O submarino NRP Arpão da Marinha Portuguesa atracou ontem (7/5) na Base de Submarinos Almirante Castro e Silva, no Rio de Janeiro. É a primeira vez que um submarino português atracou na capital carioca.

Na missão de 120 dias, o NRP Arpão irá percorrer mais de 13.000 milhas, realizar cerca de 2.500 horas de navegação e visitar dois continentes e cinco países: Cabo Verde, Brasil, África do Sul, Angola e Marrocos.

O NRP Arpão é o primeiro submarino português a realizar uma missão deste tipo, sendo também a primeira vez que um submarino da Marinha Portuguesa cruza a Linha do Equador.

O NRP Arpão é o segundo submarino da classe “Tridente”, classificada como U-209PN, uma versão modificada do projeto alemão U-214, com propulsão independente da atmosfera (AIP), de células de energia. Para alimentar este sistema dispõe de depósitos de hidrogênio e de oxigênio.

O sistema AIP aumenta sobremaneira a autonomia submersa e a discrição, ampliando o intervalo entre as recargas de baterias com o uso do snorkel (ver gráfico abaixo).

O NRP Arpão foi construído no estaleiro alemão Howaldtswerke-Deutsche Werft (HDW), em Kiel. A construção começou em 2005, foi batizado e lançado em 19 de junho de 2009.

Entregue à Marinha Portuguesa em 22 de dezembro de 2010, chegou pela primeira vez à Base Naval de Lisboa em 30 de abril de 2011.

Desde então, o Arpão esteve integrado no dispositivo de forças nacionais tendo realizado a primeira integração de um submarino português numa forca naval permanente da OTAN em 2012. Participou também por duas ocasiões na força naval da UE no Mediterrâneo em missão humanitária, a operação SOPHIA.

Além das vigilâncias da área marítima de interesse nacional e colaboração com outras agências e autoridades do estado, participou ainda em diversos exercícios internacionais como SPONTEX, FOST, REP e NOBLE MARINER.

Assista à reportagem da RTP sobre a chegada do submarino ao Rio, clicando aqui.

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Willber Rodrigues

Não gosto de comparações de super-trunfo, mas o fato dele ter AIP dá vantagem ao sub português, comparado ao Riachuelo?

Alex Teixeira

Claro que sim. Vcs compraram versão básica …🤷🤣

F-39 Gripen

Pra quem vai ter submarinos de propulsão nuclear e pra quem não possui águas rasas, sub com AIP é inútil. Cadê os subs com AIP dos EUA? essa tecnologia tão fod@? kkkk

Last edited 1 ano atrás by F-39 Gripen
Henrique A

Sim.

Henrique

Aip tem zero utilidade no Riachuelo já que o Brasil tem acesso ao Atlântico Sul todo.

Pra Portugal tbm não teria sentido, mas espera-se que como membro da OTAN o sub tenha capacidade de operar em lugares que o AIP importa, ou seja, ele tem pq a OTAN diz pra ter.

No Atlântico a vantagem é zero, mas ela aparece se os dois estiverem tipo no báltico, por exemplo, que um lugar mais fechado

Willber Rodrigues

What????
Uma tecnologia que permite que um sub convencional passe mais tempo submerso e que ele vá menos a superfície pra snorkel não tem utilidade no Atlântico Sul?

Henrique

Não tem vantagem… Onde vc acha que tem mais chance do sub ser encontrado: No mar negro/no mediterrâneo que um míssel de cruseiro tosco cruza borda-borda ou no Atlântico sul onde tem mais de 5000km a parte mais estreita?
.
A vantagem do ocultamento vem de graça do ambiente de operação… Por isso a MB não pega API

Henrique A

Um SSK não vai ficar no meio do oceano fazendo patrulha, muito mais vantajoso é navegar relativamente próximo ao litoral então aí um SSK com AIP tem muita vantagem.
SSK nenhum tem velocidade, alcance e autonomia para interceptar forças navais rápidas à grandes distâncias, ele vai se posicionar em estreitos/golfos/próximo à bases navais para atacar; a estratégia da Kriegsmarine demanda uma grande quantidade de subs que hoje ninguém tem.

Last edited 1 ano atrás by Henrique A
Henrique

“SSK nenhum tem velocidade, alcance e autonomia para interceptar forças navais rápidas à grandes distâncias, ele vai se posicionar em estreitos/golfos/próximo ” . e tem isso Brasil? não lembro de ter visto Golfos e estreitos aqui . “a estratégia da Kriegsmarine” . a estratégia da Kriegsmarine (designação da Marinha alemã entre 1935 e 1945, durante o regime nazi) é pro BALTICO, pra lugares FECHADOS, tipo o Canal e o Mar do Norte e aquela saída entre a Dinamarca e a Noruega/Suécia… nesses lugares AIP faz sentido.. ou vc tem AIP no sub ou vc não ta na guerra, simples . Para… Read more »

Henrique A

A Kriegsmarine operou seus subs num de seus períodos mais frutíferos no “gap do Atlântico” uma área entre o EUA e ilhas britânicas; o problema é que é necessário muitos subs para ter eficácia numa estratégia assim. No caso da MB, ainda que o SSN saia, a maioria da frota ainda vai ser de SSKs e esses SSKs não terão AIP assim sendo inferiores a SSKs que o possuem. E de qualquer maneira não faz sentido “procurar” um SSK, ele só vai ser caçado quando se tornar uma ameaça à força de supérficie ou/e estiver em águas restritas em que… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Henrique A
Willber Rodrigues

A MB não “pega” AIP porque realmente não precisa mesmo….ou porque a milha navegada por um sub com AIP é o triplo do custo de um sub sem AIP, pra uma MB que nunca tem grana pra nada?

