Marinha.

Willber Rodrigues

Todas essas que você citou estão usadas até o osso, e chegariam aqui com uns 5 anos de cida útil, no máximo.
Velharia por velharia, é melhor continuar empurrando água com Niterói mesmo. Pelo menos é uma velharia que os mecânicos da MB conhecem com a palma da mão.

Daqui pra frente, não haverá mais essa da MB contar com meio usado como “tábua de salvação” e “solução tampão”.
Pelo menos, não pra meios ocidentais…

pangloss

A situação da MB é de uma penúria tão profunda, que ela praticamente se resume a um casco que nunca vai embora (o São Paulo) e outro que nunca fica pronto (o Álvaro Alberto).

Camargoer.

Olá W. Discordo. A janela para a MB comprar navios de segunda mão praticamente se fecha daqui 10 anos. Considerando que a primeira FCT começou anto passado e levará 3 anos para ficar pronta (ou seja, estará operacional a partir de 2026) e que então serão entregues um navio por ano, em 2030 a MB estará com 4 navios novos. A MB tem uma janela até 2026 para exercer a opção de duas FCT adicionais e teria até 2028 para assinar um aditivo para um segundo lote. Minha expectativa é que daqui 15 anos, a MB tenha 10 FCT praticamente… Read more »

Willber Rodrigues

Tenho seríssimas dúvidas se a MB terá 10 FCT’s. E tenho ainda mais dúvidas se a MB terá grana pra operar essas 10 FCT’s.
Se ela fizer essa opção de encomendar +2, totalizando 6 FCT’s, estaremos no lucro.

Mas eu concordo que seria mais producente dar um “passo pra trás” e encomendar mais NaPa ou NaPaOC ( pelo menos 10 de cada, sonho meu… ) novos e com décadas de serviço pela frente, do que gastar com fragatas ou corvetas usadas, com poucos anos de vida útil, e gastando o dobro pra mantê-las operando nesses poucos anos.

carvalho2008

concordo completamente

ADM

A MB já minguou a muito tempo, em 2024/2025 não haverá nenhum escolta operacional até ser entregue a primeira FCT…é vergonhoso.

Allan Lemos

Defendo há tempos que a MB compre navios chineses, mas não usados, novos, seriam baratos e aposto que os chineses fariam um preço bacana e não teriam muitos problemas em transferir alguma tecnologia. Infelizmente, para os comandantes das 3 forças só existem EUA e Europa.

fewoz

Tem como ficar pior a situação?

Willber Rodrigues

Se você pensar que a MB continuará, nas próximas décadas, com a corda no pescoço por causa do charuto atômico impagável, e se você pensar que não há NADA indicando que a MB passará por uma profunda reforma e e restruturação interna, visando a economia e eficiência da instituição…

Sim, dá pra ficar muito pior.

Red Pill - 红色药丸

A Grande China apenas voltou a ocupar o lugar que sempre lhe pertenceu, de grande potencia.

Luis Carlos

Alguém pode parar a China?
Eu, particularmente, acho impossível.
Pelo tamanho do País, população, economia e Forças Armadas, nada pode se interpor a ela.

Luis Carlos

Concordo.
E todos os analistas também concordam que chegou a vez dos EUA.

Thiago A.

A unanimidade ? Sigo vários, a maioria aponta que os EUA passam por uma profunda crise, só que os adversários passam por problemas igualmente preocupantes mas devem enfrenta-los com menos recursos a disposição. Falo de recursos econômicos, demográficos, aliados, tecnológicos, forças armadas… Tá difícil Kings Esse mês tivemos a notícia da queda demográfica da RPC .. A população da China caiu pela primeira vez em 60 anos, com a taxa de natalidade nacional atingindo recorde de queda — 6,77 nascimentos por mil pessoas. Esse ano a Índia superará a população chinesa… Não que a demografia por sì seja algo relevante,… Read more »

Burgos

Uma aquisição tampão ?!
Pq não ?!
Em 10/15 anos vamos saber se presta ou não !!!🤷‍♂️

Vovozao

30/01/2023 – segunda-feira, bnoite, Burgos, para tapar buracos de +- 10 anos, os japoneses possuem a classe Abukuma, estão em ótimo estado, como todos os meios navais japoneses, sao 6 no qual eles mantém praticamente sem uso (falta pessoal para operar). E, como os japoneses não reaproveitam sistemas, armas, etc…. receberiamos as mesmas completas e mais atualizadas que as nossas Niteroi’s; podendo ser usadas (também) como NaPaOc. Acho que “”poderiamos”” (MD, MB), fazer uma consulta…… quem sabe.

carvalho2008
Burgos

Sim !!!👍
Pq não ?!
Mas aqui acho que a MB reclassificaria como Corveta por causa de seu comprimento e tonelagem, são bem armadas só que não tem cônvoo.🤷‍♂️

Last edited 1 ano atrás by Burgos
Wagner Figueiredo

Falando de navio usado…tem as japonesas murassame… linda e bem cuidada. Rsrs
Sonhando aqui!!!

Gilson

Na minha opinião a MB, comprar navios de guerra já usados mesmo que sejam pra modernização eu acho que fica mais caro do que continuar construindo mais Tamandaré. Os navios de guerra novos, já estão em um grau tecnológico muito avançado. Por ex, pegar tudo que se vai colocar nas Tamandaré e transferir para as Niteroi, em termos de modernização eu acho que fica inviável. O melhor mesmo é esquecer essas compras de oportunidade que se dizem e focar em construção de mais fragatas Tamandaré, aí sim é investimento em novas tecnologias para a MB.

Digo

O type 055 é o destroyer mais poderoso do mundo, o zumwalt tem um monte de sistemas que nem estão operacionais ainda, diz muito que eles pararam a produção do zumwalt e voltaram a produzir os arleigh Burke Flight III e já começaram o design do DDG(X)

Last edited 1 ano atrás by Digo
Dalton

Cancelaram mais unidades da classe Zumwalt além de 3, mais de 10 anos atrás por conta da mudança de ameaças e necessidades, perdendo portanto prioridade, o que levou a um arrastamento do programa e eventualmente terão os canhões substituídos por silos para grandes mísseis hipersônicos. . Voltou-se então a produzir os “Arleigh Burkes IIA, o primeiro dos quais o USS John Finn DDG 113 com capacidade contra mísseis balísticos inserida desde o início foi entregue no fim de 2016 após um hiato de 4 anos desde a entrega do USS Michael Murphy DDG 112. . O primeiro Arleigh Burke III… Read more »

Digo

Além do custo, muitas coisas do design deixaram a desejar, o zumwalt só tem 80 VLS(originalmente queriam 128), o type 055 tem 112, o zumwalt ja teve problemas de estabilidade, o zumwalt nao tem capacidade missil anti-balistico. O zumwalt foi um fracasso, tanto pelo custo quanto pelo design, A USN começar os planos do DDG(X) já explica tudo.

Dalton

O Zumwalt não foi um “fracasso” e sim foi desenvolvido em torno de 2 canhões de 155 mm que entre outras coisas poderiam atingir campos de treinamento de terroristas e os 80 silos seriam preenchidos principalmente por “Tomahawks” para ataque terrestre além de um RCS e assinatura acústica significativamente reduzidos traduzindo-se em melhor desempenho para operar próximo da costa de um eventual adversário de menor envergadura. . Quando percebeu-se que cenários para o qual ele foi projetado não mais existiam já era tarde e chegou-se a conclusão que cancelar a construção da terceira unidade pouco traria em matéria de economia.… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Me sinto honrado em poder ler seus comentários, Mestre Dalton, sempre generosos, acurados e didáticos.

Dalton

Imagina Alex, muito obrigado !

Europeu

Completamente de acordo com o Alex. Também quero deixar isso escrito aqui no forum.
Obrigado

Dalton

Obrigado !

carvalho2008

Mestre Dalton, o Zumwalt é o F22 da US Navy….uma maravilha tecnologica impossivel no plano orçamentario….