Me parece a mesma desculpa do EB em querer justificar Cascavel, porque “pro nosso T.O tá bom…”

Henrique

A MB não “pega” AIP porque realmente não precisa mesmo….ou porque a milha navegada por um sub com AIP é o triplo do custo de um sub sem AIP, pra uma MB que nunca tem grana pra nada?
.
se for levar pra esse lado do discurso pode jogar todas as marinhas no saco dos pobres então.. pq todas elas não pegam todas as tecnologias por alta de dinheiro…
.
mas o que me parece mesmo é que o povo aqui está com dificuldade de entender que existe uma tecnologia que só é útil pra um ambiente especifico…

Willber Rodrigues

“se for levar pra esse lado do discurso pode jogar todas as marinhas no saco dos pobres então.. pq todas elas não pegam todas as tecnologias por alta de dinheiro”

Bom…

Egito, Grécia, Portugal e Turquia tem subs com AIP, e todos eles tem menos grana em Defesa do que nós…🤔🤔🤔

Não “precisamos” realmente de AIP porque, supostamente, nosso T.O é o sonho de todo submarinista, ou isso é só desculpa da MB mesmo, pelo motivo acima?

GFC_RJ

Meu Deus! Que galera teimosa! O Henrique tem razão. AIP é aplicável para mares rasos e/ou fechados. Seu aumento de furtividade dispensa velocidade. Báltico, Mediterrâneo, Mar do Japão, etc. Alguém sabe qual a velocidade média de um sub submerso com AIP? Sem AIP, a velocidade de cruzeiro do sub convencional é em torno 10 nós. Com AIP não chega a 5 nós, e isso sendo otimista! O que se faz com 5 nós no Atlântico Sul? De Itaguaí aos campos de Campos deve levar uns 5 dias! E olha que em relação a Brasil nem é tão longe! Pro NOSSO… Read more »

Henrique

“Egito, Grécia, Portugal e Turquia …………”

acho incrível a incapacidade e a birra gratuita que esta acontecendo pra entender que Portugal está dentro da OTAN e a OTAN opera em lugares FECHADOS e Egito, Grécia e Turquia tambem operam sub em locais, adivinha só, >>>>F E C H A D O S<<<<<<

mds…

próximo que me citar um país que tem AIP ou for de mar fechado vai levar uma su rra de Aurélio

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Henrique A

O que você escreveu não faz o menor sentido. Na época que a MB decidiu construir os Riachuelo a tecnologia do AIP não era tão madura quanto hoje e havia a necessidade de fazer economias, por esse lado dá pra entender a MB, mas dizer que AIP é irrelevamente pro nosso TO não tem sentido.

Last edited 1 ano atrás by Henrique A
Henrique

ta bom….

de qualquer forma AIP é irrelevante pro Brasil..
no dia que o Brasil pensar em se meter em lugares fechados e mudar o foco da MB pra isso, nesse dia eu mudo de ideia, até: irrelevante pro Brasil.

Last edited 1 ano atrás by Henrique
737-800RJ

Exatamente!
Por isso já encomendaram sem AIP já pensando nos submarinos nucleares a partir de 2030.
Quem iria lá pro meio do Atlântico Sul em caso de conflito, a milhares de quilômetros da costa, seria a Classe Álvaro Alberto!

Last edited 1 ano atrás by 737-800RJ
Underground

O submarino nuclear é tão necessário que compraram quatro convencionais.

Underground

”…de qualquer forma AIP é irrelevante pro Brasil”.
Mais irrelevante então são os convencionais que o Brasil comprou.

Henrique

____________

COMENTÁRIO APAGADO. RESPEITE AS REGRAS DO BLOG:

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Camargoer.

Caro Henrique. Acredito que o AIP e a propulsão nuclear são mutuamente excludentes. Ambos são caros e demandam uma complexa infraestrutura de apoio e manutenção. O Brasil optou pela propulsão nuclear, que em minha opinião é superior ao AIP, ainda que seja mais caro também. Portugal optou pelo AIP.