Dalton

A classe Zumwalt limitou-se a 3 unidades, portanto não contando com economia de escala, mas, não foi tanto o preço que “matou” a classe e sim que as ameaças para as quais ela foi projetada deixaram de existir e agora terá que adaptar-se assim como os “LCSs” para novos desafios utilizando-se de novas armas e doutrinas. . O futuro DDG(X) será ainda mais caro que um Arleigh Burke III mas será desde o princípio pensado como um grande combatente multi propósito e também haverá um número maior de unidades coisa parecida deverá acontecer com os futuros aviões de sexta geração… Read more »

Allan Lemos

não foi tanto o preço que “matou” a classe

Mas o preço aumentou tanto que o programa foi suspenso automaticamente devido a um mecanismo que o Congresso tem que para qualquer programa cujo orçamento exceda mais de 50%.

Alex Barreto Cypriano

Não foi bem isso, mesmo porque a provisão Nunn-McCurdy não termina programa, ela exigiu reestruturação do programa. Como se sabe, o custo unitário espiralou pelo corte no número de unidades, de 32 pra 24, depois 16, depois 7 e finalmente 3, as quais deveriam absorver os enormes custos de Research&Development (9.300 milhões de dólares!), resultando em unidades de 7.400 milhões de dólares. Já os bem conhecidos Burkes, em números e com linhas de produção quente, custam mais de 2.000 milhões de dólares por unidade…

Allan Lemos

Eles cancelaram porque a munição era extremamente cara, não? Mais de US$1M por tiro. O programa excedeu em mais de 50% o orçamento. Também diziam que seria muito caro configurar os sistemas de radar e de combate para usarem o SM-3 e o SM-6.

Pedro sousa

Em detalhes, o Zumwalt não tem AEGIS, o planejamento original era ter 2 sistemas de radar SPY-3 (Banda X) fazendo engajamento dos alvos e SPY-4 (Banda S) fazendo varredura volumétrica. Pelo custos exorbitantes, o radar SPY-4 foi cancelado, e hoje o Zumwalt possui apenas o SPY-3 para todas as funções. Além disso os misseis AAe tiverem que ser adaptados a essa plataforma. Assim terão que ser desenvolvido integrações e versões especificas dos mísseis SM-3 e SM-6 para o Zumwalt, assim como foi feito para o ESSM (Block 1 com JUWL datalink) e SM-2 (Block IIIAZ). O ESSM pelo menos são… Read more »

Allan Lemos

Exatamente.

Alex Barreto Cypriano

Ficou cara a munição dos AGSs justamente pelo corte na quantidade a ser adquirida, que resultou em deseconomia de escala. Mas, como disse o mestre Dalton, a USNavy optou por truncar o programa DDG-1000 pela mudança no cenário estratégico de ameaça internacional, de operar em litorais de estados pária (bombardeando alvos em terra e cobrindo desembarques anfíbios) pra operação oceânica (inclusive agora com a DMO, EABO, etc) contra competidores páreos. Dinheiro nunca faltou pra América desde os tempos de produção industrial massiva permissiva até o auge da criação de riqueza ficcional escriturária – talvez venha a faltar daqui em diante.

Dalton

Sim a munição era extremamente cara mas mesmo que não fosse não havia mais um cenário real onde utilizar os canhões, certamente não no litoral chinês. . As Forças Armadas dos EUA aqui no caso US Navy estão adaptando-se à China depois de duas décadas de tranquilidade com o fim da Guerra Fria e dedicação ao terrorismo quando se tinha NAes focados principalmente em bombardeio terrestre, navios como os Zumwalts e LCSs para operações em águas litorâneas submarinos – classe Virginia – sendo encomendados na razão de apenas 1 por ano incapaz de repor baixas da classe Los Angeles, etc.… Read more »

Marcelo

Os submarinos Virginias Block V extendidos com mais tubos de lançamento verticais atrás da vela, não serão equipados com os mísseis hipersônicos? Nesse caso não estarão em operação antes do DDG(X) ?

Heli

O Sejong The Great, da Coreia do Sul (baseado no Arleigh Burke batch II), leva mais misseis (menos de 20 a mais, é verdade, porem é mais) e tem um deslocamento menor. Quanto aos sistemas eletrônicos só podemos especular. Contudo, a Coreia já esta em vias de iniciar a construção de uma nova classe ainda melhor.

Chengdu J-10

Essa nova fragata está mais para contratorpedeiro

Last edited 1 ano atrás by Chengdu J-10
Alex Barreto Cypriano

O pessoal ainda não decidiu se o type 055 é contratorpedeiro ou cruzador. Só não dá pra dizer que é as duas coisas. Quanto aos cruzadores, tem essa tabelinha, extraída de Cruisers Characteristics,Roles & Missions de Walsh & Alii, que mostra a evolução histórica das capacidades principais desse tipo:

Dalton

Creio que faltou ao próximo “CG” se é que será assim classificado, a capacidade “BDM”
que está tornando-se obrigatória em grandes combatentes de superfície em várias marinhas, como nos Arleigh Burkes da US Navy em unidades novas, pós 2012 ou que estão recebendo essa capacidade a medida que são revitalizados.

Alex Barreto Cypriano

O texto (cujo título completo é Historic Review of Cruiser: Characteristics, Roles And Missions) é antigo, de 2.005, mestre Dalton. Se não me engano, ainda do tempo em que se propunha um novo CG (o CG-X, um processo cheio de idas e vindas desde 2001, quando foi criado o programa até 2010, quando foi extinto por Obama…), coisa que hoje em dia desapareceu da wishlist da USNavy, satisfeita com o DDG-51 Flight III e que pretende, segundo o grandão Gilday, adquirir o próximo vetor de superioridade aérea (NGAD) antes mesmo do DDG-X. https://news.usni.org/2023/01/18/cno-gilday-next-generation-air-dominance-will-come-ahead-of-ddgx-destroyer Eu fiquei, depois dessa, com a pulga… Read more »

Camargoer.

Contracruzador. ou em inglês Destruiser.

Dalton

Melhor em inglês, “Cruiser destroyer” seguindo a linha de “Torpedo Boat Destroyer” que tornou-se apenas “Destroyer” ou “Destructor” nos países de língua espanhola
ou seja o “Cruiser Destroyer” iria acabar virando só “Destroyer” também 🙂

Henrique

caixa de sapato feito de ferro e alumínio que atira míssil e faz pew pew pew

é o melhor nome… quem discorda é traidor do governo chinês que merece ir pro centro de reeducação

sub urbano

São as “FREMM” chinesas. É como eu disse em outro tópico, a China planeja ter superioridade em tudo, sem gambiarras.

Adriano Madureira

QUE INVEJA ! parabéns aos chineses que não brincam com sua defesa…

Foxtrot

É, não há nem o que escrever.
Enquanto que aqui estamos engatinhando com essa “gambiarra” chamada Meko,/ CCT, que os alemães nos empurrou goela a baixo e que nem eles nem ninguém quer, a China mais uma vez coloca o mundo no chinelo.
Se a MB não fosse tão marxista fóbica, teria encomenda da china a fabricação dos cascos da CCT/ CPN.
Com a mesma verba teríamos mais cascos e em menor prazo possível de fabricação.
Mas vivemos lambendo a bun$#@&@da de europeus ocidentais e norte americanos.
Temos o que merecemos !
Parabéns China.

Esteves

Fabricar cascos poderíamos fabricar. O que faríamos com cascos sem propulsão, sem sistemas de navegação, sem sistemas de combate, sem armas, sem mísseis, sem treinamentos para as tripulações operarem? O que? Quem garante que a China ou outro país do Oriente tenha interesse somente político ou econômico ou estratégico ou militar em capacitar um estaleiro nativo nosso como os alemães estão fazendo? Ok. A China é nosso maior comprador. Hoje. A Alemanha veio aqui e meteu 7 X 1. Quem? Tivéssemos estaleiros capacitados à entregarem navios de combate à prazo e a preços compatíveis com os praticados no mercado internacional,… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Foxtrot