Leandro Costa

Henrique, eu penso da seguinte forma. Se o que se espera da força de submarinos Brasileira é que enfrente o inimigo, então ela vai eventualmente estar dentro do raio de ação dos meios ASW do inimigo, seja aonde for, e isso consegue delimitar em muito a área de busca. A idéia do submarino é conseguir se aproximar e atacar sem ser percebido e usar de furtividade para escapar e eventualmente realizar novo ataque. O problema de não termos AIP é que dentro desse raio de ação já definido pelos meios ASW, eles vão ter além das possíveis distâncias envolvidas em… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Leandro Costa
Henrique

melhor gastar o dinheiro do AIP no nuclear então…. e deixa o convencional como ta hj

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Bardini

“Aip tem zero utilidade no Riachuelo já que o Brasil tem acesso ao Atlântico Sul todo.”
.
Se tivesse um prêmio de “maiores absurdos do ano”, escrito nos comentários, esse vinha forte!

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Henrique

aham.. claro.. bora ai AIP num SUB que tem mais 9mi km² quadrado pra andar.. vai…  Brasil não vai pra frete não pq os outros países sabotam o Brasil.. Brasil não vai pra frente pq tem gente igual o Bardini que achar certo torrar dinheiro numa tecnologia que não tem utilidade pro Brasil e ainda se acha o Deus arauto da sabedoria pra apontar categoricamente que outro ta errado.. . Ai ao invés de gasta em mais uma compra de outro Riachuelo tu vai ter Riachuelo a menos… pq alguém achou “inteligente” de colocar AIP num sub que navega em… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Henrique
MestreD'Avis

Portanto, para Portugal não faz sentido e só tem porque a OTAN diz para ter.
Qual seria então o modelo de submarino que recomendava para Portugal assumindo que Portugal possui um Zona Económica Exclusiva de cerca de metade da Brasileira e tem acesso ao Atlântico Norte todo?

P.S. Se disser nuclear lembre que 2 Tridentes custam 20% de um Virginia….

Camargoer.

Olá Wilber. A vantagem do AIP é que o submarino pode ficar mais tempo submerso, sem a necessidade de usar o Snorkel para repor o oxigênio para a tripulação. Além disso, o sistema de células a combustível gera eletricidade que é usado na propulsão, nos sistemas e até no recarregamento das baterias se o submarino estiver em repouso. Uma coisa que precisa ser levada em conta é que a milha navegada de um submarino convencional é da ordem de US$ 6 e do AIP é da ordem de US$ 46.

Underground

Quanto é o custo em ambiente de batalha?
É como dizer: não precisamos de F35 porque os ST são mais baratos de operar!!

Camargoer.

Caro. Se você encontrar em qualquer comentário meu que eu acho o AIP inviável pelo custo vocẽ ganha um pirulito de morango. Aliás, é o argumento que muita gente usa para criticar o SBN, o qual sou um grande entusiasta.

Willber Rodrigues

Eu lembrava que tinha uma matéria no PN com os valores da milha navegada de um sub com e sem AIP, mas não achava essa matéria. Obrigado por trazer esses dados.
Quanto a mim, continua não vendo lógica em dizer que um equipamento que permite que um sub não necessite ir a superfície fazer snorkel com frequencia, momento em que o sub está mais vulnerável, não “é necessário” pro nosso T.O.

MestreD'Avis

Camargoer, eu sinceramente não entendo porque o custo tem que ser levado em conta… Acha que o Arpão navegou de Lisboa ao RJ usando sistem AIP? Claro que não, usou o motor Diesel como qualquer submarino.
E se estivesse em batalha, acha que esse custo por milha navegada faz diferença? O sistema só seria usado em situações de ataque e evasão onde faria toda a diferença na capacidade de detecção dos meios submarinos.

Camargoer.

Caro Mestre. Uma coisa de cada vez e cada uma em seu lugar. Desconsiderando o custo de aquisição e operação, a melhor opção então é o submarino com propulsão nuclear. Contudo, muitas das críticas ao ProSub, pelo qual sou um grande defensor e entusiasta, é pelo custo de aquisição e manutenção. O AIP é superior ao submarino convencional, assim como o nuclear é superior ao AIP, da mesma forma que o custo do AIP é maior que o convencional e o nuclear é superior ao AIP. Em tempos de guerra, é preciso um enorme esforço econômico para obter sucesso militar.… Read more »

Rubens

Só não levem para conhecer (espionar) nossa base de submarinos, como fizeram com o do EUA

Leandro Costa

Ou como fizemos com eles algumas vezes também…

comment image

Franz A. Neeracher

Não há problema algum…..o Brasil tb visita base de submarinos de outros países.

Camargoer.

Olá Editores. Sugiro uma correção. Ao invés de “Células de Energia!” o correto é “Células a Combustível”.

Underground

Pergunta: como são recarregadas as células?

Camargoer.

Olá. As células a combustível é um tipo de reator químico. De um lado é injetado gás oxigênio e do outro gás hidrogênio. Existe uma membrana que impede que os dois gases se misturem. O oxigẽnio (O2) e o hidrogênio (H2) são estocados como líquidos superefrigerados. Quando as moléculas de O2 e H2 (cada um de seu lado) encontram a membrana, as moléculas, as moléculas de gás hidrogênio perdem os elétrons, formando íons de H+ que migram pela membrana. Os elétrons são capturados e geram a corrente elétrica. Quando estes elétrons retornam, eles são capturados no outro lado da membrana,… Read more »

Underground

👍