Armas, sistemas de EW, mísseis, radares etc podemos comprar de mercado e instalar até em navio mercante Esteves. O que os Alemães se propuseram é a mesma solução “miraculosa” que os Suecos ofereceram a FAB. Nós “ensinar” a soldar chapas, pintar casco, ajustar parafusos etc. Tudo a precinho “camarada” para brasileiro malandro, e com isso o contrato vai para estratosfera. Os Chineses ou qualquer outro país do planeta, aceitaria sim construir os cascos “pelados” e nos enviar para recusarmos com tecnologias. Afinal de contas Israel faz isso há anos com aviões etc. Teremos mais do mesmo, transferência de tecnologias críticas… Read more »

Allan Lemos

que os alemães nos empurrou goela a baixo e que nem eles nem ninguém quer

Nada disso, camarada. Ninguém apontou uma arma para a cabeça dos comandantes da MB. Se eles foram burros o bastante para comprar um navio pequeno, mal armado e em quantidade risível, é problema deles, não de quem vendeu.

A culpa é do pessoal que cai naquela velha ladainha de que não tem orçamento para isso e para aquilo, enquanto que acham normal a MB ter 80k homens enquanto que a Royal Navy, marinha de águas azuis, tem menos da metade disso.

Foxtrot

“Nada disso, camarada. Ninguém apontou uma arma para a cabeça dos comandantes da MB. Se eles foram burros o bastante para comprar um navio pequeno, mal armado e em quantidade risível, é problema deles, não de quem vendeu.”
Sou obrigado a concordar com você.
Os Europeus são ótimos vendedores para os brasileiros “expertos e malandros “.

Carlos Campos

Bom as TYPE54 não são a coisa mais moderna do mundo, mas tem poder de fogo bom, e quantidade, isso que importa, não vejo muito motivo para tirar esse projeto de fabricação

Esteves

Propulsão híbrida essa Type 054B?

Nilo

Sim, utilizando tanto os geradores a diesel como a gás.

Inhotep

O que nós temos que entender é que o povo brasileiro não é belicista como o chinês, inglês, estadunidense, não temos uma mentalidade armamentista, militarista (apesar que o governo passado tentou implantar), somos um povo que “só põe cadeado no portão depois que o ladrão entrou”. Sobre a marinha do Brasil, não vejo outra escolha à não ser viver da sucata alheia, destruíram a nossa indústria pesada e naval, já poderíamos ter 4 fragatas comissionadas se investissem mais em parcerias público privadas, mas as forças armadas querem exclusividade, meu primo que mora em Santos e trabalha no porto me mandou… Read more »

Esteves

Uma coisa está atrelada a outra coisa. O que havia de mecânica pesada no Brasil sucumbiu ante às crises do petróleo nos anos 1970/80. Civilmente tivemos a Villares. Militarmente, a Engesa. Foram anos de governos investidores em infraestruturas. Rodovias, estradas, hidroelétricas, portos, aeroportos, metrô. Foram anos da Embraer. Foram anos de dólar e juros bacanas e farta disponibilidade de capital. Bancos ofereciam crédito. Demandas foram construídas assim como mercados para informação (hoje TI), eletrônica, construção civil, Manaus e novos parques industriais fora do eixo Rio São Paulo instalados nos anos 1990. Acabou o dinheiro. O país meteu-se em uma crise… Read more »

Inhotep

Então a vida real se resume a escolhas pessoais pois o coletivo é inútil.

Esteves

Isso é uma das consequências do regime que construímos. Pluralidade partidária sem lideranças. As elites que revezam-se no poder…essa tal de alternância, querem reforçar os próprios corporativismos. Direita e esquerda é circo.

Agro é bom, agro é pop. Sementes, adubos, defensivos, venenos, máquinas, métodos, TI…tudo importado. A dívida do setor passa de 3 trilhões. Elites ricas, reservas nos bancos, país empobrecido e atrasado. Não é capaz de construir um motor de popa.

O varejo que foi comemorado como um setor nacional, nativo e nacionalista…olha aí a fraude nas Americanas.

Procura-se um Norte. Com calma. Aqui não há pressa.

Allan Lemos

A culpa não é das “elites”, mas do povo. As pessoas do topo da pirâmide não têm votos para, sozinhas, eleger os criminosos que estão lá, a começar pelo atual presidente. Por isso que falo que para votar deveria ser exigido no mínimo um curso superior.

Frederico Boumann

O problema que o nosso regime está errado. A república, no geral, deu errado no Brasil; talvez em espaçados tempos contados em uma única mão, o regime tenha temporariamente prosperado. Temos uma população sem educação e isso é fruto da república, e não tem essa de esquerda ou direita, todas as vertentes trabalham para manter uma população inculta, com o objetivo de se perpetuarem no governo, uma elite voltada a “drenar” o estado. A solução para o país seria a volta da monarquia parlamentarista, ter mais estabilidade e projeto de nação, invés do que ocorre agora que só há projetos… Read more »

Allan Lemos

A república feriu de morte o futuro promissor que o Brasil tinha. Apenas sob o império esse país tinha a mínima chance de dar certo.

Pena que o povo foi covarde e não lutou pelo governante legítimo.

Esteves

Penso que você não conseguiria.

Thiago A.

Ter curso superior não é atestado de inteligência ou integridade moral e ética… nunca foi. Pode olhar no nosso congresso e verá vários exemplos disso.

Allan Lemos

Não é atestado de inteligência mas pessoas com curso superior, em média, têm mais conhecimento do que quem não têm.

Acha mesmo que um cara que mal tem a quarta série deveria estar decidindo qual deverá ser os rumos da política externa ou a política econômica? Fala sério.

Esse tipo de “democracia” não faz nada além de jogar a nação para baixo.

As únicas pessoas votando deveriam ser aquelas com curso superior, acima dos 35 anos, sem ficha criminal e com emprego fixo, o resto deveria passar bem longe de uma urna eletrônica.

Pedro

Isso, só nós matamos a milhares (média de 40 a 60 mil assassinatos, ano). Sim, somos mansos kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Inhotep

Não é questão de ser manso ou valente, o Brasil não tem inimigos ou ameaças externas, as vezes um argentino neto de índio guarani chama um brasileiro de 🐵 e só, não dá pra comparar violência urbana com uma guerra entre 2 ou mais nações.

Pedro sousa

Se pra classe Tamandaré tivesse sido fechado contrato com os franceses, valeria a pena ter comprado essas 2 unidades e padronizar algum sistemas. Agora, por apenas 2 unidades, não sei se vale a pena visto que essas unidades não tem sistemas ASW.

Emmanuel

Se o molusco for inteligente fará uma visita a Pequim e voltará com um contratinho de 4 dessas. Mais um navio multi próposito de 40 mil toneladas.
Parcelinhas a perder de vista.
Um segundo lote das tamanduás e a MB fica feliz por 40 anos.

Esteves

O presidente eleito, vermelho, amarelo, azul ou bege, legitimamente eleito, por mais de 2 milhões de votos de diferença, poderia tentar descobrir como a China fez para combater a ignorância, a pobreza, o desemprego, a fome, o atraso tecnológico, o analfabetismo e mais tantos outros avanços sociais como imitar o nosso SUS e a nossa CLT.

Posto isso tudo a descoberto, vamos melhorar a nossa distribuição de renda já que 10% da população concentram 65% da renda nacional. E os 1% mais ricos ficam com 20%.

Depois…depois…veremos esses navios.

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Emmanuel

Lá é uma ditadura. O governo manda e você obedece. Foi assim que eles conseguiram. “legitimamente eleito” – espertamente solto por uma manobra do próprio STF. 39 ministérios pela democracia. Deles. “como a China fez para combater a ignorância” – O Estado te obriga a estudar. Ou você vai para a escola, ou vai para o pau. Literalmente. “a pobreza” – trabalhadores trabalhando 12 horas por dia, com folga a cada 15 dias. “o desemprego” – construindo navios como esse. “a fome’ – importando comida. Soja e frango do Brasil, como exemplo. “o atraso tecnológico” – o aluno chinês que… Read more »

Jadson S. Cabral

Saudade de uma notícia da marinha brasileira

Alex Barreto Cypriano

Saudade de uma ‘boa’ notícia da marinha brasileira.

Rafa

Mal consegui ler a reportagem com a quantidade de propagandas.
Sei que estou reclamando de barriga cheia, mas está atrapalhando bem a leitura do fórum.